Dívida de Sangue – Vampiros do Oriente

Era uma noite fria, típica das províncias da China, Jia Sidao olha de cima o reduto de seus alvos, ele aspira o ar frio da noite, não por que precisa, mas por uma mania de uma vida a muito deixada para trás, contudo, ainda existe uma peça dessa vida que deve ser retirada do tabuleiro, para que ele possa abraçar a nova vida que lhe aguarda.

Jin Sidao, concentra-se nas energias do mundo ying, para poder olhar o fantasma de sua amada, a possibilidade dessa visão enche o seu coração morto de felicidade, contudo, se esvai no momento que ele consegue olha-lá, sua beleza continua lá, seu corpo esquio coberto por um kimono branco com rosas espalhadas, mas as machas de sangue continuam lá, como um lembrete do aconteceu, seu belo rosto que em tempos passados foi o motivo de sua tranquilidade, agora carrega uma tristeza e melancolia nunca vistos por Jin.

Quando o seu P’o retornou e se fundiu ao seu Hun, só existia uma coisa dentro de ambos, vingança, sentimento esse que o fez suportar todo treinamento impostos pela corte que o abrigou, vingança o iluminou no caminho do seu dharma, fazendo com refinasse o sentindo que o consumia por dentro.

Todo o treinamento lhe ajudou a direcionar a fúria que queimava dentro de se, e agora, a caçada iria começar.

Primeiro ele tinha que encontrar o braço da tríade da região chamado Macaco Dourado, controlado pela família Yun. Depois de muita investigação e osso quebrados, finalmente localizou a casa da família Yun, porém, não podia simplesmente atacar, a família Yun era controlada por um Kuei Jin, um Jina do Dharma do Grou Resplandecente, chamado Cheng.

Após dias de negociação, Cheng deu seu consentimento, e assim, a minha sede de vingança seria saciada.

Agora, do alto do prédio, olhando para Meng Jin, tento conversar com ela, mas não existe resposta, então, me concentro na caçada, olho para a entrada da mansão, segurança tradicional da tríade, membros fazem a segurança do perímetro, armas de fogo de baixo calibre, cães e os líderes de perímetro, usam armas de fogo de grosso calibre e katanas chinesas.

Minha vingança não é com eles e sim com os membros daquela noite e toda família Yun, nesse momento a visão daquela noite assalta a minha mente, fico um pouco tonto, deixo que a imagens venham…

Começo da noite, eu Meng Jin, andamos pelas ruas da cidade, felizes, a três noite eu comuniquei ao Macaco Dourado que não faço mais parte da Tríade, até agora nada de retaliação, eu sei que vou ser chamado para falar com a líder, mas, isso vai ser tranquilo.

Olho para Meng, vejo que não tinha opção mesmo.

– Amor, vc quer ir ao restaurante do Sr. Ló? Poderíamos jantar lá e ir para casa.

– Claro meu amor.

O som da voz dela me embriaga, não tendo olhos para nada mais, foi esse o meu erro, ao chegar em frente do restaurante, a cena mais clichê de filmes, aconteceu, uma van preta encosta, somos vendados e amarrados, meu inferno começava.

Somos levados para algum lugar, um ambiente fechado, pela acústica da voz, sinto cheiro de água corrente, somo colocados de joelho, começo a pensar rapidamente, tentando captar alguma coisa que pode-se ajudar, falo ameaças e depois de ouvir o nariz de Meng quebrando após um soco, passo para as suplicas, quando sinto uma presença na sala.

A voz masculina é conhecida, eu havia escutado algumas vezes era Cheng Loog, líder do Macaco Dourado, percebi nesse momento que estava condenado.

Cheng conversa com alguém, mas não conhecia a voz, falava muito baixo e a água corrente não deixava me concentrar, foi quando veio a sentença.

– Jia Sidao, por você ter se associado a uma lacaia de Gaijin, só a morte pode limpar a sua honra e a dessa casa que foi envergonhada por essa atitude, essa puta, terá um fim igual ao do Gaijin em que ela é associada, que Buda tenha piedade de sua alma e permita que você paga pelos seus crimes.

Gritei como uma fera encurralada, todos conheciam a minha fúria e habilidades de luta, foram necessários vários homens para me segurar, mas não antes de matar três.

No meio da briga conseguir chegar perto de meu amor e consegui apenas dizer:

– Desculpe, meu amor.

Sim, desculpe, eu levei esse mundo de violência até ela, por minha causa a tríade inventou toda essa história para justificar os seus atos, nesse momento eu fiz uma promessa, eu iria me vingar e destruir essa família, foi quando a escuridão me engoliu.

Volto dos meus devaneios, e começo a analisar a rota que vou tomar para entrar, mas, paro e sinto om p’o falar, ele quer violência, e assim será.

Corro as até ao muro e escalo sem problemas, ao chegar ao chão, deixou que o som dos meus pés tocando a terra seja ouvido pelos cães, que quero sangue…

Os cães soam o alarme, pelo menos 15 membros correm para me pegar, então em deixo o monstro sair.
O P’o assumi o controle tomando a sua forma, eu consigo apenas assistir o espetáculo do P’o, nem terminei a transformação eu já tinha um cadáver nas mãos, os cães param e voltam com medo, os homens presos na sua honra me enfrentam, era isso que eu queria.

– YAOMO

Eles gritam, sons de tiro, ossos quebrando, carne sendo mastigada, a maioria nem viu a morte chegar.

Entrei na mansão, fui recepcionado por mais 20 homens e a dança da morte continua, dentro da carnificina foi encontrando um a um dos que estavam naquela noite, para esses, eu reservava uma morte mais violenta e indigna.

Fui para a parte de cima da mansão, gritando com a minha voz demoníaca.

-CHENG LOOG…

No caminho os guardas pessoais de cada membro da família, lutaram bem, mas no final o resultado foi o mesmo.

Um a Um, a família foi diminuindo, até que restou apenas Cheng Loog.

Eu o encontrei dentro da biblioteca, com sua esposa, a filha de 8 anos e um bebé de 8 meses.

Seus guardas, alguns fugiram, esses eu deixei viver com a vergonha da fuga e para que possam contar o que houve aqui, outros tentaram lutar, mas morreram e serviram para me alimentar.

Cheng Loog me viu me aproximar, vendo que não tinha saída ele suplicou por piedade, eu apenas observava, saboreando cada palavra, cada súplica pela família, foi quando P’o decidiu que iria começar pelas crianças.

Arranquei dos braços da mãe a bebê, segurando pelo pé direito deixando a criança de cabeça para baixo e chorando muito, olho para objeto da minha vingança e falo pela primeira vez.

– PELA VERGONHA DE MATAR INOCENTES, POR TIRAR DE MIM A MULHER QUE EU AMAVA, A CULPA DE TUDO QUE ACONTECEU HOJE É SUA E SOMENTE SUA.

Ele vasculha a mente a procura de algo, mas eu levanto a criança e a engulo da cabeça até os ombros, tirando qualquer concentração que iria ter.

A mulher desaba aos prantos, juntamente com a pequena filha, Cheng enlouquece e me ataca, eu revido com o resto do seu filho com um porrete, ele cai chorando.

– GOSTEI, NÃO DESISTA AINDA!

Sendo assim, agarro a filha que sobra, derrubo a mãe quando ela tenta proteger a filha e seguro nos pulsos dela e abro os seus braços deixando-a de frente para mim, privando-a da visão dos seus pais que poderia trazer algum conforto nos seus momentos finais, então eu falo:

– VOCÊ ME TIROU MENG JIN, MEU ÚNICO AMOR, AGORA EU VOU TIRAR TUDO DE VC!

Ele grita quando eu arranco os braços da pequena criança e ao mesmo tempo engulo sua cabeça.
Cheng, cai de joelhos, mas não escuto o seu choro, quando ele fala.

– Isso tudo é por causa daquela vagabunda de Gaijin? Seu tolo você não sabe de nada, você era apenas um peão na mão dela, e quem puxava as cordas dela era um Gaijin, um monstro, quase igual a você.

Nisso a sua esposa o abraça, meu P’o urra de ódio, minha visão cega e então, escuridão.

Quando retorno a si, só existe corpos e destruição, começo a caminhar para fora da mansão, as ultimas palavras de Cheng martelão na minha cabeça, me deixando mais cansando, tão cansado que nem me lembro de olhar para minha amada, assim, não vejo as suas lagrimas de tristeza que rolam ainda mais.

Dívida de Sangue – Vampiros do Oriente

Autor: Michel Freire.
Padronização e arte da Capa: Raul Galli.

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Darmas – Conceitos de Vampiros do Oriente

Os Darmas são os caminhos de iluminação que os Kuei jin devem escolher no momento do seu aprendizado. Esses caminhos irão mostrar como o Kuei jin deve trilhar até seu objetivo, o céu. Os atos praticados ou nãor praticados conduzem o kuei jin para iluminação ou para os braços do Yomi.

Os Darmas

Os Darmas estão ligados as crenças orientais, assim, um ocidental pode não entender essas práticas.

Mecanicamente falando, os Darmas são uma parte muito importante para a criação do personagem. Se assemelham a Geração, Trilhas de Sabedoria e Clãs dos vampiros ocidentais.

Percebam que os Darmas, de certa forma, abrangem as três características citadas acima, pois, o Darma determina a quantidade de chi gasto, os níveis máximos de habilidades e poderes, a postura e as atitudes que cada personagem deve ter.

Os Cinco Darmas

Os Cinco Darmas foram desenvolvidos por um Kuei-Jin chamado Xuei. Ele criou, através de suas experiências, os dogmas em que cada Darma deveria seguir. Esse mesmo Xuei foi quem treinou o Antediluviano Saulot.

Temos 5 darmas, O Uivo do Tigre Demônio, ligado a virtude do P’O, O Caminho do Grou Resplandecente, ligado a virtude do Hun, O Canto das Sombras, ligado a virtude do Yin, A dança do Dragão Inquieto, ligado a Virtude do Yang, e por fim, A Trilha dos Mil Sussurros, ligado a virtude do equilíbrio.

O Uivo do Tigre do Demônio

O Uivo do Tigre Demônio, também conhecido pela alcunha de Vento Ardente, se dedica à brutalidade e à tortura. Aqueles que olham para o Vento Ardente podem achar que são adoradores do demônio, uma percepção muito errônea, porque eles não adoram o demônio, e sim, tentam tomar o lugar dele.

Seus refúgios são repletos de atrocidades, desde bebês empalados à câmaras de tortura.

Os Tigres Demônios acreditam que a dor é o caminho para iluminação e que o P’O é uma arma poderosa demais para ser deixada de lado. Porém, eles pregam que não se podem ser dominados por ele e sim dominá-lo.

O Caminho do Grou Resplandecente

O Caminho do Grou Resplandecente, também conhecidos como Os guardiões Reluzentes de Gelo, são os legalistas. Não toleram que as leis e os costumes sejam ignorados e punem com rapidez até o mais brutal Tigre Demônio.

Eles têm consciência que nem todos podem ser salvos e que o objetivo é purificar o máximo, mas se uma planta se desiquilibra, tem que ser cortada.

Os Grous seguem a Trilha dos Oito Lótus, uma coleção de Analectos e Koans.

O Canto das Sombras

O Canto das Sombras, também conhecidos como As Flores de Ossos, são ligados ao Yin, portanto, aos fantasmas e espíritos. Não tem o menor interesse nos problemas terrenos e humanos.

Conscientes da sua imortalidade, possuem uma sede quase insaciável por conhecimento. Costumam ter bibliotecas e nuvens digitais repletas de conhecimento de todo tipo.

Aprender é a sua única paixão, por isso, são distantes e frios igual o Yin que permeia seus corpos.

A Dança do Dragão Inquieto

A Dança do Dragão Inquieto, também conhecidos pelo nome de Os Arco íris reluzentes, são desordeiros e extravagantes, dedicados aos prazeres da vida. Preenchem o tempo das suas vidas com orgias e paixões momentâneas.

São agitados e quentes como o Yang. Podem engravidar ou ser engravidados e gerar os Dhampir. Costumam cuidar dos assuntos mortais.

A Trilha dos Mil Sussurros

Por fim, a Trilha dos Mil Sussurros, conhecidos como As Lacraias que Possuem Mil Pernas, pois assim são as vidas que eles devem ter.

A lacraia precisar viver mil vidas, aprender com cada uma e, no fim, destruir tudo ligado a ela, seguindo em frente para próxima.

Darmas Heréticos

Fora esses Darmas oficias, existem os Darmas Heréticos. São chamados assim porque não foram criados pelo Xue, sim, por outros cataios que tiveram alguma iluminação diferente.

Esses Darmas são caçados em algumas cortes, em outras são deixados em paz. A verdade é que a vida de um praticante dos Darmas heréticos não é fácil nem duradoura. Existem poucos, e seus ensinamentos  são difíceis de serem repassados para as próximas gerações.

Por fim, cada narrador e jogador devem analisar com calma qual o melhor darma que pode ser usado.

Esta artigo foi escrito por Michel Freire que faz parte da Guilda Aliada Recanto das Trevas. O Recanto das Trevas é o maior servidor brasileiro do Discord dedicado a Mundo das Trevas. Lá você vai encontrar todo o suporte de narradores e jogadores para que todos tenham a melhor experiência em RPG.

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Darmas – Vampiros do Oriente

Autor: Michel Freire.
Padronização e arte da Capa: Raul Galli.

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Visão Geral do Cenário: Os Caçadores Caçados

Inicialmente gostaria de me apresentar. Sou um dos novos Colunistas do Movimento RPG em parceria com o servidor do Discord chamado Recanto das Trevas. Me chamo Julio Lacerda, e no Recanto sou conhecido como Julera, narrando atualmente uma crônica de Vampiro a Máscara, se passando no Rio de Janeiro em 2018. Bom, eu já narro RPG tem certo tempinho, com maior vivência nos cenários do Mundo das Trevas.

Dito isso, ao longo das vezes que nos veremos aqui, me proponho a escrever um pouco sobre o Cenário de Os Caçadores Caçados, jogo esse que já tive oportunidade de conduzir algumas crônicas, e possuo um carinho bastante especial. Sendo assim, sem mais enrolações vamos para o básico.

Introdução

Os Seres Humanos em sua grande maioria no Mundo das Trevas, quase sempre são seres frágeis, débeis, rebanhos, joguetes, entre outros adjetivos que as criaturas das trevas acham interessantes nomeá-los, e que reflitam esse desconhecimento sobre o que realmente existe nas sombras de qualquer lugar.

Entretanto, aos poucos humanos que realmente conseguem enxergar o que está por trás desse véu, o mundo se mostra um lugar ainda mais perigoso e hostil, e com certeza um desafio bastante intrigante aqueles que ainda os enxergam como meras presas. É sobre esses humanos, suas motivações e métodos, que os Caçadores Caçados foi concebido. Trata-se de um suplemento de Vampiro a Máscara, lançado em 1992 e escrito por Bill Bridges, sendo o primeiro material a lidar com mortais engajados na caça aos seres sobrenaturais, especificamente, Vampiros.

As Motivações de um Caçador

Inevitavelmente, pela natureza parasita dos vampiros, é apenas questão de tempo até que um mortal ou um grupo de mortais acabe descobrindo que eles realmente existem. E obviamente, inúmeras sensações irrompem desses mortais que acabam descobrindo a verdade. Na maioria das vezes, o medo é o sentimento primordial a ser encarado ao descobrir que os monstros existem. Algumas podem desejar se tornar como eles, seja por uma visão romantizada que possuem sobre essas criaturas, ou pelas suas próprias convicções sobre o que significa atingir a imortalidade. Entretanto, os pouquíssimos que são acometidos por raiva ou por ódio, podem trilhar o caminho do caçador, uma estrada solitária e sombria, que irá aos poucos distanciar o caçador de sua vida cotidiana.

Claro, alguns que percorrem o caminho do caçador, podem ser motivados pelo conhecimento por trás da natureza da maldição vampírica, outros possuem uma questão de Fé e enxergam eles como o grande mal a ser expurgado, outros tem ideais mais pessoais como Justiça ou Vingança, geralmente em retaliação a perda de alguém querido. Só que na maioria das vezes, os caçadores querem apenas destruir os vampiros – Eles são os poucos mortais que conseguiram transformar o seu medo em raiva, um combustível perigoso, mas eficiente, que os impulsiona de forma implacável. Óbvio, a estrada que se percorre pode os colocar sob escolhas difíceis, e que vão contra a sua própria humanidade. Até porque, mesmo as atitudes mais heroicas possíveis que são tomadas para expurgar um vampiro ou o mal da face da terra, podem guardar consequências terríveis para qualquer pessoa – afinal de contas até onde os fins justificam os meios?

Os Métodos de Caçada

Depois da definição das suas motivações, é chegada a hora de pôr a mão na massa e desbravar o desconhecido. Para isso, cada caçador emprega um método para fazer isso. Alguns, se detém a pesquisas extremamente meticulosas, sejam atrás dos mitos que representam a maldição vampírica, ou questões ligadas a fé, até mesmo usando de ciência, ou magia – e outros, ainda mais insanos e pouco meticulosos, adentram a noite munidos apenas de armas de fogo, e esperando que a sorte os ajude.

Esses métodos refletem bastante da personalidade de cada mortal, antes de descobrirem que existem monstros por aí que caçam os humanos. Além disso, as táticas empregadas também refletem a forma de trabalho mais importante para proteger a si mesmo, levar a cabo os seres das trevas, e também retirar a si mesmo de encrenca, eventualmente, fazendo com que fiquem vivos para a próxima noite, ou o tempo necessário para cumprir os seus objetivos.

Deixando Sua Vida Para Trás

O Tema central em Os Caçadores Caçados é o sacrifício. Independentemente das motivações, ou do método que cada caçador emprega em suas caçadas, eles sacrificam algo importante de suas vidas – seja sua ligação e proteção que a própria sociedade e a ignorância propiciam. A companhia de amigos e familiares e noites bem dormidas, rapidamente trocadas pela solidão (ou pela companhia exclusiva de outros caçadores) e por noites em claro. Ninguém acreditaria na existência daquilo que cada caçador vive para erradicar, a não ser outros raros caçadores que eventualmente sejam encontrados pelo caminho. Proteger a humanidade de monstros invisíveis não guarda nenhum tipo de reconhecimento, tampouco remuneração.

Aos poucos, a falta de convívio cobra o seu preço mentalmente, além de serem vistos como loucos, ou na pior das hipóteses sobrevivendo sendo perseguidos pelas autoridades. Sacrifica-se a paz de espírito, posição na sociedade, recursos, e por fim a coisa mais preciosa e inerente a todo ser vivo, sua própria vida.  Mesmo entre caçadores que se unem em torno de um objetivo, não necessariamente eles podem cooperar da melhor forma. Embora, um grupo coeso de caçadores, motivados, e que consigam cooperar e superar suas diferenças, representam uma ameaça e tanto.

Abraçando a Paranoia

O mundo punk-gótico é suficiente para transmitir esse clima de constante suspense, embora claro, dependa-se inteiramente dos personagens que estarão envolvidos. Ir levantando o véu da Máscara, seja aos poucos, ou abruptamente, gera um sentimento constante de tensão e paranoia. Um frio na espinha que percorre o corpo inteiro, e nunca se esvai. Os olhares de qualquer estranho podem se tornar motivos mais que suficientes para se retirar de alguns ambientes, os lugares mais seguros podem se tornar ameaçadores, principalmente a noite. Simplesmente, aos poucos, nenhum lugar será totalmente seguro para os caçadores, qualquer pessoa pode ser um vampiro, ou um aliado deles. Não existe mais descanso após o início da caçada, nem mesmo após ela. A caçada é sempre um sinônimo de dureza, e desespero, com raros momentos de êxtase – momentos esses, quando se consegue levar a cabo algum cainita, e poupar alguns poucos humanos de sua influência, ou trágica morte.

Considerações Finais

Obviamente é um desafio sintetizar em poucas palavras o que significa ser um caçador no universo do Mundo das Trevas, mas, espero que pelo menos os aspectos mais importantes na minha visão tenham instigado a você leitor a entender um pouco mais sobre o cenário, e encoraje-o a ler o material (para aqueles que ainda não o conhecem) e criar quem sabe uma one shot, crônica, ou NPCs que não sejam meros antagonistas nos seus jogos principais. Ao longo dos próximos textos, pretendo adentrar mais fundo nesse cenário, explicando um pouco mais sobre cada aspecto de criação de um caçador, abordando também os grupos de caçadores, e outras coisas importantes tanto para narrativas inteiras focadas em caçadores, como também com ideias que podem instiga-los na hora de criar um caçador, ou um grupo de caçadores para por no encalço daquele grupo de neófitos que acha que a Máscara é uma Tradição ultrapassada.


Um agradecimento especial aos meus amigos Enrico Baggio e Luke pelo carinho em revisar os pequenos detalhes desse texto. Recompensarei seus esforços com aquele pontinho extra de XP.

Esta artigo foi escrito por Julio Lacerda que faz parte da Guilda Aliada Recanto das Trevas. O Recanto das Trevas é o maior servidor brasileiro do Discord dedicado a Mundo das Trevas. Lá você vai encontrar todo o suporte de narradores e jogadores para que todos tenham a melhor experiência em RPG.

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Visão Geral do Cenário: Os Caçadores Caçados

Autor: Julio Lacerda.
Padronização: Douglas Quadros.
Artista da Capa: Raul Galli.

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Vampiro: A Máscara 5º edição – Disponível para pré-venda

Para aqueles que aguardaram desde o anúncio em 2019 sobre a vinda do nosso queridíssimo Vampiro: A Máscara 5º edição a espera está próxima do fim. Logo teremos o prazer de caçar humanos, sendo nós rodeados por intrigas políticas, enquanto lutamos contra a nossa fera interior. Assim é Vampiro: A Máscara um jogo de Terror Pessoal.

Então sem mais enrolação, foi revelada a pré-venda para a alegria dos fãs de Vampiro. Seguido de um cronograma com os próximos passos que vai ter para o nosso Vampiro a máscara 5º edição.

Imagem revelada na Live de esquenta, feita no Youtube sobre a pré-venda do livro.

Meramente Ilustrativa

E o que falar dessa versão Deluxe né? Se ficou pensando como adquirir o material (Ao qual eu mesmo estou já juntando as moedas para comprar) é só clicar aqui e comprar diretamente pela Amazon e ainda ajudar o MRPG. Se ficou curioso sobre o livro da 5 e o escudo do mestre da uma olhada:

Cronograma de lançamentos para ficarem ligados 😉

  • 23/07/2021 – Início da pré-venda
  • 24/09/2021 – Módulo básico
  • 24/09/2021 – Módulo Básico. Versão Deluxe. Bônus: Companion traduzido, versão física (impressa)
  • 24/09/2021 – Companion: traduzido que estará disponível gratuitamente para download em pdf.
  • 24/09/2021 – Escudo do Narrador
  • Dezembro de 2021 – Camarilla ou Anarch, sendo feita a ordem de lançamento por voto popular

Esperamos nos encontrar vagando pelo mundo das sombras aventureiros. E antes de partirem para matar vossa sede, considerem nós auxiliar em nosso patronato que faz toda diferença.

Daiphir: Legado de Sangue – Biblioteca Arkanita

O Movimento RPG apresenta sua nova iniciativa chamada Biblioteca Arkanita. Dessa forma, antigos e futuros materiais do Sistema Daemon serão abordados. Portanto, serão abordadas desde as resenhas dos famosos netbooks produzidos ao longo dos anos através da dedicação e inspiração de tantos ótimos escritores, até novas propostas para usos de regras específicas, cenários e personagens. E agora tudo começa com nossa resenha sobre um netbook chamado Daiphir: Legado de Sangue, de H. P. Almeida. Afinal, é um dos maiores criadores de conteúdo para o cenário de Arkanun/Trevas, e comigo é co-autor do livro Trevas: Campanha Épica.

Conheça o Suplemento

Este netbook expande o cenário de Arkanun/Trevas com relação à condição vampírica. Portanto, é imprescindível que quem queira usar este netbook tenha não apenas o módulo básico de Arkanun ou Trevas, mas também o suplemento Vampiros Mitológicos.

Este cenário é repleto de criaturas sobrenaturais que interagem entre si além  de influenciarem o mundo dos seres humanos sem poder algum. Mas de vez em quando, conflitos ocorrem entre tais seres e indivíduos incautos, e é aí que podemos ver diversas ordens místicas que intermediam o mundo sobrenatural. No entanto, também há muitas comunidades que caçam e defendem a humanidade contra o controle destes seres, os conhecidos Clubes de Caça. No entanto, tanta interação entre seres humanos e criaturas sobrenaturais pode gerar uma terceira categoria de ser, que não se encaixa em nenhum dos dois mundos e precisa encontrar seu lugar neste caos.

Quando Vampiros se misturam com humanos, surge uma criatura híbrida chamada genericamente de Daiphir. E é sobre estes párias meio-vampiros que este suplemento trata, em toda a sua complexidade.

Contexto

O suplemento já começa incluindo importantes informações sobre o funcionamento da fisiologia de um meio-vampiro, principalmente com relação ao consumo de sangue, mas também como sua saúde mental reage à sua própria natureza.

Em seguida, uma curiosidade interessante: 50% dos Daiphiri em todo o mundo (plano da Terra) são híbridos de Rakshasas (abordados no Módulo Básico e no Vampiros Mitológicos), 20% dos Lamiai e 20% dos Vrikolakas.

Raças

Farmakeia 

A primeira raça Daiphir abordada é a dos Farmakeia. Apelidados de Feiticeiros, são híbridos da raça vampírica dos Strigoi. Eles não são apenas uma raça híbrida, mas também uma sociedade secreta. Portanto, é uma comunidade muito reclusa, onde todos se protegem contra a extinção e desenvolvem sua bruxaria com extrema facilidade. Afinal, seu grande mestre lendário Neru, o Negro lhes concede esse poder.

Dratvoz

Em seguida, temos os Dratvoz, que seguem de forma muito próxima a cultura e comunidades ciganas. Apresentando forte afinidade com o sangue dos Vrikolakas, quase todos são devotos de uma entidade vampírica chamada Santa Sara Kali, a Sombra da Morte.

Abhuva 

Existe no suplemento até mesmo a menção do híbrido de lobisomem e vampiro, chamado Abhuva. Você pode encontrar a ficha no bestiário de Trevas: Campanha Épica.

Filhos de Lamia 

Depois, temos os aberrantes Filhos de Lamia, tratados como escravos pelos Lamiai em locais inóspitos. Esta raça de Daiphir recebe constantes torturas corporais através das deformações impostas a eles pelos poderes de seus senhores Lamiai. Contudo, isso é refletido em seus comportamentos animalescos. Todo tipo de aberração física, mental e social aflige essas vítimas das mentes distorcidas dos Lamiai.

Siang 

Por fim, a última raça mostrada no suplemento é a dos Siang, híbridos dos Kiang-Shi. Porém, eles são na verdade uma forma incompleta da transição de humano em vampiro. Mesmo assim, são muito respeitados dentro das comunidades vampíricas asiáticas por serem tidos como detentores das almas de samurai mortos pelos Kiang-Shi antigos. Geralmente assumem um papel de combate, como guarda-costas, assassinos e outras funções onde atacar e defender são as palavras de ordem.

Mecânicas do jogo

O suplemento continua com:

  • Novas perícias adequadas às raças híbridas citadas. 
  • O  poder Transformação em Monstro, portado pelos Filhos de Lamia.
  • A proposta para um Caminho Secundário chamado Sanguinus (Humanos + Trevas). 
  • Diversos Rituais e Aprimoramentos adequados às campanhas envolvendo Daiphiri. 
  • A descrição de três importantes NPCs à existência dos Daiphiri ocidentais.
  • Um pequeno bestiário com seres interessantes para serem enfrentados em campanhas envolvendo Daiphiri.

Sendo assim, esta é uma das grandes obras do mestre H. P. Almeida que valem a pena ter em mãos para enriquecer suas sessões em Arkanun/Trevas!

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download.


Daiphir: Legado de Sangue

Autor: H. P. Almeida
Revisão de: Isabel Comarella
Artista da Capa: Douglas Quadros e Raul Galli

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