Trem-Bala – Quimera de Aventuras

Nesta Quimera de Aventuras vamos falar sobre Trem-Bala. Não, esse texto não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si, vamos falar sobre o filme de 2022 estrelado pelo lindíssimo Brad Pitt e dirigido por David Leitch.

Trem-Bala

Recheado de participações especiais de peso e coadjuvantes que roubam a cena, já deixo a dica se você gosta de uma boa comédia de ação onde se deve dar uma polida na sua Suspensão de Descrença e aproveitar as coincidências divertidas do filme.

Joaninha

Brad Pitt interpreta um assassino azarado, talvez o mais azarado de todos e leva o codinome de Joaninha – Lady Bug em inglês e isso deixa tudo mais engraçado a meu ver – e que tem uma missão “simples” entrar em um Trem-Bala no Japão e roubar uma mala. Mas o X da questão é que outros assassinos bem mais perigosos que ele também estão neste trem ou em direção a ele intercalando seus destinos de maneira bastante violenta.

Quimera de Aventuras

Bom, trazendo o assunto ao RPG, Trem-Bala possui características bem interessantes que servem de inspiração para uma sessão de jogo.

O Humor

O humor do filme se apoia principalmente em duas bases. Situações inusitadas/surpreendentes e personagens bem desenvolvidos. Não existem piadas, propriamente ditas, mas quase tudo é envolto a uma aura engraçada que contrasta com as mortes e momentos de tensão. Como narrador, mesmo em uma aventura curta, estimular que os personagens tenham uma personalidade e historia a ser explorada ajuda nessa construção de atmosfera, mesmo que não seja a de humor, ter um conjunto forte de informações beneficia a aventura de todos.

A Ação

David Leitch não é brincadeira, Deadpool 2, Atômica e Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw estão em sua conta. Você como narrador não precisa ser um diretor de cinema para deixar a ação mais interessante em seus jogos. Mas ver que um ataque não é apenas uma rolagem de dados ajuda bastante. Pensar em como é um personagem e como ele poderia agredir alguém pode auxiliar. Um artista marcial baixinho e rápido, por mais que role o dado uma vez para atacar, pode descrever aquela ação como uma sequência de golpes rápidos e se utilizando das experiências de sistemas PbTA, uma cena pode ser narrada em conjunto para que, mesmo em um revés, um personagem continue interessante e não fique a mercê de um jogador azarado.

O Roteiro

Em um filme é bem mais fácil fazer com que as coisas saiam como o planejado, é obvio. No jogo, mesmo o roteiro sendo algo importante, o desapego a ele é uma ferramenta mais importante ainda. Tradicionalmente em um jogo, são pelo menos quatro cabeças fervilhando de ideias e más intenções, deixe isso funcionar a seu favor, narrador. Abuse das ações de seus jogadores para moldar o curso de ação e entenda que coincidências podem acontecer, o importante é não deixar a peteca cair e manter o jogo fluindo de acordo com o gosto de todos.

Bom, é isso…


O Movimento RPG agora tem uma super novidade. Temos nosso próprio clube do livro, A Ordem da Quimera (acesse por esse link), nesse mês estamos com o livro O Último Ancestral do autor Alê Santos, que parcipara consoco do encontro no dia 28/02. Para participar é muito fácil, acesse o link anterior e lá entre em contado direto com a Lorde Isabel Comarella (Bell Comarella#0272). Aproveite e faça parte nosso servidor no Discord.
O Último Ancestral

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Trem-Bala – Quimera de Aventuras

 

Alice in Boarderland – Quimera de Aventuras

Alice in Boarderland  é uma série de televisão japonesa de ação e suspense baseada no mangá de mesmo nome de Haro Aso, distribuída pela Netflix. Sua primeira temporada chegou no Brasil em 2020 e a segunda e última temporada no finalzinho de 2022. A série segue a história de Arisu, um jovem apático e sem direção que, junto com seus amigos Karube e Chota, é transportado para um mundo alternativo onde é obrigado a participar de jogos mortais para sobreviver.

Alice in Boarderland

Enquanto tentam encontrar uma maneira de voltar para casa, Arisu se envolve em vários jogos perigosos e enfrenta inimigos poderosos enquanto tenta descobrir o propósito por trás deste mundo estranho e o que acontecerá se ele falhar. Além dos dois amigos , Arisu encontra uma nova companheira, Usagi, convenientemente usagi significa coelho na língua japonesa, e enfim, dadas as analogias utilizadas na obra nem é spoiler dizer que ela também é uma peça importante para a história. A série é conhecida por sua ação intensa e por explorar temas profundos, como a amizade, a lealdade e o significado da vida.

Os jogos

Em Alice in Borderland, todos os participantes desse mundo paralelo precisam participar de jogos perigosos para manter o visto no local, caso vençam. Os jogos são divididos como em um baralho. De Às a 10, onde uma carta de valor alto índica um jogo mais difícil e também pelos naipes, que estabelecem a categoria do jogo.

  • Espadas: jogos físicos e de força.
  • Paus: jogos de trabalho em equipe.
  • Copas: jogos psicológicos e de traição
  • Ouros: jogos de raciocínio e de inteligência.

Quimera de Aventuras

Então narradores, utilizando essa premissa, penso em propor jogos, me dando a chance de tentar algo novo(?). Além do que é visto usualmente com utilização de perícias ou coisa que se valha, dependendo do sistema jogado. Tento propor jogos como verdadeiras batalhas, porém, utilizando de atributos e habilidades pertinentes ao contexto.
Usando D&D 5ª Edição como parâmetro, um determinado jogo obrigaria os participantes a alterar suas jogadas e números para se adequar a ele. Em um jogo de Ouros todos atacariam, receberiam C.A. e Pontos de Vida usando Ajustes de Inteligência, assim como um jogo de Copas deixaria Carisma em evidencia. Uma classe com inteligência como atributo primário poderia receber dados de vida diferentes em um jogo mental, para simular sua resiliência ao estresse. Assim, o grupo enfrentaria o desafio, que na verdade não deixa de ser o “monstro” da vez, com suas diferentes habilidades e demais fatores que compõe uma cena de batalha, só que dessa vez, sem armas e magias, Utilizando o cenário indicado pelo Narrador e a tensão causada pela cena.

O Movimento RPG agora tem uma super novidade. Temos nosso próprio Clube do Livro, A Ordem da Quimera (acesse por esse link), nesse mês estamos com o livro No Rastro dos Corações do autor Wallace Oliveira. Para participar é muito fácil, acesse o link anterior e lá entre em contado direto com a Lorde Isabel Comarella (Bell Comarella#0272). Aproveite e faça parte nosso servidor no Discord.
No Rastro dos Corações

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Alice in Boarderland – Quimera de Aventuras

Revisado por: Isabel Comarella


Agoor Darkeyes – Guilda dos Guardiões – NPCS – D&D 5ª Edição

Agoor Darkeyes é um personagem criado por Marcos Oliveira, para compor a Guilda dos Guardiões do Movimento RPG, nossa campanha recorrente que utiliza o D&D 5ª Edição como sistema.

Agoor Darkeyes – Ilustra por m.a.o.j.art

Agoor Darkeyes

Agoor é um meio-orc ainda em sua adolescência e mesmo estabelecido como um Guardião habilidoso, ainda carrega lembranças assombrosas de sua primeira infância.

Filho da união de um orc e uma humana, viviam na proximidade de um vilarejo que os aceitava por comodidade, já que eram caçadores experientes e proviam alimento para a pequena comunidade.
Até que um dia, uma criança do vilarejo desaparece misteriosamente e o preconceito dos humanos os levaram a conclusão de que o fato seria obra daquela família ameaçadora. Sem direito a qualquer defesa, julgaram o orc como culpado.

Ao entardecer do mesmo dia, um grupo de homens parte em direção a casa da família Darkeyes, que foi surpreendida pela fúria daqueles humanos. Os caçadores até tentaram defesa, mas sem sucesso e arrastados para fora de casa, sofreram as penalidades da lei ali mesmo.

Por piedade ou descuido de um dos membros do grupo, Agoor foi poupado e sozinho vagou por dias pela floresta que costumava acompanhar seu pai em caçadas desde muito pequeno; até que exausto, acaba sendo encontrado por uma alcateia.

Por compaixão da loba Alpha, o meio-orc jovenzinho é acolhido por uma nova família que estimula ainda mais seus instintos e hoje ele luta por aqueles que não podem lutar, com sua historia mudando ainda mais drasticamente quando chega na vila de MRPG.

Como interpretar Agoor Darkeyes

Agoor é um caçador calado, não nega seu sangue Orc mesmo optando por lutar usando Arco e Flecha, onde busca uma posição estratégica e não se escondendo do combate.

Mote

Procura por meio de suas boas ações acabar com o estigma que sua raça sofre.

Frase

“Olhe por onde anda…”


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Nível 01 para D&D 5ª Edição

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Atenção as Regras da Casa e Processos de Criação:

Os personagens foram criados utilizando os 27 pontos do livro do jogador, seguindo a tabela do livro. Entretanto conforme votação dos patronos liberamos talentos extras nos seguintes níveis: 1 e 5. Os dados de vida foram definidos como: 1º nível = dado inteiro; A partir deste, em níveis pares pega-se metade do dado e níveis ímpares seria metade +1.

Zamor, O Selvagem – Quimera de Aventuras

Zamor, O Selvagem é uma HQ nacional de Franco de Rosa e ilustrada por Mozart Couto, que nessa antologia lançada pela Editora Universo Fantástico acompanhamos várias fases desse selvagem que supreendentemente se chama Zamor.

Espada e Feitiçaria

Situada em algum lugar no tempo “há milhões de anos, antes da catástrofe que destruiu Atlântida” nosso personagem principal enfrenta as maiores adversidades. Juntamente com Princesa, sua espada vinda dos céus e repleta de poderes misteriosos. Dessa forma, remetendo a um estilo clássico Sword and Sorcery de narrativa presentes nas histórias de Tarzan, Fantasma e até mesmo Conan. Zamor, O Selvagem traz consigo a nobreza do herói. Assim como o faro e o destemor para topar com os mais perigosos obstáculos, sejam eles mutantes de pura lava, dinossauros, feiticeiros e até mesmo exploradores vindos de outros planetas.

Quimera de Aventuras

Dado o estilo da obra, a maneira rápida e selvagem que as coisas acontecem, não há como alguém me fazer desassociar Zamor, O Selvagem do sistema de RPG, Savage Worlds. A amplitude dos temas e a maneira como se intercalam livremente nas tramas, pedem um sistema genérico capaz de comportar e manter o clima de aventura em alta. Nesta HQ, a preocupação é divertir. A trama intencionalmente simples, assim como os diálogos, leva o leitor para o mundo da ação e de aventura em aventura, a leitura se encerra com um bom sentimento de se ter presenciado um herói em ação.

Ler Zamor, O Selvagem me deu algumas ideias interessantes e vamos a elas:

  • Antes de mais nada, conheça (ou continue jogando) Savage Worlds;
  • Portanto, como uma aventura de ação, muitos ganchos de narrativa não se prendem a regras e permitem que os personagens tenham sempre cartas nas mangas. Como você narrador lida com tais situações? Já está acostumado a deixar seu jogador criar mais e sentir que possui um controle maior sobre os eventos?
  • Muitas vezes, se remeter a um estilo de narrativa mais clássica sem uma preocupação angustiante a amarrações de roteiro é tudo o que os jogadores querem. Afinal a ideia de derrubar um pterodátilo em pleno voo enquanto agarrado por uma de suas patas seja tudo o que se precisa para tornar uma sessão memorável, não é mesmo?
  • Por fim, improvisar e se importar menos com consequências é uma das grandes lições que tiro dessa leitura.

É isso, espero que vocês tenham gostado, que tenham ficado interessados pela obra e conheçam mais produtos da Editora Universo Fantástico.

O Movimento RPG agora tem uma super novidade. Temos nosso próprio Clube do Livro, A Ordem da Quimera (acesse por esse link), nesse mês estamos com o livro Vampiros: Festim de Sangue, da autora Jaqueline Machado. Para participar é muito fácil, acesse o link anterior e lá entre em contado direto com a Lorde Isabel Comarella (Bell Comarella#0272). Aproveite e faça parte nosso servidor no Discord.

E se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo  PadrimPicPayPIX, e no Catarse!

Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.


Zamor, O Selvagem – Quimera de Aventuras

Revisado por: Isabel Comarella
Montagem da Capa: Juaum


Sina – A Sétima Chave – Quimera de Aventuras

Sina é um dos contos presentes em A Sétima Chave, livro organizado por Cristina Pezel e que conta com a participação de outros escritores: Ana Lúcia Merege, Bernardo Stamato, Diogo Andrade, João Paulo Silveira e Liége Báccaro Toledo.

O livro aborda contos de heróis com destinos interligados no mundo de Thalamh. Sendo um mundo medieval fantástico com uma magia exclusiva. Porém, muito poderosa para aquele que a domina, seja por acaso,  por mérito ou por um dom latente.

Como todas as histórias e personagens presentes na obra são muito carismáticos e possuem um grande apelo emocional. E esta Quimera de Aventuras irá abordar independentemente cada um deles, não por ordem de preferência, mas por ordem de como as ideias foram surgindo, vamos lá.

Sina

Escrito por Diogo Andrade, aqui acompanharemos novamente o meu personagem favorito de todo o livro, e desta vez protagonizando um conto: Banjin, um monge que surge ainda criança em Degraus, tem uma passagem rapida em A última canção das Andorinhas, agora volta a provar seu valor já adulto e bastante experiente.   

Quimera de Aventuras

Nesta sessão o conto entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, possivelmente haverá alguns spoilers da obra. Leia por sua conta e risco.

Exame de Consciência

Neste conto, Banjin precisa a todo momento lidar com as consequências de seus atos, atitudes tomadas em momentos de tensão que repercutem não somente uma vez ao longo da aventura – que possui lutas bastante interessantes, por sinal. O monge é forçado e entrar em um duelo, e por não acabá-lo da maneira mais satisfatoria, passa a encarar os fatos ao mesmo tempo em que é atraido para o seu destino, sua sina.

Honra, justiça e vilões que devido as exigências por duelos e crueldade seriam digno de antagonizar um bang bang italiano,  deixam o conto dinamico e facil de se terminar, mas…

E agora, Narradores? Como utilizar esse conto?

Apesar de Banjin ser um monge, ele é pouco ortodoxo e escapa algumas vezes do clichê do praticante de artes marciais perfeitinho.

Você, narrador, estimula essas quebras de paradigma em seus jogos? Como você lida com os defeitos dos seus personagens jogadores? É somente um traço na ficha, um artificio para ganhar pontos de personagem ou isso abre arcos de aventuras e desafios morais?

No conto, há tanto um duelo homem a homem, quanto uma batalha de onze contra um. Como você estimula essas cenas? Principalmente quando um personagem jogador é quem esta em desvantagem.

E mesmo que você não seja um narrador que prefira cenas de combate, como está abordando os combates sociais em sua mesa? Dilemas morais podem ser tão ou mais interessantes que golpes de espadas, mas para isso, a dica é, explore bem as nuances dos personagens, mesmo os não jogadores e isso acontece bastante ao logo de todo A Sétima Chave.

Gostou das ideias? Mande seu comentário e não perca a oportunidade de acompanhar outras aventuras no mundo de Thalamh.


Sina – A Sétima Chave – Quimera de Aventuras

Autor: José Lima Junior
Revisado por: Isabel Comarella
Montagem da Capa:  Douglas Quadros

A Casa da Morte: Uma One Shot em Maldição de Strahd

Olá a todos! Hoje eu vou tentar ajudar você, caro leitor, que assim como eu está ficando com o tempo cada vez mais curto devido a esse desafio tenebroso que é o de encarar a vida adulta. E também vamos falar sobre A Casa da Morte!

Um dos grandes sacrifícios que fazemos nessa aventura da vida real é o de gastar o tão precioso tempo com esse treco chato que se chama ‘trabalho’. Sendo assim, por muitas vezes essa batalha impede aquele compromisso com o RPG. Logo, conseguir separar um tempo semanal hábil para uma partida seja tão difícil como trocar porrada sozinho com o Tarrasque. Mas assim, com um pouco de preparo e antecedência, é claro que um dia o tempo vai sobrar e nessas horas, por que não jogar uma One Shot?

Para quem não sabe – e para quem sabe também – uma One Shot é uma aventura toda rodada em uma única sessão de jogo.

E o porquê dessa introdução eu explico agora. Nessa “série?” vou dissecar uma aventura clássica de Dungeons and Dragons chamada a Maldição de Strahd. E foi lançada do Brasil pela Galápagos Jogos -, que não esconde de ninguém a sua qualidade e que inclusive, escrevi um texto sobre ela dentro da cobertura do Diversão Offline 2022.

Dentro dessa obra, existem arcos incrível que funcionam sozinhos, só me acompanha.

A Casa da Morte

Talvez, essa fosse a indicação mais óbvia de todas. Afinal, esta aventura que se encontra num apêndice lá no final do livro tem como objetivo uma introdução diferente em Baróvia, o território onde se passa o jogo. Os personagens lançados nesse novo mundo, vão sentir na pele todo o terror de Ravenloft ao adentrarem a mansão da família Durst.

Idealizada para que personagens de 1º Nível possam evoluir até o 3º, eu tenho uma ressalva. Originalmente, essa dungeon não fornece pontos de experiência por monstros derrotados, mas sim possibilita uma evolução quando dois pontos são alcançados. Nesse sentido, um ponto no meio da aventura e a segunda evolução ao se completar a missão. PORÉM, a aventura não é nada balanceada, fica nítido que o clima de terror é o ponto chave. Os desafios são perigosos demais e não me espanta haver relatos de um grupo que tenha sucumbido logo de cara nessa introdução. Então se formos tratá-la como uma one shot: essa aventura é para personagens que iniciam em 3º nível e se o grupo for composto por menos de 4 jogadores, 4º nível vem bem a calhar.

Com 38 salas divididas em andares, A Casa da Morte também pode ser adaptada para um nível de desafio maior. Portanto, um bom uso de criaturas incorpóreas e o aumento na quantidade de desafios são ferramentas para manter o clima de terror. Clima que é muito bem amarrado por uma história envolvente, que prepara o psicológico do jogador para o restante da aventura. Procurando não revelar spoilers sobre a obra, essa introdução funciona muito bem sozinha, e para finalizar ratifico a indicação, a Maldição de Strahd merece ser lida e ponto final.


Espero que tenha gostado e não esqueça de se tornar um dos nossos Patronos, tem muita coisa boa acontecendo e você está perdendo!

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Abraço!

Estrela Púrpura – A Sétima Chave – Quimera de Aventuras

Estrela Púrpura é um dos contos presentes em A Sétima Chave, livro organizado por Cristina Pezel e que conta com a participação de outros escritores: Ana Lúcia Merege, Bernardo Stamato, Diogo Andrade, João Paulo Silveira e Liége Báccaro Toledo.

O livro aborda contos de heróis com destinos interligados no mundo de Thalamh, um mundo medieval fantástico com uma magia exclusiva, porém, muito poderosa para aquele que a domina, seja por acaso,  por mérito ou por um dom latente.

Como todas as histórias e personagens presentes na obra são muito carismáticos e possuem um grande apelo emocional. E esta Quimera de Aventuras irá abordar independentemente cada um deles, não por ordem de preferência, mas por ordem de como as ideias foram surgindo, vamos lá.

Estrela Púrpura

Escrito por nosso parceirão, ele mesmo o Bernardo Stamato, aqui acompanharemos uma aventura de Galaaz, um paladino errante e seu escudo de unicórnio, capaz de protegê-lo dos maiores perigos.

Após tempos em viagem, e abrigado na estalagem Corcel Desaprumado em Larthwall, acaba por interferir em uma desinteligência comum às tavernas. Percebe que Morcant, o feiticeiro líder do grupo de mercenários que protagonizava um dos lados do embate, possuía certo interesse em seu escudo. No entanto, na verdade, possuíam origens semelhantes onde o mestre de ambos um dia foram companheiros.

Apartar essa briga faz com que Galaaz recebe um convite, o Rei Khadorian, o convoca para uma missão em Nierlhol a Floresta Perdida. Pois lá estava, Vivinith, a filha do rei que fora sequestrada por bruxas. O paladino então aceita o trabalho e o que eu posso dizer é que magias poderosas e coincidências não pararam por aí.

Quimera de Aventuras

Nesta sessão o conto entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, possivelmente haverá alguns spoilers da obra. Leia por sua conta e risco.

Vivinith e Ametista

Já dentro da Floresta Perdida, Galaaz encontra a princesa facilmente, que o “surpreende” após testar a integridade do homem de armas. Não houve sequestro, a princesa havia mesmo fugido para proteger-se do mal intencionado Rei. Podendo criar poderosas  ilusões, a moça escolhe a floresta como refúgio temporário, intuindo seguir em busca de abrigo nas terras de sua tia, acompanhada de uma guardiã, Ametista: uma Unicórnio de Chifre Púrpura.

Uma história repleta de combates e reviravoltas elaboradas, o conto Estrela Púrpura cria muitas oportunidades para o desenvolvimento de personagens e ganchos para serem explorados.  

E agora, Narradores? Como utilizar esse conto?

Galaaz fica à frente de uma oportunidade de quebrar o contrato com o Rei e acreditar na princesa. Como estimular esses dilemas morais em jogo? 

Ametista é uma peça chave importante na aventura. Você costuma utilizar criaturas como aliados? 

Ler esse conto me deixou com uma impressão muito forte de que as coisas foram acontecendo livremente, Porém, no fim, todas as pontas foram atadas. Como você trabalha as reviravoltas de roteiro ao longo de uma aventura? É um narrador que planeja ou deixa as coisas acontecerem conforme as ações dos jogadores?

O dom de proteção que Galaaz demonstra é algo realmente muito poderoso, como administrar esses trunfos em uma partida de RPG? 

Por aqui, em especial, tentei falar o menos possível dessa aventura que foi um prazer de ser lida, vão lá, leiam também a Sétima Chave, este livro eu recomendo demais! Gostou das ideias? Mande seu comentário e não perca a oportunidade de acompanhar outras aventuras no mundo de Thalamh.


Estrela Púrpura – A Sétima Chave – Quimera de Aventuras

Autor: José Lima Junior
Revisado por: Isabel Comarella
Montagem da Capa:  Douglas Quadros

One D&D – Uma Edição para a Todas Governar

Surpreendendo um total de zero pessoas, nos últimos dias foi anunciada uma nova edição para Dungeons and Dragons. Seria então a 6ª edição? A que tudo indica a nova edição chegará como a “One D&D”, a edição definitiva até a chegada da próxima. Mas que deixa a entender que virá com tudo e com muito respeito a edição atual, onde os conteúdos em circulação ainda serão utilizáveis pois o maior esquema de regras se manterá, porém, atualizado. 

A mão de chamar essa nova edição de 5.5 chega a tremer!

O que sabemos até o momento 

Inspiração

Entre as novidades de One D&D mais interessantes, temos a reformulação da Inspiração, agora, com um 20 natural no d20, você recebe uma inspiração, todavia em termos gerais ela “só” poderá fornecer uma vantagem caso seja anunciada antes de se lançar os dados e ainda não dando para acumular inspirações. Assim como poderá haver a gentileza de se doar inspiração excedente para o coleguinha. 

Antecedentes

Os Antecedentes foram mais valorizados, com mecânicas elaboradas, diversificadas e fornecendo pontos de atributos. Afinal, faz sentido, mas só espero que os antecedentes não fiquem amarrados em combos.

Raças

Já as Raças não irão fornecer pontos de atributo e foram revistas em via de um maior equilíbrio e variedade de habilidades. Além disso, uma nova raça será inserida no One D&D, o Ardling, que vulgarmente vou chamar aqui de “Tiefeling celestial”, o Orc vem como raça padrão e algumas delas vão poder variar até no tamanho.

Outras Regras do One D&D 

Outros pormenores mudarão também, como uma valorização e padronização das ferramentas unificando as mecânicas dos suplementos. Possivelmente, vem um novo modo de se tratar o descanso curto e habilidades dependentes deste descanso, uma tendência já presente no recém lançado Monsters of Multiverse, colocando habilidades antes recarregáveis com descansos, como um número de vezes iguais ao valor de Bônus de Proficiência por dia, como na alteração da habilidade Stone’s Endurance do Goliath

Pois bem, por enquanto é isso.

De certa forma, o lançamento do One D&D previsto para 2024, consolida a 5ed como um sucesso absoluto, pois se manterá no mínimo por 10 anos em alta, só nos resta aguardar e continuar jogando D&D independentemente da edição.

Veja as novidades para o D&D Beyond – Uma Nova Forma de Jogar aqui no MRPG.


One D&D – Uma Edição para a Todas Governar

Autor: José Lima Junior
Revisado por: Isabel Comarella
Montagem da Capa: Juaum

Guerreiro Épico para D&D 5ª Edição

Novamente explorando as possibilidades desse livro tão legal, que é o Aventuras Lendárias, retorno pois há um tempo escrevi esse texto, e houve a promessa de um guerreiro épico “E não acabou por aqui, no próximo texto vou apresentar um guerreiro no nível 20 e sua evolução para o nível 30. Você vai ver o quanto 10 níveis fazem “a” diferença.”

Cá estou eu me utilizando de um personagem aqui do MRPG e convidando você à um exercício de imaginação onde nosso querido Botina, presença marcanta nas Falhas Críticas, se deu bem na vida e numa espécie de “Botinaverso” alcançou níveis lendários, ou seja, você vai ver o Botina como um Guerreiro de TRIGÉSIMO NÍVEL!

E só para melhorar essa noção de poder, sobre a ideia de se alcançar o nível 30 na 5ª Edição de Dungeons and Dragons, ainda há outra ficha do Botina em 20º nível que você também vai poder aproveitar.

Antes de tudo, agradeço ao Raulzito pelo design incrível dessas fichas.


Clique para baixar a Ficha Personalizada de Botina Nível 20 para D&D 5ª Edição

Clique para baixar a Ficha Personalizada de Botina Nível 30 para D&D 5ª Edição


Espero que vocês tenham gostado e para finalizar uma pergunta chave para VOCÊ leitor: O que você está fazendo que ainda não se tornou um dos nossos Patronos?

Desejo a todos muito boa sorte em suas rolagens, exceto, (claro) se forem contra mim.


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Degraus – A Sétima Chave – Quimera de Aventuras

Degraus é um dos contos presentes em A Sétima Chave, livro organizado por Cristina Pezel e que conta com a participação de outros escritores: Ana Lúcia Merege, Bernando Stamato, Diogo Andrade, João Paulo Silveira e Liége Báccaro Toledo.

O livro aborda contos de heróis com destinos interligados no mundo de Thalamh, um mundo medieval fantástico com uma mágia exclusiva, porém, muito poderosa para aquele que a domina, seja por acaso,  por mérito ou por um dom latente.

Como todas as histórias e personagens presentes na obra são muito carismáticos e possuem um grande apelo emocional, esta Quimera de Aventuras irá abordar independentemente cada um deles, não por ordem de preferência, mas por ordem de como as ideias foram surgindo, vamos lá.

Degraus

Escrito pela propria Cristina Pezel, este conto abre o livro e narra a historia de Tahni Alldar, um menino órfão de 9 anos que sobrevive nas ruas próximas a Nefeg realizando pequenos furtos. Logo no início ele encontra Jhaib, um monge de vestes esverdeadas que ao fazer o menino devolver o fruto de seu último furto o convence a seguir rumo ao templo que residia, apresentando a Tahni a oportunidade de aprender uma profissão e assim passar a se cuidar de maneira um pouco mais honesta, uma proposta irrecusável, pois agora o menino teria um lar.

No templo o garotinho encontra um grande amigo, Banjin, que na época era um pequeno acólito apenas e depois de um pouco mais de um ano, em uma cena bastante sensível, Tahni descobre sua magia interior, seu missão e decide seguir com Jhaib para seu destino, as Ruínas do Templo de Doigh.

E é lá onde ocorre o clímax da aventura. Como não vou dar nenhum spoiler sobre esse conto tão gostoso de se ler, agora vamos para a Quimera de Aventuras.

Quimera de Aventuras

Nesta sessão o conto entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, possivelmente haverá alguns spoilers da obra. Leia por sua conta e risco.

Escadaria do Templo de Doigh

Quando chegam ao templo, Tahni e Jhaib encontram um bando de mercenários saqueando pedras preciosas incrustradas nos muros exteriores e acabam sendo pegos. Ao serem confrontados pela ira e ganância dos mercenários o monge parte para a batalha, protegendo o menino que tem como destino o interior de Doigh e que acaba, por infortúnio, descobrindo a imensidão de seu poder.

E agora, Narradores? Como utilizar esse conto?

  • Qual seria o melhor destino para o monge? O que isso afetaria a vida do menino?
  • Se Tahni descobre realmente a extensão de seu poder, ele consegue cumprir seu destino ou passa a ser um tirano?
  • E o destino em jogo? Como trabalhar uma aventura com “escolhidos”? Diluir o protagonismo entre jogadores ou trabalhar em cima de apenas um prometido?
  • Você já criou um jogo onde todos os jogadores são crianças, talvez orfãos lutando para sobreviver?
  • Como você coloca Presságios em jogo? Como algo mais rígido ou o destino é a soma de vários acasos?

É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela obra,  A Sétima Chave é um livro incrivel que vai com certeza proporcionar muitos sentimentos a quem o saborear, recomendo demais! Gostou das idéias? Mande seu comentário e não perca a oportunidade de acompanhar outras aventuras no mundo de Thalamh.

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