Feras, o nome coletivo pelo qual são conhecidas as demais raças metamórficas de Lobisomem O Apocalipse.
Embora os Garou sejam a base e tema principal do cenário, desde a 3° Edição que as Feras tem maior participação e influência dentro do cenário como um todo.
Aliadas? Inimigas? Lendas? Qual a verdade por trás das Feras?
Lendas dos Garous
As Lendas Garous sobreviventes (ou deturpadas) colocam a Sociedade Garou como a suprema criação de Gaia em sua defesa.
Algumas delas contam sobre outros seres metamórficos, há muito extintos na Guerra da Fúria. A esses seres, as lendas Garous deram o nome de Feras.
Algumas lendas dizem que as Feras traíram Gaia se unindo ou protegendo os humanos, e por isso foram atacadas pelos Garous. Outras lendas, mais próximas da possível verdade, dizem que os lobos mais velhos ficaram com ciúmes e invejas da atenção que as Feras recebiam de Gaia, e por isso as extinguiram para terem Gaia apenas para si.
O ponto de convergência de todas essas lendas é a extinção das Feras, junto das tribos caídas dos Garous.
Mas… Será mesmo que as Feras foram extintas? Ou apenas buscaram abrigo e refúgio longe do alcance dos Garous?
Seriam as lendas sobre as Feras verdadeiras? Ou apenas Lendas para dar lição a jovens Garous?
Mitos, sussurros, histórias para inspirar ou amedrontar. Em raríssimos casos, histórias para lembrar o peso da culpa que os Garous carregam pelos erros que cometeram.
Nos tempos de hoje, com o Apocalipse batendo às portas do mundo, as Feras ainda continuam, para a Sociedade Garou, sendo apenas um mito a ser lembrado, uma história a ser contada.
Mas até quando as Lendas permanecerão nas sombras? E quando se revelarem, qual será sua postura diante dos Garous?
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As Feras
Criadas por Gaia em tempos remotos, tão antigos quanto os da criança dos Garous, as raças metamórficas existiam em suas mais variadas formas, e com as mais variadas funções, e foram chamadas de Feras.
Seu trabalho coletivo como um todo era o responsável pela ordem, desenvolvimento, segurança, expansão e continuidade da Criação.
Antes da Weaver enlouquecer, antes da Wyrm se corromper, o mundo era um lugar muito diferente.
Espíritos harmonizavam com a Criação, as Feras e os Garous viviam lado a lado como irmãos e aliados. Mas tudo mudou.
A Weaver enlouqueceu e sua teia de loucura se expandiu além do imaginável.
A Wyrm se corrompeu e seu véu de destruição ganhou proporções catastróficas.
Os Garou foram pegos no redemoinho de loucura e corrupção e chacinaram as Feras e os Humanos.
Houve a Guerra da Fúria, houve o Impergium, e o Apocalipse se aproxima cada dia mais.
As Feras restantes buscaram abrigo e se esconderam em locais afastados dos olhos dos Garous. América do Sul, África e Oceania se tornaram os principais pontos de refúgio das Feras.
Camufladas e escondidas da Sociedade Garou, vivendo seus próprios dramas e conflitos, e também com sua própria visão do mundo e do Apocalipse vindouro, as Feras são quase um cenário à parte dentro de Lobisomem o Apocalipse.
A Sociedade das Feras
A cada raça metamórfica diferente, fora dada uma função na Criação.
Sejam as Feras ligadas diretamente à Gaia, ou então ligadas de alguma forma à Tríade, sua participação e suas funções mudaram ao longo da história.
Embora algumas Feras não mais existam, nem mesmo em relatos e Lendas, as ainda existentes mantém seus cargos e suas funções enquanto podem.
Ajaba – são as Feras Hiena. Outrora considerados como a Décima Tribo dos Bastets, hoje os Ajaba são reconhecidos como uma raça própria. Se situam na África.
Ananasi – as Feras Aranha se dividem entre aqueles que acreditam serem crias de Gaia, e os que acreditam serem crias da Weaver. Estão em todos os lugares.
Bastet – são as Feras Felinas, e se dividem em oito tribos diferentes ao redor do mundo.
Corax – as Feras Corvo se concentram nas regiões mais gélidas, onde observam a tudo e a todos.
Gurahl – as Feras Urso, capazes de controlar sua Fúria para aprimorar suas capacidades físicas e resistência.
Mokolé – as Feras Répteis são tão antigas quanto os dinossauros, e são as guardiãs da memória d
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e Gaia.
Nagah – as Feras Serpentes agem como juízes, juris e executores de outras Feras corrompidas.
Nuwisha – as Feras Coiote são as mais “próximas” dos Garous, mas nem por isso suas amigas.
Ratkin – as Feras Rato que se escondem nos esgotos e subterrâneos das cidades, enlouqueceram após se exilarem na Umbra. O que farão agora que estão de volta?
Rokea – as Feras Tubarão, guardiãs das águas e dos mares.
Kitsune – as Feras Raposa que habitam as terras do oriente e integram os Hengeyokai.
As Feras Perdidas
Embora algumas Feras ainda possam eventualmente cruzar o caminho dos Garous (ou ter seus caminhos cruzados por eles), o fato é que muitas dessas raças não existem mais.
Extintos devido à ação dos Garous, as Feras Perdidas hoje são uma mácula na história das Feras, e uma constante lembrança do quão perigosos os Garous podem ser.
O gene Parente, no entanto, ainda pode ser encontrado. Muito comum que Parentes de Feras Perdidas sejam protegidos a muito custo, na esperança de que possam trazer de volta os metamorfos.
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Apis – as Fera Touro que originaram lendas como do Minotauro de Creta.
Camazotz – as Feras Morcego que agiam como os ouvidos e mensageiros de Gaia.
Grondr – as Feras Javali que encarregadas de purificar Gaia de venenos e toxinas.
Khara – uma tribo Bastet de Feras Tigres Dentes de Sabre, que acredita-se ter sido extinta na época dos dinossauros.
Okuma – uma tribo de Gurahls que na verdade eram Feras Panda que habitavam o leste asiático.
Ao – as Feras Tartaruga, outrora consideradas como uma das tribos dos Mokolé.
Usando as Feras em Jogo
Usar as Feras em jogo é quase o mesmo que usar os Garous.
As mecânicas de Fúria, Gnose e Força de Vontade são as mesmas.
As regras para mudanças de formas, raças e augúrios possuem algumas leves diferenças, mas em caso de dúvidas, aplique as mesmas regras do livro básico.
Todas as mudanças e ajustes de mecânicas para cada Fera estão no Guia do Jogador de Lobisomem o Apocalipse.
As regras oficiais mais recentes estão no suplemento Changing Breeds (ainda sem tradução oficial no Brasil).
Nos próximos textos trarei materiais e informações mais detalhadas sobre cada uma das Feras diferentes, assim como os ajustes mecânicos para o uso de cada uma delas em jogo.
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Então é isso, Rpgista!
Espero que tenha gostado de conhecer as Feras, e espero que acompanhe a Liga das Trevas pra não perder as oportunidades!
Te convido também a conhecer a Área de Tormenta, nosso novo espaço para Tormenta20, que inclusive receber um material fresquinho sobre as Divindades de Arton, confira lá!
Um grande abraço, e até a próxima!