Raças Extras de T20 Parte 2 – Dicas de RPG #131

No episódio, Gustavo Estrela, também conhecido como AutoPeel, continua a série sobre os livros básicos de Tormenta20 e A Lenda de Ghanor RPG. Nesta parte, ele aborda as raças extras de T20, que são difíceis de encontrar no cenário de Arton. As raças extras possuem mecânicas mais complexas, sendo recomendadas para jogadores experientes. O destaque é o Golem, uma raça do tipo constructo com diversas habilidades, como imunidade a efeitos de cansaço e venenos. Outras raças mencionadas são os Hynnes, habilidosos arremessadores e sortudos, os Klirens, uma combinação de gnomos e humanos, e as Medusas, criaturas venenosas com um olhar atordoante. O episódio encerra prometendo abordar as raças restantes nos próximos Dicas.

O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja, mande suas dúvidas que vamos respondê-las da melhor forma possível.

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Raças Extras de T20 Parte 2

Voz: Gustavo Estrela
Edição do Podcast: Amós
Arte da Capa: Raul Galli

Músicas:

Music by from Pixabay

São N, O Santo das Proezas Impossíveis – Devoção para A Lenda de Ghanor

Nas Dragão Brasil 194 e 195, a revista da Jambô Editora, somos introduzidos ao feudo Montecrânio, mas mais importante que isso, somos introduzidos ao São N, o santo das Proezas ImpossíveisEste personagem, introduzido na revista veio totalmente baseado em obras de fantasia e duelos de espadas, mas sem regras para se tornar devoto dele. Até agora.

Antes, algumas considerações

Nesta matéria, não vou me aprofundar na historia do Santo, caso queiram ler a matéria, daqui a alguns meses após esta publicação vocês vão poder consultar na Dragão Brasil 194 e 195 no site da Jambô Editora, usando o cupom mrpg10 para ter 10% de desconto na compra!

Também é importante lembrar que essas regras não são oficiais e que é apenas um homebrew de um fã, consulte com seu mestre se pode ser um devoto de espadachim!

O Santo Esgrimista!

São N, o santo das Proezas Impossíveis

São N foi um espadachim aventureiro que habitou a região de Montecrânio, deixando um símbolo de “N” em seus adversários ao derrotá-los. Por sua bravura e proeza com a espada, foi santificado após seu último duelo.

Símbolo Sagrado. Uma mão esquerda erguida segurando um florete.

Norma. Você não pode negar desafios para duelos ou pedidos de ajuda de camponeses inocentes.

Poder Concedido. Escolha uma magia entre Arma MágicaArmadura MágicaConcentração de Combate ou Primor Atlético, você aprende e pode lançar essa magia. Além disso, no 3º nível e a cada nível impar, você pode pegar um poder de Bucaneiro como se fosse um poder de Clérigo, seu nível de Clérigo conta como níveis de Bucaneiro para fins de pré-requisitos.

Clérigos de São N costumam se apresentar com um cumprimento educado, o nome, um contato relevante e a expectativa daquele encontro.

Lista de Magias de São N

1• Círculo

Alarme
Arma Mágica
Armadura Mágica
Armamento da Natureza
Benção
Concentração de Combate
Criar Ilusão
Detectar Ameaças
Disfarce Ilusório
Escudo da Fé
Imagem Espelhada
Orientação
Primor Atlético
Proteção Mística
Queda Suave
Resistência a Energia
Visão Mística

2• Círculo

Aparência Perfeita
Arma Espiritual
Camuflagem Ilusória
Condição
Controlar Ar
Controlar Madeira
Dissipar Magia
Esculpir Sons
Físico Aprimorado
Invisibilidade
Localização
Mapear
Mente Aprimorada
Metamorfose
Silêncio
Velocidade
Vestimenta da Fé

3• Círculo

Âncora Dimensional
Dificultar Detecção
Controlar Água
Controlar Terra
Dificultar Detecção
Ilusão Lacerante
Lendas & Histórias
Manto de Sombras
Miragem
Pele de Pedra
Potência Divina
Proteção contra Magia
Voo

4• Círculo

Campo Antimagia
Controlar Gravidade
Cúpula de Repulsão
Duplicata Ilusória
Explosão Caleidoscópica
Forma Etérea
Libertação
Premonição
Sonho
Visão da Verdade

5• Círculo

Alterar Destino
Aura Divina
Invulnerabilidade
Projetar Consciência
Réquiem

Conclusão

Após todos os acontecimentos dos livros de Ghanor e dos Nerdcasts de RPG, a possibilidade de brincar com novos santos e novas devoções é algo que me encantou demais. O São N, criado pelo Davide di Benedetto, é um expoente dessa minha alegria e diversão. Em um mundo com deuses desistentes, pecadores santificados são muito bacanas de se imaginar!

E caso você tenha gostado…

Nós adaptamos todas as devoções de Tormenta20 como Santos para Ghanor! Que foi dividida nas partes 1, 2 e 3. Além de regras especiais para devoções alternativas para Druidas e até Paladinos em Ghanor.


Caso compre na loja da Jambô, use o nosso código mrpg10 para receber 10% de desconto!

Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PadrimPicPayPIX ou também no Catarse!

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Texto e Imagem de Capa: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Isabel Comarella

O Presente das Fadas Parte 03 – A Quinta Estação

O Presente das Fadas Parte 03 é última das três partes do primeiro capítulo do romance “fan made” A Quinta Estação, por Oghan e publicado no site do Movimento RPG. Para acompanhar a série completa, entre neste link. Caso você goste desta história compre as obras do autor clicando aqui clicando aqui! Caso você não tenha lido a primeira parte do conto, clique aqui!

Sinopse

O Exército do Reinado triunfou! Liderados por Sir Orion Drake, a coalisão de soldados, heróis e mercenários venceu onde era impossível vencer. Mas, nem só a Tormenta é uma ameaça para este mundo: A Aliança Negra, o Império de Tapista e muitos outros problemas precisam de heróis para enfrentá-los.

Nesta época de transformações, surge a Confraria dos Redentores, uma companhia mercenária especializada em proteger os mais fracos e impedir que o mal se espalhe.

Mas, o que acontece quando o mal parte de dentro da própria Confraria?

Sobre o autor

Oghan é escritor de afrofuturismo e primeiro autor de steapunk do Brasil com seu romance O Baronato de Shoah, foi vencedor do Wattys 2018, e é autor de Os Oradores dos Sonhos, além de publicado na Revista Nigeriana Omenana Magazine e na MV Media nos Estados Unidos; também tem seu nome gravado no legado de Arton através de um conto em Crônicas de Tormenta volume 2 e seu sonho é escrever o primeiro romance focado na Grande Savana.


O Presente das Fadas Parte 03

Girou nos calcanhares, irritada com aquela responsabilidade toda. Quando o bebê crescia em sua árvore, dentro da seiva e de seu útero, ela não precisava parar seus afazeres para cuidar dele. Podia nadar, brincar e se embelezar à vontade. Faltava-lhe entender o porquê de tantas fêmeas por aí gostarem de ser mães e largarem a própria vida para cuidar daqueles ranhentos.

O vento estava mais forte do outro lado do lago, Lylia sabia o que isso significava: sílfides, os espíritos do vento. Criaturas mágicas que viviam nas brisas e nos céus. Claro que por serem dominadoras de um elemento tão caótico e livre, as sílfides eram um pouco mais malucas que suas contrapartes.

Encontrou com Shaela, a sílfide, após uma caminhada de quase meia hora. Ela estava nua, exceto por uma espécie de túnica transparente que não escondia nenhum detalhe de seu corpo magro. Seus cabelos eram curtos e revoltos, combinando com os olhos cinzentos cor de princípio de tempestade.

Shaela fora a única das seis Rainhas Elementais que se relacionara com um Dragão-Rei. Lylia mentira para Meriele quando dissera que se lembrava do que havia acontecido por causa deste relacionamento. Era mais do que óbvio que as duas raças não se misturavam por algum medo divino das crias, mas isso não vinha ao caso.

Lylia começou a falar, mas Shaela avançou e tapou sua boca com a mão. Lylia sentia faíscas de relâmpago atingindo seus lábios e umidade ao seu redor. Queria abraça-la, mas Shaela jamais se permitiria ser tocada por criaturas da terra.

— O nome dele era Hydora… e minha punição é jamais tocar o chão de novo… — Shaela criou uma miniatura de dragão com os raios entre seus dedos, então a apagou com um sopro. — Vim dar um presente para o seu filho, mas um presente igual aos ventos.

— Caótico, inconstante, louco e frio? — Lylia se incomodou com as palavras da amiga. Era o mesmo que esperar um discurso coerente da chuva de inverno ou uma anedota de uma fogueira.

— Ele receberá as graças de um dos deuses — Shaela voou para longe, seu elemento desapareceu entre nuvens. — Ou não. Mas talvez receba mesmo, só para entender o quanto eles são cruéis e bondosos.
Lylia observava se sentindo um pouco idiota enquanto Shaela desaparecia entre as copas das árvores. Deveria ter esperado por aquilo, mas nunca se cansava de se surpreender com as sílfides. Fez uma anotação mental “esperar o pior dos ventos, sempre”.

Havia uma fogueira em uma clareira. Em meio às chamas uma salamandra aproveitava o calor e se espreguiçava. Ao ver Lylia, a salamandra se ajeitou com algum respeito e apontou o dedo para o bebê.

— Seu filho terá gripe — tanto a salamandra quanto Lyla entreolharam-se, constrangidas com aquele presente estúpido. — Não, quero dizer… Seu filho será ateu!

— Como que alguém é ateu em um mundo onde os deuses descem para tomar chá na sua casa? — Lylia protestou. — Quero um presente melhor, vamos logo com isso!

— Vocês fadas são muito confusas. — A salamandra se colocou de pé na fogueira, agitou a cauda. — Que tal uma arma?

— Arma é interessante, mas eu queria algo menos clichê. — Lylia coçou atrás da orelha — Ele já ganhou nome, amores e a graça de um dos deuses.

— Ele vai ser um herói de verdade! — a salamandra cuspiu uma pequena bola de fogo — Ele terá surtos de heroísmo quando precisar ajudar alguém que precise muito dele!

— Que coisa mais besta, qualquer herói pode fazer isso — Lylia bocejou. — Um personagem principal de histórias não pode ser só isso.

A salamandra bufou, entediada com a falta de visão da dríade.

— Certo, então ele vai ser um aventureiro nato. Tá bom pra você? — o tom da salamandra dava a entender que a conversa tinha terminado.

— Que arma você queria dar? — Lylia percebeu que a salamandra estava pouco disposta a colaborar.

— Duas espadas! — a salamandra abriu os braços e atacou o ar — Duas magníficas espadas que eu achei por ai, uma de gelo, outra de fogo…

— Pode parar aí, eu conheço essas armas de algum lugar… —Lylia coçou o queixo – Sua trapaceira, estas armas já estiveram em outra história!

— Tá bom, tá bom! — a salamandra caminhou até um galho caído e o segurou com as duas mãos — Seu filho terá a habilidade de criar uma espada a partir da natureza nativa que o rodeia…

— Tá bom, aceito — Lylia partiu com o filho, tentando se lembrar, exatamente, o que “nativa” significava. Ela esperava que não fosse aquela coisa que ficava por cima do leite quando fervia.

Faltava o último presente, podia ser um clichê, mas podia ser algo único. Pedir presentes a uma bruxa resultaria no que era necessário para Khanta se tornar o maior herói que Arton já vira. Lylia mal podia se conter, acelerando o passo e mal falando com o filho. Talvez a bruxa lhe desse um grande inimigo, talvez uma missão impossível de realizar, mas, mesmo que ele quase morresse, era obrigatório vencer no final.

— Por que o bem sempre vence no final, viu? — Lylia parou na entrada da cabana da bruxa, uma estrutura que ficava no meio do pântano e bloqueada por duas gigantescas árvores mortas. Sentindo um calafrio, abriu a porta com cuidado para não incomodar a irmã mais velha. O menor deslize e seu presente poderia ser uma verruga na ponta do nariz.

— Se o bem não venceu, é por que a história não acabou — ela completou o raciocínio.

Por dentro a cabana da bruxa era como as outras, ornamentada com animais empalhados, esqueletos de pássaros e esquilos; por cima da porta de entrada havia um enorme crânio de alce e a lareira sempre queimava os restos de lenha da noite anterior. Cortinas finas cobriam as janelas circulares, o aroma de ervas e incensos se espalhava pelo cômodo único e a cadeira de balanço sempre balançava, mesmo que ninguém estivesse sobre ela.

— Seu filho será corajoso — Lylia ouviu a voz da bruxa, mas não sabia de onde ela vinha. A semelhança com as histórias dos bardos era tão empolgante que ela se deixou levar pela situação.

— Seu filho será bonito — a voz continuou. Lylia parou ao lado do caldeirão e viu um homem negro e forte, empunhando duas espadas feitas de galhos de árvores.

— Isso é tudo? Obrigada — Lylia voltou-se para a porta, recuou assustada ao se ver de frente com a Rainha Trevas.

Caliadore era velha por que as histórias exigiam que assim o fosse. Ela tinha a mesma idade das outras Rainhas Elementais de Caed Dhu e podia rejuvenescer quando quisesse. Ela não era má, apenas cumpria o papel que lhe fora imposto pelo arquétipo das Trevas, assim como Tenebra, a deusa da noite.

Lylia tinha a impressão que Caliadore gostava de ser uma anciã recurvada e com um olho de vidro, apesar de, em certas ocasiões, apresentar-se como uma mulher jovem e curvilínea.

— Mais alguma coisa? — a petulância de Lylia era incontrolável, principalmente confrontando a irmã mais velha frente-a-frente. As energias das duas eram opostas, quase inimigas, ainda que se completassem.

A bruxa ergueu o rosto, olhou para Khanta, depois para Lylia e falou.

— E seu filho não será o personagem principal desta história.

O Presente das Fadas Parte 03

Autor: Oghan N’Thanda.
Revisor: Isabel Comarella.
Adaptação do Post: Douglas Quadros.
Ilustrador da Capa: Theo S. Martins.

 

Raças Extras de T20 Parte 1 – Dicas de RPG #129

No episódio, Gustavo Estrela, também conhecido como AutoPeel, continua a série sobre os livros básicos de Tormenta20 e A Lenda de Ghanor RPG. Nesta parte, ele aborda as raças extras de T20, que são difíceis de encontrar no cenário de Arton. As raças extras possuem mecânicas mais complexas, sendo recomendadas para jogadores experientes. O destaque é o Golem, uma raça do tipo constructo com diversas habilidades, como imunidade a efeitos de cansaço e venenos. Outras raças mencionadas são os Hynnes, habilidosos arremessadores e sortudos, os Klirens, uma combinação de gnomos e humanos, e as Medusas, criaturas venenosas com um olhar atordoante. O episódio encerra prometendo abordar as raças restantes nos próximos Dicas.

O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja, mande suas dúvidas que vamos respondê-las da melhor forma possível.

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Raças Extras de T20 Parte 1

Voz: Gustavo Estrela
Edição do Podcast: Senhor A
Arte da Capa: Raul Galli

Músicas:

Music by from Pixabay

Osteon e as raças de Ghanor – A Lenda de Ghanor

O Osteon é uma raça de possibilidade quase infinita. Por causa da habilidade Memória Póstuma, sempre que uma nova raça é lançada, é necessário pensar em qual relação essa raça terá com o Osteon. Hoje vamos analisar as raças de A Lenda de Ghanor RPG e do Ameaças de Arton e verificar o que as novas raças humanoides trazem para a mesa. Hoje, porém, vamos focar nas raças de A Lenda de Ghanor RPG.

Começando pelo Osteon

Primeiro, o nosso ponto de estudo: O Osteon. Uma das raças extras de Tormenta20, ele recebe +1 em três atributos com exceção de Constituição e, dentre outros poderes, tem Memória Póstuma que te permite pegar um poder geral, uma perícia ou uma habilidade de outras raça humanoide.

Normalmente, entre as habilidades, é descrito se a raça é humanoide ou não. Alguns exemplos de raças não-humanoides são LefeuMedusaTrog. Portanto, não podemos ter Osteons dessas raças.

Mas não viemos aqui falar do que não podemos, mas o que podemos fazer, vamos lá!

A Lenda de Ghanor

Em A Lenda de Ghanor RPG, tivemos seis novas raças introduzidas. Todas elas consideradas humanoides, como sempre é importante lembrar, a Lenda de Ghanor é compatível com Tormenta20, porém certas interações (como a do Osteon com as raças do livro) devem ser consultadas com o seu mestre. Se você é o Mestre, fique a vontade para considerar o que quer usar.

Em Ghanor, alguns anões se tornam imortais por serem os melhores em seu oficio. Outros, por outros motivos…

Anão (Ghanor)

O Anão de Ghanor é diferente do Anão Artoniano base, caso você faça um Osteon deste tipo de anão, talvez a única habilidade que não seja tão boa é Moldados nas Rochas que te concede visão no escuro (que você já tem) e +1 PV por nível. Neste caso, seria melhor pegar Duro como Pedra do Anão Artoniano.

Elfo (Ghanor)

O Elfo de Ghanor, assim como o Anão de Ghanor, é diferente do Elfo base.  O lado bom é que você não herda a habilidade Sentimentos Conflitantes e todas as outras habilidades são boas. Sentidos Élficos é uma versão mais fraca da sua contraparte artoniana, mas Passo Leve é melhor que Graça de GloriennArmas da Floresta Magia Antiga sejam as melhores para se pegar como Osteon, tanto por você ter proficiência todos os arcos como ter o dano com eles,  quanto pra poder lançar magias com Sabedoria.

Se torne o terror que normalmente aventureiros enfrentam

Gigante

O Gigante também é considerado humanoide e, basicamente, só tem um poder que você pode pegar com ele; Grandão. A parte de tamanho é irrelevante porque você já herda o tamanho de qualquer raça que pegar o poder, mas pode usar qualquer arma sem a penalidade de ataques com armas marciais ou exóticas.

Hobgoblin

Talvez a pior raça para se fazer Osteon, já que boa parte das suas habilidades (Couro Duro Natureza Bestial) são baseadas em Constituição, na qual o Osteon tem penalidade.

Meio-Elfo

O Meio-Elfo tem uma habilidade muito única que já falamos aqui sobre, um Osteon também pode pegar a Longa Infância pelos benefícios de duas origens ou Sentidos Ancestrais pelos bônus, já que a visão na penumbra é irrelevante.

“Não pô, a masmorra vai ser suave, só tem esqueleto”. Os esqueletos:

Aberrante

O Aberrante tem apenas uma habilidade e ela torna basicamente o Osteon como um Aberrante 2. A mutação Resistente anula a penalidade de Constituição do Osteon, caso queira, e o resto é a gosto, dá pra fazer varias combinações interessantes pensando no que o Osteon já tem e sem a penalidade de -2 em Carisma do Aberrante.

Conclusão

Osteon é uma raça muito versátil por essa questão de conseguir usar as habilidades de outras raças que também sejam humanoides. Por este caso, analisar o que é póssivel com as demais raças te dê combinações interessantes para se jogar. Veja as opções acima e as futuras que faremos do Ameaças e se divirta!


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Texto e Imagem de Capa: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Isabel Comarella

Retrospectiva – Biblioteca Arkanita

O ano está acabando nos próximos dias e nós da Biblioteca Arkanita vamos fazer aqui uma retrospectiva que vai servir de índice a todos que queiram localizar temas já abordados, além de comemorarmos esta quantidade incrível de netbooks já disponibilizados até hoje. Sem mais delongas, vamos à imensa lista, organizada por utilidade.

1 evento multicenário

29 expansões de regras

18 cenários próprios

  • Akyremma, um cenário de horror renascentista pós-apocalíptico
  • Avatar!, um cenário de super-heróis fortemente influenciado por mitologias
  • Aventuras Capixabas, um cenário situado no Espírito Santo no período colonial, com elementos folclóricos
  • Cyfell, cenário tokusatsu com metal heroes, mechas e kaijus
  • Damon Cyberpunk, mesclando os elementos cyberpunk do RPG Cyberpunk 2020 com o cenário de Trevas
  • Daemonium: Neo Gênese, com um cenário épico apocalíptico
  • Daemonrun, mesclando os elementos de fantasia cyberpunk do RPG Shadowrun com o cenário de Trevas
  • Evolução, cenário futurista biopunk focado em mutações e engenharia genética
  • Gaia 400X, cenário de tecnofantasia
  • Gladiadores do Oeste, cenário de tecnofantasia
  • Guerra da Tríade, com um cenário de horror sobrenatural futurista
  • Mundo de Zephyrus, cenário de fantasia medieval
  • Mutação, cenário apocapunk nuclear repleto de paisagens radioativas, zumbis e mutantes
  • Quantum, cenário futurista focado em rinha de monstro
  • Sangue e Sacrifício, um cenário de horror sobrenatural urbano
  • Terra Vermelha, um cenário de fantasia medieval em um planeta distante
  • Trafalgar, cenário de fantasia científica
  • Yoshiro, cenário de tecnofantasia baseado na obra em quadrinhos de mesmo nome

46 adaptações

1 suplemento multicenário

  • Esfinges: Decifra-me ou te devoro, para Arkanun/Trevas, Invasão, Santa Cruz, Hi-Brazil, Tormenta, Rebelião: Ascensão e Queda, Cães de Guerra, Tagmar, Maytréia e RPG Quest

35 suplementos para os cenários Arkanun e Trevas

4 suplementos para o cenário de Invasão

  • Cobaias, para personagens vítimas de experimentos científicos
  • Diabos da Selva, descrevendo este grupo específico de supersoldados amazônicos
  • Protecs
  • UFO Team, que também inclui os Rogue Hunters

3 suplementos para o cenário de Tormenta

Você pode baixar estes netbooks aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita a partir de 2024 para muitos outros grandes netbooks!

Quer ter seu netbook publicado na Biblioteca Arkanita? Comente aqui neste artigo ou entre em contato conosco por aqui ou pelas redes sociais!

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Raças Básicas de T20 – Dicas de RPG #127

Neste episódio do podcast “Dicas de RPG” com Gustavo Estrela, o AutoPeel, fala  sobre os livros básicos de Tormenta20 e A Lenda de Ghanor RPG,  com o tema das Raças de T20. Explorando as raças básicas, Gustavo destaca características únicas de cada uma, como os humanos versáteis, anões robustos, elfos arcanistas, dahllans ligados à natureza, goblins engenhosos, lefous maculados pela Tormenta, minotauros de pura força e os qareen, meio-gênios adeptos da magia. Ele fornece insights sobre as habilidades de cada raça e sugestões de classes que se destacam para cada uma delas. Fique ligado para futuros episódios explorando raças extras e outros aspectos do universo de Tormenta20. Agora, o dado é passado para o próximo mestre!

O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja, mande suas dúvidas que vamos respondê-las da melhor forma possível.

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Raças Básicas de T20

Voz: Gustavo Estrela
Edição do Podcast: Amós
Arte da Capa: Raul Galli

Music by from Pixabay

 

Manopla do Infinito para T20

A Saga do Infinito, que abrange os filmes do Universo Cinemático da Marvel e é inspirado na historia Desafio Infinito, traz ao universo Marvel seu mais poderoso item; A Manopla do Infinito, usada para portar as seis Joias do Infinito e conceder poderes praticamente… Bem, infinitos ao usuário.

Tanto o Desafio Infinito quanto a Saga do Infinito mudaram o universo Marvel.

Quais são as Joias do Infinito?

No universo Marvel, as Joias do Infinito são artefatos que tem sua origem no inicio do Universo. Cada uma domina um campo especifico e concede poderes ao portador baseado no tipo da gema. A primeira que apareceu no universo Marvel foi a Joia da Alma (no pun intended) na posse de Adam Warlock.

As joias são as seguintes;

  • Alma
  • Espaço
  • Mente
  • Poder
  • Realidade
  • Tempo

E os Rubis da Virtude?

No universo de Tormenta, já existem artefatos poderosos que se assemelham as Joias do Infinito, que são os Rubis da Virtude, cada um deles concede habilidades únicas que você pode conferir em Tormenta20 JdA pg. 349. As regras das Joias do Infinito são baseadas na maneira que os Rubis funcionam em T20, então a comparação é válida.

Enfim, as Joias do Infinito

Todas as seis Joias do Infinito são artefatos que não tem valor em dinheiro. Como os Rubis da Virtude, as Joias do Infinito não podem ser danificadas por dano mundano, apenas por dano mágico. Cada Joia do Infinito tem 100 PV e 20 de RD, habilidades que ignoram redução de dano de objetos não funcionam contra as Joias do Infinito.

Cada Joia concede algo diferente para quem a porta, para utilizar, você deve estar empunhando uma joia, ou ela deve estar incrustada em uma arma, um item de vestuário, uma armadura ou no próprio corpo do individuo.

Incrustar no Corpo

Incrustar uma joia da alma no corpo de uma criatura exige um teste de Cura CD 25 e o efeito leva um dia para se manifestar, mas até o fim deste dia, ele sofre por uma dor mental e física enorme. O alvo que teve a joia incrustrada precisa passar em um teste estendido de Vontade (CD 30), com exceção da Joia do Poder, que estressa fisicamente o corpo do alvo, mudando o teste para Fortitude.

Uma vez incrustrada, a Joia se torna parte da criatura, não podendo ser retirada de maneira fácil. Se tentarem tirar a Joia do corpo do alvo, a própria Joia resiste, somando +20 em testes de resistência que envolvam retirar a joia do corpo de seu portador. Quais testes envolvem isso fica a critério do mestre.

Criaturas do tipo Constructo não precisam fazer este tipo de teste, mas não recebem o bônus no teste de resistência porque a Joia não se assimila completamente aos seus corpo metálicos.

Incrustar em Equipamentos

Adicionar uma Joia do Infinito em um equipamento é menos estressante fisicamente para o usuário, mas são mais fáceis de se perder.

Os efeitos da Joia contam como um encanto para o equipamento que forem incrustradas e ainda respeitam o limite de encantos dentro de um equipamento (Ou seja, apenas três joias podem estar incrustradas em um equipamento, ou uma joia em um item com dois outros encantos ou menos). Devido ao enorme poder das joias, apenas um poder das Joias do Infinito funcionam por rodada, a escolha do portador no seu turno. Uma Joia do Infinito pode ser adicionada a uma arma, armadura, escudo ou item de vestuário e exige um teste de Ofício adequado e funciona como se você estivesse adicionando um encanto ao item, mas aumenta o preço em +T$ 6000 e aumenta o CD do teste de Ofício em +5.

Os poderes das Joias

Cada Joia concede ao seu portador um poder diferente, baseada no seu tipo. Como regra geral, caso a Joia dê algum poder que conceda uma magia que o portador já tenha, diminui o custo dela em -2 PM.

Joia da Alma

Dizem que a Joia da Alma é senciente e que ela tem o desejo de coletar almas. O portador da Joia da Alma pode lançar a magia Roubar a Alma como se fosse um arcanista com seu nível de personagem. O objeto da magia pode ser a própria Joia da Alma, que pode conter uma quantidade de almas igual ao modificador de Sabedoria do portador.

Existe uma Joia da Alma no universo de Tormenta, os efeitos dela você pode conferir no livro Tormenta20 JdA pg. 346 e pode usar ela no lugar dos efeitos acima. Caso queira ler o romance de mesmo nome (que é muito bom, inclusive), você pode acessar o livro neste link e usar o cupom mrpg10 para receber 10% de desconto na compra do livro, e ainda ajudar o nosso trabalho!

Passado o jabá de oportunidade, vamos seguir.

Joia do Espaço

A Joia do Espaço permite ao usuário controlar o próprio espaço natural, o portador aprende e pode lançar a magia Controlar a Gravidade e a magia Teleporte como um arcanista de nível igual ao seu nível de personagem. Além disso, o alvo fica imune a efeitos de Movimento.



Joia da Mente

A Joia da Mente dá ao usuário poderes psionicos, você pode lançar a magia Telecinesia como um arcanista de nível igual ao seu nível de personagem. Além disso, pode lançar as magias Compreensão Enfeitiçar sem custo de PM (mas ainda paga o custo de aprimoramentos) e recebe imunidade a efeitos Mentais.

Quando incrustrado no corpo de um Constructo não desperto, a Joia da Mente dá personalidade para o Constructo, despertando ele. Se tornando um NPC novo. Caso a Joia da Mente seja retirada do corpo do Constructo, ele é instantemente destruído.

Joia do Poder

A Joia do Poder concede ao seu poder acesso a todo poder e energia que já existe e irá existir. O usuário recebe +2 em Força, Destreza ou Constituição e pode lançar a magia Desintegrar como um arcanista com nível igual ao seu nível de personagem. Além disso, todas as suas rolagens de dano somam +2 ao dano por dado.

Joia da Realidade

A Joia da Alma permite ao usuário alterar a realidade de uma maneira que quebre as leis da realidade, lógica e da física. O usuário pode lançar as magias Ilusão LaceranteMiragem, além disso, suas magias da escola de Ilusão aumentam a CD em +4 e as magias que causam dano podem causar dano letal e afetar a realidade fisicamente, os limites do uso desta habilidade ficam a critério do mestre.

Joia do Tempo

O portador recebe a capacidade de controlar o tempo, com poderes de passado, presente e futuro. O usuário pode lançar as magias Controlar o Tempo e a magia Premonição. Uma vez por rodada, o portador pode lançar a magia Premonição com o aprimoramento que transforma em reação completamente sem custo (tanto o custo da magia quanto do aprimoramento), demais usos na mesma rodada ainda custam PM.

A Manopla do Infinito

Separadas, todas as Joias do Infinito são artefatos de poder inimaginável, mas tanto no universo Marvel, quanto em Arton, quanto em Ghanor, mentes inclinadas para o mal podem querer reunir todas elas para feitos malignos.

No universo Marvel, essa figura é Thanos, o Titã Louco, que afim de chamar a atenção da morte, construiu um plano de coletar as Joias do Infinito e empunhá-las em um artefato; A Manopla do Infinito.

A Manopla do Infinito é um artefato que porta artefatos, nela é possível que todas as Joias do Infinito sejam incrustradas e canaliza todo o poder das joias nela. As Joias, que normalmente funcionam apenas em trios, conseguem funcionar de maneira plena na Manopla do Infinito.

A Manopla, assim como as Joias, é um artefato que não tem valor.

Ela se adapta para quem estiver a vestindo, contando como uma Manopla para personagens com classes marciais (Guerreiros, Paladinos e Bárbaros) ou como Luvas de Ferro para classes conjuradoras (Clérigos, Druidas e Arcanistas). Como a manopla vai se portar fica a critério do seu mestre.

A Manopla é o único item capaz de portar todas as Joias do Infinito, ultrapassando o limite de apenas três joias por item. Porém não pode receber outros encantos. Um jogador que esteja vestindo a Manopla do Infinito pode usar todos os benefícios de qualquer joia dentro da manopla. Mas seu maior poder se revela quando todas as Joias estão dentro da Manopla.


Uma vez completa, a Manopla torna o portador praticamente um deus.

A Manopla do Infinito Completa

Uma vez que todas as Joias do Infinito estejam dentro da Manopla do Infinito, ela se torna a Manopla do Infinito Completa, além de todos os benefícios das Joias, o poder de todas elas canalizado pela Manopla concede ao portador um poder inimaginável.

Quem estiver empunhando a Manopla do Infinito Completa recebe +5 em testes de ataque, +5 em Defesa e +5 em testes de resistência e pode lançar a magia Desejo sem custo de PM para os usos que não exigem sacrifício de PM. Caso o portador use a magia para desejar algo da lista que pede sacrifício de PM, como, digamos, sumir com metade da população do mundo, a Manopla pode conceder sem sacrificar PM, mas desgastando completamente o corpo do portador. O Desejo é realizado, mas o portador perde permanentemente 2 pontos em Força, Destreza ou Constituição, que não pode ser recuperado de qualquer meio, mundano ou mágico.

O único limite, porém, é que o uso da magia Desejo não pode ser usado para desejar que a própria Manopla ou as joias sejam destruídas. Uma vez que a Manopla seja usada em sua capacidade máxima, além de desgastar o corpo do portador, ela é destruída e outra Manopla deve ser encontrada ou construída para portar as Joias.

Mas precisa ser uma Manopla?

A Manopla é icônica por ser o artefato do Universo Marvel, mas na sua mesa, o item que porta as Joias do Infinito pode ser a Espada do Infinito, a Armadura do Infinito, o Chapéu do Infinito, a Bota do Infinito, o que você desejar!

Conclusão

A Saga do Infinito foi um marco para quem viver nos anos 2000s e inicio dos anos 2010s. Por mais que o que veio demais não nos anime muito, a lembrança do que foi os filmes Guerra Infinita e Ultimato ainda mexe conosco.

A ideia de ter os aventureiros perseguindo artefatos poderosos é clássica, experimente usar nas suas mesas! Até a próxima postagem, valeu! 


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Texto e Imagem de Capa: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Isabel Comarella

Ambivalência Divina em 3D&T

Este artigo com regras relativas a ambivalência divina em 3D&T Alpha foi escrito originalmente na revista Tokyo Defender Extra por Alberto Chechter. Veja o artigo na íntegra ao baixar a edição gratuita clicando aqui, que ainda inclui o restante dos deuses dualistas, a vantagem Heresia e o restante das magias dualistas. Para outras edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. Para adquirir as edições do novo formato em financiamento coletivo, clique aqui.

O Nada e o Vazio criaram 20 deuses, deuses bons, deuses maus, deuses leais, deuses caóticos, deuses neutros. Mas sabemos também que toda religião possuí divergências, como dogmas, conflitos assembleicos, ramificações, doutrinas variadas, ensinamentos restritos…

Por exemplo, a deusa da aventura criou a humanidade, deseja que seus servos sejam corajosos e ambiciosos, mas sua ganância tornou os Lefeu insaciáveis em uma sede infinita por incorporar mais e mais como um vírus dimensional.

A identidade de uma divindade é algo importante, sem seu arquétipo ou nicho, seus poderes poderiam ser incorporados por farsantes que adentrassem seus templos reclamando seus servos. Um deus Bom jamais faria algo ruim, certo? Mas a doutrina é algo que se estabelece em toda a religião, ou seja, um individuo pode repassar um ensinamento religioso “a mais” ou “a menos”, um tipo de ambivalência divina.

Normalmente encaramos isso em jogos como RPG como uma heresia, afinal, um clérigo ou paladino que não seguir rigorosamente os seus códigos, regras e dogmas, perderia seus poderes tendo em vista que pecou com sua divindade. Porém, trazemos uma nova ótica religiosa para sua campanha com clérigos e paladinos. Deuses dualistas poderiam ter servos bons, ou maus – pode haver ambivalência divina.

Alguém poderia aprender que para evitar conflitos, as pessoas deveriam estar inertes, em sono contínuo, agradando Marah em paz. E com essa doutrina, alguém poderia manter duas vilas em conflito sob efeito da magia Mundo dos Sonhos ou Coma. A paz é mantida, mas isso seria o correto? Um clérigo de Valkaria acredita que a aventura é a melhor forma de servir sua deusa. Mas um fanático poderia atrair um monstro para um vilarejo de halflings para incitar o perigo e talvez descobrir novos aventureiros. Imagine que esses servos dos deuses acreditam que não ferem a vontade dos mesmos por fazer exatamente o que lhes foi instruído. E portanto, (pasme) não perdem seus poderes.

Valkaria não se agrada de vilões, mas a oportunidade de criar novos aventureiros, fortalecendo seu arquétipo é realmente tentador (note que estamos falando de uma deusa responsável pela criação da Tormenta).

Isso não torna um deus bom ou mal, afinal de acordo com a dualidade e ambivalência divina, a divindade forneceria seus poderes pela quantidade de fé, e não por seus feitos, e sim traz para 3d&t uma divindade mais próxima de sua criação, com dúvidas, vontades, desejos e ainda assim distantes devido a sua responsabilidade para com o multiverso e seu enorme poder.

Imagine o peso de tomar decisões que afetariam a existência em si. O bem e o mal não podem sustentar decisões morais de porte divino, afinal quem além do Nada e do Vazio poderia os julgar?

Vale lembrar que isso também torna possível a reforma de um panteão inteiro, se o mestre deseja Khalmyr como líder do panteão, poderá o fazer, se deseja a própria Tormenta, seu desejo será verdade.

Um dos fatores que diferem 3d&t de outros sistemas mais fechados, é que sua bússola moral é definida por vantagens e desvantagens. Mas note que essas ainda não o fazem melhor ou pior, apenas servem como código de conduta para interpretação de personagens e NPCs sem limitações drásticas como tendências que afetariam todo um jogo. A má fama de alguém não está relacionada ao fato ocorrido, mas também à suposição.

Você pode ou não ter incendiado as três aldeias sem querer e mesmo assim ter má fama.

A partir desse pressuposto moral, podemos partir pra próxima etapa, lembrando que cada uma das doutrinas apresentadas podem ser vetadas pelo mestre. Afinal é a dogmática do mestre que deve prevalecer, pois é ele que trará as consequências a tona. Lembrando que deve ser uma experiência agradável a todos, e que mestres ou jogadores antigos podem acreditar que um cenário oficial deve prevalecer. De todo modo, sempre converse com seus jogadores e verifique se eles estão confortáveis com as mudanças/ adições às divindades.

ENTENDENDO DUALIDADES

Para entender deuses dualistas, de ambivalência divina, devemos nos colocar nos sapatos dos grandões. Se você fosse apaixonado por uma mortal, mas fosse o deus da justiça, você impediria a união dela com outro? Pois é, deuses gregos ou nórdicos são famosos por intervir no destino dos mortais em aspectos que nós acreditamos ser mínimos. Um deus maior poderia criar infinitas servas para cuidar de suas “necessidades” afetivas, ou simplesmente fazer o sentimento sumir. Mas de fato, os deuses adoram brincar com seus avatares, seja possuindo seus fieis para proteger clérigos ou doutrinar os mesmos para um novo caminho.

Ahh, e ainda esquecemos dos semideuses e dos deuses menores, seus filhos podem ser servos fiéis ou os maiores rebeldes da superfície de Arton. Filhos rebeldes de divindades podem ser precursores de uma nova doutrina, ou quem sabe até mesmo usurpadores dos arquétipos dos pais!

O reino dos deuses é o limite (ou não)!

DEUSES DUALISTAS

Keen- Dizem que deus da guerra e dos conflitos não se agrada de conflitos pequenos oferecidos em seu nome, tais como brigas de taverna ou desentendimentos conjugais. Keen apenas aceitaria duelos ou conflitos militarizados como oferenda e alguns clérigos atuam como juízes evitando conflitos sem sentido, mas ainda assim incentivando conflitos organizados e funcionais.

Ragnar- Além de Leen, sua forma para humanos, Ragnar recentemente apresentou curiosidade sobre seu inimigo natural. Os Elfos eleitos de Glórien que passaram a servir o deus da morte receberam sua própria faceta: Lirionash o senhor dos elfos da morte. Lirionash prega que tanto elfos quanto goblinoides estão presos em um simulacro, e que a única forma de desfazer este simulacro é auxiliar a Aliança Negra a destruir este mundo para que outro comece.

Tauron- O deus da força disse: “O mais fraco deve servir ao mais forte, e o mais forte proteger o mais fraco”. Segundo alguns clérigos, tanto o fraco deve servir quanto o forte proteger, na mesma intensidade. E que a escravidão remove o livre arbítrio e a capacidade do mais fraco cultuar o Boi em chamas.

MAGIAS DUALISTAS

Consumir podridão do corpo

Exigências: Heresia

Escola: Negra ou Elemental (terra).

Custo: 5 a 10 PMs

Alcance: Toque

Duração: Sustentável

Essa versão mais barata de cura total restaura as aflições de um indivíduo. Cogumelos e insetos brotam do corpo da vítima. Após receber a cura, faça um teste de R+1. Se for bem sucedido nada acontece, mas se falhar fica sob o efeito da magia marionete por 1d turnos. O teste deve ser realizado independente da vontade do conjurador.

Essa magia é utilizada tanto em vivos quanto mortos para curá-los e/ou controlá-los em seguida.

Ira da podridão

Exigências: Heresia.

Escola: Negra ou Elemental (terra).

Custo: 5 a 20 PMs

Alcance: Toque.

Duração: Sustentável.

Essa magia permite ao herege criar 1d mortos-planta por turno. Os mortos possuem a escala do invocador, F:2 (Corte) H:2 R:2 A:2 PDF:1 (Químico), Armadura extra Físico, Vulnerabilidade: químico e fogo.

Selamento do tesouro

Exigências: Heresia ou ser um dragão.

Escola: Qualquer

Custo: 1 PM por objeto ou pessoa.

Alcance: Curto.

Duração: Permanente até ser cancelado.

Um selo arcano exala uma aura que quando reconhecida por Identificar Magia, revela que o tesouro é posse de um dragão. Muitos Heréticos usam essa magia para proteger seus tesouros de bandidos ou aventureiros que pensariam duas vezes ao roubá-lo dos filhos de Kallyandranoch. Este selo é muito usado por dragões anciões que a conhecem mas, seu objetivo é avisar outros dragões de sua posse. Se o tesouro for retirado do local onde ele está, seu dono é avisado automática e saberá em que direção o tesouro está (como na Vantagem Ligação Natural).

Este artigo com regras relativas a ambivalência divina em 3D&T Alpha foi escrito originalmente na revista Tokyo Defender Extra por Alberto Chechter. Veja o artigo na íntegra ao baixar a edição gratuita clicando aqui, que ainda inclui o restante dos deuses dualistas, a vantagem Heresia e o restante das magias dualistas. Para outras edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. Para adquirir as edições do novo formato em financiamento coletivo, clique aqui.

O Presente das Fadas Parte 02 – A Quinta Estação

O Presente das Fadas Parte 02 é uma das três partes do primeiro capítulo do romance “fan made” A Quinta Estação, por Oghan e publicado no site do Movimento RPG. Para acompanhar a série completa, entre neste link. Caso você goste desta história compre as obras do autor clicando aqui clicando aqui! Caso você não tenha lido a primeira parte do conto, clique aqui!

Sinopse

O Exército do Reinado triunfou! Liderados por Sir Orion Drake, a coalisão de soldados, heróis e mercenários venceu onde era impossível vencer. Mas, nem só a Tormenta é uma ameaça para este mundo: A Aliança Negra, o Império de Tapista e muitos outros problemas precisam de heróis para enfrentá-los.

Nesta época de transformações, surge a Confraria dos Redentores, uma companhia mercenária especializada em proteger os mais fracos e impedir que o mal se espalhe.

Mas, o que acontece quando o mal parte de dentro da própria Confraria?

Sobre o autor

Oghan é escritor de afrofuturismo e primeiro autor de steapunk do Brasil com seu romance O Baronato de Shoah, foi vencedor do Wattys 2018, e é autor de Os Oradores dos Sonhos, além de publicado na Revista Nigeriana Omenana Magazine e na MV Media nos Estados Unidos; também tem seu nome gravado no legado de Arton através de um conto em Crônicas de Tormenta volume 2 e seu sonho é escrever o primeiro romance focado na Grande Savana.


O Presente das Fadas Parte 02

Parou na beirada de um lago, onde sentiu a vida pulsar e os líquidos de seu corpo correrem com mais velocidade. O coração palpitou com a ansiedade e ela gritou pela irmã das águas.

— Eu sei que você está aí, Meriele! — as ninfas eram como as dríades, com a diferença que suas almas ficavam presas a lagos ou rios, ao invés de árvores. — Pare de fingir que foi passear!

— Não quero comprar nada! — carrancudo como só um lago poderia ser, Meriele — Muito menos doações para duendes abandonados!

— Saia daí ou eu vou ferver você, sua ninfa preconceituosa! — Lylia passou os dedos pelo lago, esticou o bebê para frente e o deixou cair. Ao invés de afundar e se afogar ele rodopiou na água e respirou como se ela fosse seu ambiente natural.

Meriele emergiu ao lado do infante, erguendo-o em uma coluna de seu elemento, o bebê esticou os bracinhos quando ela fez menção de pegá-lo. Abraçaram-se, a ninfa passou a mão em seus cabelos, gostara dele, apesar do excesso de superfície em seus modos.

Ao invés da alegria de Tyro ou da inocência de Lylia, Meriele transbordava sensualidade, as curvas de seu corpo atraíam humanos desde o princípio dos tempos, ela fora adorada por muitos povos e quase se casara com o Grande Oceano. Cortejada por marinheiros, estivadores e matronas nas beiras dos rios, acostumara-se a ser amada.

— Mas não é que vocês, das terras verdes e duras, até que fizeram um bebê bonitinho? — Os cabelos de Meriele eram de um tom azul-escuro que lembrava uma tempestade em alto-mar, os olhos eram profundos como rios antigos, a boca lembrava chuvisco, era doce, pacata, delicada.

Certa vez, por inveja ou ciúmes, Tyro chamara Meriele de “aquela gorda”, Lylia nunca entendera como isso poderia ser um insulto, o corpo de Meriele a fazia pensar em noites de amor e abundância. Os seis irmãos elementais levaram o caso ao tribunal da Floresta Negra, e a discussão foi encerrada com um único e frio “Calem a boca” proferido por Trevas, a mais velha.

— Eu tive de desfazer a sua alcova — parecia um lamento, Meriele beijou o sobrinho na testa — Achei que você não voltaria mais depois de sua última história.

— Foi culpa minha, eu devia ter avisado que retornaria, mas não tinha certeza que as outras iriam me querer aqui… Não é todo mundo que aceita muito bem o romance entre dríade e… — Lylia interrompeu a si mesma — Mas eu devo confessar que esperava um pouco mais de paciência da sua parte. Só fiquei duas luas fora!
— Seu amante era mais era um rei — Meriele deu de ombros — E você conseguiu ver através do Rio do Tempo o que ele faria no futuro.

— Quem sabe não criamos um espacinho para o bebê? — A verdade era que Lylia estava enjoada da alcova e queria construir outra, mas tinha preguiça de gastar tempo e energia reformando o que Meriele lhe fizera. — Humanos demoram muito para crescer?

— Um bocado, mas não tanto quanto elfos e eu não faço ideia do quanto essa coisinha vai viver — Meriele mantinha a criança em cima de uma onda que ela mesma criara, abaixando e levantando a maré para diverti-la.

— Dá azar não batizar os recém-nascidos, dizem que os trolls surgem à noite para roubá-los — Meriele sabia que era mentira, os trolls eram muito piores do que se imaginava — trolls são devoradores de carne humana e colocam os bebês deles no lugar do seu.

— Como você sabia que o pai dele era um rei? — Lylia, desconfiada, tentou pegar o filho de volta, mas Meriele o erguera alto demais.

— Até mesmo o pântano mais imundo possui água, e onde houver água, estarei — Meriele recitou — Você veio em busca de um presente para ele?

— Sim, é o que vim buscar — um pouco angustiada, Lylia pensou em usar sua mágica para resgatar o filho, mesmo tendo certeza de que a irmã jamais o machucaria.

— Ele irá amar, mais do que os humanos são capazes de conseguir, menos do que os deuses são capazes de entender. — Meriele desceu a onda onde Khanta estava sentado. — Seu amor será tempestuoso, conflitante e intenso, mas será verdadeiro.

— O amor é uma arma – Lylia segurou no braço da irmã, deixando que sereias levassem o filho para o meio do lago. As duas começaram a andar por cima da água para chegar ao outro lado da floresta, embaixo da superfície elas podiam ver baleias, golfinhos, tubarões e um kraken.

— O amor pode ser uma arma, ou um escudo, tudo depende de como você o carrega — Meriele retrucou, parou nos limites do lago, menos de cinco metros adiante a floresta recomeçava. — Você sabe a origem do sangue do pai dele?

— Sckharshantallas, o dragão vermelho — Lylia sussurrou no ouvido de Meriele, que fingiu surpresa.

— Mentirosa — a ninfa das águas sorriu — Rainhas Elementais não se misturam com Dragões-Reis.

A frase teve um peso muito maior na conversa do que elas esperavam. Houve um silêncio incômodo e pesado entre elas, uma parede de segredos colocada entre duas entidades ancestrais e tão velhas quanto os próprios dragões.

— Foi só uma brincadeira, eu jamais me deitaria com Sckhar! — Lylia quebrou o silêncio com mais uma frase cheia de significados que a irmã não conseguia desvendar.

— Acho bom, Lylia — Meriele retrucou — Até mesmo a Rainha da Luz deve ter algum bom-senso de vez em quando.

— O pai do meu filho é um caçador da Grande Savana. — Lylia recolheu o bebê. — Ele procurava um presente para sua tribo.

— Eu gostei dos seus presentes, Meriele – Lylia não queria que o filho sofresse, mas o amor era uma constante na vida dos mortais. Sua prole transitaria entre os dois mundos e superaria o presente-maldição. — Que o amor seja uma arma e um escudo.

Lylia estava do outro lado do lago, olhou para trás e viu Tyro e Meriele conversando. Queria se juntar a eles e ir brincar na mata também, mas tinha responsabilidades a cumprir, precisava presentear o filho para que ele crescesse e se tornasse um herói.

O Presente das Fadas Parte 02

Autor: Oghan N’Thanda.
Revisor: Isabel Comarella.
Adaptação do Post: Douglas Quadros.
Ilustrador da Capa: Theo S. Martins.

 

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