Manuscritos são artigos relacionados aos mais variados temas dentro do contexto do RPG. Variam de histórias próprias, contos, compêndios, resenhas e colunas com textos autorais.
Asleep – ato 1, é um jogo de computador, de terror, 2D, point and click, pixel art, ambientado no estado do Piauí da década de 90, criado pela Blackhole games, estúdio brasileiro.
Uma equipe pequena fez um jogo grande. Minto.
Uma equipe pequena fez um jogo grandioso.
Asleep – ato 1 … Em números
Foi um financiamento coletivo de muito sucesso pelo catarse. Conseguiu arrecadar 95.911 reais, em apenas 60 dias, em 2021. Um estúdio minúsculo, com uma meta audaciosa. E mais ainda com um late pledge.1602 apoiadores.
Uma aula de Pixel art. Isso é Asleep
Apesar do atraso na entrega, os criadores do projeto fizeram a espera valer a pena. A pixel art é maravilhosa, os movimentos da protagonista Ana Lúcia são um sonho, a música e os efeitos sonoros são um primor, tudo feito com extremo capricho desde a tela inicial até os créditos.
Asleep ato 1 — o sonho
Tive o prazer de apoiar Asleep, e fico orgulhoso.
O jogo faz homenagens a outros games clássicos de terror, como Silent Hill, e as recompensas digitais (nome no jogo, objetos em 3D, agradecimentos nos créditos, e etc) estão harmoniosas com a ambientação.
É impossível jogar e progredir sem o som. Você precisa ouvir o jogo. É uma questão de vida ou morte para Ana Lúcia, nossa protagonista controlada por você, presa num mundo de pesadelos sem fim.
A dublagem está excelente, com os sotaques nordestinos, efeitos sonoros (alguns sustos) e puzzles na medida.
Num exemplo de comunicação com os apoiadores, os bugs foram muito reduzidos, e mesmo a gameplay deixou de ser punitiva.
Jogue Asleep no escuro. Coloque fones de ouvido.
E pode esperar seus própriosgritos e palavrões.
Asleep -ato 1- o pesadelo
Claro, tivemos muitos percalços.
O financiamento foi em 2021, com o jogo finalmente sendo entregue em 2024.
Algumas recompensas físicas estão atrasadas. (Não é o meu caso, mas alguns apoiadores ainda esperam).
A própria equipe de criação do projeto se modificou, nem todo mundo que iniciou, continuou até o fim.
E tenha em mente, NÃO é um jogo infantil.
Minha experiência pessoal como apoiador…
de Asleep foi muito intensa. Eu me apaixonei pelo projeto assim que vi, sendo natural de Parnaíba, no estado do Piauí. As referências a arquitetura e paisagens, passando pelos personagens típicos da região, foi uma nostalgia imensa.
Fiz muitas sugestões, sendo dentre elas a possibilidade de uma “fase” sugerida por apoiadores, e o próprio late pledge, que deu acesso a mais pessoas.
Faço muitos elogios a comunicação aberta e constante com todos os apoiadores, dos sucessos e das dificuldades.
Jogamos em família, espelhando na tela da TV, em 5 pessoas. Vibramos em alguns momentos e soltamos a respiração que estava presa e nem percebemos em outros. Soltamos alguns palavrões. Foi muito bom.
O que esperar deste jogo de terror?
Se você procura um jogo de terror, e curte pixel art, está no lugar certo. O destino te trouxe. Tenho que te falar que Asleep conseguiu empatar com meu jogo preferido, “Inside”.
Desejo sincera e ardentemente que você vivencie Asleep em toda sua plenitude.
Aguardando ansiosamente pelo ato 2. O pesadelo ainda não acabou, e a equipe da Black hole games ainda tem monstros escondidos para nos revelar.
Até breve, sonhador. Este é um pesadelo do qual você não vai querer acordar.
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Tranquilos pessoal? Kalymba é um rpg escrito por Daniel Pirraça e publicado pela Craftando Jogos. O jogo possui a temática de fantasia africana, não apenas na inspiração, mas em todos os elementos que o compõem.
O jogo foi um dos primeiros (se não o primeiro) RPG brasileiro com temática exclusiva da África. E a demora pelos upgrades que o projeto teve se justificam pois o livro possui uma excelente e belíssima identidade visual. As artes principais são excelentes e (na minha opinião) melhores do que muito jogo famoso ou até dos líderes do mercado, trazendo um “ar” africano sobre a fantasia tradicional.
No início…
O livro começa com a lista dos apoiadores e parceiros do livro (sim, nó do Movimento estamos nesta lista S2). O que é muito bacana e mescla esses apoios ao próprio livro. Não deixando para trás, literalmente, a lista de apoios, que é o padrão dos livros financiados.
Logo depois somos apresentados à história do universo de Kalymba, suas Hecatombes, esperanças e história de Aiyê, que é o mundo do jogo. Bem como Orun (o mundo espiritual) e os deuses. Ambos os mundos tem várias de suas regiões descritas nos dois capítulos seguintes.
Interessante notar a importância que é dada à palavra no cenário. Cada palavra tem um certo poder e, por isso, palavras mal ditas podem gerar terríveis consequências sociais. Agora, aqueles que conseguem perceber as sutilezas das palavras são os que podem controlá-las. Para representar um pouco disso, há variados idiomas em Aiyê: Aquamarino, Arbóreo, Breu, Comum, Fraturês, Majin, Orúnico e Savânico.
Seguimos com a explicação do mundo espiritual e deuses (orixás). Estes possuem muitas páginas dedicadas a si, com cerca de uma página para cada deus. Há bastante subsídios para a criação de personagens ou de histórias focadas nas divindades.
Sistema
Kalymba possui um sistema próprio. Possuindo seis atributos com limite máximo de 6 em cada atributo. Os atributos são Força, Agilidade, Vigor, Intelecto, Ginga e Ori e cada um possui exemplos do que fazer com ele (de uma forma levemente engraçada, como “xingar a mãe do inimigo de uma forma eficaz”) e uma tabela de como cada valor de atributo pode ser interpretado e do que o personagem é capaz.
Seguimos com as perícias, as quais são separadas em físicas, sociais, de sentido, resistências, conhecimentos e de ofícios. Aproveitando, o livro já explica como são realizados os testes no sistema (2d6 + atributo + perícia), inclusive o de combate, defesas, danos, pontos de vida, axé, manobras de combate e condições.
Mandigas, Griô e Bestiário
Inicialmente se calcula o poder mágico para aqueles que desejem conjurar mandigas. O poder mágico é a soma dos atributos inteligência, ginga e ori. Ou seja, todos os atributos não físicos. E o poder mágico determina o nível das magias que se pode lançar, visto que as magias precisam estarem numa dificuldade abaixo do seu nível de poder mágico.
Além das mandigas é possível lançar simpatias, que são magias mais fracas e fáceis. Há também uma regra para Milagres, que são intervenções divinas incríveis que só ocorrem num duplo 6 e com determinados requisitos.
O penúltimo capítulo trata de dicas, sugestões e apontamentos para o mestre, ou Griô, como aqui é chamado. Há várias dicas de como preparar uma sessão, em como lidar com o mundo e com os jogadores, além de algumas tabelas para gerar aleatoriamente aldeias e outras coisas.
Ao fim há o bestiário com um pouco mais de 80 criaturas exclusivas e bem temáticas para os Griôs demonstrarem o poder de Kalymba!
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Leia mais textos sobre os produtos da Craftando, clicando no link.
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Ao contrário de elfos e anões, halflings são uma criação moderna. Basicamente hobbits de placa raspada. Porém, desde sua inclusão na primeira versão de D&D, halflings apareceram em dezenas de cenários clássicos, além de outros jogos inspirados em fantasia tradicional e tornaram-se um dos pilares da fantasia contemporânea.
Mini-ingleses
A primeiríssima edição de D&D de 1974, a famosa caixa branca, ainda usava o termo “hobbits” para designar essa raça. Mas o nome desse povo foi trocado para “halflings” em reimpressões posteriores simplesmente por questões ligadas aos direitos autorais relativos à obra de Tolkien. Inclusive, “halfling” é um termo alternativo para se referir aos hobbits dentro do próprio universo tolkeniano.
A inspiração direta de Tolkien para os hobbits é o povo de lugares do interior da Inglaterra. Hobbits são sempre retratados como pessoas comuns, que gostam de conforto, tranquilidade, boa comida, vinho e fumo. Isso se deve, principalmente, por dois motivos.
O primeiro é que a Terra Média nos é apresentada do ponto de vista dos hobbits (primeiro Bilbo e depois Frodo). Isso serve como uma âncora para o leitor contrastando o estilo de vida ordinário dos pequeninos com os acontecimentos fantásticos do resto do mundo.
“O mundo está uma merda, bora se aventurar!”
“Ih mano… vou ver certinho e te digo,”
O segundo, é que a obra de Tolkien possui um viés conservador (e não estou usando o termo pejorativamente aqui). Tolkien viveu sua vida adulta em uma Europa destruída por duas guerras. Para pôr em perspectiva, Tolkien serviu no exército britânico na Primeira Guerra Mundial e chegou a lutar na batalha do Somme. O Hobbit foi publicado em 1937, logo antes do início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, e O Senhor dos Anéis só foi ser publicado bem depois, em 1954. Essa ideia de que os reis do passado eram mais virtuosos, seus reinos eram mais gloriosos e o povo era mais feliz permeia toda a obra tolkeniana. Os hobbits são um povo cândido, intocado pelas agruras da guerra e disputas tolas entre os outros povos.
Tranquilidade e Curiosidade
Todas essas características acabaram influenciando os halflings de D&D (e consequentemente de Old Dragon). Hobbits são vistos como calmos, diligentes e tranquilos, sem muita aptidão ou ímpeto aventuresco.
Porém, os halflings costumam ser movidos pela sua curiosidade em desbravar o mundo e aprender coisas novas (uma característica que em versões antigas do D&D pertencia a outra raça, os kenders). O Livro dos Monstros do AD&D inclusive cita a busca por conforto como uma motivação para desbravar o mundo em busca de tesouros. Vale lembrar que Bilbo trouxe de volta de suas aventuras um baú com ouro e outro com prata, e inclusive disse aos anões que levar mais que isso traria “guerra e morte durante o caminho”.
“Guerra e morte durante o caminho? Você quis dizer ‘mais ouro e mais XP’?”
“Calma, cara…”
Halflings também herdaram dos kenders sua coragem. Embora Bilbo seja retratado como um tanto relutante e até um pouco covarde (sua coragem é, em grande parte, adquirida durante sua jornada, como desenvolvimento do personagem), em Old Dragon (e na maioria dos jogos após a terceira edição do D&D) halflings possuem algum bônus em testes para resistir efeitos de medo.
Arremessadores
Uma característica clássica dos halflings é sua capacidade de arremessar pedras e outros projéteis melhor do que as demais raças. Aliás, não consigo imaginar por que essa característica foi deixada de fora de edições recentes do D&D. Isso é mais uma característica herdada dos hobbits de Tolkien, e que felizmente ainda está presente em Old Dragon (aliás, para os combeiros de plantão, um halfling aventureiro arremessador de pedras é uma das maneiras mais consistentes de causar dano).
“Halflings! Com pedras! Estamos f&d%dos!”
Por Fim
Entender essas características é essencial para compreender o papel que cada raça desempenha em seu mundo de fantasia. Cada raça pode ser um ponto de partida para explorar temas diferentes, tanto em relação à narrativa do cenário quanto em termos de roleplay do personagem.
Old Dragon 2 está disponível em versão física ou digital. O livro básico é gratuito para quem quer começar a jogar, e só com ele já dá pra usufruir de praticamente tudo que o Old Dragon Online traz. E não se esqueça de conferir outros posts de Old Dragon!
Para aqueles que leram minha ultima resenha sobre o sistema devem estar familiarizados com a ideia do jogo agora entraremos mais na questão técnica da coisa, então mais uma vez se preparem pois vamos entender mais sobre como funciona as coisas em WilderFeast.
O que são os ferais?
Antes de explicarmos mais sobre a questão mecânica é bom relembrarmos, “o que são os ferais?”
Ferais são seres que uma vez foram humanos, que ao consumir carne de criaturas infectadas com frenesi passaram a adotar características desses seres, seja garras crescendo de suas mãos ou ganhar patas de galinha no lugar das pernas, vocês adotam uma forma nova e irreversível se tornando um pouco mais monstruoso assim dando uma capacidade extra comparado a monstros e humanos comuns, mantenha isso em mente essa é uma das ideias base que explica o motivo de férias terem mecânicas diferentes de seus adversários
Aprendendo os atributos
Os Estilos são os atributos principais para ferais e monstros, refletindo as diversas abordagens para realizar uma ação específica. Os níveis em Estilo variam de +0 a +5 para monstros e de +1 a +5 para ferais. Todo feral preparado inicia com +3 em um Estilo, +2 em outro Estilo e +1 nos Estilos restantes. Cada nível adicional em um Estilo adiciona um d6 às rolagens dos Testes. Existem quatro Estilos diferentes.
Poderoso: Ser forte, tenaz, firme ou grosseiro
Preciso: Ser calmo, metódico, focado ou preciso
Ligeiro: Ser rápido, energético, alerta ou preciso
Capcioso: Ser sutil, dissimulado, técnico ou astuto
O próximo passo agora é aprender o que são as “Habilidades”, elas são as capacidades que ferais e monstros utilizam com mais frequência. Os níveis em Habilidades variam de +0 a +3. Todo feral preparado inicia com +1 em três Habilidades diferentes e +0 nas Habilidades restantes. Para cada nível em uma Habilidade, o resultado de uma rolagem é aumentado em 1. É possível combinar qualquer Habilidade com qualquer Estilo ao realizar um Teste assim obtendo resultados diferentes para a sua ação. Existem doze Habilidades diferentes.
ASSEGURAR
Acalmar ou encorajar criaturas, inclusive a si mesmo
EX: Realize uma rolagem de ASSEGURAR PODEROSO para manter um monstro imobilizado no chão até que se acalme. Faça uma rolagem de ASSEGURAR LIGEIRO para fortalecer a confiança do seu companheiro com a sua atitude.
CHAMADO
Comunicar-se com monstros, vocalizar, usar determinados Traços sobrenaturais.
EX:Realize uma rolagem de CHAMADO PRECISO para utilizar sua ecolocalização e perceber o ambiente ao seu redor. Faça uma rolagem de CHAMADO CAPCIOSO para imitar o canto de um pássaro.
MANUFATURA
Criar ou reparar objetos, desde uma teia de seda até uma armadilha de corda.
EX: Realize uma rolagem de MANUFATURA PODEROSA para construir uma cerca que prenda um monstro. Faça uma rolagem de MANUFATURA PRECISA para ajustar um mecanismo delicado com precisão.
CURA
Tratar ou curar ferimentos, inclusive os seus.
EX: Realize uma rolagem de CURA PODEROSA para tentar reduzir os efeitos de uma toxina que circula pelo seu corpo. Faça uma rolagem de CURA PRECISA para fechar um corte profundo
EXIBIÇÃO
Fazer uma demonstração, chamar a atenção, dar um show.
EX: Realize uma rolagem de EXIBIÇÃO LIGEIRA para demonstrar a rapidez com que você corta as cebolas. Faça uma rolagem de EXIBIÇÃO CAPCIOSA para transformar um monstro frágil e sonolento em algo aterrorizante e sanguinário.
AGARRÃO
Segurar firme, agarrar criaturas ou objetos.
EX: Realize uma rolagem de AGARRÃO PODEROSO para recuperar seus suprimentos das garras de um monstro faminto. Faça uma rolagem de AGARRÃO LIGEIRO para furtar as chaves do cinto de alguém durante uma perseguição
ARMAZENAMENTO
Ter ou acumular recursos, guardá-los em segurança.
EX: Realize uma rolagem de ARMAZENAMENTO PRECISO para esconder o presente ideal para o coletor de pedágio que está bloqueando o caminho. Faça uma rolagem de ARMAZENAMENTO COMPLICADO para ocultar os ovos do monstro em um lugar onde ninguém possa encontrá-los.
BUSCA
Encontrar coisas, como rastros, comida ou inimigos.
EX: Realize uma rolagem de BUSCA PRECISA para identificar um monstro no meio de centenas de outros. Faça uma rolagem de BUSCA LIGEIRA para capturar os peixes ágeis que nadam rapidamente nas águas rasas.
TIRO
Atacar à distância.
EX: Realize uma rolagem de TIRO PRECISO para atingir um monstro diretamente na asa. Faça uma rolagem de TIRO LIGEIRO para lançar um jato de água em um inseto que está voando por perto.
GOLPE
Atacar de perto.
EX: Realize uma rolagem de GOLPE PODEROSO para aplicar toda a sua força em um golpe. Faça uma rolagem de GOLPE CAPCIOSO para saltar e surpreender a sua presa.
ESTUDO
Obter conhecimento, avaliar situações.
EX: Realize uma rolagem de ESTUDO LIGEIRO para reconhecer um monstro que você viu apenas por um instante. Faça uma rolagem de ESTUDO CAPCIOSO para analisar um monstro sem que ele note.
TRAVESSIA
Cruzar grandes distâncias.
EX: Realize uma rolagem de TRAVESSIA PODEROSA para passar por uma área de lama profunda. Faça uma rolagem de TRAVESSIA CAPCIOSA para se infiltrar pelos jardins do Magistrado.
O que são os Traços?
Eles são características que tornam qualquer criatura única, como VOAR ou VENENO. Alguns traços podem evoluir através de vários níveis (por exemplo, VOAR 2). Nesses casos, você ganha um nível de cada vez. Cada Traço possui um efeito mecânico específico, mas seus traços podem ser úteis em qualquer situação, desde que você explique como pretende usá-los.
Por padrão, toda criatura possui BRIO, um traço que reflete sua determinação para sobreviver. Todo humano também possui PERCEPÇÃO, um Traço que reflete sua inteligência e habilidade para interpretar situações. Esses dois traços já estão registrados na sua ficha de personagem, e discutiremos isso mais detalhadamente na página 14, após explorarmos mais as regras básicas.
Além desses dois, cada personagem tem dois Traços iniciais, representando suas mutações mais marcantes. As mecânicas desses Traços estão incluídas nas fichas de personagem, para facilitar a consulta, mas assim como BRIO e PERCEPÇÃO, elas serão mais compreensíveis após a leitura das regras.
Por fim
Com essas informações você aprendeu o básico das bases de WilderFeast RPG, futuramente sairá outras matérias cobrindo como funciona a sua jogabilidade, mas se somente isso lhe interessou o financiamento coletivo está aberto para aqueles que estiverem prontos a aventura só precisam acessar o site do catarse antes do dia 19/09/24, o sistema WilderFeast RPG está sendo publicado pela CapyCat Games mas se não foi o suficiente para lhe convencer espero que a próxima matéria seja então até lá players e sempre torção por um 20 natural.
Masmorras de Sempreterna – Segunda Temporada: é um jogo de exploração de masmorras para ser jogado solo no estilo “imprima & jogue” (ou “Printn’ Play”). Lançado pela NAT20 Games, editora independente, a qual é composta por Vanderson Alves, Guilherme Haenisch (auto entitulado chefe de cozinha, e engenheiro por necessidade, e game designer), e Marcello “Captain Major”, game designer e cat person. Utiliza a plataforma do Catarse.
Bem-vindos a Segunda Temporada! (Quer uma resenha sobre a Primeira Temporada? Clica aqui!)
Conceito Principal
Masmorras de Sempreterna é uma assinatura mensal de jogos “imprima e jogue”. A cada semana o assinante receberá uma nova masmorra, com personagem, monstro, e mapa para ser explorado. No momento que escrevo este artigo, já estamos na décima sétima masmorra.
E você pode misturar elementos de um mês com o outro. Então, quanto mais o tempo passar, mais rejogabilidade você terá, misturando opção de personagem de um mês, com o mapa (& monstros) de outro. Mas, e
As Artes?
Continuam sendo feitas pelo mestre ilustrador, músico, instrumentista, & etc, Vanderson Alves, num estilo que pareceram cartunesco e infantil no início, entretanto, não se engane.
O visual permanece colorido e todos combinam elementos variados e, mesmo assim, harmoniosos. Possuem um toque sombrio e violento, sem nudismos, e também mais “print friendly”, com menos gasto de tinta.
Preciso imprimir pra jogar?
Não. O apoiador pode jogar isso num celular, tablet, computador, sem necessariamente imprimir. Em contraste com a primeira temporada, achei a experiência no tablet MELHOR que impressa.
Você decide, se for imprimir, qual qualidade quer. E basta 1 folha de ofício, para uma experiência rica. Uma folha para as masmorras que você for vivenciar, e desta vez tudo “print friendly”, com menor gasto de tinta. Daí, você pode plastificar, usar miniaturas, como você quiser enriquecer a experiência de uma forma analógica. Mas e a…
Mecânica principal?
Uma drástica mudança em relação a primeira temporada, foi que agora usamos, ao invés de um único dado de 20 faces (D20, para os íntimos), o nosso querido dado de 6 faces (ou D6, meu preferido no momento) para resolver todas as jogadas. Considerei que isso torna o jogo, como um todo, MAIS acessível. Entretanto, não subestime a masmorra e seus habitantes. Tudo que é vivo ali quer te derrotar, exceto a bruxa e o ferreiro. Cada passo é uma decisão que pode ser fácil no início, mas logo se torna decisão de vida ou morte, e muita estratégia.
O que nos leva a …
Outra grande mudança em Masmorras de Sempreterna
Pois o movimento de exploração, agora, é como se fosse um “tetris” (sim, tetris, aquele jogo de encaixar peças que vão caindo). Encaixou certinho, ótimo.
Mas e se não ficou certinho? Tome dano! Perde primeiro armadura e depois pontos de vida.
Até as paredes da masmorra estão contra você!
Pontos Fortes
O que mais gostei:
Cada personagem jogador tem habilidades passivas diferentes entre si, e você precisa escolher uma de 3 armas no início de cada exploração. A estratégia já começa na preparação (mantido este ponto forte, em comum com a primeira temporada)
Evolução de personagens – há um sistema para ganho de experiência, que permite aumentar pontos de vida por exemplo, além de “renovar” armas e habilidades entre uma “fase” e outra
Grande variabilidade entre personagens jogadores, monstros, e mesmo configuração de masmorras. Isso, somado ao fator de aleatoriedade do D6, permite cada partida diferente de outra, toda vez que você jogar.
Você pode cancelar a assinatura sem perguntas, na hora que quiser, pelo Catarse
Pontos Fracos
Os criadores do jogo o projetaram de modo que você NÃO pode voltar a áreas já exploradas da masmorra. Como se a masmorra desabasse se você passasse pelo mesmo lugar novamente.
É preciso deixar claro: NÃO há mais níveis diferentes de assinatura. Isso tornou a assinatura um pouco menos acessível, pois agora todos pagam um valor um pouco mais alto.
Desta vez, é apenas para 1 jogador, MAS isso pode compensar pela promessa de descontos progressivo para os próximos jogos da NAT 20! (NÃO sei se é uma desvantagem, na verdade. Mas deixa vir o “Breachers de Sempreterna”, para vermos.)
Impressões Finais
Masmorras de Sempreterna, em sua Segunda Temporada entrega uma experiência mais acessível. Usa meu dado preferido (o D6❤️), de exploração, combate, evolução de personagens, e de estratégia. E tendo acompanhado a evolução do jogo, algumas coisas foram melhoradas, como balanceamento de personagens jogadores. As artes do Vanderson Alves, que eu muito gosto desde o início, evoluíram a iconografia. Mesmo sendo uma empresa recém nascida, ainda durante a pandemia, a NAT20 Games entregou um material que considerei de ótima qualidade, com um custo benefício muito compensador.
Isso tudo na Segunda Temporada de Masmorras de Sempreterna. E as próximas?
Quer uma masmorra de demonstração? Vai aqui, e boa sorte!
O jogo de estréia da NAT20 Games, também financiado pelo Catarse, o DesConfronto, foi um grande sucesso, com muitas metas batidas, e já foi entregue entregue a seus apoiadores, e está no site, da Nat20 games.
O “BreachersdeSempreterna”, próximo jogo da Nat20, já está em playtest. Vamos ver o que vem por aí…
Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse. E com isso, torne-se um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos! Ou então, apoie nossa revista digital, a Aetherica através deste link!
Saudações, rpgista! Se você é iniciante em Ducado Verona e quer embarcar em sua primeira aventura neste fascinante mundo de fantasia medieval, este guia de construção de personagem é para você. Vamos explorar passo a passo como criar um personagem completo, desde as escolhas iniciais até os últimos detalhes que darão vida a seu personagem neste universo rico e cativante.
Criando Personagens em Ducado Verona
Primeiro é importante salientar que a recomendação do jogo é criar o personagem seguindo as tabelas descritas do jogo, com rolagens de dados e ao acaso. Claro que você é livre para criar seu personagem conforme achar melhor, podendo escolher livremente suas opções, ou se permitir criar um personagem pelo acaso. Para o Guia, tentarei seguir a dinâmica proposta pelo jogo em si.
Passo 1: Defina o Arquétipo
O primeiro passo é definir o Arquétipo do seu personagem. O Arquétipo representa o papel geral que seu personagem desempenhará no mundo de Verona. Você pode escolher um Arquétipo na tabela da página 9 ou rolar 1d10 para deixar o destino decidir.
Para o exemplo do guia, vou rolar 1d10 para definir o Arquétipo do nosso protagonista. Rolando o dado, consegui um resultado de 4. Com isso, o Arquétipo do personagem é Comerciante, um personagem cujos “bolsos clamam por mais moedas; venda e compra são seus passos”.
Passo 2: Verifique a Trama Pessoal
A Trama Pessoal é a história íntima que motiva e impulsiona o protagonista. Ela define o que o personagem busca ou o que o atormenta. Você pode escolher ou rolar na tabela da página 10. Seguindo a ideia inicial para o guia, vou rolar a Trama Pessoal do nosso comerciante em 1d10, cujo resultado foi 2.
A Trama Pessoal é divida Algo Aconteceu: “Um ritual será feito, porém não se sabe onde” e Você Precisa: “Descobrir quem é o culpado.” E assim a Trama Pessoal do Comerciante passa a ser descobrir o misterioso culpado do ritual que será feito em local desconhecido.
Passo 3: Escolha Três Habilidades
As Habilidades são as capacidades especiais do seu personagem. Elas moldam como o personagem interage com o mundo, permitindo realizar ações com maior eficácia. Consulte a lista de Habilidades na página 11 e escolha três que combinem com o seu Arquétipo e Trama Pessoal.
Para o Comerciante do exemplo, que está investigando um ritual cujo culpado precisa ser descoberto, vou escolher as seguintes:
Comércio: já que o personagem é um comerciante, nada mais obrigatório, não?
Investigação: Vai ajudar a resolver sua motivação pessoal, sua macro trama, e ainda pode ser um recurso valioso para angariar novas mercadorias para vender.
Alquimia: De alguma forma o personagem precisaria se envolver nas questões referentes aos rituais. Por ser um comerciante investigativo, talvez seja interessante ser também um alquimista que venda poções e elixires.
Passo 4: Recheie sua Mochila com Pertences
Os Pertences são os itens que seu personagem carrega consigo. Eles incluem armas, equipamentos, e outros recursos que podem ser úteis durante a jornada. Um personagem inicial pode começar com 3 itens entre uma Arma corpo a corpo, uma Ferramenta, uma Vestimenta, uma Mochila e um Burrico. Claro, você é livre para mudar a ordem conforme achar melhor para seu personagem!
Para o exemplo, os itens do Comerciante serão:
Arma Corpo a Corpo: Uma adaga, afinal viajar tem seus riscos!
Proteção: Uma armadura Ordinária de couro, usual de viajantes aventureiros.
Mochila: Para aumentar o limite de itens e carga.
Caso alguma Vantagem em Dinheiro vá ser aplicada aos personagens ou ao grupo, só fazer a equivalência de valores com as tabelas das páginas 13 e 14 e pegar mais equipamentos. No exemplo, vou me ater ao básico!
Passo 5: Dê Vida ao Personagem
Agora é hora de dar os toques finais no personagem, anotando seu nome e detalhes pessoais na Ficha de Personagem. Esses detalhes incluem características físicas, personalidade, e qualquer outra informação que traga o personagem à vida.
O personagem criado até aqui se chamará Lorenzo di Verona. Ele é um homem na casa dos trinta anos, de pele morena e olhos cansados, com cicatrizes de antigas aventuras e uma determinação inabalável. Ele veste roupas de couro típicas de viajantes aventureiros, além de sua fiel mochila cheia de itens dos mais diversos.
Passo 6: Definir a Macro Trama
Após todos os jogadores terem criado seus personagens, é hora de definir a Macro Trama, que será o pano de fundo para a história compartilhada. Essa trama unirá os personagens em uma missão ou objetivo comum. Utilize a tabela da página 10 para definir a Macro Trama, e decidam juntos onde a jornada começará, conforme as opções na página 43.
Esse momento já é feito em conjunto com toda a mesa, incluindo Mestre ou Narrador. Assim como o feito com a Trama Pessoal, basta fazer a rolagem e estabelecer a Macro Trama pela tabela (claro, se esquecer que vocês são totalmente livres para escolher uma das opções ou criar as suas próprias).
Ficha Completa do Personagem:
Nome: Lorenzo di Verona
Arquétipo: Comerciante
Trama Pessoal: Um ritual será feito, porém não se sabe onde, é preciso Descobrir quem é o culpado
Habilidades:
Comércio
Investigação
Alquimia
Pertences:
Arma Corpo a Corpo (adaga)
Proteção (ordinária)
Mochila
Descrição Física: Homem de trinta anos, pele morena, olhos cansados, cicatrizes visíveis, vestindo roupas de viagem e uma capa surrada.
Personalidade: Determinado, resiliente, com um forte senso de justiça e lealdade aos que ama.
Conclusão
Criar um personagem de Ducado Verona é tão simples como rolar alguns dados e anotar alguns resultados, literalmente! E o próprio guia te pega pela mão te conduzindo na criação desse personagem, de forma suave e dinâmica, e que pode ser completada em poucos minutos.
Experimente! Crie o seu personagem, coloca ele aí nos comentários! Vamos criar um acervo gigante de possibilidades de personagens para se aventurar no Ducado!
Mas não deixe de continuar acompanhando aqui o MRPG! Afinal de contas eu não parei aqui, e tem muita coisa bacana ainda esse ano por vir! Tem os textos da Liga das Trevas, as adaptações da Quimera de Aventuras, os jogos da Tria Editora e muito mais!
Tranquilos, pessoal? Mês passado falamos brevemente sobre a cosmologia de Elfrin. Hoje abordaremos sobre quem são os deuses do cenário.
Primeiro, é importante saber que o Panteão Elfriano é fechado. Ou seja, a energia divina é, de certa forma, limitada. Porém, com livre acesso à divindade, ou seja, mortais podem, eventualmente, se tornarem deuses. Ao todo são 24 deuses, separados em 5 Primordiais ou maiores, 8 intermediários e 11 menores. Criaturas poderosas mas que não são divindades são nomeadas como entidades.
Deuses maiores
Tidos como os grandes responsáveis pela Criação como um todo. Eles controlam aspectos primordiais (daí o nome do grupo) da criação:
Tam, deus do Tempo: além do tempo é deus do espaço e dos ciclos. É considerado como líder do Panteão por conta de sua sabedoria, visto não existir um “cargo” de lideranã entre os deuses.
Danlex, deus da Ordem e da Justiça: atua como juiz dos mortais e árbitro dos deuses. Foi o responsável pelas diretrizes gerais da Criação. Mantendo a Trama Base de Elfrin juntamente com Saisei, deusa do Caos.
Saisei, deusa do Caos: percebendo que suas criações eram muito efêmeras, aliou-se a Danlex para conseguirem usar a Trama Base na criação de Elfrin.
Selur, deusa da Vida: teve a ideia de preencher a Criação com criaturas vivas. Após o início da Guerra da Criação passou a evitar os demais deuses.
Muá, deusa da Morte: cuidando da transição dos mortais ao Plano Divino, ela não interveio na Guerra da Criação
Deuses intermediários
Sousse, deusa da Harmonia: a deusa ascendida, quando o Deus do Poder morreu ela foi escolhida por seus pares para ocupar o lugar dele.
Azenir, deusa do Conhecimento: se isola na sua busca de conhecimento. Principalmente após quase ter morrido uma certa vez…
Hud, deus da Magia: foi o deus que descobriu o poder das palavras e as nomeou de Magia.
Goresgyn, deus da Guerra: o único deus que lutou, direta ou indiretamente, contra todos os demais deuses. Provavelmente foi quem iniciou toda a Guerra da Criação.
Sagod, deusa da Água: uma deusa instável, mas leal aos seus aliados.
Metatot, deus da Terra: no início da Guerra da Criação lutou contra todos os deuses caóticos, independente de serem bons ou não. Depois se fechou em seus próprios conflitos, especialmente contra Jobar, Trindar e Schopfer.
Aanor, deus do Ar: amante da liberdade, luta contra todos os deuses excessivamente ordeiros. É especialista em técnicas de guerrilha.
Vaufros, deus do Fogo: extremamente impulsivo e volátil, Vaufros não consegue manter aliados por muito tempo, especialmente porque, quando decide que algo é impuro, deseja purificar tudo pelo fogo, ou seja, transformar tudo em cinzas.
Deuses menores
Termual, deus do Sol e do Heroísmo: apaixonado por Elfrin e a vida mortal. Lutava ferozmente contra toda divindade maligna. Entretanto, após matar Von, o deus do Poder, se restringiu a usar apenas seus exércitos.
Antura, deusa da Sorte: uma deusa aventureira e que nunca perdeu uma competição sequer, mesmo em desvantagem consegue, ao menos, um empate honroso.
Lua, deusa das Luas: tem uma personalidade variável e de fases. Mais preocupada com os mortais, busca passar parte de seu poder a eles e, assim, aumentar sua influência e poder. Alguns estudiosos tidos como loucos dizem que a divindade não é só uma, mas duas, explicando sua alternância de personalidade.
Trindar, deus do Comércio: é dito que foi o último deus a entrar no Panteão (talvez na vaga do falecido Von). Logicamente isso é só um boato.
Jobar, deus do Trabalho: irmão de Trindar e Schopfer lutou contra a opressão de Metatot.
Schopfer, deus da Criatividade: também tido como o deus da tecnologia e das invenções. Talvez seja o maior responsável pela inovação tecnológica existente em Recchá.
Silika, deus da Caça: cuida dos animais, plantas e outros seres não sencientes.
Aluinir, deusa da Vingança: deusa preterida na substituição do deus morto.
Amangal, deus dos Espíritos: se aproveitou da criação da Grande Barreira para dificultar a chegada das almas mortais ao Plano Divino. Criando e aumentando muito o número de mortos-vivos.
Runtar, deus da Matança: ligado a todas criaturas que se dedicam à selvageria. Períodos de muito azar na vida de alguém são atribuídos a sua influência.
Vani, deusa da Fertilidade: dizem que se tornou consciente quando a própria criação e os seres sobreviventes, do cataclismo decorrido da morte de Von, realizaram rituais para que a vida em Elfrin persistisse.
Entidades
Algumas criaturas são tão ou mais poderosas que os deuses menores, entretanto não querem ou não ascenderam à divindade. A maioria dessas entidades servem como patronos para bruxos e podem conceder certas graças a personagens de outras classes. Dentre as mais proeminentes no cenário temos A Casa Amarela, o Primeiro Imperador, a Senhora da Dor, a Rainha Miríade, o Grande Cogumelo.
Esse é um resumo das divindades do cenário de Elfrin. E servem de base para os mitos de cada um dos povos e raças de Recchá. Havendo poucos consensos dos estudiosos recchianos sobre quais visões estão corretas, ainda mais que a visão predominante é a do império humano.
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Tranquilos pessoal! Hoje falaremos sobre ideias de aventuras para o conjunto de jogos de horror produzidos por J.M. Pimentel e publicado pela 101 Games. Podemos, assim, chamá-los de Mundo das Trevas da 101.
Todos juntos
Licantropos, vampiros e bruxos não se dão bem e, normalmente, são inimigos uns dos outros. Entretanto, como as regras desses três jogos são muito similares é muito mais fácil e equilibrado fazer uma mesa mista, com representantes de cada um desses “universos”.
Para isso é necessário existir uma ameaça que possa atingir qualquer um dos três grupos, no caso escolheremos uma misteriosa caçadora de seres sobrenaturais ou portadores de magia. Ela está caçando qualquer ser “não natural” existente numa região. Embora não se saiba a motivação dela (não houve sobreviventes aos ataques dela) os líderes de licantropos, vampiros e bruxos daquela região suspeitando que ele queira eliminar os chefões e expurgar o sobrenatural da região.
Desta forma, os personagens são chamados por seus líderes ou contatos superiores para um excêntrico trabalho em equipe.
Depois de um estranho encontro e formação da “equipe” os personagens iniciarão suas investigações. Logo chamarão a atenção da caçadora e, no primeiro momento que derem bobeira, serão atacados; principalmente se alguém ficar sozinho. Esse encontro é para ser mortal e, provavelmente, termine com um ou mais personagens mortos.
Interessante, também, é que neste encontro haja um plot twist da revelação de quem seja a caçadora. Podendo ser uma membra de algum dos grupos sobrenaturais, uma humana em posse de algum artefato superpoderoso ou uma amálgama de bruxa, licantropa e vampira. Talvez seja um dos contatos ou pessoas íntimas de todos do grupo. Seja criativo aqui.
Entretanto, a história pode ou não acabar aqui. E se não acabar, faça essa caçadora ir atrás dos demais integrantes do grupo de forma ativa e agressiva. Terminando com qualquer resquício da investigação e eventuais testemunhas
Vampiro
Uma disputa política dentro da Legião faz com que um Vampiro Ancião seja exilado. Porém, logo após isso sua cobertura sofre um incêndio e a Legião solicita aos personagens que investiguem o local. Logo eles descobrem que 4 Bruxos protegem o local, com testes corretos e bem sucedidos será possível descobrir que eles estão acobertando o vampiro exilado e que, juntos, pretendem dar um golpe fatal na Legião daquela cidade…
Licantropo
Um antigo inimigo, um esfolador experiente, de sua tribo quer se aliar a um vampiro ancião para destruir toda a área de caça da tribo. Entretanto um jovem, antigo aliado de seu grupo, deverá ser entregue ao vampiro para que este não se alie ao esfolador. Ninguém sabe o que acontecerá ao jovem e, certamente, ele não deseja se tornar um sacrifício da tribo ao vampiro.
Bruxo
Uma praça escura e abandonada dentro do setor de seu Coven começa a emanar uma aura mágica. Entretanto, antes de iniciarem os estudos sobre o local um jovem vampiro e seus asseclas invadem o local tentando tomá-los de vocês, visto ele alegar que tal local aumenta os poderes de sangue dos vampiros. Após vencê-lo, assim espera-se, o grupo precisa descobrir como o vampiro sabia dessa informação (e se ela é verdadeira ou não). Porém, a pessoa que provavelmente mais saiba sobre isso seja um antigo inquisidor com fama de ser muito esperto e muito violento.
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Já pensou em jogar um jogo pós-apocalíptico nórdico? Este é Runecairn Wardensaga, um RPG baseado em Elden Ring e outros Soulslike.
O jogo é criação da By Odin’s Beard RPG e você pode encontrá-lo no itch.io. Como dito, é um jogo de fantasia nórdica com elementos de Dark Souls e Elden Ring, num cenário pós-apocalíptico
Vamos aprender a criar um Adventurer, ou aventureiro, em tradução livre. Tudo é bastante simples neste sistema que tem como base o NSR, New School Revolution e foi feito para que seja jogado com 1 mestre e 2 jogadores.
1 – Nome e Aparência.
Para alguns a parte mais difícil da criação do personagem, para outros, nem tanto. O livro sugere que você comece escolhendo o nome do seu Adventurer, de preferência que ele tenha nomes dentro do contexto do cenário, ou seja, nórdicos. Há uma tabela na página 82 do livro com nomes. Após a escolha, você deve rolar 1d10 para cada tabela na página 82 e 83, para definir suas características físicas e pessoais.
Minha personagem tem como nome Astrid. Vamos às características então, vou rolar todas elas e vou anotando. Physique: Short. Skin: Freckled.( Sardas ) Hair: Matted ( Cabelo Emaranhado ). Face: Square. Speech: Formal. Virtue: Ambitious. Vice: Rude. Assim então, nasceu a nossa personagem, baseada nas rolagens de nomes e características físicas e de personalidade. Particularmente, curti!
2 – Atributos
Agora é um dos momentos mais importantes da criação do personagem: os atributos. Eles são feitos com base em suas rolagens. São 3d6 para cada atributo e são 4. Strength, que é a força do personagem. Dexterity, que é a agilidade. Wits, que representa a sabedoria e a capacidade de conjurar magias e por último, Spirit, que é o carisma do personagem. As rolagens são feitas por ordem de cada atributo e você pode escolher trocar 2 resultados, por ordem.
Rolagem dos atributos por ordem: 12, 15, 11 e 17. Talvez o personagem mais forte que já criei! Não vou alterar nada, vai ficar nesta mesma ordem dos atributos, gostei de como ficou e achei perfeito para o que tenho em mente.
3 – Vigour e Vitality
Outro momento importante da criação da ficha, talvez mais até que os atributos. Vigour e Vitality são essenciais para seu personagem. Vigour é a determinação do seu personagem, a força de vontade dele. Toda vez que seu personagem morre, você perde 1 ponto de Vigor, se chegar a 0, seu personagem morre e você precisa criar outro. Por outro lado, Vitality mostra o quão saudável é seu personagem. A junção desses dois atributos forma o atributo Resilience que é de extrema importância também, veja a seguir. Rola 1d6 para Vigour e 1d6 para Vitality para determinar o valor dos dois atributos.
Vamos as rolagens de Vigour: 3. E agora Vitaliy: 4. Até que não foi tão ruim, claramente que poderia ter sido melhor, mas tenho 3 vidas. Isso vai me ajudar bastante.
4 – Resilience
Resilience é a sua capacidade de evitar ataques no combate. Quanto maior, melhor. A soma de Vigour e Vitality é a sua Resilience. Quando ela chegar a 0, seu personagem começa a tomar dano direto em seus atributos, no caso em Strength. Quando isso ocorre, você deve fazer um salvaguarda contra a morte. Você rola 1d20, se cair abaixo do valor de Strength atual, você ainda está vivo, caso o resultado seja maior que o seu valor de Strength, seu personagem morre e renasce na bonfire mais próxima, perdendo 1 ponto de Vigour.
Somando meu Vigour que é 3 e minha Vitality que é 4, minha Resilience é 7. É um número bom, mas claramente poderia ser melhor, não vou reclamar, pois, tenho jogadores que jogam comigo que tem números bem baixos, então, tá tudo bem! Vamos seguir.
5 – Escolhendo sua classe.
São quatro classes básicas que você deve escolher. Warrior, Scout, Skald e Seer, porém, as classes aqui são bem diferentes dos outros RPGs tradicionais. Você pode alternar suas classes ao longo da aventura, afinal, elas são definidas como “Key Items”, ou traduzindo livremente, itens chaves. Um Warrior só é um warrior, se estiver usando um escudo, por exemplo. Ou seja, ao decorrer da jornada você pode se adaptar e alterar seu estilo de jogo e utilizar outras táticas.
Escolhi a classe Scout. Como item chave, eu tenho Hunting Knives, além disso o meu personagem vem com outros equipamentos. Estes são: Quilted Cloth, Elm Shortbow, Fire Oil e Skeleton Key. Cada arma me dá uma habilidade diferente, para sobreviver a este mundo fragmentado. Esta será a aventura de Astrid, a Exploradora e sua história de sobrevivência e conhecimento, até ela encontrar a morte e eu fazer outro personagem!
Runecairn Wardensaga também pode ser jogado de maneira solo e dentro do livro há também uma sessão para criar uma masmorra. O livro apesar de curto, tem bastante conteúdo, além de conter duas classes adicionais e outras regras para mais jogadores também. Se você gosta de desafios e jogos com a temática Soulslike como eu, você precisa jogar e conhecer este RPG.
Fica a minha recomendação da minha aventura baseada na Divina Comédia, da qual eu uso este sistema para fazer com que os jogadores atravessem o Inferno descrito por Dante.
Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse. E com isso, torne-se um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos! Ou então, apoie nossa revista digital, a Aetherica através deste link!
Beyond The Wall And Other Adventures é o enorme sucesso da Tria Editora que atingiu sua meta de Financiamento Coletivo já no Dia 1! E todos os apoiadores receberam nesse mesmo dia seus livros em versão PDF pra já começarem a jogar e se divertir!
Sem sombra de dúvidas, um enorme sucesso que merece sua atenção! Mas o que faz de Beyond The Wall And Other Adventures um jogo assim tão excepcional? Bora descobrir nessa resenha!
Beyond The Wall And Other Adventures – O Jogo
O jogo foi escrito e desenvolvido por John Cocking e Peter S. William, com artes de Jon Hodgson, Erin Lowe, Larry MacDougall, Seth Meeks e foi lançado originalmente pela Flatland Games, com a proposta de resgatar o dinamismo de jogos clássicos e ser uma porta de entrada fácil e acessível a novas pessoas.
Beyond The Walls And Other Adventures tem tudo o que é necessário para se criar personagens, antagonistas, ameaças e localidades para aventuras de RPG em um cenário de alta fantasia medieval muito inspirado em clássicos como o primeiro D&D.
Beyond The Walls And Other Adventures – Resenha
O livro não segue alinha dos imensos compêndios que temos atualmente e suas mais de 300 páginas, sendo um jogo completo com tudo o que você precisa pra jogar muito bem explicado e detalhado em sua média de 150 páginas. Pode parecer pouco, mas acredite em mim (e na Paola Carosella): “menos é mais” e Beyond é uma grande prova disso!
Mas vamos ao esmiuçamento capítulo à capítulo pra conhecer o que o livro nos traz!
Capítulo 1 – Regras Básicas
O capítulo introdutório do livro já não perde tempo e vem logo colocando todas as regras na mesa! Acredito que seja mais fácil assimilar o mundo fantasioso e a proposta do jogo uma vez que as regras já estão claras, estabelecidas e explicadas logo de início.
Veteranos em RPG ou quem já se aventurou por alguma das inúmeras edições de D&D certamente vai encontrar aqui um terreno amistoso e aconchegante, com seus termos, simbologias e nomenclaturas muito semelhantes ao velho clássico. Temos aqui os atributos, alinhamentos e muito mais, tal qual os primórdios de D&D (afinal esse é um OSR, né?).
Esse capítulo também traz as regras de criação de personagens, com os arquétipos de exemplo do Guerreiro, Mago e Ladino. Além disso, é aqui que estão as regras de rolagem de dados, testes, economia, condições adversas, e muito mais.
O capítulo ainda traz um apêndice com Regras Opcionais mais avançadas e um exemplo de seu uso no arquétipo do Nobre Élfico.
Capítulo 2 – Como Jogar
Embora o Capítulo 1 traga as regras, é no Capítulo 2 que colocamos todas essas regras em prática e damos início à criação de cenários e aventuras. Esse capítulo curto traz o material voltado para quem deseja começar a narrar e criar suas próprias histórias, e de como se dá o desenvolvimento de cenários e cidades dentro da proposta do jogo.
Capítulo 3 – Magias
Um capítulo totalmente dedicado ao Arcano e suas mecânicas de uso em jogo. Além das regras explicando seu uso e funcionamento, esse capítulo traz toda a listagem de Magias, Rituais e Artefatos Mágicos. Muito desse material pode ser adaptado e usado em outros sistemas!
Capítulo 4 – Bestiário
“Um herói é tão grande quanto seu antagonista”. Essa frase é levada a sério aqui, e um dos brilhos do jogo é a riqueza de ameaças e antagonistas disponibilizada nesse capítulo. Além de tabelas de arquétipos com fichas e descrições de ameaças e antagonistas que vão desde criaturas silvestres a seres mágicos e extraplanares, o Bestiário quase funciona como um material de suplemento à parte! E sim, são MUITAS as criaturas dentro do bestiário do jogo!
E como se não bastassem todas essas criaturas, o livro ainda traz regras e materiais voltados à criação de Dragões, Goblins e Demônios para enriquecer ainda mais o seu jogo!
Capítulo 5 – Guia de Personagens e Pacotes de Cenários
Uma das partes mais complexas de jogar RPG (principalmente para iniciantes) é a criação e desenvolvimento de um personagem. Se aventurar por um novo jogo pela primeira vez pode ser um tanto desconfortável e complicado quando não se conhece a fundo o livro para se preencher uma ficha, o que leva a muitas dúvidas e demora na hora de fazê-lo. E esse capítulo veio pra jogar tudo isso pro chão!
Com uma série de tabelas e equivalências, criar um personagem do 0 de maneira rápida é mais fácil que tudo! Role o dado selecionado, escolha seu arquétipo, siga os resultados e pronto, está lá seu personagem! Sim, não estou zoando, é exatamente isso!
Essa é uma das ideias mais incríveis que eu já vi pra um jogo de RPG, pois literalmente pega na mão da pessoa e a conduz na criação de um personagem de maneira simples, didática e, porque não, divertida.
Nesse modelo de criação, o livro nos traz os guias: Aprendiz de Bruxa, Herói da Aldeia, Jovem Mateiro, Ladrão Inexperiente, Mago Autodidata e Pretenso Cavaleiro. Cada um deles com todo o material necessário para a criação total do personagem, incluindo background, habilidades, equipamentos, estatísticas de ficha e muito mais! E não pense que se trata de “um personagem pronto”, mas sim um sistema dinâmico que possibilita a criação de uma série de variedades do mesmo arquétipo!
Além disso, o capítulo também traz essa mesma dinâmica voltada para a criação de cenários. Tão simples quanto o de personagens, essa dinâmica te permite criar um cenário cheio de possibilidades e dentro dos padrões de regras que o sistema apresenta. Cada pacote de cenário vem com toda a descrição do cenário para jogo, ideias de aventuras, sugestões de desafios e monstros e tudo o que você precisa pra começar a jogar!
Nesse modelo de criação, o livro nos traz os pacotes: As Fadas Irritadas e O Culto Secreto.
E pra encerrar com chave de ouro, as fichas para criação de personagens e uma ficha para criação de Aldeias!
Minha Opinião Pessoal
Eu sinceramente não sou um fã de D&D em nenhuma de suas edições. Sempre preferi sistemas mais dinâmicos, práticos, sem tabelas excessivas e mais voltados à mecânicas de interpretação. Nem mesmo a alta fantasia medieval faz parte da minha predileção de cenários, que sempre foi mais focada no terror/horror. Mas esse jogo me fez rever e repensar todos os meus conceitos!
Sim, ter a predileção ou gosto mais voltado a algo nos faz de fato torcer um pouco o nariz para o que vai em oposição a isso, e confesso que quando peguei o livro e só dei uma olhada (literalmente ver, sem parar para ler, apenas admirando o visual) me peguei sendo puxado pela nostalgia para aqueles antigos livros que eu via os mais velhos lendo e jogando, e não fazia ideia do que era. E largando o preconceito de lado, me permiti mergulhar a fundo nessa maravilha e que viagem incrível e gratificante foi essa!!
Beyond The Walls And Other Adventures foi um acerto de mão cheia da galera da Tria Editora, sem sombra alguma de dúvidas! Esse jogo é muito interessante para todos os tipos de públicos: de iniciantes que precisam aprender de forma clara e dinâmica como começar a jogar a narrar, para veteranos que já manjam dos paranauês, mas não querem dedicar horas e horas de criação e construção e desejam apenas “pegar e jogar” sem enrolação e demoras. Mas também funciona perfeitamente para quem quer se dedicar e criar campanhas épicas e longevas de duração estendida!
Pra mim, o jogo é como uma brisa suave de nostalgia e simplicidade em um mundo que nos condiciona cada vez mais com complexidades e excesso de escolhas! Uma forma dinâmica e rápida de se divertir sem ter que trazer uma extensa bagagem de conteúdo e aprendizado prévio. É como se reencontrar com os amigos de infância e se sentir novamente naqueles dias tão alegres em que poucas horas significavam diversão para uma vida inteira!
Eu sinceramente estou maravilhado com esse jogo, e já o coloquei aqui no alto da minha lista de jogos preferidos! E você, já deu uma chance ao Beyond The Wall And Other Adventures? Pretende dar essa chance? Pois eu recomendo demais que sim, e aproveita ainda que ele está em FC com liberação dos PDFs de forma imediata! Quer dar essa chance, então clica AQUIe já faça parte desse projeto sensacional! Manda aí nos comentários a sua opinião!
Mas não deixe de continuar acompanhando aqui o MRPG! Afinal de contas eu não parei aqui, e tem muita coisa bacana ainda esse ano por vir! Tem os textos da Liga das Trevas, os materiais da Teikoku Toshokan, os perigos da Área de Tormenta e muito mais!