Muito Além do Cânone – Off-Topic #28

Saudações, Rpgista! O que você faz quando as regras do jogo que você escolheu não abrangem algo que jogadores querem fazer com seus personagens?

E o que você faz quando o livro de regras não te dá informações com detalhes sobre a Lore do cenário?

Será que nos deixamos limitar pelo jogo de palavras que compõe as regras ou cenários de algum jogo?

Recentemente, Douglas Quadros, Raulzito e Eu debatemos na Taverna do Anão Tagarela sobre a importância do Cânone, e eu queria estender esse assunto um pouco mais por aqui.

 

Cânone

O Cânone é a “história oficial” de alguma coisa. São todos os elementos que compõe oficialmente aquele cenário ou Universo.

É muito comum surgirem materiais extras, derivados e spin-offs.

Também não são raros os casos de materiais inspirados ou “sequências não canônicas” como já diz no nome.

Mas qual a importância do Cânone? Servir como referência a quem vai produzir material e conteúdo oficial sobre a obra, ou para a obra!

Imagine se de repente cada pessoa que fosse contribuir com a obra, o fizesse da sua forma sem respeitar o que veio antes ou para onde vai no futuro?

Claro que isso só é válido para material comercial oficial!

Resumindo, o Cânone é importante para trazer o CONTEXTO em que tudo se apresenta e se passa.

Assim, qualquer pessoa que pegar a obra, independente do ponto em que pegou, consegue assimilar eventos e acontecimentos para não se perder no desembolar de tudo.

Mar de Mortos – uma aventura bem fora do cânone!

Regras

As regras são as ferramentas para se trabalhar a criatividade e a narração de histórias.

São através das regras que justificamos resultados para as ações de forma a contribuir com a narrativa sem o “determinismo” de quem narra.

Servem como o “fator aleatório” que pode determinar o sucesso ou fracasso de uma determinada ação, de forma a mudar o foco narrativo.

Geralmente os sistemas e livros básicos vêm com todas as regras necessárias para jogar quaisquer histórias daquele universo. Geralmente.

Como bem se sabe, ao longo da vida dos sistemas, inúmeros suplementos vão surgindo, com mais regras, mais conteúdo e até alterações e correções de conteúdos anteriores.

E mesmo assim é possível que alguma regra ainda falte ou não explique bem a necessidade em uma cena de jogo!

É chato… Mas é mais normal do que parece.

Regras são como ferramentas: use da forma que melhor lhe servir!

Além do Cânone

Quando o Cânone não contempla algo a ser criado na narrativa, ou impede que algo que seja divertido pra mesa aconteça, faça o seguinte: ignore!

Sua mesa não é uma produção oficial comercial do sistema que precisa seguir parâmetros editoriais e regras de marketing da Editora, é apenas diversão!

A mesa está ali para contar uma boa história no universo do jogo que escolheram, então contem essa boa história da forma que mais vá lhes trazer diversão!

RPG é sobre isso, exercer a liberdade narrativa e criativa, usar as ferramentas à sua disposição da forma que lhe for mais conveniente, e para o que for mais divertido.

Use o Cânone como uma ferramenta pra te ajudar a criar histórias marcantes, a se situar na linha do tempo, a ter NPC’s que possam dar suporte aos personagens de jogadores.

Não deixe que o cânone te impeça de contar uma boa história! Caso isso ocorra, siga o que vai deixar sua mesa ainda mais divertida, e divirta-se com essa nova história!

 

Além das Regras

O mesmo pode ser dito sobre as regras.

Se as regras te impedem de usar uma arma diferente que é única de algum personagem, ou não te permite criar um background complexo e interessante por conta de detalhes, ignore-os!

As leis de um jogo não são a Constituição Federal de um país, ou a Carta de Direitos Humanos da vida real!

Elas estão ali apenas como um guia, uma ferramenta pra indicar o caminho que te ajudará a criar uma boa história.

E vale notar que é pra “ajudar” e não para “atrapalhar”.

Uma boa trama de RPG é uma história em conjunto, tanto quem narra quanto quem joga estão atuando em conjunto para o desenvolvimento e bom andar da narrativa.

Não se prenda a regras de forma excessiva, não frustre as outras pessoas da mesa “advogando” as regras do seu super combo! Ficar horas explicando porque um combo é possível toda vez que for usa-lo, por exemplo, é maçante e cansativo!

Regras são ferramentas, e como toda ferramenta à disposição no mundo, usa quem quer, como quer, quando quiser!

Divirta-se jogando, e está jogando da forma correta!

Então é isso Rpgista!

Espero que tenha sido um papo interessante, e que possa ser colocado em prática!

Não deixe de acompanhar as aventuras de Despertar da Fúria na Twitch do MRPG às sextas!

Gostou da ideia dos Sentai? Confira então o artigo sobre o Conceito de Sentai no Império de Jade, e também tem texto novo na Liga das Trevas, não perca!!!!

Um grande abraço, e até o próximo Off-Topic!

 

Torre do Penhasco – Falhas Críticas #66

O jogador de Botina havia pensado em fazer uma classe diferente. Pegou um inventor nobre com um Javali de Metal como mascote. Juntamente com Bárbara, a barbara, e Arcon Joh, o clérigo, o grupo foi coletar informações em uma reunião secreta do grande vilão que ficava na Torre do Penhasco… disfarçados é claro. O narrador pede para todos fazerem um teste de atuação… .

Após serem descobertos, os aventureiros tentam escapar pela janela da torre, que possuía 15 metros de altura e que ficava na beira de um precipício. Bárbara possuía um bastão mágico lendário que se transformava em escada, então enquanto escapavam, ela o prendeu na janela e começou a descer. Botina, no entanto, não queria perder seu mascote, então amarrou uma corda no Javali e começou a descer de rapel. A ideia era puxar seu mascote depois, pois com toda certeza aguentaria a queda e caso caísse no precipício, e Bárbara teria força para segura-lo.

O narrador pediu para Botina fazer um teste para amarrar a corda no seu Javali, afinal tudo dependia daquilo….

A corda se solta e Botina começa a despencar. Bárbara faz um teste de Destreza para agarrar a corda com rapidez e ajudar o amigo…

“Um bug mental” da guerreira bruta faz com que ela solte a escada que estava descendo para pegar a de Botina e os dois caem em direção ao precipício.

* = Falha Crítica ou 1 no dado.


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Torre do Penhasco

Texto de: Iaskally Koroll.
Adaptação: Douglas Quadros.
Arte de: Estúdio Tanuki.

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Diabos da Selva – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook  Diabos da Selva, feito por Breno “Arcano Pauxis” Muinhos. Este netbook apresenta um grupo de aliados ou inimigos para o cenário de Invasão, situado mais especificamente na região da Amazônia.

Conteúdo do netbook

O netbook apresenta as seguintes informações:

  • Origem do laboratório secreto conduzido pela personagem Laura Sabbatina, uma traktoriana disfarçada.
  • Proposta para o aprimoramento Meio-Grey, um híbrido gerado pelo laboratório da Dra. Sabbatina.
  • Fichas e históricos dos quatro membros oficiais do grupo Diabos da Selva, sendo eles Lóbus NogueiraGreylexTíviaNoc.
  • Descrição do Kit Diabo da Selva.

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Diabos da Selva!

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Fortitude – Disciplinas de Vampiro: A Máscara

Responda rápido: o que um ventrue e um gangrel tem em comum? Você já sabe, já que você certamente já leu o título desta matéria. Fortitude é a última disciplina física dessa série, e muitas vezes foi relegada a um simples “vou botar uns pontinhos aqui só pra não tomar agravado.” Mas será que conseguimos aprofundar um pouco isso? Vamos entender no texto de hoje.

Background

Lidar com criaturas ou seres que são, de alguma forma, imunes a nossos golpes é um pesadelo muito comum. Monstros e terrores que nos causam medo estão sempre fora do alcance dos nossos esforços para derrotá-los.

É a principal disciplina física dos Gangrel, mas está surpreendentemente presente em diversos clãs sociais, como Ventrue, Ravnos e, mais recentemente, Hecata e Salubri. Isso faz sentido como metáfora, porque mesmo aqueles que exercem seu domínio através do poder social ou financeiro muitas vezes também parecem distantes e intocáveis.

“Eu também sou intocável, e tenho certeza que Fortitude não vai impedi-lo de ter um coração partido, bebê.”

Poderes (V5)

Em termos de regras, vamos falar sobre a edição mais recente. Muita coisa mudou na forma como o sistema aborda as disciplinas. Praticamente todas têm opções diferentes de poderes nos vários níveis. Várias disciplinas foram combinadas, alguns poderes exclusivos de clã foram incorporados em outras disciplinas e por aí vai.

Fortitude mudou bastante na nova edição. Antes, cada ponto simplesmente dava um dado extra de absorção. No V5, cada nível traz poderes individuais, e isso também aconteceu para as outras disciplinas físicas, Celeridade e Potência. Os nomes dos poderes que aparecem no livro básico estarão em português, mas poderes que aparecem em suplementos vão ficar em inglês mesmo. Vamos ver então como ficou a Fortitude.

Nível 1

Resiliência adiciona o nível de Fortitude na Vitalidade. É próximo do poder clássico, fazendo você mais difícil de derrubar, mas pode ser complementado por poderes de níveis mais altos. Mente Inescrutável adiciona o nível de Fortitude em testes para resistir a controle mental, solidificando a Fortitude como uma verdadeira disciplina mental.

E agora Fortitude tem poderes sociais também. Aqui vemos um brujah utilizando Amedrontar contra um gangrel que resiste com Mente Inescrutável. E todos ficam felizes resolvendo suas diferenças na conversa.

Nível 2

Tenacidade permite subtrair o nível de Fortitude de todo dano superficial, Feras Tenazes permite compartilhar com animais alguns poderes da disciplina (amálgama com Animalismo). Obdurate permite continuar parado em pé, mesmo quando atingido por uma força extrema, como um carro em movimento (amálgama com Potência). Valeren permite utilizar o próprio sangue para curar ferimentos de outros vampiros (amálgama com Auspícios).

Nível 3

Desafio à Perdição permite reduzir dano agravado para dano letal. Fortificar a Fachada Interior, ajuda a resistir a alguns poderes de Auspícios, tornando você mais difícil de “ler”. Seal the Beast’s Maw permite ignorar os efeitos da fome, mas com o risco de voltarem depois em forma de Frenesi.

Nível 4

Resistência Direto da Fonte permite compartilhar os poderes de Fortitude com qualquer um que beba seu sangue. Poderes parecidos também aparecem nas demais disciplinas físicas nesse nível. Shatter torna você tão resistente que armas e outros projéteis podem quebrar quando tocam sua pele.

A confiança no olhar de quem pode estraçalhar essa faquinha em dois toques. Literalmente.

Nível 5

Pele de Mármore permite ignorar a primeira fonte de dano que você receberia em qualquer turno, incluindo fogo (mas não a luz do Sol). Poder Vindo da Dor permite ignorar penalidades de ferimentos enquanto melhora outros atributos físicos.

Por fim

As disciplinas em Vampiro dependem muito da criatividade do usuário para serem realmente eficientes. Citamos aqui alguns dos usos mais comuns, mas fique à vontade para comentar abaixo os usos criativos que você já tenha feito ou presenciado. E não esqueça de ver também nossa introdução aos Kuei-Jin.

Bom jogo a todos!

 

Especialista em Quase Todas as Perícias – Falhas Críticas #65

Kall era especialista em quase todas as pericias, um personagem com habilidades para todo tipo de situação. Mas como tudo na vida precisa ser balanceado, tinha uma fragilidade absurda, graças aos seus valores baixos de constituição.

Durante uma reunião do grupo com um aristocrata da cidade, Kall resolveu andar pelo castelo. Para ele era como olhar uma vitrine, mas não de coisas para comprar, e sim para afanar. O problema é que haviam muitos guardas nesse castelo, e ele nunca conseguiria arrancar um daqueles quadros da parede, ou erguer uma daquelas estátuas de mármore, e sair andando com ela pela porta da frente.

Contudo, Kall teve a brilhante ideia de remover alguns quadros da parede e arremessar pela janela, para uns arbustos perto dos muros. O ladino só precisava voltar mais tarde para buscar seu tesouro, quando a noite tivesse caído e os guardas estivessem menos perceptivos.

Durante a noite, Kall retornou, arremessou uma corda para o topo da muralha, escalou e saltou para o outro lado. Foi até o quadro, que estava jogado no meio das roseiras do jardim, colocou embaixo do braço e escalou de volta.

Só que dessa vez erauma escalada segurando um objeto grande. Então, o narrador exige um teste de Atletismo para escalar a muralha…

Kall escala a muralha quase até o topo, mas fazer isso com uma grande moldura sob o braço é complicado. Ele escorrega no pior momento possível, despencando do alto dos muros diretamente em cima das roseiras.

O ladino não morre, mas acorda após um longo período, todo dolorido cheio de espinhos… no calabouço do castelo.

* = Falha Crítica ou 1 no dado.


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Especialista em Quase Todas as Perícias

Texto de: Mateus Herpich.
Adaptação: Douglas Quadros.
Arte de: Estúdio Tanuki.

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Imortal a Centelha – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Imortal a Centelha 2ª Edição, feito por Henrique “Morcego” Santos, um dos mais devotados contribuintes do cenário de Arkanun/Trevas desde 2005. A principal mudança desta 2ª edição para a edição original vem da adição de uma nova raça imortal e também do extraordinário tratamento gráfico realizado por H.P. Almeida, outro dos mais devotados e participativos membros dos antigos fóruns da Daemon Editora.

Este netbook se dedica à existência dos Imortais, seres humanos que adquirem a imortalidade por diversos meios, debatidos ao longo da obra. As origens podem vir desde a ancestralidade de uma entidade sobrenatural, transcendência espiritual, uso de item mágico, maldição e muitas outras formas.

Conteúdo do netbook

O suplemento apresenta um volume impressionante de informação, contendo:

  • Um rápido debate sobre três conceitos importantes ao netbook para explicar a transformação de um ser humano comum para um Imortal, sendo estes termos a Centelha, o Primeiro Pesadelo e o Triunfo.
  • Regras e ambientação para jogar com Imortais das categorias Bogatyr, Chaneque, Hsien, Makrobiói, Neperari, Sidhichean, Unwaba-Tulo, Urlug e Yamabushi.
  • Aprimoramentos adequados a campanhas envolvendo Imortais. De forma diferente de outras criaturas sobrenaturais, Imortais não possuem Poderes de uma certa espécie, mas sim Aprimoramentos especiais dedicados a cada espécie.
  • Artefatos e Rituais ligados a campanhas envolvendo imortalidade e seres que não podem morrer.
  • Um extenso debate sobre os efeitos da imortalidade sobre a memória, sobre a manutenção de poder e bens ao longo dos séculos, batalhas e rivalidades e a própria motivação em se manter vivo. Também é listado o provável relacionamento dos Imortais descritos neste netbook com outros seres sobrenaturais.
  • Descrição de Kits e Ordens de Caçadores de Imortais, sendo eles os Caçadores de Zarich, a Ordem dos Renascidos de Ezequiel, a Irmandade dos Condutores da Roda da Vida e os Vigilantes/Caçadores.
  • Descrição da perícia Conhecimento Proibido (Imortais).

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para visitar o post e iniciar o download. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Imortal a Centelha!

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Artefatos Mágicos para 3D&T

Jambo, Jambo Editora

O artigo original sobre artefatos mágicos para 3D&T foi publicado no blog Dioverse. Clique aqui para acessar o texto na íntegra e conhecer a vantagem Artefato. Para conhecer outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Fantasia Medieval tem uma pegada incrivelmente conservadora e travada em certas coisas. Mas se tem algo que vaza para o RPG de mesa e que parece uma cláusula pétrea e me irrita muito são os malditos artefatos. Então, como eu tenho um carinho especial por Tormenta Alpha, vamos falar um dedinho de prosa sobre artefatos, o que são e como podemos aplicá-los em Arton Alpha para serem portados por jogadores. Isso mesmo, padawan, você vai jogar com seu artefato. Ah, o que é um padawan? Deixemos esta para as próximas conversas…

“Ele entrou bafejando na sala, jazendo ao lado da parede estava aquele burguês nojento que tentou se apropriar de seu grande amor. Ninguém te deixaria longe da sua maravilhosa. Ele andou alguns passos em uma parede estava ela pendurada com todo o seu esplendor. Nem o sangue da morte brutal que ali ocorrera poderia atrapalhar toda a Glória da Volta de Marguerita a Guitarra que Chora ardidamente no destino dos monstros… E seus olhos brilharam perante sua pequena. Ele apenas a pegou e saiu dali saltitando…”

Em Arton, como na maioria dos mundos medievais para RPG de mesa, parece que os artefatos são feitos na mesma forja lendária para ser usados apenas como pano de fundo de trama e por NPCs que os jogadores nunca verão. Isso contribui para uma certa antipatia por tais itens e seus donos. Mas afinal, do que é feito um artefato, de onde ele vem e a melhor pergunta: eu posso possuir um Artefato?

Primeiro, precisamos compreender o que realmente é um artefato em histórias fantásticas. Sim, histórias fantásticas, porque este tipo de item não está limitado ao medieval fantasioso. Temos a errônea percepção de que os artefatos são na verdade itens de extremo poder que permeiam o cenário ou história e não devem ser incomodados ao custo de grande sofrimento. Bem, na verdade, isto acontece, mas está longe de ser a real essência de um artefato.

Artefatos, na verdade, são itens tão ligados à história dos herois que o empunharam que carregam sua própria aura e história. São itens que respiram seus donos e que seria difícil pensar em suas histórias sem as pessoas que o empunharam. Sua aura é tão forte neste quesito que em praticamente qualquer história onde outras pessoas o empunhem, elas não conseguem carregá-los ou usá-los por muito tempo.

Nas histórias de super-herois, temos exemplos majestosos de Artefatos: O escudo do Capitão América e o martelo de Thor são exemplos clássicos e muito poderosos de artefatos, que poderiam ser convertidos facilmente em artefatos mágicos para 3D&T.

Mas um artefato não pode estar atrelado a seu poder e sim à sua história. Um exemplo que gosto é o Um Anel do Senhor dos Aneis. Por mais que a história puxe sardinha pra ele, no fim ele é um anel de invisibilidade destes que vemos aos montes em jogos medievais. Toda a sua corrupção e problemas que ele traz estão muito mais atrelados à sua aura de malignidade e sua história com um déspota como o Sauron que seu poder de tornar os outros invisíveis. Sua história o torna grande. Para usarmos Artefatos em jogos de RPG de forma mais efetiva, temos que ter isto em mente. O verdadeiro peso de um artefato está mais em sua história que em seu poder bruto.

Se uma faixa branca suja com o sangue do último rei santo das terras brancas determinar o novo imperador da Ordem Magna Mundi e a faixa está perdida, a própria busca pela faixa e sua função de trama a torna ao mesmo tempo um Artefato e uma Relíquia. Artefatos não precisam ser hiperpoderosos – eles na verdade movem as narrativas e histórias.

E quem mais move narrativa e histórias? Sim, os personagens jogadores. Por isto eu não gosto da regra universal que jogadores nunca possuem artefatos. Muito pelo contrário: é legal um jogador cultivar um item seu de tal forma que ele se torna sua assinatura e depois um artefato que o represente no mundo. Afinal, não foi assim com o escudo do Capitão América e o martelo do Thor?

Para isto, eu tenho algumas diquinhas para Arton e mundos medievais em geral baseados ou não em 3D&T sobre estes poderosos itens.

Incentive seus jogadores a prestarem atenção a seus itens e veja qual a relação destes itens com suas histórias, seja uma capa, uma espada, uma flauta ou o que o jogador preferir.

Que os jogadores já definam itens importantes sem gastar pontos nele desde seu inicio, mesmo com 5 pontos. Assim, assista e avalie o uso do jogador sobre seu item-assinatura durante a campanha e deixe o jogador ir aumentando a importância deste item ate ele virar realmente uma assinatura.

Ele pode passar de um item sem regras que esta na história do personagem para um item mágico real com estatísticas. O mestre deve deixar o jogador gastar sua experiência no item, comprando-o e depois usando a história ou aventuras paralelas para explicar os poderes extras do item ou mesmo ser fruto de manifestação do próprio jogador. O jogador compra o item mágico normalmente com seus pontos convertendo a experiência em pontos ou o contrário, dependendo da forma do mestre cobrar por isto, e com o mestre, explicam o ganho de poder.

Aí, depois dos 12 pontos, pelo menos permita que o jogador transforme sua arma em um Artefato com a Vantagem Única que estará na continuação deste artigo (clique aqui para a continuação no post original), que é basicamente a vantagem de Arma Aliada do Manual da Magia com algumas leves diferenças. Depois que a arma for então um Artefato, permita que o jogador extrapole 3 poderes a partir do momento em que as histórias da arma aumentem. Aqui não tenho uma boa medida e vai depender do mestre – veja a forma que o jogador se relaciona com a arma, a importância da mesma para o jogo. Aqui, realmente depende de cada mesa a interpretação do uso de artefatos mágicos para campanhas em 3D&T ou outros sistemas.

Assim que o jogador possuir seu Artefato, não deixe que ele seja supérfluo na mesa. Ajude o jogador a dar importância a seu item que deve ser um personagem praticamente à parte em termos de narrativa, narre grandes feitos… Deixe seu jogador citar o nome de seu item a torto e a direito e ver este nome cravar garras na campanha contada. Se vocês conseguirem isto, terão criado um verdadeiro artefato de Fantasia. Parabéns!

O artigo original sobre artefatos mágicos para 3D&T foi publicado no blog Dioverse. Clique aqui para acessar o texto na íntegra e conhecer a vantagem Artefato. Para conhecer outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Darmas – Conceitos de Vampiros do Oriente

Os Darmas são os caminhos de iluminação que os Kuei jin devem escolher no momento do seu aprendizado. Esses caminhos irão mostrar como o Kuei jin deve trilhar até seu objetivo, o céu. Os atos praticados ou nãor praticados conduzem o kuei jin para iluminação ou para os braços do Yomi.

Os Darmas

Os Darmas estão ligados as crenças orientais, assim, um ocidental pode não entender essas práticas.

Mecanicamente falando, os Darmas são uma parte muito importante para a criação do personagem. Se assemelham a Geração, Trilhas de Sabedoria e Clãs dos vampiros ocidentais.

Percebam que os Darmas, de certa forma, abrangem as três características citadas acima, pois, o Darma determina a quantidade de chi gasto, os níveis máximos de habilidades e poderes, a postura e as atitudes que cada personagem deve ter.

Os Cinco Darmas

Os Cinco Darmas foram desenvolvidos por um Kuei-Jin chamado Xuei. Ele criou, através de suas experiências, os dogmas em que cada Darma deveria seguir. Esse mesmo Xuei foi quem treinou o Antediluviano Saulot.

Temos 5 darmas, O Uivo do Tigre Demônio, ligado a virtude do P’O, O Caminho do Grou Resplandecente, ligado a virtude do Hun, O Canto das Sombras, ligado a virtude do Yin, A dança do Dragão Inquieto, ligado a Virtude do Yang, e por fim, A Trilha dos Mil Sussurros, ligado a virtude do equilíbrio.

O Uivo do Tigre do Demônio

O Uivo do Tigre Demônio, também conhecido pela alcunha de Vento Ardente, se dedica à brutalidade e à tortura. Aqueles que olham para o Vento Ardente podem achar que são adoradores do demônio, uma percepção muito errônea, porque eles não adoram o demônio, e sim, tentam tomar o lugar dele.

Seus refúgios são repletos de atrocidades, desde bebês empalados à câmaras de tortura.

Os Tigres Demônios acreditam que a dor é o caminho para iluminação e que o P’O é uma arma poderosa demais para ser deixada de lado. Porém, eles pregam que não se podem ser dominados por ele e sim dominá-lo.

O Caminho do Grou Resplandecente

O Caminho do Grou Resplandecente, também conhecidos como Os guardiões Reluzentes de Gelo, são os legalistas. Não toleram que as leis e os costumes sejam ignorados e punem com rapidez até o mais brutal Tigre Demônio.

Eles têm consciência que nem todos podem ser salvos e que o objetivo é purificar o máximo, mas se uma planta se desiquilibra, tem que ser cortada.

Os Grous seguem a Trilha dos Oito Lótus, uma coleção de Analectos e Koans.

O Canto das Sombras

O Canto das Sombras, também conhecidos como As Flores de Ossos, são ligados ao Yin, portanto, aos fantasmas e espíritos. Não tem o menor interesse nos problemas terrenos e humanos.

Conscientes da sua imortalidade, possuem uma sede quase insaciável por conhecimento. Costumam ter bibliotecas e nuvens digitais repletas de conhecimento de todo tipo.

Aprender é a sua única paixão, por isso, são distantes e frios igual o Yin que permeia seus corpos.

A Dança do Dragão Inquieto

A Dança do Dragão Inquieto, também conhecidos pelo nome de Os Arco íris reluzentes, são desordeiros e extravagantes, dedicados aos prazeres da vida. Preenchem o tempo das suas vidas com orgias e paixões momentâneas.

São agitados e quentes como o Yang. Podem engravidar ou ser engravidados e gerar os Dhampir. Costumam cuidar dos assuntos mortais.

A Trilha dos Mil Sussurros

Por fim, a Trilha dos Mil Sussurros, conhecidos como As Lacraias que Possuem Mil Pernas, pois assim são as vidas que eles devem ter.

A lacraia precisar viver mil vidas, aprender com cada uma e, no fim, destruir tudo ligado a ela, seguindo em frente para próxima.

Darmas Heréticos

Fora esses Darmas oficias, existem os Darmas Heréticos. São chamados assim porque não foram criados pelo Xue, sim, por outros cataios que tiveram alguma iluminação diferente.

Esses Darmas são caçados em algumas cortes, em outras são deixados em paz. A verdade é que a vida de um praticante dos Darmas heréticos não é fácil nem duradoura. Existem poucos, e seus ensinamentos  são difíceis de serem repassados para as próximas gerações.

Por fim, cada narrador e jogador devem analisar com calma qual o melhor darma que pode ser usado.

Esta artigo foi escrito por Michel Freire que faz parte da Guilda Aliada Recanto das Trevas. O Recanto das Trevas é o maior servidor brasileiro do Discord dedicado a Mundo das Trevas. Lá você vai encontrar todo o suporte de narradores e jogadores para que todos tenham a melhor experiência em RPG.

Acesse o servidor clicando aqui!


Darmas – Vampiros do Oriente

Autor: Michel Freire.
Padronização e arte da Capa: Raul Galli.

Para mais posts de Mundo das Trevas você pode acessar nossa página da Liga das Trevas, para isso é só clicar aqui!

Caramelo – Falhas Críticas #64

Aos portões do lugar sem história, o lugar onde todo aquele que pisou jamais pôde sair, Gaia convoca cinco guerreiros valorsos – Cada um abençoado por uma Lua diferente.

Ao adentrar, um pequeno espírito os conduz ao local de danação. Suas palavras são estranhas, mas o sentimento é mais do que claro: o pequeno espírito pede socorro. A famigerada “Zona-Morta” está impregnada pela Wyrm. Para os humanos, a explicação é um tanto quanto simples: a barragem de Brumadinho, em janeiro de 2019, rompeu e levou tudo em seu caminho. Para os Garous, algo muito mais profundo aconteceu: um golpe na face de Gaia, a corrupção entranhada no que antes era um local abençoado e agora… Não se sabe! Nenhum guerreiro que ousou colocar seus pés lá voltou para contar a história deste lugar.

O Ahroun – Cria de Fenrir em busca de sua mãe.

A Galliard – Fúria Negra em busca da canção entre as canções.

O Theurge – Peregrino Silencioso em busca de seja lá o que os Peregrinos buscam.

O Philodox – Filho de Gaia enviado por seu pai.

A Ragabash – Senhora das Sombras pronta para provar-se a qualquer custo.

Mas estou me adiantando, perdoe-me.

Nossos heróis encontram-se em uma situação confusa, hostil e não conhecem seus pares.

– “Eterna-Tempestade” – a Ragabash orgulhosamente estende sua mão para cumprimentar o bando.

– “Quebra-Ossos” – o Ahroun responde ao encarar a Senhora das Sombras engraçadinha.

– Dá pra ver…

– “Nascida-das-Estrelas” – Galliard finalmente se apresenta.

– “Pena-Trovão” – a voz calma do Philodox ressoa.

– Trovão? – repete a Ragabash animada – Você, por um acaso, é filho do Avô-Trovão?

Por breves segundos, os guerreiros se entreolham esperando pelo pior: unir-se em uma missão com dois Senhores das Sombras infelizes. Mas então:

– Sim! – ele responde – Não! Quer dizer… Minha história é um pouco confusa, veja bem é que…

– ‘Peraí’ – Eterna-Tempestade o interrompe, impaciente – quando você “crina”, qual a cor do seu pelo?

Nunca antes um garou demonstrou tanto orgulho quanto “Pena-Trovão”, enchendo seus pulmões de ar e respondendo altivo:

– CARAMELO.

* = Falha Crítica ou 1 no dado.


Tenha sua Falha Crítica Publicada

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Caramelo

Texto de: Anequilação.
Arte de: Estúdio Tanuki.

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Clockwork – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Clockwork, feito por Ivan “Skady” Soares. Este netbook adapta a incrível obra cinematográfica Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick (por sua vez, uma adaptação do livro de mesmo nome, de Anthony Burgess), para o Sistema Daemon, permitindo explorar a distopia deste universo na mesa de jogo.

Conteúdo do netbook

O suplemento apresenta as seguintes informações como conteúdo original:

  • Kits apropriados ao cenário da obra (Atacante, Capitão, Vingador, Fotógrafo de Gangues, Policial da Noite, Roqueiro e muitos outros).
  • Ambientação do cenário e a explicação da Superviolência.
  • Funcionamento da sociedade no Reduto.
  • O processo de transformar um criminoso em uma Laranja Mecânica.
  • Ideias para campanhas.
  • Ficha de personagem adaptada para o cenário

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Clockwork!

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