O Poderoso Maximus – Premium – Quimera de Aventuras

O Poderoso Maximus é uma HQ brasileira criada por Alan Yango, e foi a primeira publicação da Editora Universo Fantástico criada por Roberto de Castro Januário. O quadrinho já tinha cinco edições antes do lançamento pela editora, entretanto os quatro primeiros volumes já estavam esgotados. Então surgiu a ideia de um encadernado com as cinco edições. E então nasceu O Poderoso Maximus – Premium.

Agora falando um pouco sobre o motivo de eu gostar desta obra, acredito que seja principalmente por se passar no Brasil. Muitos quadrinhos (e RPGs) criados por brasileiros, perdem a excelente oportunidade de explorar o cenário do nosso país. E mesmo que o autor utilize ficção na obra, ainda conseguimos nos identificar com esse Brasil apresentado em O Poderoso Maximus.

O Poderoso Maximus

Maximus é o alter ego de um professor de literatura brasileira de uma fictícia universidade em Belém do Pará. Max Marins é o nome deste prometido do “medalhão sol”, ao menos nesta vida. Nesta história você vai descobrir um pouco mais da cultura Stalialca,  uma civilização muito antiga e perdida na Amazônia Brasileira, e Bruno Marins, irmão de Max, era um dos arqueólogos que estudavam a cidade. Bruno encontrou nestas ruínas o Medalhão do Sol, mas infelizmente isso custou a sua vida. 

O Medalhão do Sol é um artefato que traz poderes incríveis para quem o possui e foi entregue a Max, por Oryzhamu, um espectral sacerdote Stalialca morto há 600 anos, que também revelou que nosso professor de literatura brasileira na verdade seria Mkzhymo, um guerreiro que matou um deus sangrento e o prometido do Medalhão do Sol.

Neste ponto começa a heroica jornada de Maximus, um herói extremamente forte, e invulnerável, com memórias de seu ancestral, basicamente um DEUS!

A Obra

O quadrinho apresenta diversas situações em que Maximus pode resolver tudo na base da força, mas talvez por medo de se tornar um tirano, vemos a clássica luta para fazer o certo sem usar a força. Entretanto, por diversas vezes, vemos o lado humano do herói aflorar, e com isso sua raiva o faz tomar atitudes quase mortais para aqueles que a despertaram.

Cada história é fechada em si, entretanto uma trama secundária é apresentada em algumas histórias, com um grande empresário procurando o Medalhão a qualquer custo. E também sobre uma criatura que se diz “O Primeiro dos Cinco”, entretanto nesta edição nenhuma destas histórias é fechada, o que me deixou um pouco triste, mas de uma forma boa.

Na obra também temos a história de outros heróis como Ignea, Inimigo Público, Extensor e O Caçador. Cada um com história de origem completamente diferente da de Maximus, mas em nenhum momento (com exceção de uma excelente arte na página final, vemos estes heróis trabalhando em unidade. O que no meu ponto de vista é um ponto negativo, usar espaço de páginas para apresentá-los e não os unir.

Conclusão

Por fim, O Poderoso Maximus é um quadrinho com tudo aquilo que um fã de super-heróis vai curtir, mas com uma pitada de Brasil, que dá todo um gosto especial para a obra. Se você ainda não adquiriu o seu, não perca mais tempo.

Quimera de Aventuras

Nesta sessão o quadrinho entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, possivelmente haverá alguns spoilers da obra. Leia por sua conta e risco.

O Medalhão do Sol Caí em Mãos Erradas

O grupo de heróis brasileiros precisa ajudar o singelo professor de literatura brasileira Max Marin, ele pede segredo absoluto, mas se diz O Poderoso Maximus, acreditando ou não (neste primeiro momento), ele alega que seus poderes aparecem através de um artefato chamado Medalhão do Sol. Entretanto este medalhão foi roubado, e a qualquer momento, um super vilão pode aparecer na cidade, com os mesmos poderes de Maximus, mas sem nenhum escrúpulo. 

Não acreditar em Max

Caso os heróis não acreditem em Max, e aleguem que ele é maluco ou qualquer coisa do tipo, em algumas semanas um Super Vilão aparece na cidade, com os mesmos poderes de Maximus, mas tentando tornar-se um líder mundial. Cabe ao grupo combater esta ameaça e precisam contar com a ajuda de Max para isto, pois ele é o único que conhece as fraquezas do medalhão. Mas de qualquer forma, a tarefa não será fácil.

Acreditar em Max

Se o grupo acreditar em Max, as coisas mudam, e agora os heróis precisam desvendar o mistério por trás do sumiço. A organização de Raelius (o tal empresário que procurava o artefato) que foram os responsáveis pelo roubo, vai estudar o medalhão por algumas semanas (decida o número baseado no conhecimento do senso de urgência dos seus jogadores). Caso os jogadores cheguem até a organização, eles vão se deparar com diversos supers mercenários, contratados para proteger o artefato.

Entretanto, caso o grupo falhe em investigar no tempo correto, os eventos da escolha de Não Acreditar em Max acontecem.

Uma Escolha Moral

Independente da escolha do grupo, o resultado no caso de um sucesso, vai deixar o grupo com uma escolha difícil, principalmente para quem pegar o artefato no final. Devolver o artefato? Ou ficar com os poderes de Maximus para si?

O narrador deve explorar esta narrativa, ninguém é 100% bom nesta história.


O Poderoso Maximus

Autor do post e Montagem da Capa: Douglas Quadros
Revisado por: Isabel Comarella


E se você gosta deste tipo de conteúdo, conheça mais textos da Quimera de Aventuras clicando aqui!

Sina – A Sétima Chave – Quimera de Aventuras

Sina é um dos contos presentes em A Sétima Chave, livro organizado por Cristina Pezel e que conta com a participação de outros escritores: Ana Lúcia Merege, Bernardo Stamato, Diogo Andrade, João Paulo Silveira e Liége Báccaro Toledo.

O livro aborda contos de heróis com destinos interligados no mundo de Thalamh. Sendo um mundo medieval fantástico com uma magia exclusiva. Porém, muito poderosa para aquele que a domina, seja por acaso,  por mérito ou por um dom latente.

Como todas as histórias e personagens presentes na obra são muito carismáticos e possuem um grande apelo emocional. E esta Quimera de Aventuras irá abordar independentemente cada um deles, não por ordem de preferência, mas por ordem de como as ideias foram surgindo, vamos lá.

Sina

Escrito por Diogo Andrade, aqui acompanharemos novamente o meu personagem favorito de todo o livro, e desta vez protagonizando um conto: Banjin, um monge que surge ainda criança em Degraus, tem uma passagem rapida em A última canção das Andorinhas, agora volta a provar seu valor já adulto e bastante experiente.   

Quimera de Aventuras

Nesta sessão o conto entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, possivelmente haverá alguns spoilers da obra. Leia por sua conta e risco.

Exame de Consciência

Neste conto, Banjin precisa a todo momento lidar com as consequências de seus atos, atitudes tomadas em momentos de tensão que repercutem não somente uma vez ao longo da aventura – que possui lutas bastante interessantes, por sinal. O monge é forçado e entrar em um duelo, e por não acabá-lo da maneira mais satisfatoria, passa a encarar os fatos ao mesmo tempo em que é atraido para o seu destino, sua sina.

Honra, justiça e vilões que devido as exigências por duelos e crueldade seriam digno de antagonizar um bang bang italiano,  deixam o conto dinamico e facil de se terminar, mas…

E agora, Narradores? Como utilizar esse conto?

Apesar de Banjin ser um monge, ele é pouco ortodoxo e escapa algumas vezes do clichê do praticante de artes marciais perfeitinho.

Você, narrador, estimula essas quebras de paradigma em seus jogos? Como você lida com os defeitos dos seus personagens jogadores? É somente um traço na ficha, um artificio para ganhar pontos de personagem ou isso abre arcos de aventuras e desafios morais?

No conto, há tanto um duelo homem a homem, quanto uma batalha de onze contra um. Como você estimula essas cenas? Principalmente quando um personagem jogador é quem esta em desvantagem.

E mesmo que você não seja um narrador que prefira cenas de combate, como está abordando os combates sociais em sua mesa? Dilemas morais podem ser tão ou mais interessantes que golpes de espadas, mas para isso, a dica é, explore bem as nuances dos personagens, mesmo os não jogadores e isso acontece bastante ao logo de todo A Sétima Chave.

Gostou das ideias? Mande seu comentário e não perca a oportunidade de acompanhar outras aventuras no mundo de Thalamh.


Sina – A Sétima Chave – Quimera de Aventuras

Autor: José Lima Junior
Revisado por: Isabel Comarella
Montagem da Capa:  Douglas Quadros

O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa – Quimera de Aventuras

Nesta Quimera de Aventuras vamos falar sobre As Crônicas de Nárnia, com o conto O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. Esse foi o primeiro livro a ser escrito pelo autor C. S. Lewis, dando início a toda essa saga, que encanta pessoas de todas as idades até hoje

O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa

Os quatro irmãos – Pedro, Suzana, Edmundo e Lucia – passam as férias em uma mansão. Tendo lá o primeiro contato deles com o mundo de Nárnia. Primeiramente Lucia adentrou no Guarda-Roupa, e encontrou com o Sr. Tumnus, este explicou a ela o que estava acontecendo no País. Ou seja, sobre a dominação da Feiticeira Branca, sobre o inverno que nunca acaba, e o Natal que nunca chega. Em seguida, ela e Edmundo vão juntos para o mundo e lá se separam. Ele depara-se com a Feiticeira que o convence a entregar seus irmãos para ela. Pois assim ela poderá impedir a profecia que existe sobre os 4 Filhos de Adão, como são chamados pelos seres de Nárnia.

Com o apoio de Aslam, vencem a batalha contra a Feiticeira e seus fiéis, e tornam-se Reis e Rainhas de Nárnia, governando com sabedoria e amor por muito tempo. Porém, durante uma caçada se deparam com uma saída e ao averiguar do que se trata, voltam para nosso mundo.

Quimera de Aventuras 

Nesta sessão colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

Um Traidor no Grupo

Se você quer movimentar a trama da sua história, dar uma assustada nos players, ou tem qualquer outro motivo, um traidor vem sempre a calhar! Porém, tenha em mente que pode engatilhar paranoias em serie nos seus jogadores. Sobretudo, análise o contexto da situação, e se os jogadores não irão achar que você joga contra eles. Afinal o objetivo é que a narrativa seja bem aproveitada por todos!

Datas Especiais 

A princípio essa parte aqui é mais como uma dica. Mas na minha opinião seria muito interessante inserir essa ideia de forma tradicional no grupo. Em dada parte do conto, Papai Noel torna-se um personagem da história, entregando presentes e tudo mais para os protagonistas. Particularmente, eu entendi como uma participação especial, pois o personagem estava em alta na época que o autor escrevera o conto. Logo, me fez pensar que inserir festivais, eventos ou missões que envolvam algumas datas comemorativas poderia ser uma recursividade muito boa para aumentar o engajamento dos jogadores. Sendo algo a parte da aventura, mas ainda com seus personagens.

Se você gosta desse mundo de fantasia e gostaria de saber mais, leia também O Sobrinho do Mago – Quimera de Aventuras.


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O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa – Quimera de Aventuras

Montagem da Capa: Douglas Quadros

O Títere – Quimera de Aventuras

Nesta Quimera de Aventuras vamos falar sobre O Títere – Um Conto Sobre o Tempo em UVG, escrito pelo nosso querido José Lima Júnior, você pode ler o conto na integra aqui mesmo, acessando O Títere – Um Conto Sobre o Tempo em UVG.

O Títere

Com uma narração criativa e simbólica o autor utiliza conceitos filosóficos, metafísicos e pinceladas de espiritualidade, para apresentar a história de um ser amorfo e atemporal que nos conta sua última vivencia. Sendo está uma entidade capaz de migrar entre matérias e materiais tenta nos dizer seus valores e reflexões. Nesse caso, cabe a cada um a própria interpretação do relato.

Quimera de Aventuras

Nesta sessão colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG, claro, baseado no que eu mesma interpretei do conto. Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

A Passagem do Tempo

Uma situação obvia, que atinge a tudo e todos. No entanto, nós negligenciamos ou representamos de forma irreal. O passar do tempo é moroso, e nós não estamos dispostos e experenciar isso nos jogos, afinal vivemos isso na “vida real”. Então, qual seria a vantagem de dar mais tempo para os personagens?

O tempo é um conceito com muitas dinâmicas qualitativas, seja sabedoria, vínculo, experencia, repertorio e afins, essas ideias geralmente são trabalhadas na correria das side quests. Mas de fato quem aqui dormiria numa caverna com um ladino que conheceu em uma briga de bar semana passada? Aceitamos essa relação espontânea entre os companheiros fictícios porque muitas vezes somos companheiros na realidade. Assim como aceitamos ir do nível 1 ao nível 14 em 50 dias, ou menos, de aventura. Talvez o tempo não seja mesmo relevante em muitas campanhas, mas a maturidade natural e real nos alcança e com ela a possível exigência que a complexidade das histórias aumente. E então dar tempo aos seus personagens pode te levar a experimentar e trabalhar mais e com qualidade aquela persona, que sempre tem mais de si para te contar e revelar.


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O Sobrinho do Mago – Quimera de Aventuras

Nesta Quimera de Aventuras vamos falar sobre As Crônicas de Nárnia, com o conto O Sobrinho do Mago. Mesmo não sendo o primeiro livro a ser escrito pelo autor C. S. Lewis, é relevante seguir a ordem cronológica estabelecida pelo mesmo. 

O Sobrinho do Mago

O Sobrinho do Mago, foi publicado em 1955. Ainda que conte como tudo começou em Nárnia, foi a penúltima parte que iria compor a obra com sete livros.

Primeiramente são apresentados os personagens principais, duas crianças, Polly e Digory, que facilmente se tornam amigos. A aventura começa quando Digory e Polly adentram o escritório do Tio André. Enganada por ele, Polly toca em um anel mágico e desaparece. Por sua vez, Digory, aterrorizado, decide partir imediatamente em busca da amiga no Outro Mundo. Lá ele encontra Polly e, juntos entram em outro mundo. Como resultado disso despertam a Feiticeira Jadis, que se demonstra sedenta por poder, e tem como objetivo conquistar um novo reino para dominar. 

Entre muitos desentendimentos e confusão as crianças, Tio André, a Feiticeira, um cocheiro e seu cavalo vão parar em um mundo que ainda não existe. Porém isso logo muda, pois Aslam começa a cantar sua canção ao criar o mundo encantado de Nárnia. Depois das crianças ajudarem Aslam a proteger Nárnia por um período, já que a Feiticeira agora está solta lá, retornam para Londres, mas trazem com eles a semente que tornará possível tantas idas e vindas para Nárnia.

Quimera de Aventuras 

Nesta sessão colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

Política e Religião 

As simbologias e analogias políticas e religiosas nos livros do C.S. Lewis não são tão sutis quanto se imagina, mesmo se tratando de uma serie se livros infantis. É sempre interessante seguir essas linhas, pois ambas as vertentes remetem a sede de poder e corrupção dos indivíduos. Logo, traz muitas possiblidades para uma mesa de jogo, uma delas é incorporar um personagem que não precisa ser o vilão mais forte. Apenas uma distração, ou criador de confusão, desconfiança e intriga entre os personagens. Assim como Aslam é visto pelas crianças como algo bom, Tio André e a Feiticeira o vem como algo terrível, ela própria personifica a ideia de uma deusa corruptiva, que pode manipular quem tem a mente fraca para alcançar suas metas.

NPC’s com Função Específica 

As vezes precisamos de um NPC para algo bem específico, não queremos que ele seja procurado novamente pelos players como rota de saída para problemas que eles podem e devem buscar outras possibilidades. Dessa maneira, a estrutura estabelecida para o Tio André é muito útil, ele teve uma única função na história, ser o criador dos anéis, apresentá-los aos personagens principais e fim.  Então não se preocupe em criar um backgraund para NPC’s que tem função específica, deixe isso para aqueles que acompanharão o grupo de players.

Ganchos para Centenas de Histórias

Se tem algo que O Sobrinho do Mago faz bem é deixar oportunidades para novas histórias, talvez claro porque esse livro tenha sido escrito quando a obra já estava quase pronta. No entanto, pela ordem cronológica todas as histórias advêm desse evento. Portanto vale pensar se aquela situação deixada para trás é uma ponta solta ou a oportunidade de uma nova aventura?


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O Sobrinho do Mago

Autora: Isabel Comarella
Revisão de: José Lima Junior
Montagem da Capa: Douglas Quadros

Miss Hyde – Escafandro #5 – Quimera de Aventuras

Escafandro é o nome do projeto de estreia da Ultimato do Bacon Editora, a mais nova publicadora de HQ’s do Brasil! Um projeto bimestral e inteiramente nacional com uma proposta bem diferente do tradicional mercado de HQ’s atual.

O volume de número cinco desse projeto é a obra Miss Hyde, de Luís Carlos Souza, Rafael Dantas e Bernardo Spengler.

E você pode adquirir a sua Escafandro – Miss Hyde clicando AQUI!

Miss Hyde

Alice Hyde é uma caçadora de recompensas que viaja por todos os lugares em sua nave SS Stevenson.

Em sua atual missão à pedido de Söim, ela precisa entregar uma misteriosa encomenda para o Conde de Wollstonecraft: Frankesntein XVIII. Tudo poderia ser uma simples e corriqueira missão de entrega, mas estamos falando de Miss Hyde, e encrenca sempre a acompanha!

Os Autores

Luís Carlos Souza é escritor, professor, roteirista, revisor, letrista e diagramador. Foi o coordenador do Fórum dos Quadrinhos do Ceará, além de organizador e roteirista de Capitão Rapadura 40 Anos.

Rafael Dantas é ilustrador e co-fundador da Qomics. Entre seus trabalhos estão Mandacaru Vermelho e Cavaleiro Avante pela Qomics, Dr. Who pela Titan Comics e atualmente em The Phantom pela Frew Publcations da Austrália.

Bernardo Spengler é leitor, colecionador de quadrinhos e formado em Belas Artes em São Paulo.

Projeto Escafandro

O projeto Escafandro é o primeiro e pioneiro projeto da Ultimato do Bacon Editora. Sua proposta é ser uma publicação bimestral Pulp, com histórias fechadas em cada edição e com nomes criativos diferentes.

A edição de estreia (tanto do projeto quanto da editora) contou com roteiros de Laudo Ferreira e cores de Thaynan Lana. Você pode conferir a Quimera de Aventuras sobre a Escafandro #1 – O Vampiro bem AQUI.

Atualmente, Escafandro está em sua sexta edição.

A Ultimato do Bacon Editora também conta com outras publicações fora do projeto Escafandro que merecem uma atenção!

Minha Opinião Pessoal

Essa edição de Escafandro, a meu ver, comete erros incômodos logo em seu editorial. A escolha de usar um papel preto com fonte laranjada fosca foi péssima. Dificultou ao extremo a leitura. Foi preciso colocar uma luz focal pra dar destaque nas cores das letras sobre o papel.

Aliado a isso, a extensa necessidade de pontuar e relatar todas as referências e easter-eggs deixados pelos autores antes da leitura não só atrapalhou a mesma, como também tirou a magia e satisfação de encontrar essas mesmas referências por si só.

Vale denotar que esses são pontos que incomodaram a minha pessoa, e não são de forma alguma um demérito para a revista. Mas como trata-se de uma crítica também, os pontos negativos precisam ser notados, né?

Sobre o a obra: os autores conseguiram trazer uma atmosfera bem peculiar e inventiva para esse universo retrofuturista steampunk. As cores são vivas, os traços bem definidos e dão o ar perfeito para a obra.

Miss Hyde é uma protagonista cativante, carismática e com um grande potencial para chegar em grandes aventuras. Uma pena que a história seja tão curta, porque dá uma vontade de “quero mais” bem difícil de abandonar.

A resolução final dos acontecimentos poderia ter sido levemente um pouco mais interessante, mas ainda sim é divertida e condiz com a proposta da obra. Sem dúvida o cenário criado para o mundo de Miss Hyde merece ser mais expandido e ampliado!

Quimera de Aventuras

Nesta sessão a revista entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

Caça-Recompensas

O grupo trabalha pra mesma agência de caça-recompensas que Miss Hyde. De trabalhos simples como serviços de entrega à missões mais elaboradas (como resgates ou vilões perigosos), a vida do grupo não será fácil, mas as recompensas valiosas!

A missão da vez é entregar uma certa encomenda ao Conde de Wollstonecraft, que está empenhado em uma estranha pesquisa para criar a Quimera perfeita. Como o grupo vai reagir à esse conflito?

A Vingança do Conde

O imortal Frankenstein não foi derrotado após o fiasco com Miss Hyde. Com tempo e recursos suficientes, conseguiu para si um novo e melhorado corpo, e agora quer vingança contra Miss Hyde e a agência de Caça-Recompensas.

O grupo está entre os contratados para ajudar na proteção de Söim e Miss Hyde, e para isso terão de duelar não apenas contra um novo e melhorado Frankenstein, como também suas diabólicas quimeras.

A Poção de Jekyll

A misteriosa poção de Jekyll, segundo Miss Hyde, tem o potencial de “despertar o verdadeiro potencial”, mas nem sempre é o caso. Uma pessoa em contato com a poção se tornou um ser irracional de pura violência e fúria, quer está causando pânico e destruição por onde passa. Miss Hyde e a agência de caça-recompensas precisam de ajuda!
O grupo é contratado por Söim e MIss Hyde para ajudarem a recuperar o soro e conter o estranho que foi influenciado por seus efeitos imprevisíveis.

Miss Hyde para 3D&T Alpha

Miss Hyde, 18N
F0, H2, R2, A1, PdF1; 10 PVs e 10 PMs
Kit: Caçador de Recompensas (completo).
Vantagens: Base de Operações, Patrono, Poder Ocultox10
Desvantagens: Inimigo, Código de Honra dos Caçadores de Recompensa, Código de Honra dos Heróis
Perícia: Ciências, Investigação

É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela obra,  Escafandro #5 – Miss Hyde é uma revista incrível com trama e traços que trazem um novo velho mundo cheio de mistérios e velhos conhecidos. Gostou das ideias? Portanto mande seu comentário e não perca a oportunidade de acompanhar outras aventuras em Escafandro.

Autor: Eduardo Filhote
Revisado por: Isabel Comarella
Montagem da Capa: Juaum

Estrela Púrpura – A Sétima Chave – Quimera de Aventuras

Estrela Púrpura é um dos contos presentes em A Sétima Chave, livro organizado por Cristina Pezel e que conta com a participação de outros escritores: Ana Lúcia Merege, Bernardo Stamato, Diogo Andrade, João Paulo Silveira e Liége Báccaro Toledo.

O livro aborda contos de heróis com destinos interligados no mundo de Thalamh, um mundo medieval fantástico com uma magia exclusiva, porém, muito poderosa para aquele que a domina, seja por acaso,  por mérito ou por um dom latente.

Como todas as histórias e personagens presentes na obra são muito carismáticos e possuem um grande apelo emocional. E esta Quimera de Aventuras irá abordar independentemente cada um deles, não por ordem de preferência, mas por ordem de como as ideias foram surgindo, vamos lá.

Estrela Púrpura

Escrito por nosso parceirão, ele mesmo o Bernardo Stamato, aqui acompanharemos uma aventura de Galaaz, um paladino errante e seu escudo de unicórnio, capaz de protegê-lo dos maiores perigos.

Após tempos em viagem, e abrigado na estalagem Corcel Desaprumado em Larthwall, acaba por interferir em uma desinteligência comum às tavernas. Percebe que Morcant, o feiticeiro líder do grupo de mercenários que protagonizava um dos lados do embate, possuía certo interesse em seu escudo. No entanto, na verdade, possuíam origens semelhantes onde o mestre de ambos um dia foram companheiros.

Apartar essa briga faz com que Galaaz recebe um convite, o Rei Khadorian, o convoca para uma missão em Nierlhol a Floresta Perdida. Pois lá estava, Vivinith, a filha do rei que fora sequestrada por bruxas. O paladino então aceita o trabalho e o que eu posso dizer é que magias poderosas e coincidências não pararam por aí.

Quimera de Aventuras

Nesta sessão o conto entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, possivelmente haverá alguns spoilers da obra. Leia por sua conta e risco.

Vivinith e Ametista

Já dentro da Floresta Perdida, Galaaz encontra a princesa facilmente, que o “surpreende” após testar a integridade do homem de armas. Não houve sequestro, a princesa havia mesmo fugido para proteger-se do mal intencionado Rei. Podendo criar poderosas  ilusões, a moça escolhe a floresta como refúgio temporário, intuindo seguir em busca de abrigo nas terras de sua tia, acompanhada de uma guardiã, Ametista: uma Unicórnio de Chifre Púrpura.

Uma história repleta de combates e reviravoltas elaboradas, o conto Estrela Púrpura cria muitas oportunidades para o desenvolvimento de personagens e ganchos para serem explorados.  

E agora, Narradores? Como utilizar esse conto?

Galaaz fica à frente de uma oportunidade de quebrar o contrato com o Rei e acreditar na princesa. Como estimular esses dilemas morais em jogo? 

Ametista é uma peça chave importante na aventura. Você costuma utilizar criaturas como aliados? 

Ler esse conto me deixou com uma impressão muito forte de que as coisas foram acontecendo livremente, Porém, no fim, todas as pontas foram atadas. Como você trabalha as reviravoltas de roteiro ao longo de uma aventura? É um narrador que planeja ou deixa as coisas acontecerem conforme as ações dos jogadores?

O dom de proteção que Galaaz demonstra é algo realmente muito poderoso, como administrar esses trunfos em uma partida de RPG? 

Por aqui, em especial, tentei falar o menos possível dessa aventura que foi um prazer de ser lida, vão lá, leiam também a Sétima Chave, este livro eu recomendo demais! Gostou das ideias? Mande seu comentário e não perca a oportunidade de acompanhar outras aventuras no mundo de Thalamh.


Estrela Púrpura – A Sétima Chave – Quimera de Aventuras

Autor: José Lima Junior
Revisado por: Isabel Comarella
Montagem da Capa:  Douglas Quadros

Em Nome da Vingança – A Era do Abismo: Crônicas do Éden – Quimera de Aventuras

A Era do Abismo é o nome do projeto do nosso querido amigo e parceiro Bernardo Stamato, publicado pela Editora Pendragon, e hoje vamos falar sobre o conto Em Nome da Vingança.

O Torneio dos Campeões, o primeiro livro do projeto, já ganhou uma Resenha aqui no Movimento RPG, e você pode adquirir o seu livro bem AQUI

Crônicas do Éden é o segundo volume do projeto, e traz uma antologia que expande e enriquece o vasto e fantástico mundo criado pelo Stamato de maneira genial!

Como as informações sobre o autor e sobre esse mundo fantástico já estão na Quimera de Aventuras – O Torneio dos Campeões, vou me limitar a falar apenas sobre os contos aqui!

Em Nome da Vingança – Sinopse

Alex é um Paladino de Arthanon em missão sagrada.
Um alquimista psicopata sequestrou e assassinou inúmeras pessoas do reino por algum objetivo ainda desconhecido, e cabe ao Paladino trazer a justiça. Mas estaria ele lutando pela justiça e seus votos sagrados, ou lutando em nome da vingança?

Minha Opinião Pessoal (contém spoilers)

Eu fico de queixo caído com a facilidade que o Stamato tem para criar cenas épicas e marcantes à partir de pequenos contextos e fragmentos de historias.

Mesmo não nomeando o Alquimista do conto, é possível sentir a vilania e a inescrupulosidade típicas de um vilão, ao mesmo tempo em que também é possível identificar uma certa motivação mais sólida por trás.

Outro ponto assertivo e que deve servir de inspiração a muitas pessoas que desejam narrar, é como usar um Alquimista ou cientista em combate contra classes mais portentas. Sério, eu realmente fiquei impressionado no combate entre os dois, e mais ainda em ver um alquimista “frágil” tankar um paladino no mano-a-mano!

Não é necessário ir mundo fundo, muito imaginativo ou explorar feitos miraculosos para criar histórias divertidas. Um paladino lutando em nome da vingança, contra uma ameaça que é mais forte que o imaginado. Uma plot simples mas com contexto e diálogos deveras filosóficos e profundos!

Quimera de Aventuras

Nesta sessão o conto entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG.

Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

O Alquimista para 3D&T Alpha

O Alquimista é um vilão imaginado para conclusão de arco ou aventura. Como não possui um nome no conto original, vamos mantê-lo sem nome também, e você tem a liberdade de dar o nome mais condizente com seu cenário.

O Alquimista é um cientista mágico em busca da Pedra Filosofal, uma criação mítica capaz de feitos miraculosos, como transformar chumbo em ouro. É acusado de inúmeros crimes, e tem um prêmio por sua cabeça. Dentre seus crimes, estão saques à laboratórios arcanos, sequestro de criaturas, rapto e assassinato de civis inocentes.

O Alquimista usa um longo robe azul escuro surrado, tem cabelos loiros desgrenhados e embolados em vários nós. Tem um porte físico magro doentio, olhos profundamente insanos e esbugalhados e nariz comprido e fino.

Em combate, é capaz de lutar usando um acervo de poções, venenos e elementos químicos diversos como ácidos e gases.

Alquimista, 20N
F1, H4, R3, A1, PdF2; 15 PVs e 35 PMs
Kit: Alquimista (completo).
Vantagens: Alquimista, Base de Operações, Magia Elemental, Pontos de Magia Extra x2
Desvantagens: Má Fama, Devoção
Perícia: Ciências

(Ficha feita pelo Eric Ellison)


É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela obra,  Crônicas do Éden tem contos incríveis e é uma expansão mais que bem-vinda e merecida do mundo apresentado no Torneio dos Campeões. Continuem acompanhando para conhecer os outros contos!

Neuromancer – Quimera de Aventuras

Um livro revolucionário do considerado pai do gênero Cyberpunk, aqui veremos os termos utilizados pelo autor e que mais tarde puderam realmente ser aproveitados pela evolução da ciência. Dessa forma, alguns desses termos já foram até aproveitados em outros filmes, Neuromancer se revelou atemporal, épico e ao mesmo tempo sublime dentro e fora da Matrix (como é chamado o mundo virtual). Considerado um livro denso que gera debates e discussões até os dias atuais.

Neuromancer é o primeiro de uma trilogia (Count Zero e Monalisa Overdrive) escrita pelo gênio William Gibson, publicado pela AceBooks lá fora e aqui pela ilustre Aleph editora. A narração da história é conduzida pelo autor de forma intensamente dinâmica – diz ele que um livro precisa contar o que interessa – e ainda assim, detalhada em cada aspecto de sua mitologia. Para mim, um dos maiores livros de todos os tempos, com diversas premiações nos maiores prêmios do mundo como Nebula, Hugo e Philip K. Dick Awards.

Como já é de praxe da estrutura do quadro Quimera de Aventuras, aqui você irá encontrar uma Resenha (Sem Spoiler) desta magnífica obra, além de alguns Ganchos de Aventura (Com Spoiler) para utilizar elementos do livro em seus jogos de RPG.

Neuromancer

Neste primeiro livro acompanharemos a história de Case, um cowboy (ou hacker) talentoso em invadir e roubar informações de bancos de dados de corporações. Assim, o protagonista trabalhou em diversas organizações criminosas a serviço de seus mentores. No entanto, Case acaba por traí-los, o que lhe custou caro, uma vez que se vingaram do cowboy colocando em seu cérebro uma toxina mortal que o impede de se conectar a Matrix, a realidade virtual avançada.

Os mais variados personagens adentram essa história para trabalhar junto a Case, os mais icônicos são Molly, uma razor-girl (pode-se ler assassina de aluguel) e um ex-militar chamado Armitage, que promete a cura para o problema de Case em troca de um trabalho suicida. Em suma, há também a presença de outros personagens que irão acompanhar Case na descoberta de uma informação extremamente sigilosa, o que inclui a memória de um amigo que já faleceu, seu ex-mentor Dixie Flatline, com quem Case tem diversos diálogos profundos.

O livro retrata a sujeira, poluição, indiferença, superlotação e todos os aspectos que hoje compreendemos emprestar características que caracterizam o gênero cyberpunk, dialogando com a questão da transhumanização e a viagem espacial.

Quimera de Aventuras

Seguindo a orientação da Quimera de Aventuras, esse é o momento em que elementos do livro serão convertidos em propostas de aventuras. Reforço aqui o Alerta de Spoilers.

Descoberta de uma I.A. (Inteligência Artificial)

Como você deve ter visto em Neuromancer, as I.A. são a moeda mais cara do planeta. Todas as megacorporações, nações e empresas tem interesse em ter uma contraparte na Matrix. Para isso, elas recorrem a cowboys (hackers) para esses serviços no plano híbrido. Portanto, a descoberta de novas tecnologias atiça o mercado para uma disputa; quem será capaz de dominar a próxima I.A.?

A Matrix pode ter a forma como o mestre decidir, em sua história, pode adaptar os livro do Cyberpunk 2020, se preferir (já que o Red ainda não chegou aqui) e dizer que é semelhante ao nosso mundo, mas em códigos binários. Algo como o mundo invertido de Stranger Things, mas futurista e tecnológico. O importante é que lá dentro, assassinos não precisam usar máscaras, eles utilizam o avatar que desejarem, usam o cenário que quiserem e mesmo empresas podem utilizar-se de antivírus e firewalls diversificados para protegerem seus interesses. Por esse motivo, seu grupo pode ser constituído por hackers, assassinos e espiões do Sprawl.

Arquivos secretos

Naturalmente a Matrix não é apenas uma rede de internet evoluída, é também o maior banco de dados que se possa imaginar, por esse motivo, diversas empresas, empresários e até tesouros nacionais devem estar lá dentro, soterrados de informações e proteções. Por isso, para que uma nação afunde a outra definitivamente, ela deve ter acesso a essas informações, caberá a você encontrá-las.

Percebam que Neuromancer é um típico cenário cyberpunk onde mercenários farão trabalhos para sabotar megacorporações, portanto espionagem, guerra indireta, sabotagem e assassinatos estarão aos montes nesse jogo. Abuse de trato e intrigas políticas, de mensagens e ameaças interceptadas, de ofertas milionárias e indecentes. Utilize também de traições, afinal, isso faz parte desse tipo de contexto.

Vivendo no limite em Neuromancer

Não é a primeira vez que alguém se utiliza de uma situação-limite para forçar um personagem a agir, e assim pode começar a sua campanha, afinal, o ritmo de uma aventura cyberpunk é sempre frenética. Seu mundo está para ser consumido, as I.A.s estão avançado e você tem pouco tempo para impedir uma catástrofe mundial. Independente de seu compadecimento com a causa, ou não, você precisa lutar por sua própria vida e espaço.

Uma cirurgia onde substituíram um órgão, um veneno corrosivo, uma doença terminal, uma promessa de vida na Matrix por parte de uma I.A., seja lá como for, coloque seus jogadores na parede e sem tempo de pensar, no maior dos sufocos para motivá-los a se movimentar em torno de algum interesse individual ou até mesmo coletivo, político de algum indivíduo. Isso é o ritmo acelerado de um jogo cyberpunk e é, definitivamente, o ritmo em que Case é colocado por Armitage, ainda que conte com a ajuda de Molly. Afinal, Wintermute busca algo que necessita, ele precisa do Neuromancer.


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Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.

O Cavaleiro Branco – A Era do Abismo: Crônicas do Éden – Quimera de Aventuras

A Era do Abismo é o nome do projeto do nosso querido amigo e parceiro Bernardo Stamato, publicado pela Editora Pendragon.

O Torneio dos Campeões, o primeiro livro do projeto, já ganhou uma Resenha aqui no Movimento RPG, e você pode adquirir o seu livro bem AQUI

Crônicas do Éden é o segundo volume do projeto, e traz uma antologia que expande e enriquece o vasto e fantástico mundo criado pelo Stamato de maneira genial!

Como as informações sobre o autor e sobre esse mundo fantástico já estão na Quimera de Aventuras – O Torneio dos Campeões, vou me limitar a falar apenas sobre os contos aqui!

O Cavaleiro Branco – Sinopse

Um grupo é contratado para investigar estranhos acontecimentos em uma vila costeira. Para tanto, viajam de barco pelos oceanos, até que são emboscados por criaturas marinhas que dão um bom trabalho!

Após o grupo se livrar das criaturas, chegam até a citada cidade para investigar o que aconteceu, e se deparam com um mal que nunca haviam enfrentado antes!

Minha Opinião Pessoal (contém spoilers)

Stamato acertou na mosca com esse conto, que traz não apenas aventura e bastante ação, como também momentos de investigação e adrenalina.

A dinâmica do grupo formado para a missão também é um charme à parte, já que não são aliados de grandes datas e nem mesmo conhecidos, estando ali apenas por serem pagos e para cumprir a missão. Isso dá um clima bem diferente do tradicional “grupo onde todos são amigos e juram se proteger e se ajudar”, afinal, o quão confiáveis são esses aventureiros?

Outro ponto assertivo e que deve servir de inspiração a muitas pessoas que desejam narrar, é usar ferramentas básicas de forma ameaçadora! Os inimigos escolhidos para o desafio, assim como os moldes da estranha praga que aflige a vila, são elementos que, a meu ver, transformam o corriqueiro e cotidiano em algo totalmente novo e, quiçá, assustador!

Quimera de Aventuras

Nesta sessão a revista entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

Um Grupo Inusitado

Esqueça os backgrounds de formação de equipe, estratégias de combate, laços afetivos e vínculos de amizade. Cada um dos membros do grupo foi simplesmente contratado pelas habilidades a oferecer, e eles não se conheciam e nunca trabalharam juntos.

Com isso, explore a dinâmica de como se enxergam, como desconhecer uns aos outros pode interferir no combate, crie situações onde a dúvida da índole possa surgir e recheie com alguns combates sem que possam planejar a melhor estratégia, e deixe o circo pegar fogo!

Emboscada em Alto Mar

O grupo precisa chegar até algum determinado lugar e precisam enfrentar uma travessia marítima. Embosque o grupo com um bando de Sahuagins

Fácil – coloque apenas um Sahuagin para cada membro do grupo, e mais um para ameaçar a tripulação indefesa do navio.

Médio – Coloque dois Sahuagins para cada membro do grupo, e alguns a mais para ameaçar a tripulação.

Difícil – Coloque Sahuagins poderosos liderando o grupo de ataque, que conta com pelo menos 4 Sahuagins para cada membro do grupo. Os demais irão atacar e matar os tripulantes caso o grupo não haja rápido.

Essa ideia é ótima para uma aventura One-Shot ou introdutória a novas pessoas.

A Praga Extraplanar

Uma estranha praga em forma de fungos fluorescentes está ameaçando o lugar.

Sua origem é extraplanar e desconhecida, os seus efeitos são rápidos e mortais. O grupo precisa ter cautela ao investigar.

Para cada contato físico com os fungos (toque direto), faça um teste de Resistência à Veneno (origem mágica) de dificuldade alta. estar na presença dos fungos respirando seu pólen requer um teste de dificuldade baixa a cada 15 minutos.

Falhar no teste faz a vítima ser possuída pelo fungo, passando a se esquecer de quem é, e seu corpo se torna adubo para o fungo até ser totalmente consumido e se tornar fungo também.

A fonte da contaminação estará no centro de seu raio de expansão, na forma de um enorme cogumelo roxo fluorescente, que precisa ser queimado para ser eliminado. Quando suas raízes forem totalmente destruídas, os demais fungos perdem poder e morrem.


É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela obra,  Crônicas do Éden tem contos incríveis e é uma expansão mais que bem-vinda e merecida do mundo apresentado no Torneio dos Campeões. Continuem acompanhando para conhecer os outros contos!

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