Anteriormente na Missão Artêmis Parte 17, a capitã se muniu de artefatos, equipamentos e criatividade para tentar derrotas seus inimigos. Sua intenção é impedir que seja lá o que for saia da Cosmonave. Fique agora com a Missão Artêmis Parte 18.
A capitã do cruzador intergaláctico Artêmis 13 teve um instante para trazer à tona os momentos que antecederam a detonação, improvisando materiais e usando os recursos modulares para criar um efeito suficiente danoso para qualquer ser vivo sem a mínima proteção. Os cálculos não precisavam ser precisos, ela sabia que não tinha muitas alternativas no embate com algo sem uma natureza definida. Não havia sentido em manter este enfrentamento que culminaria obviamente com sua derrota.
Dessa maneira, cabia a ela uma aposta ousada naquele contexto, colocando; como o fez; em uma série de decisões ou escolhas que a considerassem uma figura apegada à vida. Não que Duke não tivesse tal apego, mas uma inteligência superior, com certeza, descartaria a possibilidade de uma pessoa como ela não ter um ego a alimentar ou ainda alguém ou algo com o qual se importar. O erro aqui, foi deduzir que a capitã era uma egoísta ou uma arrogante ao ponto de sacrificar tudo e todos para demonstrar sua superioridade individual.
Ao contrário, Duke estava determinada em cumprir com seu dever, um dever superior não ao indivíduo, mas ao grupo, a sociedade. Sua luta até aquele momento era contra uma ameaça sem nome, que manipulou e sacrificou com tal facilidade aquela tripulação treinada ao ponto que Duke considerou a real ameaça que poderia ser desencadeada pela multiplicação daquela corrupção a outras inteligências artificiais. Ainda restava a dúvida se aquilo não havia ocorrido, mas a série de atos em assumir o controle total da Cosmonave demonstrava que o que estivesse ali ocorrendo não havia se concretizado de um momento para outro, foi algo gradativo, dessa maneira talvez o sistema Hermes ainda estivesse intacto e assim sendo, havia apenas uma alternativa…
A detonação do sistema peitoral tinha como intenção afetar um arco frontal de maneira violenta, porém o efeito não deixaria de ser danoso à própria capitã. Quando a detonação ocorreu estilhaços atravessaram violentamente a caixa toráxica dos algozes, fazendo diversas perfurações que ceifaram a vida dos mesmos de maneira quase instantânea, Porém alguns destes também foram impulsionados para braços e pernas de Duke. A capitã, também sentiu que a detonação quebrou algumas costelas e que algumas placas laceradas e trincadas haviam entrado fundo em seu ventre. A constatação para qualquer observador era que ela também havia morrido no momento em que optou por aquele curso de ação, porém ela ainda estava viva.
Duke ouvia um zunido intenso, não sentia mais dor e pôs-se a se arrastar lentamente até o acesso ao sistema central presente abaixo da mesa de comando e monitoramento. Já estava aberto e com isso seria mais rápido concluir seu último ato como capitã. Percebia levemente sons a sua volta, percebia que a projeção da Ícaro estava alterada, repetindo algum tipo de aviso constantemente. Percebeu a imagem mudar para algo distante das feições humanas, uma representação de algo alienígena talvez, algo que poderia ser aterrador para alguém que estivesse sadio e vivo, mas para ela aquilo não significava nada, estava morrendo.
A capitã, digitou finalmente seu código, passou pelo reconhecimento biométrico e começou a repetir o processo, desligando todos os sistemas e recursos, alegando condição de segurança devido ao golpe sofrido que a levou àquele estado terminal. A tecnologia ali presente podia fazer as leituras que corroboravam as falas da capitã, seu estado crítico. Diante dos comandos toda a nave ficaria sem energia. Foram 2 longos minutos até o último comando desfazer a imagem da Inteligência artificial.
Finalmente havia silêncio da ponte de comando. Finalmente a capitã podia contemplar o Abismo Infinito do Universo uma última vez…
Mais um Despertar na Cosmonave
O Doutor Richard Mont despertou de seu longo sono dentro do sistema de hibernação criogênica das câmaras Zilax 2, projetadas para desempenhar um papel ímpar na sobrevivência da tripulação do cruzador intergaláctico Harpócrates 3. Seu despertar, porém, não estava dentro do cronograma, mas a Inteligência Artificial Harpócrates Prime necessitava da tripulação, pois os sistemas de varredura haviam encontrado uma cosmonave dada como perdida há cerca de 200 anos atrás. Artêmis 13 era uma das variadas cosmonaves que não concretizaram suas missões, dessa maneira seria importante descobrir os mistérios daquela importante peça da História Humana. Assim sendo, Mont imediatamente decidiu despertar a capitã Stefanya Sokolova para assumir as decisões diante daquela magnífica descoberta…
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Mais Um Despertar na Cosmonave – Parte 18 – Missão Artêmis
Autor: Jefferson de Campos.
Revisão de: Isabel Comarella.
Montagem da capa: Douglas Quadros.
Montagem da capa: Iury Kroff.