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For the Quest – Resenha

Olá, heróis e heroínas. Em For the Quest, da 101 games, um jogo cooperativo de exploração de masmorras, vocês precisam salvar o mundo de Far Lands do vilão Nokron.

A 101 games, empresa independente formada por Bruno Sathler e Jefferson Pimentel, já com experiência em jogos de RPG como “Aventuras na era hiboriana”, “A Herança de Cthullu“,”Bruxo – Pacto das Sombras” , “Licantropo – maldição de sangue“, financiamentos coletivos de sucesso, decidiu arriscar mais com o For the Quest – primeiro boardgame da empresa.

Mas qual a inspiração para o “For the Quest”?

For the Quest
For the Quest

 

Claramente inspirado em Hero Quest, Dragon Quest, First Quest, outros jogos tipicamente de fantasia medieval e exploração de masmorras, (e portanto nostálgicos), o objetivo da 101 games era resgatar essa nostalgia a um preço acessível, criando um jogo com elementos de RPG, e como “entrada “ para novos jogadores de todas as idades.

E conseguiram esse objetivo? Vamos examinar algumas questões juntos, bravo aventureiro.

For the Quest foi um sucesso além do que seus criadores esperavam.

E será que isso é ruim? As metas batidas totalizaram   963% da meta base. O que quer dizer que veio MUITO material de jogo por um preço razoável para o financiamento coletivo. 10 personagens jogadores. Monstros, missões extras. Tabuleiros. Mas isso também levou a alguns atrasos, e falhas pontuais no projeto. Já que estamos nessa, vamos falar sobre …

Componentes do Jogo

For the Quest- monstro
For the Quest- monstro

Como já citado:

  1. – 1 manual de regras; ( nota 7 de 10, jogadores iniciantes sentiram falta de algumas informações)
  2. – 1 manual de RPG; ( grandes idéias em apenas 40 páginas-  nota 10/10)
  3. – 1 livro de campanhas com 65 missões; ( nota 5/10- uma falha na gráfica fez a página da missão e do mapa ficarem em lados OPOSTOS de cada folha)
  4. – 10 peças dupla face de tabuleiro; ( nota 8/10, alguns ficaram um pouco escuros).
  5. – 1 escudo de Nokron, o Lorde das Sombras;
  6. – 1 mapa do mundo de Farlands;
  7. – 1 bloco de fichas de heróis;
  8. – 4 dados de seis lados;
  9. – 62 bases plásticas (50 pretas e 12 vermelhas);
  10. – 6 punchboards com miniaturas de papel de personagens, mobília, portas, tokens e outros elementos de cenário;
  11. – 10 cartas de referência de heróis;
  12. – 165 cartas de jogo (magias, equipamentos, relíquias, exploração e monstros).( 9,5 de 10 as cartas estão de excelente qualidade, mas uma veio com um erro na escrita. Achei até curioso, mas sempre há quem reclame).

Pontos fortes.

É uma caixa pesada, com muitos componentes e todos belamente ilustrados por Gustavo Pelissari.

A Comunidade de apoiadores criou novas regras opcionais, que deixam o jogo tão fácil ou difícil quanto você quiser, além de expansões extra oficiais com novos heróis, aventuras, montaria, artefatos, armas…

E tanto gratuito quanto em financiamento coletivo e assinaturas, como:

  1. For the Quest – Arquivos de Miniaturas, por Lucas Moreira,   
  2. For the Farlands! – Aventuras para For the Quest – Conteúdos digitais mensais para For the Quest!
  3. For the Heroes Quest, pela Golden Dragon
  4. O app gratuito For the Quest Companion, feito por fãs, muda totalmente a experiência. Eu não consigo mais jogar sem. ( Ca entre nós, mago, o modo solo roda muito melhor com o app).
  5. For the Evil Quest , pelo O Encadernador. Quer saber mais? Olha aqui.

Como já citado, o RPG que acompanha o jogo acrescenta muito em rejogabilidade e criação de novos elementos. Ha também outros projetos derivados. As metas batidas digitais e o material disponível em PDF pela 101 games permitem reposição, aumento do número de componentes, e personalização do Jogo com novos monstros, personagens, móveis…

Mas nisso, a Ladra superdesconfiada  deve pensar: mas quais os…

Pontos fracos de For the Quest?

Como foi pensado num jogo para iniciantes, as principais críticas são de jogadores experientes.

  1. Se você quer introduzir novos jogadores para jogos de tabuleiro, com muito componentes e imersão, esse é o caminho. Se você já tem grupo com diversos jogos, pode não gostar.
  2. O famigerado erro do livro de aventuras já foi bastante citado.
  3. O que pode ser um ponto fraco pra uns – regras muito simples, as vezes não tão claras, pode ser um ponto forte pra outro. (meu jogo, minhas regras, eu mudo e crio o que eu quiser)
  4. Leva certo tempo para preparar aventura/partida, pelos componentes. A duração por partida é cerca de 2 a 3 horas. NÃO é um jogo rapidinho de 30 a 40 minutos.

Finalmente, o que achei do For the Quest?

Cara guerreira, aqui é bem pessoal. Eu gosto muito. Em grande parte, porque a comunidade melhorou BASTANTE a experiência. (Eu acho que em mais da metade). A 101 games permitiu expansões extra oficiais, e inclusive permitem divulgação. 

Fica bonito na mesa, com belas artes. Muitas missões e rejogabilidade. (Se você achar que os jogadores já pegaram o jeito no estilo SWAT de estratégia, há maneiras de mudar as coisas…).

Creio que a 101 games aprendeu muito, e na verdade já apoiei outros projetos. Aliás, acho que um boardgame de “aventuras na era hiboriana” vai ser um grande sucesso…

Se curtiu e for visitar a loja da Editora 101 games, lembra de usar nosso cupom de desconto, MRPG10

Boatos de uma expansão oficial em breve, ainda em 2025! Já viu nossa resenha de Herança de Cthullhu, boardgame?

Até breve, aventureiros e aventureiras. For the Quest! For the Movimento RPG!

 


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