Videogame de papel RPG – resenha

‏Videogame de papel, é um RPG que pode ser solo, cooperativo, ou tradicional, inspirado nos jogos de videogame tipo “beat them up”, (como Final Fight, Streets of Rage, e Tartarugas Ninja!) foi lançado pela Editora Cantina dos Jogos.  Criador: Gilson Rocha.

 

Em Videogame de papel …

 

Você pode ser um lutador desde o clássico guerreiro humano, até um mago elfo. O livro tem 36 páginas (apenas 23 de regras), tamanho 14 x 20 cm, facilitando a impressão para quem prefere material físico.

Financiado com sucesso pelo catarse, e com um lindo upgrade: quem apoiou o material de PDF, recebeu o livro físico, e com frete grátis ( Cantina dos Jogos, seria muito cedo para pedir vocês em casamento?…)

O livro traz 4 opções de ancestralidade (humano, elfo, anão, e orc), e 4 opções de ocupação ( guerreiro, clérigo, ladino, mago).

O Universo de Videogame de Papel …

 

Traz as opções clássicas de um cenário de fantasia medieval, mas NÃO se restringe a isso.

Tem muito mais.

Evolução de personagens, tabelas para criação de aventuras, conteúdos de salas, nomes de personagens, tanto jogadores, quanto do mestre, ambientação, itens, monstros com poderes especiais, de lacaios, até os “chefes finais”

Quer arma e armadura? Toma!

O livro em si …

te inspira a adaptar para muitos cenários, e fui praticamente induzido a associar a tartarugas ninjas, e pouco tempo depois a adaptar para jogo de combate de naves espaciais. O livro veio em papel couchê e uma capa praticamente de cartolina.

Porque será que pensei em tartarugas ninja?

Por falar em combate, …

é um esquema “rápido e caceteiro“, como dizemos aqui na Bahia.

Emulando bem os “beat them up” dos videogames, você joga ‏apenas 2 dados. Dados de 8 faces(D8) e de 6 faces(D6) pra distância curta, e demais distâncias (média e longa) D6 e D6. Um resultado 5 ou mais é sucesso.

E aí já é bordoada nos inimigos, e os “empurrando” para trás.

Se falhar

Acumula estresse e “recua ” no grid de combate, e assim como nos videogames, ficar acuado não é bom não, meu senhor. 

Também ativa as “reações” de alguns adversários mais casca grossa.

Inimigos comuns, 2 pontos de vida, e os difíceis, subchefe e chefes, têm mais resistência, progressivamente.

 

Mas como é a evolução de personagens?

Apenas 2 dados para quaisquer testes, sendo que você vai mudando de D6 para D8, e depois para o dado de 10 faces (D10), aumentando sua chance de sucesso, nas diversas “distâncias” de combate (curto, médio e longo).

Então, quais as vantagens de Videogame de Papel?

Se você quer tirar a criançada das telas, mas usando temas e ambientações familiares, ou mesmo se desafiar a uma experiência rápida e divertida, não vai se decepcionar:

  1. As regras se combinam para um combate rápido e de resolução curta, mas ainda assim variada.
  2. Você pode fazer tudo com material reciclável. Exceto talvez os dados, mas até aí tem aplicativos que simulam.
  3. Você pode utilizar miniaturas e usar dados de mais faces para melhorar o controle de pontos de vida de rivais mais resistentes.
  4.  Fácil adaptação para diversos cenários, como animes ou videogames.

Tudo muito fofo, mas e as…

Desvantagens?

Se você não ler tudo com calma, pode acontecer de …

  1. Esquecer alguns detalhes importantes, como recuperar um pouco de estresse após cada combate
  2. Às vezes a aleatoriedade pesa um pouco mais do que deveria, e aí ter lembrado de que tem a poção de cura faz diferença
  3. Achei falhas mínimas no livro físico, como a lista de opções de equipamentos aparentemente só estar na ficha de personagem, e o mesmo ocorrer com o significado (em termos de regras/rolagem de dados) de sucesso simples, duplo ou absoluto, (também só aparecerem na ficha de personagem, no fim do livro).  Já a minha…

Impressão pessoal,

Enquanto apoiador, é que valeu muito a espera.

Como se não bastasse o upgrade de PDF para físico, com frete grátis, a Editora Cantina dos Jogos, também me respondeu alguns questionamentos por e-mail (como a opção de em vez de usar D6 somente, usar outros dados multifacetados para manter um ritmo mais rápido), adaptação para tartarugas ninja, porcentagens de resultados de dados…

Foram muito solícitos.

Assim, achei o material  direto, simples e bem-feito, todavia com mais “recheio” do que pareceu a primeira vista.

Se te recomendo o “vídeogame de papel” ?

Com certeza. ‌Pode baixar de graça o PDF, no site do projeto no catarse, clica aqui!

A Editora Cantina dos Jogos também já financiou mais um projeto de sucesso, o RPG 3X4, no catarse. Quer conferir? Clica aqui!

Temos outras resenhas, aqui no movimentoRPG. Quer checar aqui? E nosso podcast, já conhece? Escuta aqui!


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Jogos de Campinho – Resenha

 Jogos de Campinho é um livro-jogo interativo. Vem pra rua, vamos jogar! Com ele você assume o papel do representante de sua rua‌ em uma grande e centenária competição desportista – os “Jogos de Campinho”, nas palavras do próprios criadores da obra, Marcus “Baikal” Cristo & Wesley Alves, da Editora Jotun Raivoso.

Jogos de Campinho é muito competitivo …

Apesar da linguagem, narrativa e ilustrações acolhedoras e nostálgicas, o livro-jogo é muito competitivo. É um prazer, enquanto apreciador de livros jogos, ver algo brasileiro, versátil, variado e inteligente. Há várias estratégias para se vencer as competições, e mesmo as “derrotas” são narradas, com perdas e ganhos. Como é inspirado nas Olimpíadas, o seu objetivo é vencer as provas. Mas é quase impossível vencer todas em primeiro lugar (tá pensando que vai ser fácil?). O mais provável, é vencer por pontos somados. Agora, te falo uma coisa…

É imersivo e inclusivo

Os autores transformam clássicas competições de rua da infância, como carrinhos de rolimã, soltar pipas, e corrida de pés de lata, (entre outros típicos “jogos de rua”), em um jogo competitivo que pode ser feito solo, ou em grupo, (ou ainda na forma de RPG, com algumas adaptações). Também, em muitos pontos, orientam como fazer uma pipa ou um pé de lata, por exemplo. Pessoas com deficiência, que não poderiam participar dessas competições “de verdade”, têm aqui uma forma de vivenciar com lápis, papel e dados o que seria impossível, caro ou muito arriscado na vida real. Falando em riscos…

Jogos de Campinho avisa que pode ser perigoso levar as coisas ao pé-da-letra.

Apesar de dar instruções de como fazer algumas coisas, há um mecânica de “machucados” , que pode te afastar de algumas provas, e lembretes de que qualquer brincadeira de rua, ou esporte, traz riscos. Na verdade, minha mamãe jamais me deixaria fazer algumas das competições. 

Na parte estratégica, você terá perfis com mais vantagens para algumas competições, e menos para outras

 

É interessante a influência de sorte x escolha, e você pode ainda ter “edições” dos Jogos de Campinho simulando mais que um evento único, e sim levando em consideração o que ocorreu em “edições passadas”. Os autores falam de amizade, convivência e etc.

Minha sugestão? (Esse negócio de “o que vale é competir”, ah, fala sério! Ainda mais se for Solo, você veio aqui pra vencer! ) é usar a “estratégia do pato”. Para te lembrar, ou conhecer:

O leão, o pato, o tubarão e águia foram fazer uma competição. Um conjunto de habilidades, para definir quem era o rei dos animais. Os resultados foram o que segue abaixo:

Corrida: leão em primeiro, pato em segundo, águia em terceiro, tubarão em último ( obviamente, o tubarão não pode correr, pois é exclusivo da água).

Voar: águia em primeiro, pato em segundo, tubarão e leão empatados em último (pois não podem voar… Jura?…)

Natação: tubarão em primeiro, pato em segundo, leão terceiro, águia em último.

Daí, na contagem de pontos, o pato, em segundo lugar em todos foi coroado o rei dos animais.

Fique a vontade para discordar.

Como você deve ter notado,

Eu curti muito Jogos de Campinho,

apesar de preferir ambientações de fantasia ou terror, esse livro jogo de ambientação entre esporte, jogos de rua, infância e nostalgia, me agradou demais. Um dos pontos altos da narrativa é: “Jogue fora este livro e vá para rua brincar”. Como nas palavras dos autores: “De certo que, em algum momento, o leitor sentirá a vontade de realizar as brincadeiras de rua na própria rua”. (Mas leve uns Band aids e analgésicos na mochila, além da garrafa d’água). As ilustrações são outro ponto muito interessante, combinado com a atmosfera do jogo.

Observe que em outras resenhas, eu coloco pontos fortes e fracos de certos jogos e/ou RPGs. Mas “Jogos de Campinho”, é uma exceção. É acessível, tem na forma física e PDF, entrega o que promete em 159 páginas com ilustrações coloridas, personagens, pode ser solo ou cooperativo/competitivo. Só se não for a sua “xícara de chá”, para você não gostar.

Se você curtiu, e tem interesse em outros jogos da Jotum Raivoso, clica aqui.

Até breve, querido RPGista, leitor, ou mestre. (Ou competidor …)

 

 

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RPG Solo – Aprendiz de Mestre

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‎‎RPG Solo!‎ ‎‍Olá, aprendiz de mestre. Há momentos em que devemos desbravar sozinhos o que nos espera em florestas escuras, ruínas esquecidas ou desertos escaldantes. Vamos solo, mas juntos nesta aventura.Pegue seu livro de feitiços ou de orações, espada, ou lança. Tire a poeira da armadura. E vamos entender

Como é possível jogar RPG Solo?

Comecemos do passado longínquo. O próprio criador do RPG mais antigo, mais jogado, que tornou o hobby o que nós conhecemos hoje, criou um conceito de RPG solo, ou seja, jogar sozinho, sem amigos ou narrador, pois o D&D foi lançado em 1974, e em 1975, Gary Gygax lançou na revista “the Strategic Review”, o primeiro método oficial de RPG Solo:  “Solo Dungeon Adventures”. Que consiste, muito basicamente, em substituir o mestre por tabelas.

Isso quer dizer que você joga um dado, e consulta uma tabela. Exemplo: jogou dado de 6 faces, (nosso querido D6), e consultou a tabela como abaixo:

  1. Sala vazia
  2. Sala com armadilha
  3. Sala com monstro acordado e ativo
  4. Sala com monstro dormindo
  5. Sala com tesouro
  6. Sala com NPC

Repare que isso torna a exploração procedural, ou seja, a cada vez que você joga, pode ser um resultado diferente.

Isso também nos leva a possibilidade de criar um verdadeiro diário de aventuras, ou criar contos e mundos. De controlar mais de um personagem. Sortear eventos como o clima (dia chuvoso, ensolarado, com furacões, nublados…),  encontros com NPCs de “sidequests”,  basta manter um registro do que ocorre a cada dia.

Mas se eu jogo RPG para interagir com as pessoas, por que jogar Solo?

Sim, meus caros heróis, ou heroínas? Em nome de todos os deuses, porquê? Há muitos motivos.

  1. Para compreender melhor as regras e mecânicas de um RPG
  2. Para vivência do cenário proposto de um jogo
  3. Para entender a ambientação e NPCs, para criar personagens distintos.
  4. Para se deixar surpreender por uma narrativa ou desafios aleatórios
  5. Para criar aventuras que depois poderão ser utilizadas com grupos
  6. Também é uma forma de jogar de forma cooperativa, sem um mestre ou narrador, ou seja, com um grupo de jogadores. Todavia, sem um deles no papel de mestre

Isto quer dizer que …

Há vantagens em jogar RPG solo?

Muitas. Na verdade, é o que me mantém no hobby, em grande parte, ( falta de tempo e flexibilidade de horário). Vamos ver:

  1. O cenário que você quiser
  2. O sistema de regras que você preferir
  3. Com trilha e efeitos sonoros que mais te agradarem
  4. Sem riscos de atrasos ou faltas por parte de mestres ou outros jogadores
  5.  Experimentar cenários e regras novas, antes de apresentar a seus jogadores
  6. Total flexibilidade de horários (afinal, é só com você!)
  7. Tem muito material gratuito ou pague-o-quanto-quiser, criado por jogadores e comunidades de RPG Solo.
  8. Muitos vídeos explicativos e textos sobre jogar solo na internet

Mas é claro, nem tudo são flores quando você está sozinho no fundo da masmorra mais escura e tenebrosa que você puder imaginar, somente com arranhar de garras de monstros a espreita e teias de aranha como companhia. Há perigos e armadilhas, …

Desvantagens em se jogar Solo

Por atraente que possa parecer a idéia de não ter de dividir seus tesouros com ninguém, jogar Solo NÃO é para todo mundo. Nem todos vão imergir numa narrativa solitária, e apenas jogar dados para sortear eventos e inimigos em tabelas pode se tornar maçante para algumas pessoas.

Embora você possa adaptar qualquer RPG para jogar Solo, eu prefiro quando o material já vem com essa forma de jogo criada pelo próprio criador do projeto.

Mas será que temos muitos …

Exemplos de RPGs Solo e cooperativos? E jogos de tabuleiro?

Ah, sim, a lista é vasta como nossa imaginação, de criadores de jogos nacionais e estrangeiros. Citando alguns:

  1. 4AD – (4 against darkness) Dungeon Crawler e procedural, trazido ao Brasil pela Retropunk (que encerrou a licença enquanto escrevo este POST, mas você pode achar internacional ou em sites como o “sebo do RPG“, por exemplo.
  2. 4AD contra os grandes antigos, ( uma expansão “Stand Alone”) e sua expansão, Aurora do Horror.
  3. Aventuras na Era Hiboriana: 101 games
  4. A “linha de horror”:  vampiro, licantropo, bruxo e herança de Cthullu,: 101 games
  5. Notequest, trilogia Ronin, pelo Coisinha Verde 
  6. Sinistros & Monstros, Clube do Nunca e Anomia,‌ pela Universo Simulado
  7. Runa, trazido ao Brasil pela indievisivel press
  8. By the Sword, in to the Madness, pela editora Nozes Game Studios
  9. Ducado de Verona, pela editora Caleidoscópio
  10. Por último, mas NÃO menos importante, (Last, but NOT the least!), Jornada Espacial – pela editora TLHP – aqui tem muitas criações, sendo pioneiro em jogos de RPG Solo no Brasil…

E ainda alguns jogos de tabuleiro! Como:

  1. Monstros e Tesouros, pela Lord Zebulon Games (brasileiro!)
  2. Desconfronto, pela Nat 20Games (brasileiro!)
  3. For the Quest – 101 games (brasileiro!)
  4. Eldritch Horror, trazido pela Galápagos
  5. Elder Sign, trazido pela Galápagos
  6. E chegando Creepers, pela plataforma Meeplestarter, (brasileiro!)…

Notou como a lista é extensa? E olha, ainda tem livros jogos, como o Terra da Opressão, pela Mephirot,(brasileiro!) e os livros da série Fighting Fantasy, trazidos pela Jambo.

 

Enfim, tá esperando o quê pra jogar RPG Solo?

Espero ter te mostrado que você tem riqueza de opções de ambientações, cenários, regras e sistemas de RPG Solo, de criadores de jogos nacionais (que NÃO devem nada em qualidade) e “da gringa”. Que você pode usar pra jogar solo,  cooperativo ou para criar aventuras para os seus jogadores de forma mais tradicional.

Agora, com licença. Não preciso marcar com jogadores ou mestres, então vou pegar minha mochila, uma espada e um escudo. Esta entrada de templo abandonado e escura está cheia de tesouros me esperando, eu já escuto o barulho do vento e sinto o cheiro de umidade e musgo.

Se não nos virmos mais, diga aos aventureiros que fui atraído pela Fortaleza de Berdolock. Dizem que poucos voltam de lá…


 

 

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Wipe’Em Out – resenha – na Mesa

‎‎Caçadores de monstros de todo o universo, bem-vindos a Wipe ‘em Out! – resenha. Um jogo de cartas competitivo, rápido e para todas as idades.

Já tínhamos uma notícia aqui antes, na época do financiamento coletivo, mas chegou de fato, já a algum tempo

Produzido pela Caramelo Games.Composta por Rodrigo Senice, Fundador e CEO e Fernanda Giachini, Co-Fundadora e Diretora de Marketing.

Em “Wipe’em Out!”,  os jogadores assumem o papel de heróis, que foram convocados para proteger a vila de Anwon de monstros liberados pela exploração de um geólogo de uma caverna recém-formada.

Wipe’em Out é um projeto de sucesso

Pela Caramelo Games, que teve meta base atingida, e ainda bateu algumas metas extras. Foi financiado por financiamento coletivo, pela plataforma  MeepleStarter.

Para um projeto que encerrou captação de recursos em 11/12/2023, recebi relativamente rápido, ainda em março de 2024.

Certo, mas o que vem na caixa?

Wipe’em Out é um jogo de cartas, e somente cartas. Até o manual de instruções está num QR code numa carta, para acessar. São 129 cartas, sendo que são 56 monstrinhos para serem capturados, 48 artefatos/armas para serem jogados na mesa, e 24 magias para reviravoltas após os artefatos serem jogados. (Metas batidas, aumentaram um pouco o número total de cartas)

Wipe em out caixa

Vantagens

Achei…

  1. As artes agradáveis, não incomodam crianças,
  2. com regras práticas e rápidas.
  3. de 2 a 6 jogadores (com meta batida, passamos de 2 a 5 para 2 a 6 jogadores).
  4. Duração de 30 a 40 minutos. (Joguei em 2 e 3 pessoas, mas achei que funciona melhor com 3 ou mais )
  5. Jogo rápido e leve, para todas as idades. Perfeito para quando você está esperando mais alguém chegar pra ver suas fotos de viagem, uma jogatina mais pesada ou maratonar aquela série de 200 capítulos.

Mas e…

As desvantagens?

  1. Apesar de 2 metas extras batidas, achei as “recompensas” um pouco tímidas, com mais 4 cartas de certos monstrinhos
  2. Na relação custo-benefício, senti muito a falta de um modo solo ou cooperativo. Uma ou 2 cartas com objetivos em comum para o grupo, como capturar determinado monstro específico em X turnos, e umas magias que permitissem “trocar o monstro”, talvez preenchessem essa lacuna.

O que mais?

Este foi o primeiro (e até o momento) único jogo de tabuleiro da Caramelo Games. Cuidado para NÃO confundir com a Caramelo jogos.

Caramelo jogos é uma OUTRA editora independente, mas de jogos de RPG, e eu mesmo já apoiei um, com vários jogos no mercado, tanto autorais quanto traduzidos.

Feita esta ressalva, se comparado com um jogo como UNO, eu achei melhor, mais leve, mais rápido, acessível e bonito, e olha que NÃO gosto muito de jogos de cartas, nem competitivos. Mas minhas jogadoras parceiras, de 13 e 18 anos, curtiram.

Ainda, a Caramelo Games se dispõe a fazer contato com quem tiver uma boa idéia, mas ainda não um produto, e fazer um projeto juntos. O que considero muito positivo. Assim como haviam excelentes programadores na idade média, ou pesquisadores passando fome no meio de guerras, acredito que temos muitos talentos sem acesso aos meios para exercer suas idéias.

Você pode também ouvir mais sobre Boardgames e RPGs aqui no site, temos podcast!

Por enquanto é isso, jogadores. Até o próximo post!

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Música e trilha sonora no seu RPG- Aprendiz de Mestre#1

Música e trilha sonora no seu RPG, aventureiros e aventureiras! Que os bardos cantem nossos feitos por eras vindouras!

Depois de ponderarmos sobre boas práticas no RPG, falarmos de morte dignas de personagens. Recordemos: não só de espadas, bolas de fogo e derrotar monstros vivem os heróis. A arte da música também é parte de praticamente todos os RPGs de fantasia medieval, e ainda de muitos outros nas mais diversas ambientações.

Ah, isso é música para os meus ouvidos…

Para começar, lembremos da classe mais ligada às artes em fantasia medieval: o bardo, que pode cantar os feitos dos companheiros heróis e heroínas, seduzir, distrair, conseguir umas moedas com apresentações, além de alguns poderes ligados a instrumentos musicais e canções. Se preferir ouvir os barcos do movimento RPG, dá uma checada no Dicas de RPG, do aqui mesmo do movimento RPG.

Bardo de For the Quest, da 101 games

Para efeitos de histórias clássicas, talvez o flautista de Hamelim seja o maior exemplo de efeitos da música sobre as feras, as crianças, e por conseguinte, também nos jogadores ?

Daí, pensemos juntos: se vou criar um bardo, que tal ligar a personagem a um estilo de música ? Se você quiser uma coisa mais descontraída, pode tocar algo como “ chique do brega”, colocando a música quando sua personagem entrar em cena, com clássicos como Wanderley Andrade (meu ídolo!) até o saudoso Reginaldo Rossi, com ícones do brega como “Garçom”, “a Raposa e as uvas”,  e demais preciosidades artísticas.

Se pensar numa coisa mais séria e ligada a ambientação medieval, pode utilizar músicas como do grupo Era, ou Cantos Gregorianos para um bardo com temática religiosa.

Mas e que tal Trilha Sonora para criar um clima?

No exemplo acima, você pode tocar cantos gregorianos se os personagens forem entrar numa grande abadia. Ou uma música mais tensa se você gosta de colocar os jogadores num clima de tempo correndo, tudo ou nada, como o tema de missão impossível enquanto tentam desarmar uma bomba.

A música tema de um filme de referência no terror, O exorcista”, também vai com investigação e suspense.

O exorcista – clássico do terror, com uma trilha sonora perfeita para suspense

Já existem playlists de mestres e jogadores em muitas plataformas, como o Spotify. Para combate, como esta do Tio Nitro, e, também, para explorar aquela masmorra sombria em Darkest Dungeon. Mas se você quer uma brasileira, tem também a trilha do For the Quest, da 101 games. No Youtube também tem um monte.

Uma música de entrada triunfal, para começar a aventura numa ficção científica, praticamente pede pela abertura tema de Star Wars.

Numa pegada cyberpunk, uma música eletrônica com algo artificial combina. Eu acho que esse estilo casa bem com algumas músicas de um jogo de videogame nacional chamado Dandara, que faz algo orgânico, porém utilizando sintetizadores.

Falei bastante, mas talvez o que você queira saber é qual…

Música e trilha sonora para o combate final?

Ah, se é peleja, eu penso uma música para apresentação do vilão máximo, tensa e enervante (música tema de Halloween?). Seguida por um rock ou instrumental para a luta em si ( We Will Rock You – The Queen, talvez?), e algo mais relaxante e feliz para a música de vitória. Para um desfecho alegre, tenho utilizado “wake me up” na versão instrumental piano, pelo Piano Rock,  ou na versão 2cellos.  Mas você pode usar o que quiser, é claro, inclusive e especialmente canções brasileiras.

Todavia, isto pode não ser o que você estava procurando. Talvez você esteja numa busca mais sombria, por uma

Música e trilha sonora para seu RPG de Terror

Já citei alguns muito queridos aqui, mas temos o Rei do Pop, Michael Jackson, nos trazendo Thriller (escuta os efeitos iniciais), para uma coisa que inicia leve e contemporânea, ou os caça fantasmas, com a mesma atmosfera pop dos anos 80 e 90.

Vai pegar mais pesado, com 4AD contra os grandes Antigos, Kult, Vampiro, Cangaço Trevoso, ou outros jogos de terror?

Pode experimentar esta versão de ” A nightmare in Elm street – O pesadelo em Elm street” , do Freddy Krueger. Lembra?

Tem muito mais do assunto, e se você se der o trabalho de olhar todos os links que coloquei no texto acima, eu espero, além de te inspirar, permitir uma vivência pela música através dos tempos e estilos que podem ser usadas para as suas aventuras. Seja lá qual for a aventura que você narrar, música pode tornar melhor. 

Um pouco off topic, mas necessário: Rio Grande do Sul precisa de nossa ajuda, com os desastres causados pela chuva este ano de 2024. Opções de ajudar:

Nosso pacote solidário do Movimento RPG

Pré venda da Jambo, por financiamento coletivo:  Jornada heróica 

Pacote solidário da Caramelo Jogos.

Ficou um pouco longo, e ainda quero abordar mais tópicos como música para RPG de anime e no sertão brasileiro, e espada e feitiçaria (que serão uma parte 2, no futuro), assim, “toss a coin to your Witcher, ” (ou ” jogue uma moeda para o seu bruxo”), se você puder deixar um like ou comentário abaixo. Até mais, querido ouvinte e leitor. Que os bardos cantem seus feitos e lendas pelas próximas gerações!

Até breve, e por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse. E com isso, torne-se um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos! Ou então, apoie nossa revista digital, a Aetherica através deste link!

 

Humor e piadas no seu RPG- Aprendiz de Mestre

Bom humor! Humor e piadas no seu RPG. Vamos rir juntos, exploradores! Hahaha.

Vamos ver algumas técnicas para divertir os jogadores (e o mestre!). Mas lembremos primeiro, a regra número 1:

Segurança. Rir com as pessoas, não das pessoas.

Jamais, nunca, em tempo algum, sob nenhum pretexto, ridicularizar jogadores, mestres, ou qualquer grupo de pessoas seja por religião, cor da pele, deformidades.

Isso seria bullying. “Rir e ridicularizar é a primeira arma do Mal. ” – não me recordo a fonte, mas foi um personagem fictício de uma série antiga. Que continua valendo.

É importante ter um jogo saudável, do início ao fim.

Mas vamos a algumas técnicas para rir.

Rir de si mesmo

Risadas e RPG

Se você é o narrador (ou aventureiro) que sempre chega atrasado, faça disso uma característica jocosa .

Invente as desculpas mais absurdas. Quanto mais absurdo, melhor. Exemplo:

“Desculpem o meu octagesimo quarto atraso, é que vivo numa dimensão temporal cerca de 55 minutos diferente da de vocês ”

“Como assim, atrasado? Eu estou adiantado 6 dias e 22 horas para a sessão da próxima semana”

” Perdão, meus fãs me impediram de chegar a tempo. É cansativo escrever 100 autógrafos “.

Se você sempre esquece a ficha de personagem, a carteira, as chaves de casa, e só faltou esquecer a cabeça porque está grudada no pescoço, idem.

“Perdão por esquecer as chaves, os livros, os dados, o celular a carteira. Eu esqueci mais alguma coisa, mas agora não lembro o que era. “

Exagere. Minta.

Lembre que sessão de RPG é tudo faz de conta. É tudo mentira. É tudo simulação. Você pode assumir determinada característica para um personagem, e exagerar em demasiado, falando nisso com frequência. Pode ser algo simples, como, estar sempre com fome, ou mentir  ou ainda pedir desculpas de maneira insistente ou grandiloquente.

Exemplo:

“– Está com fome ? Ainda?

Sempre. Desde que consigo me lembrar. Aliás, quando vai sair alguma comida aqui?

— Mas é o casamento da rainha. Você acabou de comer 2 frangos, batatas, arroz, milho salada, e repetiu o prato.

— E cadê a sobremesa? Mas que raio de casamento é este? ”

Ou ainda, aquele advogado que chega na audiência e fala:

“–Sr meritíssimo, bom dia, Sr cliente, bom dia, sr jurado, bom dia, Sra escrivã , bom dia, nobre colega bom dia, querido advogado da outra parte, bom dia zelador…

O juiz interrompe: “Mas que tanto bom dia é esse, advogado? Está de brincadeira? ”

O advogado: “Está vendo, excelência? Só de dar bom dia, o senhor se irritou. Imagine alguém chamá-lo de estúpido, todos os dias, manhã e tarde, ao passar na frente da sua porta? …”

(Baseado em fatos reais da Bahia…)

Humor e piadas por repetição

Sim, repetir sempre a mesma coisa pode ser engraçado, embora às vezes um pouco irritante. Grandes humoristas chamam uma frase repetida com frequência de “bordão“, uma palavra ou frase assinatura de um personagem. Pra relembrar alguns grandes nomes nacionais (que você pode copiar na sua mesa, hein, psssiiit? )

Cacildes! – Mussum

Ó da poltrona! Pssiit! – Didi Mocó

Garotas lindas do meu Brasil varonil ! – Zé Bonitinho

Mas será que alguns RPGs têm uma temática mais voltada para humor e piadas?

Será? Mas será mesmo?

  1. Toon RPG–  Lançado pela Steve Jackson Games e publicado no Brasil pela Devir em 1996
  2. Paranóia, um RPG de mesa com a temática futurista de ficção científica. Originalmente criado por Greg Costikyan, Dan Gelber, e Eric Goldberg, foi publicado pela primeira vez em 1984 pela West End Game em suas três primeiras edições, e a partir de 2004 sendo publicado pela Editora Mongoose. No Brasil a segunda edição foi traduzida pela Devir, em 1995. (Há rumores que voltará para o Brasil, ainda este ano de 2024, por outra editora. Você está feliz cidadão? O computador quer te ver feliz …)
  3. Super TV Show – Os antigos heróis dos desenhos da TV invadem sua mesa de RPG em aventuras onde você tem a força. Em breve, (previsão de 09/05/2024) pela Universo Simulado, em financiamento coletivo pelo catarse.me
  4. 3D&T, voltado pra animes e coisas exageradas, é um sistema que funciona bem para humor, até caça fantasmas, imagina! Pela Editora Jambo

Em breve, para mais humor e piadas no seu RPG

Fique atento conosco, aqui temos piadas rápidas. E para todos os gostos. Provavelmente atualizarei este post em breve, e se vc prefere ouvir sobre humor, ao invés de ler a respeito, fica ligado no MRPG podcast, na taverna do anão tagarela, aqui, no movimentoRPG!

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