Manuscritos são artigos relacionados aos mais variados temas dentro do contexto do RPG. Variam de histórias próprias, contos, compêndios, resenhas e colunas com textos autorais.
Finalizando o Guia de Criação de Personagem para Orbe de Libra com a terceira parte. Abordarei os últimos quatro passos na criação do personagem.
Passo 4: Alinhamento e Tendência
Ao contrário de alguns sistemas onde o alinhamento nada mais é que uma anotação na ficha do personagem, em Orbe de Libra ele representa uma parte central do cenário. Você pode escolher Ordoz (ordem), Chaos (caos) ou o equilíbrio da Libra. Entretanto, o Chaos aqui não representa o mal, mas tão somente a busca pela quebra de paradigmas.
Passo 5: Idiomas e Dialetos
Num continente vasto e multicultural como Casanova é de se esperar que haja várias línguas e dialetos. A língua mais falado e tida como comum/comercial é o Levantino. Vários povos e raças falam o Levantino e, por isso, ele possui diversos regionalismos e dialetos. De forma geral, as variações do Levantino são equivalentes em 60% e, portanto, cada variação deve ser aprendida como uma língua extra se o personagem desejar ser plenamente fluente nelas.
A Astúcia determina a quantidade de línguas conhecidas pelo personagem:
-2 à 0: Fala o idioma nativo e é analfabeto
1 à 2: Fala o idioma nativo e é alfabetizado
3: Fala 1 idioma adicional
4: Fala 2 idiomas adicionais
5: Fala 3 idiomas adicionais
6: Fala 4 idiomas adicionais
As línguas em Casanova possuem correlações com línguas reais, apenas para fins de imersão (e diversão). E são as seguintes: Levantino (comum ou moderno), Levantino Arcaico, Levantino Cantado, Levantino Élfico, Levantino Gutural, Levantino Mateiro, Levantino Oriental, Agashi, Draconiano e Isás.
Passo 6: Perícias
De forma breve as perícias possuem as seguintes graduações: Inábil (I), Aprendiz (A), Profissional (P), Especialista (E), Mestre (M) e Lenda (L). Cada graduação concede 1d6 para somar ao valor de seu atributo em suas rolagens.
As perícias são separadas em grandes grupos, sendo que os testes físicos são feitos com rolagens diretas dos atributos de Força e Vigor.
Cura, História, Investigação, Ocultismo e Religião pertencem ao grupo de Conhecimentos e Técnicas. Etiqueta, Manha e Performance são do grupo Sociais e Esportivos. E, por fim, Furtividade, Ofícios, Percepção e Sobrevivência são do grupo Talentos e Sobrevivência.
Dependendo de sua classe você pode ter de 11 a 15 pontos iniciais para suas perícias. Para saber mais veja aqui a parte 2 do Guia.
Passo 7: Recursos e Equipamentos
Os recursos iniciais são o resultado de 3d6 x 10. Resultando em valores de 30 a 180 peças de ouro. Cada peça de ouro equivale a duas de prata. Tenha sempre algum dinheiro em mãos para poder manter seu estilo de vida e para a manutenção de seus equipamentos, já que eles podem ser avariados.
Com seu dinheiro inicial você pode escolher algumas armas comuns em RPGs medievais, mas outros são exclusivos (ou quase) do cenário, como Macuahuitl, Quauhololli, Atlatl, Terçado, entre outros. O que é uma característica muito sulamericana do cenário. Não se esqueça de escolher alguma proteção estilosa entre as armaduras e escudos disponíveis.
Por fim, escolha seus equipamentos, ferramentas e utilitários que todo bom aventureiro deve ter. Podendo, para isso, escolher alguns kits prontos, como do Matuto ou do Fanático. E, assim, seu personagem de Ordem de Libra está pronto para viver aventuras como esta aqui.
Cuide para, mesmo inicialmente, não possuir mais equipamentos que sua carga permite. Até porque, quanto mais carga, maior é a penalidade em rolagens para seu personagem.
Leia mais textos sobre os produtos da Craftando, clicando no link.
Criado pelos game designers Jonathan Gilmour (Dead of Winter, Atari: Centipede/Missil Command/Asteroids) e Doug Levandowski (Gothic Doctor, Seven Minutes in Hell), Kids on Bikes é um sistema de RPG narrativo colaborativo. Onde “você assumirá papéis de pessoas comuns lidando com forças estranhas, amedrontadas e excepcionalmente poderosas que você sequer pode derrotar, controlar ou entender. A única maneira de encará-las será trabalhando em conjunto. Usando suas forças e sabendo quando você só terá de correr o mais rápido possível.” tradução própria
Inspirado em Super 8 e The Goonies, Kids on Bikes traz toda a nostalgia da infância com um toque sobrenatural. Onde tudo e qualquer coisa pode acontecer, até mesmo numa pequena cidadezinha.
O Universo
O universo de Kids on Bikes é contemporâneo e, ao mesmo tempo, retrô. Explorando uma passagem do tempo onde adolescentes estavam ocupados demais em suas bicicletas. A procura de aventuras no lugar de estarem vidrados em telas de celulares. Ou poderem pesquisar por motivos racionais e científicos para entender o que pode estar acontecendo com a gravidade. Não somente isso, ele proporciona uma experiência “pé no chão”. Mesmo com os encontros com as entidades paranormais, visto que as motivações e acontecimentos podem ser os mais rotineiros possíveis. Como procurar pelo cachorro do seu melhor amigo que desapareceu ou o motivo pelo qual o seu fliperama favorito veio a fechar. Afinal de contas, o universo das tramas é protagonizado por pessoas normais, com vidas normais, que estavam tentando viver suas rotinas em cidades pequenas até se depararem com essas criaturas.
Ademais, o sistema conta com a estratégia de um worldbuilding coletivo. Onde todos os envolvidos — players e mestres — podem se ajudar a elaborar todo o cenário fictício em que contarão essa história, tornando o universo ainda mais imersivo.
O Sistema
Kids on Bikes possui um sistema simplificado, sendo menos de 80 páginas em seu livro de regras comum. Seus atributos serão representados por um dado em específico. Que varia de 1d4 a 1d20, baseado em competência: quanto maior for o dado representando o atributo, mais capaz será o jogador.
Além disso, até os resultados baixos têm chances de sucesso, onde qualquer resultado máximo trará uma possibilidade de re-rolagem de dados. Na forma mais simples de ver, podemos idealizar que, em uma fuga, caso a dificuldade estabelecida seja 14 e um personagem possui um dado d8 para o atributo de agilidade, em um caso de resultado inicial 8, esse mesmo terá de rolar novamente, adicionando esse novo valor ao seu resultado. Ainda no exemplo, após essa rolagem crítica, caso o personagem role novamente e acabe tirando um 4, seu resultado será uma falha. No entanto, caso ele tire um valor que, somado ao seu valor de crítico, torne-se maior que 14, ele será bem sucedido.
É possível também a criação de um personagem com superpoderes. Assim como a Eleven de Stranger Things, que será controlado em conjunto por todos os jogadores, podendo decidir entre si o que ele fará e que poderes esse personagem pode utilizar!
Criação de Personagem
Em Kids on Bikes, o que mais importa não é somente o que você pode fazer, mas o que você é. Assim, é necessário que você escolha se você é uma criança — menor de 13 anos —, um adolescente ou um adulto e um “tropo” para seguir (como A Garota Popular, o Nerd do Clube de RPG, o Encrenqueiro, etc). Não somente isso, mas a criação de personagens também conta com perguntas cruciais não só para a compreensão do seu personagem, mas também para o universo e as relações entre personagens, o que fará a trama se tornar ainda mais interessante e imersiva.
Atributos
Todos os personagens terão seis atributos:
BRAINS: Conhecimento, inteligência. Determina o quão bom o personagem pode ser nos estudos e o quão rápido e bem ele pode resolver problemas que exigem intelecto.
BRAWN: Força bruta. É sobre o quão bom um personagem pode ser em habilidades que existem a força — não envolve lutar ou algo do tipo, há outro atributo para isso —, mas como ele consegue carregar ou quebrar as coisas e o quanto de dano ele pode aguentar. Também determina o quão intimidador aquele personagem pode ser.
FIGHT: Luta. É referente ao quão bom de briga um personagem pode ser com que armas ele sabe usar ou com que habilidades de luta ele conhece. É bom salientar que, mesmo que um personagem tenha um atributo de luta alto, ele só será bom realmente se ele já tiver experiências com aquela arma ou habilidade antes; caso seja o contrário, ele só será bom se tiver um treinamento apropriado.
FLIGHT: Agilidade. Determina o quão rápido um personagem pode ser, além do quão habilidoso ele pode ser em fugir dos próprios problemas, tornando-se mais difícil de capturá-lo.
CHARM: Carisma. Define o quão bom é o personagem nas questões de relações sociais, sendo bom de lábia e sabendo também como lidar ou ler as pessoas.
GRIT: Esse atributo determina o quão difícil é para “quebrar o personagem” de forma física ou emocionalmente, avaliando o quão bem ele pode lidar com situações que o pressionem e sua capacidade de se manter nos eixos, também determinando o quão inteligente — numa forma mais sábia — o personagem pode ser.
Estabelecendo Limites
Kids on Bikes possui um cuidado especial para assuntos delicados e promove que o jogador e o mestre sempre estejam em contato, incitando maneiras de consentimento para assuntos tratados na mesa e promovendo discussões sobre o que eles gostariam de ver na mesa, além de deixar claro o respeito que deve se manter não somente entre jogadores e mestres mas também ao público ouvinte, caso este for o caso.
Considerações Finais
Se você é o público que ficou vidrado em Stranger Things, Paper Girls, It – A Coisa e/ou consome muito do gênero Coming-of-Age, esse é o sistema perfeito para você.Pois é um sistema simples, com inúmeras possibilidades de criação e que lhe fará se sentir nostálgico e animado enquanto descobre os segredos de um lugar que você — o seu personagem — jurava ter conhecido antigamente.
Se estiver mais interessado em conhecer sobre o sistema, considere conferir a página inicial do projeto, clicando aqui para ser redirecionado ao site da desenvolvedora Hunters Entertainment.
Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse. E com isso, torne-se um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos! Ou então, apoie nossa revista digital, a Aetherica através deste link!
Com uma casa nova, Skyfall RPG retorna após um hiato na produção do sistema base para um dos maiores fenômenos da comunidade do RPG Nacional. A editora Ponycorn anunciará o financiamento coletivo em dezembro de 2023.
Skyfall vem lançando playtests através da revista D20 Saga, e nesta resenha, você ficará por dentro de tudo que o sistema tem para oferecer.
O céu ta caindo!
“A Primeira Grande Queda caiu em cima da capital Salim, no reino mágico de Lim’Sa; a segunda caiu em Törmund e decretou o fim dos Anões. E a Terceira? Essa será a última…”
— Professor Nyx, Reitor da Universidade Arcana de Opath .
Um universo criado por Pedro Coimbra (Mestre PedroK) e Silvia Sala (SilAndCrafts). Skyfall RPG traz um mundo repleto de magia, aventuras e perigos além de personagens únicos e melancólicos. Do gênero Trágico-Fantástico, Skyfall RPG é um jogo sobre heróis que lutam para tornar o mundo melhor enquanto aguardam um fim inevitável. Esse fim pode vir não apenas por causa das adversidades do cenário, mas também pelas Quedas, gigantes ilhas que caem do céu.
A Melancolia e os Legados
A Vida, a maior das Deusas, criou todos os seres vivos, humanoides ou não. Houve então, uma época em que o mundo de Op era harmônico e pacífico. Até que a Vida morre e todas as suas criações começam a desenvolver delírios por não conseguirem conceber a ideia de que a Vida morreu. Assim, o caos se instaura. As outras Deusas e Titãs vendo a criação da amada Vida começar a ruir, decidiram abraçar sua criação. Cada Deusa e cada Titã abraçou uma criatura humanoide diferente, e ao abraçar, as criaturas desenvolveram a Melancolia, uma forma de lidar com o luto e herdando parte da essência da Divindade que as abraçou.
Em Skyfall, as conhecidas “raças” são chamadas de Legados. Cada Legado tem uma melancolia diferente, além de dons e heranças que obtiveram por meio de sua cultura ou da essência que a divindade concebeu.
As Quedas
De forma inesperada o continente de Opath começou a ser bombardeado por ilhas que caem do céu e destroem a fauna e flora do local, estabelecendo uma nova região. As Quedas foram classificadas como Quedas Menores e Quedas Maiores ou Grande Queda, a primeira, ilhas de tamanho menores, com impactos menores, porém o suficiente para trazer novos minérios e recursos para a sociedade.
A primeira grande queda aconteceu sobre a cidade de Salim, a capital da Confederação de Lim’sa, destruindo a região e estabelecendo um novo local. Quando os primeiros exploradores chegaram, perceberam a presença de um material que ficou conhecido como Aetherium, extremamente versátil no uso de magias e o primeiro avanço magitec aconteceu no continente. A segunda grande queda veio algumas dezenas de anéis depois, obliterando Törmund, o reino dos anões e aterrorizando todos os reinos. Hoje, os estudiosos afirmam que a terceira será a última, decretando o fim inevitável do mundo.
O sistema de Skyfall RPG e suas regras
Antes de apresentar as regras é bom lembrar que o sistema está atualmente na sua versão 0.7 e algumas regras podem mudar antes da versão final do jogo. Ao final dessa resenha teremos o link para você obter a versão de jogo rápido.
Um sistema D20 compatível com Dungeons and Dragons 5º Edição.
Compatível com Dungeons and Dragons 5º Edição, Skyfall RPG traz o modelo padrão de testes com a clássica formula 1d20 + atributo + bônus, mas com uma construção de personagem totalmente diferente. Portanto, não é aconselhável combinar elementos nesses jogos; no entanto, você pode utilizar monstros, aventuras e algumas outras mecânicas em seu jogo. No futuro, irão publicar um Guia de Compatibilidade junto com o livro base.
Catarse
A principal mecânica de Skyfall é a Catarse. Uma reserva de recurso dramático chamado pontos de catarse, onde em qualquer rolagem em jogo, um personagem pode gastar 1 ponto e adicionar 1d6 ao teste ou dano, antes do mestre dizer a resolução final. Pontos de Catarse podem ser gasto também para recuperar outro recurso chamado Pontos de Ênfase.
Pontos de catarse são obtidos por 3 formas:
Tencionando a melancolia do personagem, ou seja, quando a melancolia do personagem afeta a cena.
Por decisão do grupo. Em cada cena 1 ponto de catarse é colocado na mesa e quando um personagem gerar uma cena marcante, o grupo pode escolher dar o ponto para o personagem.
Por recarga de habilidades dos inimigos poderosos. A clássica recarga por d6 usada em Dungeons and Dragons 5º edição é substituída pelo ponto de catarse. Quando um inimigo gastar sua habilidade, o mestre coloca um ponto de catarse na mesa, qualquer momento os jogadores podem pegar esse ponto e assim o inimigo recupera o uso de sua habilidade.
A Sombra
O maior mistério de Skyfall RPG sem dúvidas é a Sombra, uma entidade poderosa que sussurra nos corações dos heróis em momentos de necessidade. Todo personagem possui uma alma que reflete sua sombra. O personagem recebe Pontos de Sombra e pode usá-los para que a Sombra o auxilie em um momento de necessidade.
A Sombra é onipresente e quase onipotente. Ela pode ser chamada pelos personagens ou ela pode chamá-los quando vê uma oportunidade de fechar um acordo. Acordos sempre envolvem um custo: pedaços da alma do próprio personagem, em termos de regras, seus Pontos de Sombra. A cada ponto de sombra a alma do personagem fica menor, e sua sombra vai lentamente diminuindo. Quando sua sombra estiver menor do que a metade, o personagem irá se curar apenas metade por meios mágicos.
Ao chegar a 0 pontos de sombra, o personagem não irá mais se recuperar por meios mágicos e quando esse personagem morrer, além de uma morte horrível, sua alma pertencerá à Sombra.
Construção de personagens
Uma variedade de combinações altamente diversas é o que define esse sistema. O jogador pode escolher, além do seu Legado, um antecedente que define o background do personagem e traz habilidades únicas. Além disso, pode optar por uma das 3 classes que englobam os 3 arquétipos básicos de uma fantasia. Posteriormente, seleciona uma trilha que aprofunda as habilidades do personagem.
Atributos e Proteções
Separado por força, destreza, constituição, inteligência, sabedoria e carisma. Skyfall traz o conceito de proteção onde todo atributo tem uma defesa atrelada. Ataques em diferentes proteções podem ser feitos a depender das habilidades e mecânicas que o sistema contém.
Classes.
Combatente, Especialista e Ocultista são as 3 classes apresentadas no jogo. Se engana quem poderá achar isso limitante, pois além de amplas as classes, não são a finalização das habilidades do personagem e sim as trilhas.
Combatente: Focado em combates.
Especialista: Focado em treinamentos especiais e pericias.
Ocultista: Focado em conjuração de magia;
Trilhas
A classe molda como você joga, enquanto a trilha possibilita a imersão em um conceito de personagem e a personalização de suas habilidades e poderes. Até o lançamento, o livro promete muitas trilhas, no playtest 0.7 temos as seguintes:
Artesão de Guilda: Personagens focados em um ofício, sendo eles alquimista, alfaiate ou ferreiro.
Comandante: Comandar e motivar é o que essa trilha faz de melhor.
Devoto: Nossos amados devotos de divindades.
Elementalista: Controle dos quatro elementos naturais.
Guerreiro Koi: Treinados nas tradições marciais e artísticas de Sodori.
Magitécnico: Especialistas na criação e manutenção de magitecnologia.
Malandro: O melhor dos ladrões.
Mestre das Armas: Armamentistas de primeira.
Necromante: Reviver os mortos e lidar com a necromancia é o forte desta trilha.
Considerações
Após muita espera temos o produto que se encaminha para a sua finalização, Skyfall RPG traz muitos conceitos e regras de um jogo mais moderno, ampliando a possibilidade de customização dos personagens e além de tudo um jogo voltado para a sua proposta onde muitas mecânicas refletem ao tema trágico fantástico onde a frase “perder para ganhar” se faz presente.
O casal Coimbra-Sala vem se dedicando muito no processo de criação do sistema, ouvindo feedbacks diariamente, levantando temas e reflexões. Dentro do livro, encontramos exemplos de inclusão de minorias, quebra de paradigmas e regras alinhadas com a proposta do jogo. Portanto, todos deveriam seguir esse exemplo, tanto em termos de profissionalismo quanto de processo criativo.
Por Fim
Skyfall RPG como um livro está de volta e você pode fazer parte da construção desse sistema/cenário através da revista D20Saga, ao adquirir a revista você recebe acesso ao PlayTest mensal de Skyfall RPG além de um formulário de feedback.
Então recomendo você assinar, testar o sistema e dar o seu feedback para que possa registrar seu nome na construção desse maravilhoso RPG nacional.
Gostou do conteúdo?, considere me seguir para dar aquele apoio, é só clicar aqui!
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O Halloween se aproxima, então chegou a hora de preparar uma lista de 10 RPGs de terror para aterrorizar suas sessões este mês. Desde RPG paranormal até terror espacial, apocalipse zumbi e horror cósmico, tem muita coisa legal nessa lista!
Cthulhu
Começamos com… muitos! Chamado de Cthulhu, Rastro de Cthulhu, Achtung! Cthulhu, Cultos Inomináveis, Chamado de Gathulhu e a lista continua.
Chamado de Cthulhu é o pioneiro, está em sua 7ª edição e tem diversos suplementos, inclusive célebres campanhas como Máscaras de Nyarlathotep.
Já Rastro de Cthulhu traz um sistema inovador de busca de pistas e é meu preferido pessoal, mas ei! Cada um tem seu gosto, e tem espaço para todos no horror cósmico lovecraftiano.
Indicação: Para fãs de H. P. Lovecraft e quem não se importa com destinos terríveis para as personagens.
Vaesen
Um bestiário folclórico ilustrado da Escandinávia foi transformado em um RPG de investigação sobrenatural na era Vitoriana. Os vaesen são os seres das antigas tradições rurais e obscuras de países como Noruega e Suécia. As personagens jogadoras têm o dom da Visão, que lhes permite enxergar essas criaturas ocultas. Elas se reúnem em um grupo chamado apenas de “A Sociedade” e enfrentam os vaesen para proteger a humanidade.
Indicação: Para quem gosta de fantasia histórica, da estética vitoriana e de folclore obscuro.
Ordem Paranormal
Um dos RPGs mais populares do Brasil precisava estar nessa lista, não é mesmo? Nesse cenário contemporâneo, uma organização secreta combate ameaças de outra dimensão e usa as próprias manifestações e rituais sobrenaturais para ganhar poder e combater fogo com fogo.
Mas eu aposto que você já sabia disso tudo, não é mesmo? É muito difícil Ordem Paranormal não entrar no nosso radar atualmente.
Indicação: Para quem quer desvendar as fraquezas de monstros sinistros e arriscar a vida enfrentando eles.
Kult
Nosso mundo é uma ilusão tecida por uma divindade ausente e povoada por anjos caídos e demônios que sussurram nas sombras. Os sofrimentos da humanidade são muito piores do que nossa mente mortal consegue compreender, mas você despertou para eles. Se gostou do conceito, preste atenção: este jogo explora traumas, torturas e outros assuntos pesados!
Indicação: Maiores de 18 anos que queiram explorar temas maduros e perturbadores no RPG.
Terra Devastada
Mais um jogo nacional para a lista! Essa criação do John Bogéa se tornou um clássico dos zumbis nacionais, apresentando um cenário pandêmico e pós-apocalíptico em que uma praga zumbi devastou a humanidade. O foco é a sobrevivência e os horrores monstruosos e humanos que devem ser suportados para continuar vivendo nesse mundo aterrorizante.
Indicação: Para quem gosta de mergulhar no psicológico das personagens enquanto tenta sobreviver.
Mothership
Um excelente RPG de terror no espaço! Faça parte de uma tripulação que encontrará naves abandonadas, planetas estranhos e formas de vida perigosas. Só não deixe sua mente se quebrar antes de realizar sua missão.
Infelizmente, disponível apenas em inglês.
Indicação: Para quem tem saudades de Abismo Infinito e acha que Alien RPG não chegou à sua altura.
Shadow of the Demon Lord
Um jogo de fantasia medieval sombria com um rico cenário repleto de monstros terríveis, pessoas ainda piores e um fim do mundo inevitável. Apesar de usar dados de 20 lados, o sistema é um tanto quanto diferente do D&D e possibilita uma customização de personagens muito maior.
Indicação: Para quem quer algo semelhante a Dungeons & Dragons, mas muito mais sinistro.
Old Gods of Appalachia
Baseado em um podcast estadunidense de mesmo nome, esse RPG traz um novo universo de horror nos Montes Apalaches, uma região montanhosa rural e sinistra. Há coisas ancestrais soterradas nas montanhas e, quando estas cruzam o caminho da humanidade, o resultado é sempre o horror.
Se gostou do conceito, pode ir atrás de outros RPGs baseados em podcasts de terror, como o The Magnus Archives.
Indicação: Fãs de terror rural e que saibam falar inglês – não tem tradução para o português!
Night’s Black Agents
O mundo está tomado por uma conspiração vampírica e você é um agente secreto que deve combatê-los. Além de trazer o sistema GUMSHOE para a espionagem, há uma grande personalização dos próprios vampiros, de modo que você pode jogar tanto contra horrores sobrenaturais clássicos como contra alienígenas sugadores de sangue.
Indicação: Para quem gosta tanto de Blade quanto de James Bond e quer misturar as duas coisas.
Movin’ On
No Halloween, nada melhor do que emular os filmes slasher, ainda mais com um sistema nacional. Em vez de dados, você usa cartas para tentar escapar e sobreviver ao ataque de um assassino implacável e todos os obstáculos que surgirem em seu caminho.
Indicação: Para quem quer aproveitar a sexta-feira 13 jogando um RPG de Sexta-Feira 13.
Faltou Algum RPG de Terror?
Deixei de fora algum RPG de terror digno de nota? Manda aqui nos comentários, e não deixe de seguir as Ideias Arcanas nas mídias sociais para não perder mais conteúdo!
No segundo Guia de Monstros em The Wicher vamos conhecer os Espectros, são espíritos fantasmagóricos que parecem estar presos entre este mundo e o próximo. Presos aqui por angústia, fúria e pela necessidade de vingança.
Espectros são um dos poucos monstros sobre os quais camponeses costumam estar certos. Eles de fato são espíritos: eles de fato vêm de dor e morte. Magos tentaram explicá-los com suas teorias, mas é simplesmente uma alma presa à terra, incapaz de seguir em frente até conseguir o que precisa, ou até ser posto para descansar por uma espada de pata.
Erland de Larvik
São três monstros na categoria Espectros:
Barghest;
Hym;
Pesta;
Vamos conhecer cada um deles:
Barghest
O Barghastian é um desafio fácil, mas complexo de ser derrotado. Eles possui visão noturna e rastreamento por cheiro. A superstição comum diz que são cães da caça selvagem, talvez amaldiçoados. Sacerdotes creem ser castigo divino. Eles vêm em matilhas, e é crucial ter uma armadura robusta, pois seus dentes e baba são perigosos.
Quanto ao conhecimento real, eles não são castigos divinos, mas criados por acumulação de desejos ruins. De fato lutam em matilhas, são bem ágeis e cospem fogo verde. Ficam semitransparentes antes de uma investida espectral, que pode cegar. Bombas de pó de lua, círculos de Ydern e óleo de espectro são eficazes contra eles.
Hym
O Hym é um monstro de dificuldade difícil e complexidade perigosa. Ele é inteligente, e possui visão noturna superior. Os aldeões o associam a sombras e espectros de culpa. Relatos indicam que pode atormentar pessoas com visões relacionadas a seus traumas.
No entanto conhecimento e comportamento estudado revelam que o Hym é, na verdade, um demônio das esferas exteriores que se alimenta de emoções negativas, especialmente culpa. Ele induz alucinações e pesadelos em seu hospedeiro, levando-o à autodestruição. Pode se mover fluidamente nas sombras e permanece perto de seu hospedeiro. Invocá-lo envolve manter seu hospedeiro em um ambiente bem iluminado para privá-lo de emoções negativas. No entanto, enfrentá-lo requer óleo de espectro e preparação para suas garras mortais.
Pesta
A Pesta é um monstro de dificuldade difícil e complexidade perigosa. Além disso, é muito inteligente e possui visão noturna. Por conseguinte, a superstição comum a associa a uma praga, com a capacidade de espalhar doenças através de ratos e insetos. Assim sendo, o contato com uma Pesta pode resultar em inchaço e doenças graves, como a Catriona.
No que diz respeito ao conhecimento e comportamento sobre a Pesta, revela-se que é um espectro incorpóreo. Além disso, ela viaja com nuvens de moscas portadoras de doenças e controla ratos. Para combater uma Pesta, é necessário o uso de ferramentas específicas, como Ydern e bombas de pó de lua. É importante mencionar que os bruxos são imunes às doenças que elas carregam. O combate, por sua vez, envolve a aplicação de olhos-espectro em uma lâmina de prata e Ydern. Portanto, é essencial queimar a nuvem de insetos e lidar com a horda de ratos. Após a caçada, é crucial que os aliados tenham acesso a cuidados médicos devido aos riscos de adoecimento.
Sugestão de Aventura
Cenário
A aventura se passa em uma vila próxima a An Skelige, assolada por uma misteriosa epidemia que já deixou muitos mortos e desesperados. A população está à beira do caos, e as autoridades estão desesperadas por uma solução. A cidade está repleta de boatos supersticiosos, e muitos acreditam que a causa da epidemia é uma maldição, uma criatura sobrenatural que se alimenta da doença e do desespero das pessoas.
Enredo
Os heróis são chamados à cidade pelo conselho da cidade, que está disposto a pagar uma grande recompensa para quem conseguir resolver a epidemia e eliminar a ameaça. A missão dos heróis é encontrar a causa da epidemia e curar a cidade.
Missão Principal
A missão principal dos heróis é a seguinte:
Investigar a cidade e coletar informações e os possíveis sintomas da doença que ela causa. Ao fazer isso descobrem que há uma Pesta envolvida na pandemia.
Rastrear a Pesta até seu covil, que se acredita estar em uma área de floresta sombria nos arredores da cidade.
Enfrentar a Pesta e suas hordas de ratos infectados e moscas portadoras de doenças.
Após a batalha, garantir que os habitantes da cidade doentes recebam tratamento médico adequado para curar a doença.
Desafios
Rastreamento da Pesta: A trilha os levará até a floresta sombria, onde enfrentarão obstáculos naturais, como terrenos acidentados e criaturas selvagens. Além disso, eles podem encontrar sinais misteriosos deixados pela Pesta, como carcaças de animais doentes.
Encontro com a Pesta: No covil da Pesta, os heróis enfrentarão a criatura incorpórea e suas hordas de ratos e moscas. Eles devem usar Ydern e lâminas de prata com cuidado para derrotar a Pesta enquanto evitam as doenças que ela espalha.
Cuidados médicos: Após a batalha, os heróis devem garantir que os habitantes da cidade recebam tratamento médico adequado para curar a doença. Isso pode envolver escoltar os doentes até um médico ou alquimista capaz de tratar a epidemia.
Recompensas
Ao completar esses desafios, os heróis terão salvado a cidade da epidemia e derrotado a ameaça da Pesta, ganhando a gratidão da população e a recompensa prometida pelo conselho da cidade. No entanto, eles também podem descobrir pistas sobre a origem da Pesta e possíveis conspirações por trás da epidemia, o que pode levar a futuras aventuras.
Para enfrentar monstros em The Witcher sendo um Bruxo, você precisa de muito mais que força e habilidade. Sendo assim Conhecimento passa a ser sua melhor ferramenta, por isso ter um diário de um bruxo muito mais experiente que você se torna tão importante.
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O Cordel do Reino do Sol Encantado, ou simplesmente Cordel RPG, foi criado por Pedro Borges entre 2020 e 2021, com o financiamento coletivo, no Catarse, bem sucedido no final de 2021. É um jogo de RPG ambientado na região do cangaço nordestino, seu pano de fundo é início do século 20. Na obra, Pedro trouxe uma perspectiva com base em três obras clássicas da literatura brasileira: Os Sertões, de Euclides da Cunha, Grande Sertão: Veredas, de Graciliano Ramos e O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.
Para compor a proposta gráfica do jogo, o autor se inspirou no formato de cordel, tanto físico quanto conceitual, o tamanho A6 (que é uma folha sulfite/offset dobrada ao meio duas vezes). O livro também foi escrito em rimas, porém, não com as métricas do cordel e sim espelhadas no repente que, segundo o autor, foi um dos gatilhos do jogo. Após ter assistido a apresentação de dois repentistas percebeu que dava pra fazer algo com essa cultura do repente. Esse formato tão peculiar e inusitado tem um poder muito grande de imersão. Aliás, é um dos livros mais imersivos que já li. Aqui, no Cordel RPG, o Mestre é chamado de Contadô, pois o autor também faz tanto uso desse português falado quanto dos regionalismos.
Os Cordéis Básicos, ou Edição Compilada
O Cordel RPG é composto por seis volumes básicos ou um volume só, que é na verdade a compilação desses seis. Os volumes são:
O Cordel do Reino do Sol Encantado
O primeiro volume, que traz a ideia, a ambientação e uma parte das regras.
O Povo do Sertão do Tempo de Então
Que traz classes de personagens, com as quais é possível jogar.
O Grande Elenco Político e um Pouco do Mundo Mítico
Que traz mais classes de personagens, porém são classes de prestígio, ou seja, não jogáveis, pois envolve personagens de cunho político e mítico, como o Coroné da fazenda, ou o Saci Pererê.
O Reino do Cangaço Forjado a Bala e Aço
Que traz com mais profundidade o tal Reino do Sol Encantado. Aqui vemos descrição dos estados que compõem o cenário e temos regras para comunidades, que é um conceito muito forte e interessante do Cordel RPG.
O Punhado de Tabelas para Aventuras Singelas
Esse capítulo vem com uma proposta de trazer várias possibilidades de aventuras, temos várias tabelas com ideias que podem ser desenvolvidas na hora e sorteadas pelo Contadô.
O Auto e o Calvário do Jogador Solitário
O livro te oferece uma modalidade solo também, onde você tem toda uma estrutura de tabelas e pequenas regras para que possa jogar sozinho. E neste volume, vemos o desenvolvimento das mecânicas do jogo para funcionar nessa modalidade. Temos várias tabelas e regras que funcionam melhor para esse tipo de jogabilidade.
Esses seis volumes são encadernados em formato de cordel, com capas coloridas tal como se vê um cordel de verdade mesmo. E para quem quiser, tem o volume compilado, intitulado que conta com todos os seis volumes compondo um livro só. Cada um tem seu charme, obviamente.
Só com esses 6 volumes, ou o compilado, você já pode viver muitas aventuras. E o Cordel RPG é muito bem apoiado por um total de 19 suplementos, que contabilizando os seis volumes básicos, totalizam 25 cordéis que trazem aventuras prontas, comunidades, criaturas míticas, vilões e mapas. Enfim, tudo muito bem aparado em termos de cenários, aventuras, regras, enfim..
O Sistema
O sistema é muito simples, principalmente para a construção de personagens, é baseada em arquétipos quase prontos, você complementa algumas coisas mais específicas, como personalidade, história e rola os dados para checar seu nível de relacionamento com as outras personagens, essa regra é muito bacana pois já permite começar com sentimentos, pelos colegas, que podem ir do ressentimento à gratidão. Assim, ao discutir com a mesa sobre como surgiram esses sentimentos, você já consegue criar uma prequela que conecta todas as personagens. E em poucos minutos você já monta o seu boneco e está pronto para viver aventuras no sertão nordestino.
Para iniciar, você escolhe uma alcunha, que é mais ou menos o nome, porque o jogo brinca com essa coisa de apelido misturado com nome. Escolha uma classe, que geralmente indica um lugar na sociedade, pode ser cangaceiro, padre, beata, jagunço, enfim, tem muitos outros.
Os atributos são 6; Peleja, Ligeireza, Esperteza, Estudo, Parrudice e Valentia. E podem variar entre valores de 1 a 6, sendo marcados na ficha em forma de bolinhas. E cada bolinha te dá um dado para suas ações, sejam elas físicas ou mentais.
Como Jogar
A mecânica usa o d6 como dado padrão. Com resultados entre 1 e 3 você tem uma falha, com resultados entre 4 e 6 você tem um sucesso, sendo o resultado 6 um valor explosivo, ou seja, toda vez que sai um 6 você rola mais um dado. Com 3 sucessos em uma única rolagem você consegue maestria suficiente para realizar uma façanha.
O mais interessante do sistema é a pilha de dados, em que os eventos vão sendo desenvolvidos e resolvidos de cima para baixo, ou seja, quem entra por último sobrepõe quem entra primeiro, o que gera uma hierarquia envolvendo suas ações e a quantidade de sucessos que tirou na jogada.
Na hora do combate não tem iniciativa, cada uma das pessoas envolvidas anuncia a sua ação, descrevendo o que vai fazer, e em seguida rolam os dados já para o ato em si. Quem tirar uma maior quantidade de sucessos vai agir primeiro, resultados empatados agem simultaneamente.
Outra parte do sistema são as vantagens, comparando com outros jogos, as vantagens também fazem esse papel de perícia, podem denotar uma coisa que você faz muito bem, uma mania ou hábito, algo que justifica a sua classe de personagem, a forma como você é percebido pelas pessoas. Cada classe de personagem já vem com certas vantagens atreladas à elas, porém, para diferenciar personalidades e pessoas com a mesma classe, você pode escolher mais uma vantagem, que melhor couber ao seu conceito de personagem.
Algumas Críticas ao Cordel RPG
Como nem tudo são flores, trago agora algumas coisas que me incomodaram no jogo. Essa, obviamente, é a MINHA opinião sobre o CORDEL RPG e ela está partindo sempre da minha relação com o jogo, como leitor, jogador e contadô, e eu sei que você tem a sua, você pode compartilhar se quiser. Provavelmente, algumas pessoas não tiveram essa mesma dificuldade.
Jogo Linguístico
Bom, vamos lá. Um dos principais fatores foi o texto, que apesar de muito bem feito, e feito com muito esmero, causa certa dificuldade para compreensão das regras de forma mais clara, pois o autor precisa fazer um malabarismo com as palavras para que elas se encaixem na métrica que ele desenvolveu para compor a obra.
Exemplificação
O livro básico (ou os seis cordéis básicos) não traz muitos exemplos de jogo, nem descreve com mais nitidez muitas regras importantes. A regra de rolar 3 sucessos de uma vez, que te garante uma façanha, é mencionada em uma única linha de texto com sete palavras. A própria estética do livro (ou livros) sacrifica o modelo clássico de tabelas, o que faz com que elas sejam escritas em forma de texto, o que para consultas não é muito legal.
Encadernação
Outro detalhe que me incomodou em relação à Edição Compilada, o livro físico em si, foi a encadernação apertada que não permite deixar o livro aberto em cima da mesa, mesmo ele sendo encadernado em costura. Durante a jogatina, é bem ruim na hora de consultar as regras e se localizar no conteúdo. Para agilizar essa parte, precisei fazer várias fichas com as informações que mais precisava durante as sessões.
Claro, entendo super que o autor preferiu sacrificar, ou melhor, fazer de forma diferente, algumas coisas mais convencionais preconizadas em livros de RPG com a intenção de compor de maneira ideal a estética e o design do jogo. Como jogador tive bastante dificuldade com o sistema de combate, que ao meu ver, foi a parte mais afetada. E o sistema é incrível e roda super redondo. As regras mais simples são fáceis de pegar, contudo, quando se trata de combate, as coisas ficam mais nebulosas. Nas regras de comunidades também, pois o Cordel RPG permite que você construa uma comunidade, com ficha e tudo mais, que pode cair na porrada. Isso é genial. Porém, também ficaram meio nebulosas.
Concluindo
Como é de praxe na língua portuguesa, o “mas” sempre carrega o argumento mais forte. Não à toa me privei desse recurso até agora para deixá-lo pro final, sendo assim vamos ao “mas”.
Mas com toda certeza, um dos grandes deslumbres desse RPG é a questão decolonizadora, que traz um viés totalmente na contramão dos jogos mais comuns e de maior sucesso do mercado. Aqui não temos palácios, cavaleiros, halflings, magos, etc. Em contrapartida, temos mocambos, cidades, cangaceiros, lobisomens, corpo seco, temos o valentão do bairro, a dona da bodega, procissão de beatas. É de cultura brasileira regional que estamos falando e tudo isso é muito bem representado na obra toda.
O que Pedro Borges retrata nas páginas do seu Cordel RPG é um Brasil mágico e ao mesmo tempo incrivelmente tangível. A História está ali presente, seja nas páginas, na cultura, no vocabulário e principalmente nos suplementos lançados posteriormente, que adaptam cidades famosas, como Joazeiro, Piranhas, criaturas cutulescas, criaturas folclóricas, tudo feito com muita criatividade e estudo. O resultado é uma obra linda e, talvez, uma das mais singulares do mercado nacional de RPG.
Para mais informações sobre o Cordel do Reino do Sol Encantado você pode acompanhar pelo Catarse mesmo. Atualmente o autor, Pedro Borges, está lançando um novo Financiamento para tornar físico mais 5 cordéis da galeria dele, que conta com 19 cordéis apenas em formato digital.
Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse. E com isso, torne-se um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos! Ou então, apoie nossa revista digital, a Aetherica através deste link!
Está afim de jogar um RPG baseado no anime ou mangá Jujutsu Kaisen, mas a obra não possui um sistema próprio? Não se preocupe, conheça agora minha adaptação para o sistema de Ordem Paranormal RPG.
Criado por Rafael Lange (Cellbit), Felipe Della Corte, Pedro Coimbra (PedroK), Silvia Sala, Dan Ramos, Guilherme Dei Svaldi e Rafael Dei Svaldi, o RPG de Mesa baseado na série de lives Ordem Paranormal foi desenvolvido e publicado pela Jambô Editora.
Conheça a obra
Jujutsu Kaisen é um dos três mangás que compõem o “Trio Sombrio” em conjunto com Chainsaw Man e Hell Paradise. A obra é produzida e ilustrada por Gege Akutami e teve seu início em uma edição piloto conhecida atualmente como “Jujutsu Kaisen 0”, que acabou se desdobrando em uma série de novos capítulos publicados a partir de março de 2018 pela revista Weekly Shōnen Jump – Jujutsu Kaisen também está sendo adaptado para anime e se encontra em sua segunda temporada.
A obra tem como protagonista Yuji Itadori, um estudante do colegial que teve sua vida mudada após engolir um dedo selado (Objeto Amaldiçoado de Nível Especial), já que ao fazer isso, trouxe de volta através de seu corpo um poderoso e antigo feiticeiro conhecido como Ryomen Sukuna o Rei das Maldições
Após esse ocorrido, Yuji descobre um mundo, onde uma organização de Feiticeiros lutam contra entidades nomeadas de Maldições.
Conceitos importantes
Antes de dar início a adaptação, preciso informar a vocês termos importantes de Jujutsu Kaisen que serão adaptados para o cenário e regras de Ordem Paranormal RPG, veja a seguir;
Energia Amaldiçoada: É uma energia gerada através dos sentimentos negativos dos humanos como a raiva, luto, ciúmes, medo e até mesmo amor. É a responsável por gerar Maldições e ser a fonte de poder dos Feiticeiros. Maldição: Maldições ou Espíritos Amaldiçoados são seres sobrenaturais criados a partir do acúmulo de Energia Amaldiçoada. Maldições são invisíveis a pessoas comuns e só podem ser derrotadas pelo uso de Energia Amaldiçoada, como em Feitiços.
Feiticeiro: Feiticeiros Jujutsu ou xamãs, são humanos treinados para controlar e manusear a Energia Amaldiçoada, sendo capazes de fortalecer seus corpos, sentidos e na maioria dos casos, utilizar Feitiços. Feiticeiros incapazes de usar Feitiços utilizam de seus próprios punhos ou Ferramentas Amaldiçoadas. Feitiços: Feitiços ou Técnicas Amaldiçoadas, são um nível avançado do uso de Energia Amaldiçoada, onde Feiticeiros em sua maioria e algumas Maldições são capazes de utilizar esse tipo de técnica. Feitiços podem gerar efeitos dos mais variados, como cortes invisíveis, manipulação do espaço e até mesmo teletransporte ao bater de palmas.
Ferramentas Amaldiçoados: São armas e equipamentos imbuídos de forma externa por Energia Amaldiçoada. Em casos raros, podem possuir Feitiços.
Objetos Amaldiçoados: São em sua maioria Maldições seladas em objetos ou resquícios de Feiticeiros do passado. Os mais poderosos são indestrutíveis.
Adaptação
Agora que já contextualizamos sobre a obra que iremos adaptar, é hora de começarmos a listar abaixo quais pontos da obra serão transportados para dentro do universo de Ordem Paranormal RPG.
OS CLÃS EM ORDEM PARANORMAL
No universo de Jujutsu Kaisen, existem famílias que lutam contra Maldições por gerações. Devido a esse fator, muitos Feiticeiros ou Aspirantes, já possuem características específicas, sejam elas Feitiços Herdados ou predisposições.
Em Ordem Paranormal, podemos substituir o termo e conceito de “Maldições” e “Energia Amaldiçoado” por “Paranormal”. Dessa forma, criamos famílias que lidam com os desafios do Outro Lado por gerações. Devido a essa exposição, o Paranormal criou o que parece ser um tipo de “mutação familiar”, onde as crianças dessas famílias nasçam com características paranormais.
Ao construir seu personagem, escolha um dos clãs a seguir;
Clã Inumaki: Um dos menores clãs do universo de Jujutsu Kaisen, membros desse clã, possuem um Feitiço Herdado, conhecido como Fala Amaldiçoada. Se escolher ser membro dessa família, você recebe o Ritual de “Conhecimento Perturbação”.
Clã Gojo: Uma família composta por descendentes de um poderoso Feit…Ocultista da antiguidade. Membros desse clã tem uma ligação com a Entidade de Energia. Se escolher ser membro dessa família, você recebe um dos Rituais a seguir: “Eletrocussão” ou “Polarização Caótica”.
Clã Kamo: Um clã diretamente ligado com o Sangue e a sua manipulação. Se escolher ser membro dessa família, você recebe o Poder Paranormal “Arma de Sangue”.
Clã Zenin: O clã mais diversificado em termos de Feitiços, mas que todos os seus membros prezam por algo em comum: o potencial elevado ao máximo. Se escolher ser membro dessa família, você recebe o Poder Paranormal “Potencial Aprimorado”.
OS FEITICEIROS
Assim como um agente da Ordo Realitas, um Feiticeiro Jujutsu é uma pessoa que lida com ameaças sobrenaturais. Esses desafios são mortais, mas ao vencê-los, esse esforço é recompensado pelo aumento de sua classificação.
Os agentes da Ordem são divididos por Patentes e Pontos de Prestígios, enquanto um Feiticeiro é classificado em Graus. Esses Graus representam a eficácia do Feiticeiro na realização de missões.
Grau 4. Equivalente a Patente Recruta.
Grau 3. Equivalente a Patente Operador.
Grau 2. Equivalente a Patente Agente Especial.
Grau 1. Equivalente a Patente Oficial de Operações.
Grau Especial. Equivalente a Patente Agente de Elite.
Diferente do comum, personagens de Grau 4 podem possuir pelo menos um Item com Maldição ou um Item Amaldiçoado. Tanto as Ferramentas e Objetos Amaldiçoados do universo de Jujutsu, são considerados Itens Amaldiçoados Especiais ou Itens com alguma Maldição.
AS MALDIÇÕES
Como dito anteriormente, Maldições surgem oriundas do acúmulo de Energia Amaldiçoada. Esse conceito é bem semelhante ao surgimento de uma criatura Paranormal, já que todas surgem através do acúmulo de Medo.
Entretanto, Maldições possuem características específicas que as diferenciam das Criaturas. Maldições só podem ser vistas por pessoas sensitivas ou que estejam utilizando de algum meio específico, sejam um Item ou Ritual (Feitiço), seja um personagem Mundano ou Feiticeiro, além de só poderem ser derrotadas pelo uso de Energia Amaldiçoada.
Ao utilizar uma Criatura Paranormal como Maldição, dê a ela as seguintes características: Invisibilidade Mundana. A ameaça não pode ser vista por personagens Mundanos (NEX 0%). Corpo Paranormal. A ameaça tem um corpo originário do Outro Lado. Devido a isso, só podem ser afetadas por Itens Amaldiçoados Especiais, Rituais, Outras Ameaças ou Poderes Paranormais como por exemplo, Arma de Sangue.
OS FEITIÇOS
Feitiços são extremamente semelhantes a Rituais e Poderes Paranormais. Sendo utilizados através do uso da Energia Amaldiçoada. Essas similaridades permitem uma fácil adaptação. Todos os Rituais e Poderes Paranormais de cada personagem, serão considerados Feitiços, sejam elas Inatos ou Herdados e já a Energia Amaldiçoada equivale aos Pontos de Esforço, mecânica usada para o uso das habilidades do Ordem Paranormal RPG.
Finalizando o Artigo
Jujutsu Kaisen é uma obra que possui diversas similaridades com Ordem Paranormal e, apesar de ser um shonen, investigar a ameaça, seja ela uma Maldição, Feiticeiro ou Objeto é de suma importância. Além disso, a morte e o terror também estão presentes, mas de maneiras diferentes, trazendo peso e senso de risco para a trama.
Espero que tenha gostado do artigo e se deseja conhecer mais sobre o meu trabalho, venha conhecer o Grimório Paranormal. Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo Padrim,PicPay, PIXou também no Catarse!
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Skyfall RPG está de volta e com uma nova série canônica no cenário, mas não é a única. Nessa segunda feira dia 25/09 estreou o primeiro episódio de O Rei sem Trono a mais nova campanha de Skyfall RPG no canal do Mestre PedroK. A nova campanha de um dos RPGs mais aclamados pela comunidade, continua a história da minissérie Prólogo, que contou com a participação dos personagens Bóris (Marquinhos), Ênio (Ramon Mineiro), Fenella (Silvia Sala) e Nami (Bel Domingues) no encontro com o misterioso Reagente C.
O Início
Começando em Maruma a capital do Reino de Blurgh’ta, a aventura segue os protagonistas Bóris, um Sanguir Alquimista (Interpretado por Marquinhos Michelin) e Ênio Paudoleste, um Pequenino Pistoleiro (Interpretado por Ramon Mineiro) investigando a cidade atrás de pistas sobre o paradeiro de Brin, o príncipe exilado dos anuros de Maruma.
Logo após chegar são receptados pela guia da cidade que os conduzem pelas longas vias fluviais e construções de madeira que compõe a cidade dos legados sapo. Até chegarem em um suposto bordel chamado Coxa Rosa, lá encontram Silas, um Pequenino Detetive (Interpretado pelo convidado Roxo) que procurava a dupla por interesse na investigação. Investigação essa sobre um denominado Reagente C, um composto químico tão volátil com magia quanto o Aetherium, que, ao que parece, o príncipe exilado está envolvido.
Com as investigações do grupo determinando a possível localização de Brin, decidem então, ir ao norte de Maruma. No entanto, como o dinheiro do grupo estava acabando, preferiram dar uma passada na guarda da cidade para encontrar trabalho. O posto da capitã da guarda fica perto do porto e assim que o grupo chega, ela informa que bandidos ao norte estão atacando caravanas e viajantes e esses ataques tiveram relatos de anuros muito maiores que os comuns. Com isso o grupo tem dois objetivos e um único caminho, então, eles partem de navio até a rota informada.
Após chegar na rota e explorar o caminho, os três aventureiros conseguem achar a localização dos bandidos de forma furtiva e agora precisam embosca-los.
A história de O Rei Sem Trono retorna na próxima semana. Te vejo lá.
Considerações
Pedrok mostrando mais uma vez sua expertise na condução de uma história para espectadores, apresentando elementos principais do cenário em momentos perfeitos, além claro, da construção do mundo como um todo. Em diversos momentos podemos ver situações únicas que nas próprias palavras do criador “Não se veria uma importância disso… em nenhum outro RPG”.
O Elenco sempre profissional, com jogadores que sabem se posicionar, interagir com o mundo e com os outros protagonistas.
O Rei sem Trono – Skyfall RPG é uma série perfeita para se divertir e também para material de estudo de como criar seu mundo, prender o público e contar uma boa história.
Por Fim
Essa aventura pode ser assistida na íntegra no canal do Mestre PedroK nas segundas feiras as 20:30 e encontrada em seu canal no Youtube.
Skyfall RPG como um livro está de volta e você pode fazer parte da construção desse sistema/cenário através da revista D20Saga, ao adquirir a revista você recebe acesso ao PlayTest mensal de Skyfall RPG além de um formulário de feedback.
Então recomendo você assinar, testar o sistema e dar o seu feedback para que possa registrar seu nome na construção desse maravilhoso RPG nacional.
Gostou do conteúdo?, considere me seguir para dar aquele apoio, é só clicar aqui!
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Começou outubro, o Mês do Terror, e veio a vontade de jogar algum RPG de horror, não é mesmo? Mas criar um jogo de horror é por si só uma tarefa assustadora: nem todos os jogos foram feitos para o terror e, além disso, de quais tipos de terror estamos falando? Tanto O Massacre da Serra Elétrica quanto O Silêncio dos Inocentes são obras de horror, mas os dois são muito diferentes entre si.
Não se preocupe: aqui vai um guia de vários tipos de terror – não de todos – e como inseri-los na sua mesa de RPG.
Terror Sobrenatural
Vamos começar com o mais popular.
Nem toda história sobrenatural é uma história de terror, e não basta ter um susto para ser realmente horripilante. Você pode usar fantasmas, demônios, mansões mal-assombradas e todo tipo de entidade e ainda assim não alcançar o verdadeiro terror.
Jogadores de Ordem Paranormal sabem do que eu estou falando: o monstro errado e o combo certo transformam qualquer tentativa de horror em uma simples questão de rolar dano o suficiente.
O segredo é o insólito, o obscuro, o fugaz: tudo aquilo que você não consegue definir com exatidão, que você não consegue agarrar com suas mãos. É por isso que o terror está sempre tão ligado ao mistério: aquilo que não sabemos pode esconder um perigo.
O terror sobrenatural costuma falar da mortalidade e do outro lado; de memórias, luto, legado e maldições; de sacrifícios, pactos e arrependimentos. Essas questões geram emoções desconfortáveis, e é aí que você pode fisgar o terror.
Terror Psicológico
Esse aqui mete medo em muita gente por tratar de questões muito humanas, mas também por ser complicado de se fazer.
Essas histórias podem tratar da paranoia, questões existenciais, dilemas morais, isolamento, desamparo, questionamento dos sentidos e da realidade, além de muitas outras coisas – tantas coisas quanto há sentimentos humanos. O terror cósmico de Chamado de Cthulhu, de H. P. Lovecraft, cai nessa categoria.
Você pode criar o terror psicológico em qualquer RPG, envolvendo ou não o sobrenatural. A única coisa que você precisa garantir é o interesse.
Seus jogadores e jogadoras precisam se importar com a história, com as personagens, com o que acontece dentro da narrativa. O comprometimento com a ficção é obrigatório para conseguir sentir medo dentro do jogo. Nesse caso, sentir medo faz parte da diversão que buscamos, mas também nos deixa emocionalmente vulneráveis. Portanto, a confiança e entendimento dentro do grupo acaba sendo fundamental.
Serial Killers
Agora vamos para um tipo de terror “casual”: o gênero slasher, caracterizado por um assassino implacável perseguindo suas vítimas. Aqui, o mais importante é o medo da morte, sua ou dos seus companheiros. Mas, para causar medo, lutar não deve ser possível, e fugir é apenas uma solução temporária – mesmo andando, o serial killer sempre alcança suas vítimas correndo, não é mesmo? Buscar ajuda externa também deve ser limitado, e é por isso que tantas histórias desse tipo se passam longe da civilização.
Olhando o slasher por outro ângulo, já pensou em trocar o serial killer por outros adversários? Você pode transformá-lo em um animal (como em Tubarão), em um alienígena (o xenomorfo de Alien) ou um monstro sobrenatural (como em Lobisomem Americano de Londres). No seu RPG, ele pode ser praticamente qualquer monstro que seja a) insistente em perseguir para matar as personagens, e b) tão difícil de combater que irá desincentivar o combate.
O Fim dos Tempos
O apocalipse é assustador, seja ele natural, religioso ou causado pela humanidade, já que somos impotentes quando diante das forças da natureza – ou de uma bomba atômica.
Nessas histórias, o que importa é sobreviver ou salvar pessoas indefesas. Escapar ou resgatar alguém cria uma corrida contra o tempo, e isso gera adrenalina.
Além disso,se a catástrofe for causada pelo ser humano, você pode apelar para o desamparo de um “desastre evitável” e se aproximar do terror psicológico.
Horror Corporal/Body Horror
O que acontece quando vocêse torna o monstro?
Esses tipos de terror apelam para duas coisas: o gore e o questionamento existencial.
O gore, ou grotesco, é mais fácil: basta descrições nojentas da carne se transformando, de ovos insectoides, olhos múltiplos, gosmas e sangue e ossos e… bom, você entendeu.
A parte existencial vem de se perguntar se você ainda é humano, ou em temer aquilo que você não consegue controlar. Em um RPG moderno, experimentos de laboratório podem transformar você em algo monstruoso – um zumbi viral, uma aberração vampírica ou um híbrido entre humano e inseto, por exemplo. Já na fantasia medieval sombria, um feitiço ou maldição pode fazer você se transformar em um licantropo ou outra criatura encantada.
Quer Mais Horror?
Se gostou de conhecer os tipos de terror, convido você a conhecer as Ideias Arcanas, o meu canal no YouTube onde falo não só de terror, mas de muitos outros assuntos do mundo dos RPGs. Teremos muito conteúdo em outubro, então não deixe de seguir @IdeiasArcanas nas redes sociais.
O grupo passa pelo rio leste da cidade de Tobaro, viajando por 3 dias. No caminho o navio deles é emboscado por um grupo de Sahugins que atacam embarcação, mas apesar disso os heróis conseguem derrotá-los e levam suas armas para serem vendidas em Sholo.
Em Sholo, Lorde Aspen com sua lábia consegue uma grande quantia de moedas, contando a história do ataque dos Sahugins e de como derrotaram eles com bravura, o que faz elevar o preço. Na taverna local os heróis são abordados pelo mago e governante de Sholo Hassen Valek. O mesmo explica que a chegada do grupo chamou sua atenção por terem arcanos. Ele também diz ter conhecido e ser um amigo do pai de Kiana no passado. Lia por sua vez negocia um pergaminho da magia “Mãos Flamejantes” com o mago de Sholo para adicionar seu grimório.
O grupo de heróis não conta a natureza da missão deles ou sobre os eventos do Vale da Morte, mas contam para o senhor de Sholo que estão indo em direção ao Brosna. Hassen, por sua vez, explica que a estrada de Sholo até Brosna tem se tornado perigosa, pois é próxima da Floresta Sombria, uma floresta amaldiçoada com mortos vivos que está nesse estado desde a Era passada. Ele recomenda fortemente aos heróis partirem durante o dia e parte deixando o grupo aproveitar o local. Kiana por sua vez conta que Hassen não é um homem confiável e para demais tomarem cuidado. O grupo passa o restante da noite e parte no dia seguinte.
Seguindo a estrada…
No dia seguinte eles seguem viagem pela estrada entre Sholo e Brosna. Lucian também comenta que conhece aquela região por ter caçado muito dos mortos vivos da Floresta em nome do clero de Lathander. A viagem é longa, e durante o dia o grupo segue pela estrada, a noite porém os heróis acampam mais próximo das Colinas de Brosna (sul da floresta) e saindo um pouco da estrada para evitar os mortos vivos da floresta e buscando abrigo. Embora o grupo tenha encontrado alguns mortos vivos no caminho, eles conseguem derrotá-los e notam também que a luz solar parece derrubar os mortos vivos no chão. Enquanto viajam, alguns membros do grupo começam a reparar que Lucian utiliza magias não clericais e possui uma fada familiar, algo que não é comum devotos da fé e começam a suspeitar que ele na verdade seja um bruxo que fez algum pacto com ser celeste.
Ao final da estrada, os heróis encontram uma caravana vinda do reino de Benzor para o reino de Brosna e ajudam a escoltá-la até as muralhas do ducanato Shinsengumi…
Curtiu os Resumos de Campanha parte 2? Não deixe de conferir também as demais postagem do cenário de Nohak. Próxima postagem sera o terceiro resumo com o grupo tendo finalmente chegado ao reino de Brosna.