A nova temporada de Stranger Things trouxe à tona um tema curioso: o pânico moral em torno de D&D que aconteceu nos EUA nos anos 80, com acusações de satanismo contra praticantes do hobby. Hoje, Douglas Quadros, Raull Galli e Zé Lima Jr vão abordar o tema, como foi na vida real e suas repercussões na época.
A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.
Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.
Assunto: Pânico Satânico e Dungeons and Dragons
Existem muitas formas de jogar RPG, diferentes estilos de narrativa dão diferentes climas para a mesa. Nesta Taverna do Anão Tagarela falamos sobre como usar o Terror Como Narrativa no RPG, chamamos a Jaque Machado, nossa “Lady Axe”, Raul Galli e Zé Lima Jr. para tentar ajudar os narradores a decidir quando e como usar essa ferramenta nas suas campanhas.
A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.
As criadas estavam recolhidas, então, já que o estômago pediu, levantei sendo cuidadoso e tentando fazer silêncio para não acordar a casa ou Jeanine, minha Senhora. Quieto, fui direto para a fina toalha que recobria as sobras do dia. Debaixo estava uma torta, belíssima, mas não pude comê-la. Nunca mais comi nenhuma maldita fatia de torta depois daquela história.
Vocês entenderão.
Cerca de dez anos atrás , ao som de canhões explodindo à distância nas ruas de São Domingo, jantávamos no serviço luxuoso do governador Caceres, enquanto os criados tentavam disfarçar as mãos trêmulas, fingindo que nada estava acontecendo. O Monsenhor me pedira para pôr a punho um relato seu: “Precisa ser hoje, Monsenhor Nouveaux, meu jornalista, creio que suas palavras descreverão com mais propriedade os acontecimentos terríveis que presenciei. O aguardarei para o jantar. Comeremos e beberemos como Reis”.
Estávamos Jeanine, Monsenhor Governador Caceres, dois de seus maiores oficiais e eu.
Dai que a história foi contada com muita riqueza de detalhes, mas justo enquanto olhava a sobremesa no prato, uma fina torta, que deixou de ser apreciável e saborosa daquele momento em diante na minha vida.
Jamais pude esquecer.
O Governador levantou-se, arrastando uma perna, a bengala batia no chão de madeira como o ponteiro do relógio, pegou tinta e papel e colocou na minha frente. “Registre..”, comandou, e eu obedeci, curioso, porém assustado com o tom sério que tomou conta do rosto de Caceres.
“Cinquenta e quatro homens sob o meu comando juntaram-se à frente das últimas barricadas de resistência, a Grã-Colônia tentava evitar a queda no leste, mas fomos sendo empurrados para dentro da mata. No final do segundo dia, restávamos um soldado e eu, fomos caçados no meio do inferno verde. Qualquer lugar escuro e aterrorizante seria um bom abrigo, mergulhando na penumbra da floresta, quente e úmida, encontramos a entrada de uma caverna. Mas ainda era possível escutar os latidos dos laboreiros farejando nosso encalço, sugeri que entrássemos mais fundo na maldita gruta, Monsenhor.
Morcegos subiram até os estertores, cegos pelo último facho de luz que entraria ali naquela noite, nos deitamos na escuridão agarrados nos mosquetes e adormecemos.
Acordei com o grito do soldado ecoando até desvanecer em algum lugar nas trevas das altas paredes. Saltei desperto e empunhei a arma, esperando pelo inimigo na escuridão.”
O Governador apagou algumas velas e ficou parado olhando fixamente para a luz, uma única à sua frente. As sombras andavam pelo seu rosto conforme a chama dançava, ele jogou os olhos sob as fartas sobrancelhas escuras na minha direção.
– Você tem medo do escuro, Monsenhor Nouveux?
– Eu? Ah… Monsenhor, Caceres… – não sabia o que responder sem sugerir ignorância ou covardia da parte do governador. – Depende do que há no escuro, Senhorio…
Ele sorriu e balançou a cabeça com escárnio, mas manteve-se naquela posição e passando o dedo nas chamas prosseguiu:
– Deveria ter medo do escuro, Monsenhor Nouveoux, ninguém sabe o que há nele.
Voltei a anotar o que relatava, Jeanine parecia desconfortável agora, tudo ficou escuro na sala, certamente ela estava com medo disso e também das canhoneiras explodindo à distâncias cada vez menores, os franceses estavam aproximando-se uma uma tormenta.
“Escorreguei no guano, não à ponto de cair, mas da baïonnette refletir a fraca luz do buraco acima na escuridão. Tinha alguma coisa lá e fedia como o inferno e ela tinha levado meu último homem para sua desgraça.”
– Já atirou de baïonnette, Monsenhor Nouveaux? – os outros dois generais riram quando embasbaquei.
– Não…
– Elas não são armas letais, meu amigo, o coice é imenso e se perde a mira fácil se não estiver treinado. Mas é ótimo para atirar na guerra, no exato momento em que o inimigo corre para cima de você. E se atirar, precisa abrir o voleio e emassar a pólvora com força, e isso leva tempo… Tempo suficiente para… – o general gesticulou como segurasse uma arma e lançou um tiro invisível na minha direção. – tempo suficiente para o inimigo te pegar, Monsenhor.
Engoli em seco, era um parvo diante daquele homem cheio de calos de guerra, duro e impetuoso. Daí que prossegui anotando, agora com os gritos de batalha e tiros mais próximos, os outros dois ficaram imediatamente sérios, balançaram a cabeça para o Governador, depois de se entreolharem preocupados subiram o cabelo, apertaram as mãos e bateram continência, para depois desaparecer com dignidade além dos umbrais da sala de jantar. O Governador deitou sobre o encosto da cadeira dando espaço para puxar uma pistola do coldre na cintura e a colocou sobre a mesa.
“Não era só uma coisa na escuridão, ela fedia, e dava pequenas risadelas que ecoavam na caverna, não sabia exatamente de onde vinham. O que quer que fosse era humano, não um bicho. Humanos morrem e sangram, por isso engatilhei e apertei a pólvora, cujo cheiro entranhou nas narinas. Parei onde a luz da lua era mais forte, fiquei em silêncio, concentrado na minha respiração, com o suor escorrendo debaixo do casquete. Algum morcego chilreou e bateu asas na caverna, um susto levantou minhas sobrancelhas e quase atirei.
Foi aí que comecei a escutar algo, sabe… É difícil prestar atenção se temos medo, o corpo parece que só reage, mas é preciso cautela, fica vivo quem sabe disso. Um sussurro quase cantado, ininterrupto, foi aí que identifiquei que a coisa dizia “la mort”, atrás de mim…
Girei a baionnette e sem pensar duas vezes puxei o gatilho, explodindo pólvora e chumbo e ferro quente na cara daquilo.
Matei… Um tiro a queima roupa…. Os morcegos revoaram com o estopim pareciam nuvens de uma tempestade, animais gritaram em algum lugar, talvez uma ave noturna, e a criatura…. O grunhido terrível percorreu com violência toda caverna, era semelhante a uma garganta entupida de canos, entrou nos meu ouvidos como uma faca.
Mas foi aí que meu alívio teve fim.
No primeiro silêncio, e quando me preparava para recarregar, uma mão surgiu das sombras, segurou o cano quente enquanto uma fumaça da pele queimada subia pela luz da lua, tinha um tom azulado, cheia de feridas abertas e pustulentas, pedaços de carne pendurados, com o couro formando bolsões de ar e pus aqui e ali, um dos dedos era possível ver o osso, vermes caminhando sobre aquilo… Acompanhei sem reação o braço emergir na claridade semicoberto de trapos puídos, tendões e carne em decomposição movendo-se a ponto rasgar-se a qualquer momento. Sobre a cabeça de ralos cabelos quebradiços havia uma cartola, a criatura bateu a aba e olhou nos meus olhos, com um sorriso sínico e cravejado de chumbo. O rosto emaciado, sem nariz, flácido e podre cuspia inflamações, os lábios parcialmente arrancados mostravam o exterior do maxilar e a raiz dos dentes, tudo caindo dos ossos e dos músculos, eu certamente acertei o tiro bem no rosto daquilo, mas aparentemente a coisa já estava morta… E não estava. As órbitas sem pálpebras giraram para mim, olhando para mim.. E o som… Era um sussurro, ele veio de onde quer que seja, perguntando quem eu era. ‘Gevernador Caceres’, respondi desconfiando de que pouco importava meu nome ou quem eu fosse para aquela criatura que deveria estar dentro de uma cova à sete palmos, mas estava ali sorrindo para mim agora.
“Eu sou o Barão… “, ele girou o cano da baioneta com violência para o lado e encostou a cara putrefata no meu nariz, emparelhamos nossas vistas e foi nessa hora que ele pisou no meu pé. “ você vai embora daqui, vai embora e nunca mais vai voltar, vai embora para longe…” enquanto ele falava, meus nervos do pé adormeceram sob aquela bota rasgada, foi subindo pela perna uma dor insuportável, a pele enrugou, a água escapou pelos tornozelos e minha carne foi encolhendo-se como uma tâmara seca, deformando-se e sugando a si mesma, colando os tecidos, depois os ossos, tudo, tudo virou uma coisa só, sem vida, repugnante e necrosada.”
Houve barulho lá embaixo, a porta explodiu e ouvimos sons e gritos e ordens de homens que entravam, comandando rendição.
O Governador pegou a arma da mesa e levantou sobre a perna boa, mas antes de ir, olhou nos meus olhos sob a luz pouca e juntou as sobrancelhas com ódio, depois levantou a barra da calça mostrando a perna tão retorcida quanto um galho seco e velho, mas ao mesmo tempo doentia e necrosada. Depois deixou a barra cair e se foi para a escuridão com a pistola em punho.
Jeanine, levou o guardanapo à boca para esconder o horror estampado no seu rosto. Minhas mãos trêmulas erraram a caligrafia uma porção de vezes, coisa que percebi porque fiquei atônito olhando para o papel até sermos levados de lá.
Quis espirar a torta última vez, mas não tive coragem, espremi os olhos com nojo, larguei o pano e voltei para a cama completamente sem fome.
O Barão – Contos da Lady Axe
Texto:Jaque Machado. Arte da Capa e Adaptação: Douglas Quadros.
Este conto poderia facilmente ser adaptado para uma campanha de Chamado de Cthulhu, mas se você fosse usar O Barão como uma criatura de sua mesa, qual seria?
Sebastian, também conhecido como o Negociador sem Rosto, é um NPC da nossa campanha de Kult na Twitch, Leipzig 1992. Se você está acompanhando os episódios pelo YouTube, saiba que o texto contém alguns spoilers.
Os elementos apresentados aqui podem ser usados por mestras que queiram incorporá-los nas suas próprias campanhas ou apenas serem lidos como inspiração para suas próprias criações.
Sebastian Schmidt
Sebastian foi um empresário alemão de sucesso. Herdeiro de um milionário americano, seu pai lhe ensinou valores muito caros à sociedade empresarial americana, como alta competitividade, maximização de lucros e estratégias agressivas para consolidação no mercado.
Tamanha ganância pelo poder o atraiu quase que naturalmente ao culto de Thaumiel. Certa noite, depois do expediente em sua empresa, um desconhecido apareceu em seu escritório sem ser convidado. Levando um vinho caro e um sorriso como presente, ele ofereceu a Sebastian a oportunidade de tornar-se uma entidade extremamente poderosa. Um poder que nem seu dinheiro ou status eram capazes de comprar. Porém, como sempre, havia um preço.
Sim, é uma metáfora sobre o Capitalismo.
A Reunificação da Alemanha
Com a reunificação da Alemanha e a destruição da hierarquia do Partido Socialista Unificado, A influência de Thaumiel e seu culto precisava mudar. Outras formas de exercer o poder precisavam existir. A missão de Sebastian era investir em uma grande empresa privada e reestruturar a hierarquia, esmagando o povo e colocando os verdadeiros poderosos acima deles.
Aproveitando-se da alta taxa de desemprego que surgiu da massiva desindustrialização no leste da Alemanha, agora unificada, não foi difícil para Sebastian contratar funcionários desesperados por um salário risível, fortalecendo assim os princípios de Thaumiel.
Naturalmente, isso fez com que o empresário entrasse em rota de colisão com Teophania, já que esmagar a personalidade e o desejo dos cidadãos os torna menos suscetíveis às teias de Tiphareth (pelo menos na visão de Teophania).
Se Teophania representa os prazeres fáceis e rasos do mudo capitalista, O Negociador Sem Rosto representa o moedor de carne que engole e destrói o cidadão comum. Sua presença distorce a região ao seu redor, fazendo os mais sensíveis e suscetíveis comportarem-se de maneiras bizarras. Engolir pregos até morrer, pregar o próprio braço em um móvel de madeira, enterrar-se no cimento ou outras formas estranhas e criativas de automutilação. Isso é a força do inferno esmagando a vontade das pessoas através da presença de Sebastian.
O Negociador Sem Rosto dificilmente será um aliado dos personagens, já que sua simples presença distorce demais o comportamento de todos à sua volta, mas pode ser uma porta de entrada para personagens que estejam buscando poder a qualquer custo se unirem ao culto de Thaumiel. (Ei, que tipo de campanha você está jogando?)
Ficha de NPC
Combate [3], Influência [5], Magia [5]
Habilidades: Corpo robusto (Todo Dano provocado por armas de fogo e armas perfurantes é reduzido em -2), Forma monstruosa (Os seres humanos que veem a verdadeira forma da criatura devem Manter o Sangue-frio para não entrar em pânico), Ilegível (Este ser é insondável e não pode ser lido de forma alguma), Soberano (Capangas e servos são fanáticos e destemidos sempre que estiverem nas proximidades do líder. Eles podem receber +2 Ferimentos adicionais antes de serem nocauteados), Tecelão de Pactos (Sebastian pode selar pactos com humanos em nome de Thaumiel).
Movimentos de Combate: Paralisar com arma de fogo (Agir Sob Pressão para recuperar a mobilidade), Olhar Vazio induzindo ao terror (Manter o Sangue-frio para não entrar em pânico), Preparar-se.
Movimentos de Influência: Influenciar a sociedade (diretamente ou por meio de instituições sob seu controle), Arruinar sistematicamente a vida de alguém, Fazer uma oferta irresistível, Exigir obediência por meio de ameaça real de consequências terríveis, Recrutar assassinos profissionais ou mercenários.
Movimentos de Magia: Abrir portal permanente para outra dimensão, Criar um purgatório, Manipular o espaço-tempo, Tortura mental (-5 Estabilidade), Influenciar pessoas a se sacrificarem (Manter o Sangue Frio para evitar se automutilar).
Ataques: Jogo sujo [1] (acerta o olho, virilha ou garganta – temporariamente atordoando a vítima), Colocar contra a parede [1] (a vítima precisa Agir Sob Pressão para libertar-se), Faca na garganta [0/2] (você controla o alvo, a vítima recebe 2 Danos se falhar em Agir Sob Pressão para libertar-se), Estripar (Ferimento Crítico), Apontar & atirar [3/1]
Ferimentos: 8
Movimentos de Dano: Ignora ferimentos, Derruba qualquer coisa que carregue em suas mãos, Numa ira incontrolável, rasga aspectos do ambiente ao redor (via Manipular a Ilusão), Escapa por obstáculos, Fica atordoado, Morre.
Por fim
Kult é um dos meus jogos favoritos de todos os tempos. Se você chegou aqui sem saber do que se trata, confira nossos posts sobre o jogo e acmopanhe nossa campanha na Twitch e no YouTube.
Não esqueça de conferir também nosso material de City of Mist.
Como todo bom leitor, sempre fui apaixonado pelos mistérios dos Grandes Antigos, mais do que isso, amo RPG e o gênero de horror pessoal, fantasia sombria e em níveis cósmicos. No entanto, O Chamado não parecia agradável por sua complexidade e, bem, a iminência da campanha em direção ao fracasso, já que uma má rolagem de dados poderia nos distanciar de descobrir os segredos dos cultistas. Até encontrar o Rastro de Cthulhu.
O que venho trazer aqui é uma resenha dividida em partes – como as partes do ritual de invocação do Caos Rastejante, que aborda o sistema de Rastro de Cthulhu (do original, Trail of Cthulhu, traduzido pela RetroPunk Publicações). Falaremos sobre o que é o Rastro, em que contexto histórico ele está inserido, quais são os diversos Mythos que estão no jogo e como o sistema facilita a investigação para que a história possa ser contada até nos levar a LOUCURA.
Embarcando na investigação
Rastro de Cthulhu é um jogo de RPG baseado nas obras de H.P.Lovecraft construído para ser jogado no sistema GUMSHOE. Ele segue a premissa lovecraftiana de abordar as descobertas de cultos, titãs e entidades cósmicas com tons de horror pessoal. Enquanto isso, os investigadores – como os personagens são chamados – devem cuidar não só de sua saúde física, mas de sua sanidade, ao descobrir segredos milenares e A VERDADE por trás dessas poderosas criaturas.
O sistema GUMSHOE permite que os jogadores possam focar na investigação sem que as rolagens de dados os impeçam de adquirir pistas, isso porque essa ferramenta acredita que o processo de interpretação dos fatos é o que pode fazer com que as campanhas aconteçam. Serão apresentados dois tipos de jogos: o estilo Purista, como Lovecraft, focado em um jogo de horror filosófico, onde a descoberta leva a condenação da mente ou o estilo Pulp, como pensou Robert E. Howard, em uma busca por coragem para lutar, efetivamente, contra os Mythos. Ambas indicações estão em imagens abaixo.
Os investigadores
Seu personagem é considerado um investigador – afinal, ele irá procurar por esses Mythos, seja para unir-se a eles ou impedir que eles despertem – e ele será dotado de coragem e informações para impedir catástrofes. No entanto, antes de se tornar-se louco, ele possuía sua profissão, expertise essa que o garante certas habilidades; em Rastro de Cthulhu, chamaremos de Ocupações o que seu personagem fazia antes de seguir o rastro.
Algumas ocupações existem apenas no estilo de jogo Purista (conforme imagem), mas em geral elas apresentam habilidades especiais, os créditos – moeda do cenário – e as possíveis habilidades ocupacionais. Tudo isso para que você construa seu alter ego em busca da Verdade. As habilidades facilitarão o processo de seus investigadores na descoberta, portanto é necessário escolher com sabedoria.
Vejamos exemplos de como as habilidades podem ajudar os investigadores:
Exemplo 1: Pontos de habilidade em “Usar biblioteca” fará o investigador encontrar, caso bem sucedido no teste – um livro de história com informações relevantes à investigação.
Exemplo 2: Gastar pontos na habilidade “Intimidar” pode fazer com que um investigador consiga saber de um culto que está procurando.
Eu já vi isso antes
Dois são os principais diferenciais desse cenário, Sanidade e Mythos. O primeiro deles retorna com outro adicional de mecânica, antes do jogador perder pontos de Sanidade – sua saúde mental – ele irá receber decréscimos em Estabilidade, a mecânica que indicará que o investigador está adoecendo aos poucos e em maior nível de gravidade. Estabilidade refere-se à capacidade do personagem de suportar A Verdade.
Por fim, o jogo trata sobre os Mythos, criaturas sobrenaturais, deuses cósmicos, titãs, carniçais, cultistas, magias proibidas e esquecidas e rituais. Quando um jogador encontra um dos Mythos, a venda posta em frente aos seus olhos cede e cai ao chão, e por fim ele pode saber da Verdade. O que farão em seguida, após encontrarem um Grande Antigo? Seria esse Cthulhu, Hastur, Nyarlathotep ou Azathoth.
É fato que existe muito a abordar sobre os Grandes Antigos, e faremos isso juntos com o sistema GUMSHOE de Rastro de Cthulhu, sendo nosso próximo texto sobre a contextualização histórica dos anos 1930.
“Não está morto o que pode eternamente jazer e, em eras estranhas, até a morte há de morrer” – Lovecraft
E se você já gostou deste livro, pode adquiri-lo através deste link: Rastro de Cthulhu – RetroPunk. Aproveita e usa nosso cupom de desconto que você ganha 10% de desconto.
Então você quer construir um personagem de Kult, certo? Rastejar pelos recônditos mais obscuros da mente humana, trilhar o horror e o desconhecido, tentar sobreviver com a mente não muito danificada e, quem sabe, se divertir um pouco no processo? Então bora lá.
Conceito e Arquétipo
Não muito diferente de qualquer outro jogo, o primeiro passo é ter uma ideia do que fazer. Trocar uma ideia com a Mestra é importante para ter um direcionamento sobre a história. Vou usar como exemplo para este guia o próprio cenário da nossa campanha na Twitch, Leipzig 1989. Resumindo bastante: os personagens são cidadãos da Alemanha Oriental e devem ter alguma ligação com a Escola de Música.
Quero jogar com uma artista descendente de imigrantes. Nesse momento, meu lado nerd de história me faria mergulhar de cabeça em coisas como a Ocupação Alemã na Namíbia e o Genocídio dos povos Herero e Nama, mas vamos deixar a empolgação de lado por enquanto.
Folheando o livro, encontramos o Arquétipo Artista. Vamos ficar com ele, mas lembre que não precisamos ser tão literais. Poderíamos considerar outras opções como Fragmentado, Ocultista ou até Golpista.
O Arquétipo é uma espécie de “classe de personagem” em Kult, e vai ajudar a direcionar nossas escolhas. A partir daqui, todo o necessário para construir nossa personagem pode ser facilmente consultado em uma página dupla.
Ocupação e Segredo Sombrio
A ocupação é simplesmente a profissão da personagem, e podemos escrever qualquer coisa. Nossa descendente de Herero será uma pintora inspirada em Performancee Action Painting. Por ser necessário uma ligação com a escola de música Gertrude Förstel, poderíamos ter decidido que ela seria musicista, mas vamos com uma abordagem menos direta. Ela é pintora, mas tem uma proximidade com os alunos e professores da escola.
Vendo as nossas opções de Segredo Sombrio, seria fácil escolher algo como Herdeiro e ligar isso a alguma religião africana esquecida, mas seria um tanto… estereotipado demais, não? Ao invés disso, vamos seguir a tradição Faustiana e ir de Pacto com Forças Obscuras. Nossa personagem queria ser uma artista famosa e conhecida, e por isso apelou para uma ajuda sobrenatural.
Além de história, gosto muito de arte contemporânea, então aqui está Janine Antoni usando o próprio cabelo como pincel.
Vantagens, Desvantagens e Atributos
Temos duas desvantagens e três vantagens para escolher. Como desvantagens, pegamos Depressão e Vítima da Paixão, pois podem render momentos interpretativos bacanas. Aliás, vale dizer que algumas desvantagens em Kult exigem rolagens no começo da história ou da sessão, e podem render Reservas à mestra. Você realmente não vai querer pegar duas desvantagens assim. Ouça o que eu digo.
Como vantagens, vamos de Notório e Observador, pois podem ser úteis em diversos momentos. Notório também faz sentido com nosso Segredo Sombrio. Como terceira vantagem, Inspiração Proibida pode render momentos bem legais também e cabe totalmente no conceito da personagem.
Para os atributos temos valores fixos. Podemos distribuir os passivos como Força de Vontade +2, Reflexos +1 e Fortitude +0. Nossa artista é razoavelmente ágil e desenvolveu uma mente resiliente, pois cada vez que ela se olha no espelho lembra que precisa aguentar o pacto que fez em troca de sucesso. Para os ativos, vamos botar os maiores em Alma, Carisma e Intuição, importantes para rolar nossas vantagens, e os menores em Sangue Frio e Violência. Ela se desespera fácil e não tem um ímpeto tão agressivo dentro de si.
Relações e Etapas Finais
Precisamos escolher um nome. Ondiri Vogel. Vogel é um sobrenome de origem alemã, e me sinto tentado a explicar isso no background, mas não é o objetivo deste guia. Por enquanto.
Relações são uma ótima ideia e podem ajudar bastante o mestre a criar e conduzir a história. Primeiro, vamos criar um aluno da escola por quem Ondiri é apaixonada e colocar nele o +2. Também será o gatilho da desvantagem Vítima da Paixão. Vamos chamá-lo de Hilbert. Nosso +1 pode ser Mirjan, uma amiga também descendente de estrangeiros. Por fim, o +0 será Sandra, uma professora da Gertrude Förstel. Esse mesmo processo se repete estabelecendo relações entre os personagens.
Agora só falta uma descrição e um background e ponto!
Sério, fique muito tentado a pesquisar ainda mais sobre o contexto histórico e desenvolver o background dessa personagem, mas ia levar muito mais tempo pra terminar esse texto e o Douglas ia me matar.
Por fim
Sempre vale lembrar que em jogos adultos como Kult é importante ter uma boa sessão zero e conversar sobre o Contrato do Horror. E já que estamos falando de horror, confira também a resenha de Simulacrum Umbra.
Simulacrum Umbra é um jogo de fantasia rápido, sujo e sombrio escrito por JV Storck.
Liberdade Brutal
Fundamentado na filosofia do OSR (Old School Renaissance), Simulacrum Umbra oferece um sistema simples e rápido. A ideia é rolar um personagem, fazer algumas decisões sobre profissão, vantagens e desvantagens e sair jogando.
Seu personagem tem três atributos: Corpo, Mente e Sorte. Para fazer um teste, você rola 1d10 e tem que tirar um número menor que seu atributo. Assim as margens de acertos grandes rendem sucessos especiais, chamados de Glória ou Brutalidade.
Uma Glória acontece quando você rola um número menor que a metade do seu atributo. Ou seja, funciona como um Acerto Crítico, rendendo um resultado melhor que o esperado.
Já uma Brutalidade acontece quando você rola um número menor que um quarto do valor do seu atributo. Sendo assim um sucesso desse tipo significa que seu personagem recebeu ajuda de entidades sombrias e desconhecidas, e pode incutir pontos de Desgraça em seu personagem.
Em Simulacrum Umbra você não é um herói. Você rola os dados e torce pra não morrer. Ou pra não enlouquecer. Ou ambos.
Magia
O sistema de magias em Simulacrum Umbra é simples e até um tanto vago, deixando muito a cargo do narrador. Para criar um feitiço, o personagem junta palavras mágicas. Estas são divididas entre Ordens e Forças, e uma vez decidido o efeito e custo de mana necessários, um teste é rolado. Assim como rolagens normais, uma Brutalidade indica a interferência de entidades hediondas. Além disso, utilizar magia sempre pode render Desgraça.
Estética Oldschool
Apesar de ser um jogo com temas sombrios e pesados, o texto é leve e muito divertido. As ilustrações são todas de domínio público e colaboram para o tom oldschool do jogo. Um destaque vai para a ficha, muito bonita e totalmente no clima do jogo (e quem acompanha meus textos sabe que presto muita atenção nas fichas de personagem).
Vai dizer? Essa ficha por si só já dá vontade de preencher e jogar.
Onde Conseguir?
Então essa é a melhor parte: Simulacrum Umbra está disponível para download na loja do MRPG! Basta clicar no link abaixo. E você pode ajudar diretamente o autor usando o QR Code abaixo para fazer uma doação por PIX.
Neste episódio da nossa Taverna do Anão Tagarela, falamos sobre Kult e como o Raulzito, o nosso narrador de Leipzig 1989 conheceu este sistema. Kult é um RPG que foi lançado em 1991 e já está na sua 4ª edição. A tradução desta edição foi feita pela Buró em um financiamento coletivo que foi um sucesso aqui no Brasil.
A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.
Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.
Saudações Rpgista! Você já sentiu dificuldade em criar climas narrativos?
Como você lida com as situações que requerem climas diferentes dos seus habituais?
Interpretações de quem joga podem atrapalhar os climas narrativos?
Mas o que diabos são climas narrativos mesmo?
Bora papear sobre isso!
CLIMAS NARRATIVOS
Pra mim (e que fique claro que isso não passa de uma mera opinião e não um fato técnico) o clima narrativo é a junção de uma série de fatores diferentes que conduzem as pessoas presentes à uma “sensação” específica.
O som ambiente (ou trilha sonora), o tom de voz da narrativa, as palavras usadas para dar peso à cena, a forma de descrever o ambiente… tudo isso junto e misturado ajudam a dar esse clima de narrativa.
Quem nunca participou de uma narrativa onde sentisse o drama de uma cena social importante, ou a euforia de um combate difícil, até mesmo o desafio de resolver um enigma ou a confusão de não entender uma situação.
Essa capacidade de “sentir” a cena é resultado de um bom clima narrativo, e um dos fatores que influenciam diretamente no Bleeding também.
A título de exemplo, quem acompanhou Leipzig 1989, a campanha de Kult – Divindade Perdida que o Raulzito narrou com maestria aqui no Movimento RPG, deve ter entendido o que eu estou querendo dizer.
O Raulzito conseguiu passar todo um clima de opressão, medo, tensão e surrealismo com a narrativa. Usando um tom de voz leve e baixo, uma descrição minimalista que foca nos pontos principais e deixa a imaginação levar o resto, ele transportou todo mundo para dentro do jogo, de forma que podíamos sentir em nós mesmos o drama que as personagens estavam vivenciando!
CLIMAS NARRATIVOS PESADOS
Como eu disse ali com o exemplo de Kult, um clima pesado leva a uma sensação mais densa, sombria, negativa, mas não necessariamente ruim.
Vale lembrar que um clima de suspense, tensão, medo, dúvidas geralmente estão ligados a algum cenário de terror ou horror, como o caso de Kult ou do Mundo das Trevas, mas não se limitam a isso!
Por mais fantásticos que sejam os mundos de 3D&T ou de D&D por exemplo, é muito possível que eventos mais dramáticos ou tensos aconteçam, até mesmo em combate!
Aquele sacrifício heroico de PJs ou NPCs podem render momentos muito dramáticos, e até pesados, quem sabe até algum possível ataque dos Ninjas Cortadores de Cebolas.
Um clima pesado geralmente leva as pessoas à uma reflexão mais densa e introspectiva, a sentir a dor da cena, ou o peso das consequências do que ocorreu.
Não necessariamente o clima pesado é pra ser negativo, triste ou opressor, mas sim pra dar um “peso”, literalmente, para que as pessoas sintam os ombros carregando isso!
Embora o terror e o gore possam ajudar a criar climas pesados, vale notar que o medo, desespero, raiva, impotência e desilusão também são ótimos condutores de peso pra narrativa.
CLIMAS NARRATIVOS DIVERTIDOS
Rir é o melhor remédio, isso não há dúvidas!
Um dos pontos mais buscados ao se falar em RPG é a diversão! E embora o conceito do que seja divertido varie bastante de pessoa a pessoa, vou me ater ao basicão da “diversão que faz rir”.
E criar um clima divertido é mais difícil que parece, acredite quando eu digo!
O 1° Torneio de Artes Marciais do Movimento RPG, embora fosse um evento PvP, o objetivo era divertir, descontrair e trazer algo mais leve pro projeto, e acredito que isso nós conseguimos!
Foram lutas épicas que duraram vários turnos, ou mesmo lutas que terminaram literalmente com um único movimento, mas foi de forma divertida!
O espanto ao ver a cena se resumir a um único ataque, a empolgação de sobreviver graças a uma rolagem baixa nos dados e vários outros fatores influenciaram para que o clima fosse divertido, leve e descontraído, e não um clima competitivo!
Trazer diversão para o jogo e deixar essa diversão tomar conta do clima pode exigir vozes e trejeitos de quem narra para trazer um ar cômico às situações, uma boa dose de sorte nas rolagens para alguns resultados inesperados, e um altíssimo nível de discernimento!
E eis aí o problema: o discernimento de saber onde a diversão acaba e gera um “climão” no jogo.
Sabemos que o divertido de uma pessoa, não necessariamente é divertido para outra. Sabemos que o “politicamente correto” é muito problemático para as partes não afetadas e por aí vai.
Enquanto temos em mente sempre que o clima pesado é delicado, as vezes acabamos “escorregando” no clima divertido e isso pode ser muito prejudicial!
Por mais divertido que seja ver uma falha crítica de resultados gerar uma hilária cena para alguém, é possível que a pessoa que criou a personagem não se sinta da mesma forma, né?
CLIMAS NARRATIVOS DE MISTÉRIO
Outra possível variação climática, é aquelas em que as pessoas ficam apreensivas e encucadas tentando matutar o que de fato está acontecendo!
Novamente voltando à Leipzig do Raulzito, o mistério de saber o que de fato estava ocorrendo, gerou um clima bem legal.
Gerar o mistério é mais simples, basta não oferecer mais informações que o necessário.
Todas as pessoas presentes podem, por exemplo, conhecer o grande mal que exista no cenário. Mas a falta de informações para concluir isso, geram um mistério que pode durar muito!
Ninguém sabe de fato as consequências de suas ações, até que elas ocorram. Esconder isso de quem joga ajuda a dar mistério (e peso) ao clima. Não revele mais que o necessário.
“Se eu fizer isso, eu vou morrer?” Responda com um “não sei” e veja o mistério começando a reinar na mesa!
O desconhecido é sempre assustador, como muito é frisado pelo Professor X nas histórias dos X-Men!
Às vezes, criar uma lenda ou uma história sobre um evento pode gerar um mistério que, quando revelado, pode ser supreendentemente positivo (caso seja melhor que a lenda) ou negativo (caso seja pior que a lenda).
Como diz a Paola Carosella: “menos é mais”.
Descreva menos, deixem imaginar mais, e o mistério está nas suas mãos!
QUE CLIMÃO, HEIN?
E então, já refletiu sobre os climas narrativos? Conhece mais climas além dos três que eu abordei? Então deixa aí nos comentários, pra gente bater um papo sobre isso!
Acha que pode render um Podcast pro Dicas de RPG? Então comenta aí!
E se não conferiu ainda, passa lá no YouTube no Canal Movimento RPG e acompanhe lá o 1° Torneio de Artes Marciais e a Campanha Leipzig 1989 (que inclusive tem o material de campanha postado AQUI).
Aproveita também pra passar lá na Liga das Trevas pra ver as estreias de Demônio – A Queda e Changeling – O Sonhar!
É isso aí então, nos vemos no próximo mês, ou na live de Mar de Mortos às sextas 20h!
Olá, Magos, Bardos, Aventureiros e Vilões do Multiverso, estou aqui novamente em uma missão caotic/good! Desta vez para falar do meu assunto favorito, o mundo darkness. Trata-se de um sistema não muito conhecido, mas que é bastante interessante para quem gosta de uma pegada mais sombria. Shadow Of The Demon Lord é um jogo de role-playing de fantasia de terror criado por Robert J. Schwalb. Foi financiado através de uma campanha do Kickstarter e lançado em 12 de março de 2015.
O Universo
No jogo, você cria e interpreta personagens que lutam para sobreviver em uma terra em rumo ao esquecimento. Portanto um lugar infestado por demônios, hordas de mortos-vivos, magia estranha, cultistas desequilibrados, e tudo isso nas ruínas do último grande império da humanidade.
Ele abre a porta para um mundo imaginário nas garras de um destruidor.
Um lugar impregnado no caos e na insanidade criado pelo fim dos tempos, com reinos inteiros tomados por rebanhos uivantes de bestiais, espíritos deformados libertos do Submundo, e horrores inomináveis acordados pela chegada iminente do Demon Lord.
Shadow Of The Demon Lord é para mim um dos melhores jogos no quesito de entregar exatamente o que se espera de um cenário de fantasia.
Tem que ter estômago forte
O jogo é extremamente mortal com regras que já conhecemos no d20, são as mais comuns do maior RPG do mundo Dungeons And Dragons.
No jogo você tem um medo maior de perder o personagem, pois tudo é feito para lhe matar. Dessa forma não há muitos locais seguros e o mundo todo é um caos. Sendo uma temática única, que inclui medieval e horror constante. Seu personagem vive em um mundo à beira da loucura e destruição, tudo causado por um inimigo que todas as raças que ainda existem temem. Este inimigo é o Demon Lord.
O que mais chama a atenção em Shadow Of The Demon Lord é que o jogo realmente exige muito dos players. Normalmente em qualquer outro RPG tradicional, você inicia no nível 1, mas Shadow of the Demon Lord as coisas são bem diferentes.
Portanto você começa o jogo com nível 0, isso mesmo zero, é nessa hora que sentimos o imensurável poder do Lorde Demônio e estamos no fim do mundo. Mas você evolui logo para o nível 1 após sua primeira aventura. E você escolhe os caminhos que no jogo são as classes. Mas o jogo tem muito mais, como magias insanas e surreais, e os monstros nem conto a vocês são de explodir a mente.
Então esse é o jogo que queria apresentar para vocês. Não vejo muita gente comentando ou narrando o mesmo. O que acham de fazer mais pessoas conhecerem esse cenário e jogo.
Dica do Mago
Você pode adaptar um pouco as regras, e mudar algumas coisas, e será possível jogar no universo de Dark Souls, utilizando as regras ou o clima do universo de Shadow Of The Demon Lord. Já pensou em jogar a franquia Souls? Em breve irei contar como fazer isso, mas isso fica para outra oportunidade.
Shadow Of The Demon Lord – Visceral e Perigoso
Autor: O Mago Supremo. Revisão de: Isabel Comarella. Artista da capa: Douglas Quadros.
Continue no clima de terror e montros, fique por aqui conosco lendo a resenha de The Witcher também.