A tecnologia de seu mundo – Aprendiz de Mestre

Tranquilos Aprendizes de Mestre? Na abordagem de hoje sobre a escolha do nível tecnológico para seu mundo. Tal escolha é fundamental para que se saiba o que pode ou não existir no mundo.

Classicamente se joga em cenários da Alta Idade Média, onde existem os mais diversos tipos de armaduras, mas não de armas de fogo. Mas primeiro…

 

Quais níveis tecnológicos existem?

Antes de escolher quais tecnologias são existentes ou acessíveis, é importante saber quais os níveis de tecnologia são possíveis e mais condizentes com seu jogo ou cenário. Assim, temos um exemplo geral de níveis tecnológicos possíveis:

  • Pré-história ou Idade da Pedra: histórias selvagens como Zamor se encaixam muito vem aqui, onde a tecnologia é baixa e itens de metal são considerados mágicos.
  • Idade dos Metais: histórias baseadas nas primeiras civilizações como Mesopotâmia e Grécia Antiga. A tecnologia aqui é um pouco mais avançada que as da Idade da Pedra e é comum existirem elementos místicos acompanhando o cenário.
  • Antiguidade: talvez o melhor expoente deste período seja o período romano e todas suas descobertas tecnológicas.
  • Medieval: aqui temos nosso clássico e querido período medieval. Armaduras completas, muitas armas brancas, castelos, reis e muito espaço para dragões e toda fantasia que fez a maioria de nós termos contato com o RPG.
  • Renascença: aqui se inicia o uso de armas de pólvora e há um melhoramento em embarcações. Costumeiramente misturamos este período com o medieval. Inclusive, o mais famoso cenário brasileiro Arton/Tormenta, seria melhor clássico como uma fantasia renascentista e não medieval.
  • Revolução Industrial: marcada fortemente pela Era Vitoriana, é cheia de tecnologias a vapor, cidades grandes e muitas indústrias. Além de possuir uma ciência estranha e muito experimental. Eberron é o exemplo mais famoso deste nível tecnológico. Também colocarei meu cenário como exemplo deste período.
  • Grandes Guerras: o período entre as grandes guerras, incluindo a Bélle Époque estão num outro nível tecnológico. Há muito avanço militar, artes e cultura numa mistura de beleza e horror, esperança e desamparo.
  • Era Atômica: mundos baseados em tecnologia atômica, como o mundo de Fallout. Podemos ter muitas tecnologias atuais, mas a maioria, se não todas, serão analógicas e não digitais.
  • Era Moderna: nosso mundo como o conhecemos, principalmente nesse início de Era Digital.
  • Era Espacial: o início da exploração espacial. Tem-se muitas tecnologias avançadas, porém ainda são muito custosas.
  • Futuro Longínquo: aqui abarcamos todas as tecnologias que apenas podem ser imaginadas, como dobra espacial, antigravidade, antimatéria, entre outras.

Escolhendo o que mais se encaixa em meu mundo

Tendo o básico do conhecimento sobre as tecnologias pode-se determinar o que mais condiz com seu mundo. Por exemplo, no meu cenário de Recchá, as armas de fogo são usuais e seguras. Nem todos as usam porque são caras. Entretanto, qualquer um com dinheiro suficiente poderá adquirí-las e usá-las. Assim, quando penso num soldado imperial ou no que os personagens poderão usar, as armas de fogo estarão lado a lado com as armas brancas que estamos acostumados nas fantasias medievais.

Porém, não é só em termos bélicos que devemos pensar. Em Recchá há um grande sistema ferroviário que liga metade do continente. Inclusive esta linha férrea modificou a paisagem ao ponto de várias cidades surgirem e estarem surgindo junto aos postos de abastecimento dos trens.

Porém, algo que meus jogadores pensaram e eu tinha me esquecido completamente é que existiam carros e motos na época tecnológica do cenário. Assim, ao ser questionado pensei a respeito e vi que sim, carros e motos deveriam existir em meu cenário mas seriam mais caros e raros que a energia elétrica que eu já havia pensado.

 

Toda regra tem exceção

Assim, é interessante pensarmos no que queremos e no que não queremos. Eu poderia dizer que mesmo que fizesse sentido, carros e motos não existiriam porque não houve esse interesse da população. Porém, isso eu já tinha feito em relação a grandes barcos e a zeppellins. Então, somente aumentei a raridade e relevância dessas tecnologias no cenário. Ao invés de impedir, apenas as tornei raras e caras.

Porém, temos uma cidade ambulante. Algo que necessitaria de muito mais tecnologia que a atual para ser feita. Assim, temos um ponto fora da curva, algo que faz o cenário ser diferente e demonstra que ele é fantástico.

Posso fazer isso com mundos medievais também. Ao ponto de por alguma tecnologia atual como existente no cenário. Algo que só existe por magia ou pela vontade dos deuses.

Ou também o contrário. Fazer uma era vitoriana sem motores a vapor e com armas de fogo raras ou inexistentes, onde as lutas só acontecem por magias ou armas brancas (ou frias como prefiro me referir).

Porém, é sempre importante ter uma explicação verossímil para a existência ou não de algo que, para nós, faça todo sentido. Pois o mais importante é que seu mundo consiga fazer com que você e seus jogadores consigam entrar em suspensão da descrença e vivam aquele mundo como se fosse real.

 

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Revista Aetherica

Minhas Aventuras com o Superman 1ª Temporada – Quimera de Aventuras

Neste Quimera de Aventuras, vamos falar da série do MAX; Minhas Aventuras com o Superman. A série é baseada no primeiro super heroi de capa e cueca por cima da calça. E é basicamente uma releitura do herói voltando a dinâmica de um Clark Kent atrapalhado para mascarar um Superman confiante e heróico.

Na primeira foto divulgada, já dava para ter uma ideia da energia da série.

Sobre a Série

Minhas Aventuras com o Superman é uma historia que acompanha Clark Kent em seus vinte anos. Porém, ele esconde sua identidade secreta de Superman enquanto trabalha no Planeta Diário com seus amigos Lois Lane e Jimmy Olsen. Investigando casos da cidade de Metropolis e descobrindo o que podem fazer juntos. Clark constroi sua identidade secreta enquanto descobre suas próprias origens. Lois quer se tornar uma repórter famosa e Jimmy Olsen faz de tudo para divulgar as histórias que importam.

Nossa Visão sobre a série (Pode conter spoilers!)

No meio de tantas versões malignas do Superman por ai (Injustice, The Boys, Invincible, etc…). Minhas Aventuras com o Superman é um respiro de alívio, que traz de volta o sentimento de esperança que o herói traz. É um Super-Homem leve, tranquilo, que vive aventuras com seus melhores amigos e é isso. Não tem uma carga dramática muito enorme, é um Superman tranquilo que fazia MUITA falta.

O sentimento as vezes é que a série quer rushar muito assuntos, como multiverso que já aparece nessa temporada ou alguns vilões muito grandes no universo DC que são adolescentes edgy (No caso, o Exterminador). Mas nada disso diminui a série, apenas mostra que ela é de outro universo, e está tudo bem.

Todo bom super-herói precisa de bons NPCs

Quimera de Aventuras

Nessa seção, vamos dar ideias para mesas usando a série como refêrencia!

Cenários e Sistemas

Você pode simular uma aventura baseada em Minhas Aventuras com Superman em qualquer cenário de super-heróis, seja Marvel, DC, Image ou até mesmo um universo próprio.

Sistemas podem ser sistemas de super herois, como Mutantes & Malfeitores, DC Adventures RPG, Marvel Super Heroes RPGGURPS Supers ou Masks.

A ideia é ter parte de aventuras ou sessões dos heróis em suas identidades secretas e a outra parte deles como heróis, lidando com o que descobriram em suas personas civis. Também é importante você, como mestre, fazer uma gama de NPCs que giram em torno dos heróis e que são importantes para eles, assim ajudando nos casos e nos problemas que os heróis enfrentam.

Abaixo, vamos listar algumas ideias de aventuras baseados nos episódios da primeira temporada.

  • Aventuras de Pessoas Normais

Em uma primeira aventura introdutória, cada super-herói explica como recebeu seus poderes, qual sua identidade secreta e como vive seu dia a dia, e quais pessoas estão orbitando ao redor delas. Há um primeiro combate com contrabando de robôs militares em que os heróis tem que usar seus poderes pela primeira vez e serem revelados para a cidade em que moram.

  • Minha Entrevista com o Herói 

Um dos personagens descobre que um jornal está atrás de ter uma entrevista com um dos heróis, e devem tentar despistar eles de tentarem desvendar quem o herói alvo é, sem dar pistas que é um deles.

Muitas coisas acontecem durante mesas de super-heróis
  • Noite na Torre 

Os personagens descobrem que está acontecendo uma festa de gala de uma grande empresa de tecnologia que está desenvolvendo um novo traje militar, porém não sabem que o dono da empresa pretende mostrar o poderio de seu traje contra os heróis que surgiram na cidade.

  • Pessoas Mentem

Um dos NPCs começam a entrar em locais mais perigosos e se aproximar demais de algum dos vilões. Os personagens devem impedir que ele se coloque em perigo, sem revelar quem são.

  • Minhas Aventuras com Cientistas Malucos 

Durante investigações dos heróis, eles descobrem uma área privada do governo aonde habitam um casal de cientistas malucos, um deles em um corpo de robô alimentado por seu cérebro e outro em um corpo de gorila. O que não sabem é que esse casal é mantido refém na instalação e estão tentando sair com uma tecnologia instável.

Quebre a quarta parede com gosto, mestre
  • Tchau Tchau e cai no Portal

Os personagens são abordados por Mr. Mxyzptlk, um duende da quinta dimensão que diz que normalmente pede ajuda ao Superman para isso, mas que precisa levar os heróis para a Terra-1 para recuperar seu chapéu que foi roubado. Os heróis podem ajudar ou desconfiar do duende, mas no fim é um plano dele para ter seus poderes totais restaurados.

  • Dia 0

Uma suposta invasão alienígena se inicia, e os heróis são colocados entre os aliens e o governo, que acredita que os heróis são culpados pela vinda dos aliens.

  • Os Corações dos Pais 

Uma das famílias de um dos heróis planeja uma festa de ação de graças, natal ou algum feriado, e chama não apenas os heróis como também seus amigos NPCs. Rode como uma sessão de roleplay, com todos conversando e lidando com seus segredos e o que já aconteceu na mesa até aqui.

Conclusão

Como foi dito anteriormente, Minhas Aventuras com o Superman é um respiro de alivio quando as ultimas encarnações do Homem de Aço são de um herói vilanesco e implacável. Um herói que tem poderes demais mas usa eles de maneira tirânica. O Superman volta a ser um símbolo de esperança para um mundo cada vez mais pessimista.

Se você quer um série de conforto, eu não poderia recomendar mais.


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Revisão e Montagem da Capa: Isabel Comarella
Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Al-jabr Resenha

Al-Jabr é um jogo de matemática da Educa Meeple. Aqui você será desafiado a encontrar a equação matemática correta, antes dos demais. Ele é acelerado e desafiador e, por aqui, curtimos muito jogar.

A Educa Meeple é uma empresa focada no desenvolvimento de jogos educativos e divertidos. Baseados nas jogabilidades mais modernas, a Educa Meeple consegue equilibrar bem esses dois pilares, de forma a criar jogos que funcionam dentro e fora de sala de aula. Vale a pena conhecer a proposta deles, tanto se você é professor, quanto se você só quer jogos divertidos dessas temáticas. Se quiser conhecer mais, fizemos um episódio do nosso podcast com o Maik, responsável da empresa.

Ficha técnica

Número de jogadores: 2-5 jogadores
Tempo: 15 minutos
Mecânicas: Gerenciamento de mãos
Editora: Educa Meeple
Componentes (jogo base): 

  • 36 cartas de números
  • 61 operadores matemáticos
  • 1 ampulheta
  • Manual do jogo
  • Manual do professor

Como funciona

Em primeiro lugar cada jogador compra 5 cartas para sua mão e pega alguns operadores matemáticos (3 mais, 3 menos, 2 multiplicadores, 2 divisores, 2 parênteses). Em seguida, no início da rodada são abertas duas cartas no meio. Essas serão o resultado que todos devem buscar.

A partir de então os jogadores podem organizar seus números e operadores da forma como preferirem para chegar o mais perto possível do número. O primeiro jogador que estiver satisfeito com seu resultado grita Al-jabr (Al/ja/bar) e vira a ampulheta. Os demais jogadores tem esse tempo final para organizar as suas equações. Ganha a rodada quem tiver acertado ou chego mais perto do número aberto no meio. São 3 rodadas para determinar o vencedor.

O jogo também tem diversas possibilidades de adaptação, inclusive indicadas nos manuais, como modo avançado (mais cartas, obrigatoriedade de uso de operadores específicos) ou versões mais leves (uso de menos operadores por exemplo). Também é intuitivo as diversas maneiras de adaptá-lo para seu grupo.

Análise do jogo

Al-Jabr é um jogo bem divertido e desafiador. É uma corrida contra o tempo enquanto fazemos contas. Cheio de adrenalina, com cérebro funcionando ao máximo.

Ele precisa ser adequado ao nível do grupo, se temos alguém com dificuldade em matemática isso precisará ser levado em conta. Por aqui testamos entre pessoas que gostam do desafio e sem intenção educativa nenhuma. Nos divertimos e ainda conversamos sobre as estratégias de cada um e, olha só, acabamos aprendendo sobre como organizar a lógica na hora de fazer uma conta.

Aqui também vale o destaque para o Manual do Professor. Ele é bem completo, com um plano de aula completo, ferramenta de avaliação e também quais habilidades da BNCC que estão sendo desenvolvidas.

Além de tudo o que foi falado, o jogo possui a possibilidade de realidade aumentada, onde conseguimos ver mais opções de interação com os números (como eles são chamados em outras línguas, por exemplo).

Vale a pena comprar?

Sem dúvidas! Al-jabr é um ótimo exemplo da proposta da Educa Meeple: diversão e educação em equilíbrio. Um jogo ótimo para quem gosta de matemática, ou quer exercitar e, claro, para professores que desejam aplicar em sala de aula.

E você sabia que Al-jabr é a palavra original para Algebra? Pois é, pensado nos mínimos detalhes. Como outro easter-egg algumas peças de operadores matemáticos têm uma camada linda de brilho. Dá uma procurada por aí. Jogão numa pequena caixa!

Gostou, então já sabe!

Em primeiro lugar, acompanhe o Na mesa nas redes sociais do Movimento RPG, onde teremos muito mais conteúdos com esse! Acompanhe também a  Educa Meeple que está com lançamentos perto de sair do forno!

Você pode ler mais resenhas e regras da casa de boardgame aqui no site. Ou acompanhar nossos conteúdos nas nossas redes sociais.

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Protegidos na Narrativa – Aprendiz de Mestre

Saindo das aleatoriedades das narrativas e vamos nos comprometer com outro assunto do universo dos jogos de RPG, os personagens dos jogadores frequentemente assumem o papel de protetores, guiando e defendendo indivíduos menos poderosos ou mais vulneráveis. Utilizar esses protegidos de maneira eficaz pode não apenas enriquecer a narrativa, mas também proporcionar momentos de grande diversão e emoção. Exploraremos como os mestres de jogo podem aproveitar os protegidos dos personagens para criar histórias mais envolventes e dinâmicas.

Desenvolvimento de Subtramas

Introduzir protegidos permite o desenvolvimento de subtramas paralelas à história principal. Em suma, essas subtramas podem revelar mais sobre o passado dos personagens, além de seus motivos e desafios pessoais. Por exemplo, um guerreiro pode proteger uma criança sobrevivente de um vilarejo destruído, revelando, assim, seu lado mais compassivo.

Conflitos Morais

Protetores muitas vezes se deparam com dilemas morais. Por exemplo, um mago pode precisar decidir entre continuar sua jornada ou ficar para defender um vilarejo contra invasores. Essas decisões difíceis, contudo, não só enriquecem a narrativa, mas também ajudam a desenvolver o caráter dos personagens.

Fontes de Informação

Protegidos podem servir como fontes valiosas de informação. Por exemplo, um jovem aprendiz de um clérigo pode possuir conhecimento crítico sobre um artefato perdido. Utilizar protegidos dessa forma pode, em suma, acelerar a progressão da história e manter os jogadores engajados.

Ganchos para Missões

Introduzir protegidos oferece ganchos naturais para novas missões. Por exemplo, um druida pode ser chamado para proteger uma floresta porque um antigo protegido está em perigo. Esses ganchos podem, em suma, se transformar em aventuras emocionantes, mantendo a narrativa fluida e interessante.

Emoção e Risco

Nada gera mais tensão do que a ameaça a um protegido. Se um protegido é capturado ou está em perigo, os personagens são forçados a agir rapidamente. Isso pode criar cenas de ação intensas e momentos emocionantes que manterão os jogadores na ponta de seus assentos.

Desenvolvimento de Relações

Protegidos permitem o desenvolvimento de relações significativas. Um ranger pode criar um vínculo com uma criatura da floresta, que se torna seu protegido. Essas relações acrescentam profundidade emocional à história, tornando as aventuras mais memoráveis.

Evolução dos Personagens

Protetores podem evoluir com a influência de seus protegidos. Um ladino que inicialmente pensa apenas em si mesmo pode se tornar mais altruísta ao proteger um jovem órfão. Essa evolução é uma maneira poderosa de mostrar o crescimento dos personagens ao longo da campanha.

Reviravoltas na Trama

Utilizar protegidos pode levar a reviravoltas inesperadas. Um protegido aparentemente inofensivo pode, na verdade, ser um agente disfarçado de uma organização maligna. Essas reviravoltas mantêm a história imprevisível e excitante.

Motivação para a Aventura

Protetores frequentemente têm motivação adicional para suas aventuras. Um paladino pode embarcar em uma jornada perigosa para resgatar seu protegido sequestrado. Essa motivação extra pode fortalecer a narrativa e engajar mais profundamente os jogadores.

Dinâmica de Grupo

Protegidos podem afetar a dinâmica do grupo de jogo. Um monge que cuida de um protegido ferido pode gerar discussões sobre a melhor estratégia para proteger o grupo. Essas dinâmicas enriquecem a experiência de jogo, tornando cada sessão única e memorável.

Conclusão

Aproveitar os protegidos dos personagens dos jogadores pode transformar uma campanha de RPG, adicionando camadas de complexidade e emoção à narrativa. Esses elementos oferecem oportunidades para desenvolver subtramas, criar conflitos morais, fornecer informações cruciais e muito mais. Em suma, ao integrar protegidos de maneira criativa e significativa, os mestres de jogo podem garantir que suas campanhas sejam envolventes e inesquecíveis, proporcionando diversão tanto para os jogadores quanto para os narradores.

PARA MAIS CONTEUDO DO MESTRE BROTHER BLUE

Jogos de Campinho – Resenha

 Jogos de Campinho é um livro-jogo interativo. Vem pra rua, vamos jogar! Com ele você assume o papel do representante de sua rua‌ em uma grande e centenária competição desportista – os “Jogos de Campinho”, nas palavras do próprios criadores da obra, Marcus “Baikal” Cristo & Wesley Alves, da Editora Jotun Raivoso.

Jogos de Campinho é muito competitivo …

Apesar da linguagem, narrativa e ilustrações acolhedoras e nostálgicas, o livro-jogo é muito competitivo. É um prazer, enquanto apreciador de livros jogos, ver algo brasileiro, versátil, variado e inteligente. Há várias estratégias para se vencer as competições, e mesmo as “derrotas” são narradas, com perdas e ganhos. Como é inspirado nas Olimpíadas, o seu objetivo é vencer as provas. Mas é quase impossível vencer todas em primeiro lugar (tá pensando que vai ser fácil?). O mais provável, é vencer por pontos somados. Agora, te falo uma coisa…

É imersivo e inclusivo

Os autores transformam clássicas competições de rua da infância, como carrinhos de rolimã, soltar pipas, e corrida de pés de lata, (entre outros típicos “jogos de rua”), em um jogo competitivo que pode ser feito solo, ou em grupo, (ou ainda na forma de RPG, com algumas adaptações). Também, em muitos pontos, orientam como fazer uma pipa ou um pé de lata, por exemplo. Pessoas com deficiência, que não poderiam participar dessas competições “de verdade”, têm aqui uma forma de vivenciar com lápis, papel e dados o que seria impossível, caro ou muito arriscado na vida real. Falando em riscos…

Jogos de Campinho avisa que pode ser perigoso levar as coisas ao pé-da-letra.

Apesar de dar instruções de como fazer algumas coisas, há um mecânica de “machucados” , que pode te afastar de algumas provas, e lembretes de que qualquer brincadeira de rua, ou esporte, traz riscos. Na verdade, minha mamãe jamais me deixaria fazer algumas das competições. 

Na parte estratégica, você terá perfis com mais vantagens para algumas competições, e menos para outras

 

É interessante a influência de sorte x escolha, e você pode ainda ter “edições” dos Jogos de Campinho simulando mais que um evento único, e sim levando em consideração o que ocorreu em “edições passadas”. Os autores falam de amizade, convivência e etc.

Minha sugestão? (Esse negócio de “o que vale é competir”, ah, fala sério! Ainda mais se for Solo, você veio aqui pra vencer! ) é usar a “estratégia do pato”. Para te lembrar, ou conhecer:

O leão, o pato, o tubarão e águia foram fazer uma competição. Um conjunto de habilidades, para definir quem era o rei dos animais. Os resultados foram o que segue abaixo:

Corrida: leão em primeiro, pato em segundo, águia em terceiro, tubarão em último ( obviamente, o tubarão não pode correr, pois é exclusivo da água).

Voar: águia em primeiro, pato em segundo, tubarão e leão empatados em último (pois não podem voar… Jura?…)

Natação: tubarão em primeiro, pato em segundo, leão terceiro, águia em último.

Daí, na contagem de pontos, o pato, em segundo lugar em todos foi coroado o rei dos animais.

Fique a vontade para discordar.

Como você deve ter notado,

Eu curti muito Jogos de Campinho,

apesar de preferir ambientações de fantasia ou terror, esse livro jogo de ambientação entre esporte, jogos de rua, infância e nostalgia, me agradou demais. Um dos pontos altos da narrativa é: “Jogue fora este livro e vá para rua brincar”. Como nas palavras dos autores: “De certo que, em algum momento, o leitor sentirá a vontade de realizar as brincadeiras de rua na própria rua”. (Mas leve uns Band aids e analgésicos na mochila, além da garrafa d’água). As ilustrações são outro ponto muito interessante, combinado com a atmosfera do jogo.

Observe que em outras resenhas, eu coloco pontos fortes e fracos de certos jogos e/ou RPGs. Mas “Jogos de Campinho”, é uma exceção. É acessível, tem na forma física e PDF, entrega o que promete em 159 páginas com ilustrações coloridas, personagens, pode ser solo ou cooperativo/competitivo. Só se não for a sua “xícara de chá”, para você não gostar.

Se você curtiu, e tem interesse em outros jogos da Jotum Raivoso, clica aqui.

Até breve, querido RPGista, leitor, ou mestre. (Ou competidor …)

 

 

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Ambientes Exóticos para o seu Mundo – Gênese Zero #19

Já que estamos viajando de um lado para o outro no nosso mundo, temos que também dar ênfase a criação de ambientes exóticos e fascinantes, que é uma maneira poderosa de enriquecer qualquer mundo de RPG ou literatura fantástica. Esses locais únicos não apenas capturam a imaginação dos jogadores e leitores, mas também proporcionam cenários memoráveis e oportunidades para aventuras emocionantes. Neste artigo, exploraremos a importância de desenvolver ambientes exóticos e apresentaremos dez exemplos criativos que podem ser incorporados em suas histórias.

Ao criar esses locais, é importante considerar não apenas sua aparência e atmosfera, mas também como eles afetam a narrativa e os personagens. Em suma, um ambiente bem elaborado pode transformar uma simples viagem em uma jornada inesquecível.

1. Floresta de Cristal

Uma floresta onde todas as árvores e plantas são feitas de cristal brilhante pode ser introduzida. Além de sua beleza deslumbrante, esse ambiente exótico oferece desafios únicos, como o reflexo da luz que pode cegar os personagens ou a fragilidade das árvores que se quebram facilmente. Os aventureiros devem navegar com cuidado para não causar uma avalanche de cristais afiados, enquanto buscam por criaturas mágicas que habitam este lugar encantado.

2. Deserto dos Sonhos

Um deserto onde a areia é feita de pó dourado e os ventos carregam sussurros dos sonhos das pessoas pode ser criado. Os personagens que adentram este deserto enfrentam desafios psicológicos, pois os sonhos e pesadelos tomam forma ao seu redor. Contudo, entre os perigos, eles podem encontrar oásis onde os sonhos mais profundos se realizam, oferecendo pistas e revelações importantes para a sua jornada.

3. Cidade Flutuante

Uma cidade que flutua sobre as nuvens, mantida por magia ou tecnologia avançada, proporciona um cenário incrível para aventuras. Em suma, a cidade pode ser acessível apenas por meios especiais, como portais ou criaturas voadoras. A exploração dos becos e dos segredos dessa cidade flutuante pode revelar uma sociedade isolada com suas próprias leis e costumes, bem como perigos ocultos nas sombras.

4. Pântano Luminescente

Um pântano onde a flora e a fauna emitem um brilho fosforescente oferece uma atmosfera mágica e misteriosa. Este ambiente exótico é repleto de desafios, como terrenos traiçoeiros e criaturas camufladas pelo brilho. Os personagens devem usar habilidades de sobrevivência para navegar pelos pântanos e descobrir segredos antigos enterrados nas profundezas.

5. Biblioteca Infinita

Uma biblioteca mágica que se estende por quilômetros e contém todo o conhecimento do mundo é um ambiente fascinante. Os corredores intermináveis são guardados por seres enigmáticos e os livros podem ter efeitos mágicos sobre quem os lê. Os aventureiros podem encontrar tomos de sabedoria ou se perder em labirintos de prateleiras, enfrentando quebra-cabeças e desafios intelectuais para obter informações cruciais.

6. Caverna de Gelo Vivo

Uma caverna onde o gelo está vivo e se move de forma imprevisível cria um ambiente perigoso e fascinante. Os personagens precisam lidar com o frio extremo e com os caminhos em constante mudança. Contudo, no coração da caverna, pode estar uma criatura antiga ou um artefato poderoso, guardado pelo gelo vivo que protege seu segredo.

7. Ilha Flutuante

Uma ilha que flutua no oceano, movendo-se conforme a maré mágica, pode ser um cenário de aventura intrigante. A ilha possui uma flora e fauna únicas, adaptadas à sua natureza itinerante. Os personagens precisam decifrar os padrões de movimento da ilha para encontrar tesouros escondidos ou resolver mistérios antigos.

8. Ruínas Submersas

Ruínas de uma antiga civilização submersas em um oceano ou lago profundo apresentam ambientes ricos em história e perigo. Em suma, os personagens mergulham nas águas escuras, enfrentam criaturas aquáticas e desvendam os segredos das ruínas. Artefatos perdidos e conhecimentos antigos aguardam descobertas, mas os riscos são altos, pois as estruturas submersas permanecem instáveis e traiçoeiras.

9. Floresta Invertida

Uma floresta onde as árvores crescem de cabeça para baixo, com raízes no céu e copas no chão, oferece um cenário surreal e desafiador. Os personagens devem adaptar suas habilidades de navegação, pois precisam sobreviver nesse ambiente estranho. A gravidade pode ser alterada em certas áreas, criando, portanto, quebra-cabeças e desafios físicos únicos.

10. Vale das Sombras

Um vale permanentemente coberto por uma sombra mística, onde o tempo e a luz são distorcidos, é um ambiente cheio de mistério e perigo. Criaturas sombrias espreitam nas trevas e, por causa disso, os personagens devem usar lanternas mágicas ou feitiços para navegar pelo vale. A sombra pode esconder portais para outros reinos ou tesouros esquecidos. Contudo, também traz riscos de perder-se no tempo e no espaço.

Conclusão

A criação de ambientes exóticos para o seu mundo de RPG ou literatura fantástica é uma maneira eficaz de enriquecer a narrativa e proporcionar experiências memoráveis aos jogadores e leitores. Em suma, ao desenvolver locais únicos e desafiadores, você pode expandir os horizontes do seu mundo e oferecer novas oportunidades para aventuras emocionantes. Use a criatividade e a imaginação para transformar cada ambiente em um cenário vivo e dinâmico, que desperte a curiosidade e a coragem de seus personagens.

PARA MAIS CONTEUDO DO MESTRE BROTHER BLUE

RPG Solo – Aprendiz de Mestre

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‎‎RPG Solo!‎ ‎‍Olá, aprendiz de mestre. Há momentos em que devemos desbravar sozinhos o que nos espera em florestas escuras, ruínas esquecidas ou desertos escaldantes. Vamos solo, mas juntos nesta aventura.Pegue seu livro de feitiços ou de orações, espada, ou lança. Tire a poeira da armadura. E vamos entender

Como é possível jogar RPG Solo?

Comecemos do passado longínquo. O próprio criador do RPG mais antigo, mais jogado, que tornou o hobby o que nós conhecemos hoje, criou um conceito de RPG solo, ou seja, jogar sozinho, sem amigos ou narrador, pois o D&D foi lançado em 1974, e em 1975, Gary Gygax lançou na revista “the Strategic Review”, o primeiro método oficial de RPG Solo:  “Solo Dungeon Adventures”. Que consiste, muito basicamente, em substituir o mestre por tabelas.

Isso quer dizer que você joga um dado, e consulta uma tabela. Exemplo: jogou dado de 6 faces, (nosso querido D6), e consultou a tabela como abaixo:

  1. Sala vazia
  2. Sala com armadilha
  3. Sala com monstro acordado e ativo
  4. Sala com monstro dormindo
  5. Sala com tesouro
  6. Sala com NPC

Repare que isso torna a exploração procedural, ou seja, a cada vez que você joga, pode ser um resultado diferente.

Isso também nos leva a possibilidade de criar um verdadeiro diário de aventuras, ou criar contos e mundos. De controlar mais de um personagem. Sortear eventos como o clima (dia chuvoso, ensolarado, com furacões, nublados…),  encontros com NPCs de “sidequests”,  basta manter um registro do que ocorre a cada dia.

Mas se eu jogo RPG para interagir com as pessoas, por que jogar Solo?

Sim, meus caros heróis, ou heroínas? Em nome de todos os deuses, porquê? Há muitos motivos.

  1. Para compreender melhor as regras e mecânicas de um RPG
  2. Para vivência do cenário proposto de um jogo
  3. Para entender a ambientação e NPCs, para criar personagens distintos.
  4. Para se deixar surpreender por uma narrativa ou desafios aleatórios
  5. Para criar aventuras que depois poderão ser utilizadas com grupos
  6. Também é uma forma de jogar de forma cooperativa, sem um mestre ou narrador, ou seja, com um grupo de jogadores. Todavia, sem um deles no papel de mestre

Isto quer dizer que …

Há vantagens em jogar RPG solo?

Muitas. Na verdade, é o que me mantém no hobby, em grande parte, ( falta de tempo e flexibilidade de horário). Vamos ver:

  1. O cenário que você quiser
  2. O sistema de regras que você preferir
  3. Com trilha e efeitos sonoros que mais te agradarem
  4. Sem riscos de atrasos ou faltas por parte de mestres ou outros jogadores
  5.  Experimentar cenários e regras novas, antes de apresentar a seus jogadores
  6. Total flexibilidade de horários (afinal, é só com você!)
  7. Tem muito material gratuito ou pague-o-quanto-quiser, criado por jogadores e comunidades de RPG Solo.
  8. Muitos vídeos explicativos e textos sobre jogar solo na internet

Mas é claro, nem tudo são flores quando você está sozinho no fundo da masmorra mais escura e tenebrosa que você puder imaginar, somente com arranhar de garras de monstros a espreita e teias de aranha como companhia. Há perigos e armadilhas, …

Desvantagens em se jogar Solo

Por atraente que possa parecer a idéia de não ter de dividir seus tesouros com ninguém, jogar Solo NÃO é para todo mundo. Nem todos vão imergir numa narrativa solitária, e apenas jogar dados para sortear eventos e inimigos em tabelas pode se tornar maçante para algumas pessoas.

Embora você possa adaptar qualquer RPG para jogar Solo, eu prefiro quando o material já vem com essa forma de jogo criada pelo próprio criador do projeto.

Mas será que temos muitos …

Exemplos de RPGs Solo e cooperativos? E jogos de tabuleiro?

Ah, sim, a lista é vasta como nossa imaginação, de criadores de jogos nacionais e estrangeiros. Citando alguns:

  1. 4AD – (4 against darkness) Dungeon Crawler e procedural, trazido ao Brasil pela Retropunk (que encerrou a licença enquanto escrevo este POST, mas você pode achar internacional ou em sites como o “sebo do RPG“, por exemplo.
  2. 4AD contra os grandes antigos, ( uma expansão “Stand Alone”) e sua expansão, Aurora do Horror.
  3. Aventuras na Era Hiboriana: 101 games
  4. A “linha de horror”:  vampiro, licantropo, bruxo e herança de Cthullu,: 101 games
  5. Notequest, trilogia Ronin, pelo Coisinha Verde 
  6. Sinistros & Monstros, Clube do Nunca e Anomia,‌ pela Universo Simulado
  7. Runa, trazido ao Brasil pela indievisivel press
  8. By the Sword, in to the Madness, pela editora Nozes Game Studios
  9. Ducado de Verona, pela editora Caleidoscópio
  10. Por último, mas NÃO menos importante, (Last, but NOT the least!), Jornada Espacial – pela editora TLHP – aqui tem muitas criações, sendo pioneiro em jogos de RPG Solo no Brasil…

E ainda alguns jogos de tabuleiro! Como:

  1. Monstros e Tesouros, pela Lord Zebulon Games (brasileiro!)
  2. Desconfronto, pela Nat 20Games (brasileiro!)
  3. For the Quest – 101 games (brasileiro!)
  4. Eldritch Horror, trazido pela Galápagos
  5. Elder Sign, trazido pela Galápagos
  6. E chegando Creepers, pela plataforma Meeplestarter, (brasileiro!)…

Notou como a lista é extensa? E olha, ainda tem livros jogos, como o Terra da Opressão, pela Mephirot,(brasileiro!) e os livros da série Fighting Fantasy, trazidos pela Jambo.

 

Enfim, tá esperando o quê pra jogar RPG Solo?

Espero ter te mostrado que você tem riqueza de opções de ambientações, cenários, regras e sistemas de RPG Solo, de criadores de jogos nacionais (que NÃO devem nada em qualidade) e “da gringa”. Que você pode usar pra jogar solo,  cooperativo ou para criar aventuras para os seus jogadores de forma mais tradicional.

Agora, com licença. Não preciso marcar com jogadores ou mestres, então vou pegar minha mochila, uma espada e um escudo. Esta entrada de templo abandonado e escura está cheia de tesouros me esperando, eu já escuto o barulho do vento e sinto o cheiro de umidade e musgo.

Se não nos virmos mais, diga aos aventureiros que fui atraído pela Fortaleza de Berdolock. Dizem que poucos voltam de lá…


 

 

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Uma Noite em Karazhan – Quimera de Aventuras

E aí pessoal, tranquilos? Hoje vamos a mais uma Quimera de Aventuras utilizando o jogo Hearthstone (jogo de cartas da Blizzard ao estilo Magic, que utiliza como base o universo de Warcraft). Hoje traremos a (última) aventura Uma Noite em Karazhan, onde um Medivh jovem faz uma festança de abalar sua torre.

Quimera de Aventuras

A festança mágica

A própria festa é uma aventura em si. Não trate essa festa como mais uma de qualquer nobre, pois o anfitrião é o guardião e protetor do mundo de Azeroth. Portanto, transporte essa realidade para essa aventura.

A quantidade absurda de magia existente na torre do mago traz à vida objetos inanimados, como espelhos mágicos e a prataria do local. Qualquer pessoa no local pode lançar pequenas magias e tudo pode explodir. Embora, uma magia de proteção impeça que os convidados morram, eles ainda podem ser feridos, petrificados, etc.

Um motivo plausível para a presença dos personagens é de que eles estão investigam alguém importante, seja o próprio mago, seja um dos convidados dele. E devem fazer isso sem irritar o anfitrião, ou seja, sem muita destruição não mágica…

 

Xadrez mágico

Essa ideia é simples e já foi usada em alguns livros, filmes e outras mídias. Fazer os personagens serem peças num jogo de xadrez traz uma tensão ao ar. Ainda mais se houver a ameaça de morte real. Entretanto, por ser uma festa mágica, talvez a morte possa ser trocada pelo envio dos perdedores por um portal a um lugar muito distante e, aí sim, perigoso. Aos vencedores, conhecimento ou itens mágicos podem ser uma boa ideia.

 

Aliados improváveis

O mago possui poderosos aliados, como dragões ou demônios, que foram convidados à festa. Algum deles é aliado ou serve de contato do vilão da campanha e possui uma importante informação que o grupo precisa. Esse aliado possui um aposento seu na torre. Assim, os personagens terão que pensar na melhor estratégia para obter a informação, pode ser roubando, negociando ou agredindo esse “aliado”. Devendo arcar com as consequências de seus atos.

 

Mestre dos Portais

Após a festança de arromba, os vários portais que são guardados pelo mago ficaram enlouquecidos e estão com os destinos trocados. Assim, a portal que levava à Forja dos Anões agora leva à Floresta dos Elfos e, assim por diante. Deste modo o mordomo do mago (que está com uma tremenda ressaca) contrata os aventureiros para por ordem e recatalogar todos os portais.

 

*

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Revista Aetherica

Mario & Luigi: Superstar Saga – Quimera de Aventuras

Neste Quimera de Aventuras, vamos falar do jogo Mario & Luigi RPG ou Mario & Luigi Superstar Saga, jogo desenvolvido pela AlphaDream e publicado pela Nintendo em 2003 para o Game Boy Advance e relançado em 2017 para o 3DS como Superstar Saga + Bowser’s Minions.

O inicio de algo épico!

 

Sobre o Jogo

Este o primeiro jogo da série Mario & Luigi, que é uma série de jogos aonde o jogador controla, ao mesmo tempo, tanto o Mario quanto o Luigi. O jogo foi um sucesso de crítica com 81% no Metacritic.

Não é o primeiro jogo de RPG da franquia Mario. Já tendo sido lançado dois jogos de RPG baseados no encanador; Super Mario RPG, para o Super Nintendo e Paper Mario para o Nintendo 64.

A historia se passa em um conflito diplomático entre o Reino Cogumelo e o Reino Feijão. Depois que o a bruxa Cackletta e seu capanga Fawful roubaram a voz da princesa Peach.

A historia se passa inteira nesse novo reino, aonde os irmãos devem enfrentar os inimigos daquele novo reino e recuperar artefatos.

O sistema de combate é um dos charmes do jogo.

Nossa Visão sobre o jogo (Pode conter spoilers!)

Mario & Luigi foi o principal jogo que deu inicio a uma das minhas franquias favoritas de jogos do Mario. Além dos elementos de plataforma que não podem faltar. O jogo traz varios puzzles que trazem a tona trabalho em equipe entre os dois irmãos e como eles são inseparáveis. Durante o jogo, por mais que Mario seja o principal personagem, seu irmão Luigi também tem muito destaque.

O jogo trouxe vilões recurrentes cheios de carisma, como Fawful e Popple, além de quebrar tropos já conhecidos, como ter Bowser como o principal antagonista. Por ser o primeiro jogo, tem alguns problemas de pacing, mas que passam despercebido pela carisma do mundo e de sua historia.

Uma face conhecida em um fundo novo as vezes é o ideal para trazer novas interações!

Quimera de Aventuras

Nessa seção, vamos dar ideias para mesas usando o filme como refêrencia!

Cenários e Sistemas

Rodar uma historia parecida com o jogo pode funcionar em qualquer sistema e cenário. Lógico, você pode tanto jogar no cenário de Mario em um sistema como 3D&T Alpha, o qual temos adaptação e você pode ver a parte 1, parte 2 e parte 3 nesses links!
Mas você pode pegar os pontos do plot e usar em qualquer campanha, de qualquer cenário ou sistema.

  • Conflito Diplomático: Os personagens são chamados para resolver um conflito diplomático entre dois países vizinhos, porque um feiticeiro de um dos países roubou a voz da princesa do reino principal.
  • Problemas resolvidos em equipe: Os personagens ficam presos em uma floresta, masmorra ou algo do tipo que para passar, eles precisam trabalhar em equipe para resolver os problemas, seja apertando em um mesmo interruptor ao mesmo tempo ou usando suas habilidades em conjunto.
  • A Bruxa Cackletta e Fawful: Os personagens são ameaçados pela Bruxa Cackletta que quer dominar um território ou um reino, e para isso ela procura um hospedeiro perfeito para por sua alma, que por coincidência é o principal inimigo dos personagens.
  • Uma Nova Região, Novos Poderes!: Os personagens vão para uma ilha isolada, aonde encontram novas técnicas e novos poderes que podem adquirir ao encontrar deuses perdidos de uma masmorra em forma de piramide.

Conclusão

Eu sou APAIXONADO por Mario & Luigi, a franquia. É um dos meus jogos favoritos da minha vida. É um jogo carismático, engraçado, muito divertido de jogar e, o mais importante, leve! E a parte mais legal para mim é a mecânica de conseguir desviar dos ataques inimigos entendendo seus padrões, que inspirou até mesmo Undertale que veio anos após ele.

Deem uma chance ao jogo de RPG do bigodudo.


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Revisão e Montagem da Capa: Isabel Comarella
Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Viagem e Transporte para o seu Mundo – Gênese Zero #18

Em um mundo de RPG não pode haver apenas perigos durante as viagens, ela também pode tranquila e desempenham um papel crucial na narrativa e na construção do cenário. Eles não apenas conectam locais e permitem a exploração de novas áreas, mas também oferecem oportunidades para aventuras e encontros inesperados. Este artigo abordará como desenvolver sistemas de viagem e transporte criativos e funcionais para enriquecer o seu mundo de RPG, utilizando exemplos para ilustrar cada conceito.

A criação de um sistema de viagem e transporte no seu mundo de RPG pode adicionar uma camada significativa de realismo e imersão. Os jogadores, ao se moverem de um ponto a outro, podem enfrentar desafios, descobrir segredos e interagir com diversas culturas e personagens. Portanto, é essencial considerar diferentes meios de transporte, desde os tradicionais até os mágicos e tecnológicos, para diversificar a experiência dos jogadores.

1. Cavalos e Montarias

As montarias, como cavalos, são os meios de transporte mais tradicionais em muitos mundos de fantasia. Contudo, para adicionar um toque único, podem ser incluídas montarias exóticas, como grifos ou dragões menores, que oferecem novas possibilidades de viagem aérea. Imagine uma ordem de cavaleiros que monta grifos treinados, patrulhando os céus em busca de perigos. Além disso, cavalos encantados com habilidades especiais, como correr sobre a água ou voar curtas distâncias, podem adicionar ainda mais variedade às opções de transporte.

2. Carruagens e Carroças

Carruagens e carroças são ideais para viagens em grupo e transporte de mercadorias. Um exemplo criativo pode ser uma caravana de carroças mágicas que se movem sozinhas, guiadas por espíritos benevolentes, permitindo aos viajantes descansar durante o percurso. Outra ideia é uma carruagem de luxo encantada, que oferece proteção contra ataques e conforto inigualável, garantindo que seus ocupantes cheguem ao destino revigorados.

3. Navios e Embarcações

A navegação marítima abre um vasto leque de aventuras. Pode-se introduzir navios voadores que navegam tanto pelos mares quanto pelos céus, utilizando cristais flutuantes como fonte de energia. Além disso, a ameaça de piratas e criaturas marinhas adiciona emoção às viagens marítimas. Imagine um navio pirata fantasma que aparece em noites de tempestade, desafiando os jogadores a um combate épico ou a uma fuga desesperada.

4. Portais Mágicos

Portais mágicos oferecem transporte instantâneo entre locais distantes. Contudo, o uso de tais portais pode exigir a resolução de enigmas ou a realização de rituais específicos, tornando o processo de viagem um desafio adicional. Por exemplo, um portal escondido em um templo antigo que só pode ser ativado com um artefato perdido, forçando os jogadores a embarcarem em uma missão para encontrá-lo antes de usarem o portal.

5. Trilhas e Estradas Antigas

Trilhas e estradas antigas podem ser cheias de perigos e mistérios. Um exemplo interessante seria uma estrada encantada que muda de direção à noite, levando os viajantes a locais inesperados e aventuras imprevistas. Imagine uma trilha mágica que se transforma em diferentes cenários a cada estação do ano, oferecendo novos desafios e oportunidades para os jogadores a cada viagem.

6. Dirigíveis e Aeronaves

Em um mundo com tecnologia avançada, dirigíveis e aeronaves podem ser comuns. Esses meios de transporte oferecem vistas panorâmicas e a possibilidade de ataques aéreos por criaturas ou outros aeronautas hostis, tornando cada viagem uma experiência única. Imagine um dirigível de luxo que oferece festas e eventos exclusivos durante a viagem, mas que pode ser atacado por piratas do ar, exigindo a defesa dos passageiros e tripulação.

7. Trens Mágicos

Trens que operam com magia ou tecnologia arcana podem proporcionar viagens rápidas e confortáveis. Por exemplo, um trem encantado que atravessa dimensões pode levar os jogadores a reinos paralelos ou a locais secretos inacessíveis por outros meios. Além disso, um trem fantasma que aparece apenas uma vez a cada século, oferecendo uma viagem única e misteriosa cheia de desafios e recompensas.

8. Caminhadas e Peregrinações

Algumas jornadas exigem que os personagens viajem a pé. Essas peregrinações podem ser enriquecidas com encontros aleatórios, desafios ambientais e a necessidade de sobrevivência em terrenos inóspitos, proporcionando uma experiência imersiva e desafiadora. Imagine uma rota sagrada que os personagens devem percorrer, enfrentando testes de fé e provações físicas para alcançar um templo lendário no topo de uma montanha.

9. Animais de Carga

Além de montarias, animais de carga, como mulas e elefantes, são essenciais para expedições longas. Um toque criativo pode ser a introdução de bestas mágicas que, além de carregar suprimentos, protegem seus donos com habilidades especiais durante a viagem. Por exemplo, um elefante encantado que pode se camuflar na paisagem ou uma mula que detecta armadilhas e perigos no caminho.

10. Transporte Subterrâneo

Túneis e passagens subterrâneas oferecem uma alternativa fascinante à viagem de superfície. Um sistema de metrô subterrâneo, operado por anões ou criaturas místicas, pode ligar cidades e fortalezas, proporcionando uma forma segura e rápida de viajar, porém não isenta de perigos ocultos nas profundezas. Imagine uma rede de túneis anões com trens mágicos, protegidos por guardiões de pedra e ameaçados por criaturas das profundezas.

Conclusão

A viagem e o transporte no seu mundo de RPG são mais do que simples meios de locomoção; eles são oportunidades para enriquecer a narrativa e oferecer novas experiências aos jogadores. Em suma, ao incorporar diferentes métodos de transporte, desde os tradicionais até os mais fantásticos, você pode criar um mundo mais vibrante e dinâmico. Portanto, use a imaginação e crie sistemas de viagem que complementem a história e o cenário do seu jogo, proporcionando aventuras inesquecíveis a cada jornada.

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