D&D Honra Entre Rebeldes – Na CCXP 2022

Na San Diego Comic-Con em julho, foi divulgado o trailer oficial de D&D Honra Entre Rebeldes, e ontem no terceiro dia de CCXP aqui no Brasil pudemos conferir o painel da Paramount Pictures para divulgar o filme!

Arco e Flecha

Se tem uma coisa que tá na mente de todos quando falamos de ladinos é o arco e flecha, e se você nunca teve contato com ambos, o painel proporcionou isso para os visitantes. Dando uma breve explicação de se posicionar e atirar, você deveria mirar entre uns dos três alvos disponíveis para acertá-los se conseguisse (eu não consegui kryng). Mas acertando ou não, todos foram premiados com posters do filme e com cenas especiais.

Cubo Gelatinoso

Assim como apareceu no trailer, a Criatura Cubo Gelatinoso estava disponível em forma de um cubo de acrílico. quando você entrava nele poderia tirar fotos como se tivesse sido absorvido pela criatura.

Drink do Dragão

Na taverna do painel do D&D Honra Entre Rebeldes o taverneiro moderno Felipe Guimarães com seu carisma e talento criou um drink especial para os visitantes, com xarope de maçã verde, que eu acho que na verdade era bílis de Dragão Verde, suco de limão, refrigerante de limão e chantili de gengibre servido em uma caneca exclusiva do evento. Estava delicioso, e ajudou a refrescar a temperatura no evento.

Caricaturas

Além disso era possível se juntar aos Rebeldes tendo sua caricatura feita por um dos ilustradores do painel. Você podia personalizar seu personagem com uma raça e com acessórios!

Foi uma experiência muito boa participar do Painel da Paramount Pictures para divulgar o filme D&D Honra Entre Rebeldes

Galeria de Fotos

O Movimento RPG agora tem uma super novidade. Temos nosso próprio Clube do Livro, A Ordem da Quimera (acesse por esse link), nesse mês estamos com o livro Vampiros: Festim de Sangue, da autora Jaqueline Machado. Para participar é muito fácil, acesse o link anterior e lá entre em contado direto com a Lorde Isabel Comarella (Bell Comarella#0272). Aproveite e faça parte nosso servidor no Discord

E se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo  PadrimPicPayPIX, e no Catarse!

Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.


D&D Honra Entre Rebeldes – Na CCXP 2022

Montagem da Capa: Juaum

Apagão – Fogo nos Fascistas – Financiamento Coletivo

Você já ouviu falar de Apagão, quadrinho nacional publicado pela Editora Draco? E o roteirista e editor Raphael Fernandes?

Se já conhece, deve saber que saiu um financiamento coletivo de uma nova obra, né? Se não conhece, não se preocupe, porque essa é uma oportunidade excelente!

A Série Apagão

Apagão apareceu pela primeira vez em “Imaginários em Quadrinhos – Volume 1”, e marcou a estreia de Raphael Fernandes como escritor e editor da maior editora de quadrinhos originais do Brasil: a Editora Draco.

Com roteiro de Rapahel Fernandes e arte de Camaleão, a série Apagão conta narra a história de uma São Paulo sem eletricidade, onde grupos de visões políticas diferentes tentam sobreviver, criando verdadeiras gangues.

Essas gangues buscam reconstruir a sociedade à sua imagem e semelhança, muitas vezes com visões conflitantes. Enquanto os Macacos Urbanos e as Dandaras formam comunidades e protegem o povo, os Filhos de Deus e os Guardiões da Moral veem as pessoas como mão de obra a ser explorada e mentes a serem dominadas.

E, claro que esses grupos estão em eterno conflito, disputando cada espaço importante, fonte de alimento e possíveis aliados em uma São Paulo que vive uma crise de abstinência elétrica e tornou-se uma zona de guerra!

Os dois primeiros títulos da série Apagão, Ligação Direta e Cidade Sem Lei/Luz contam com arte de Camaleão. O terceiro título, Fruto Proibido, tem arte de Abel, cores de Fabi Marques e ganhou o Troféu Angelo Agostini de Melhor Edição e Melhor Colorista, além de ser contemplado pelo ProAC 2019.

Mas o universo de Apagão não se resume apenas aos quadrinhos, e já possui um considerável universo expandido em outras linguagens, como o áudio-jogo “Apagão – Entre o Lobo e o Cão”, que teve produção da Rede Geek e narração de Guilherme Briggs. Também há o card game “Apagão – Ruas de Fúria” (Funbox), de Gustavo Nascimento, e uma trilha sonora original do Solomon Death. Outro projeto de sucesso é o card game “Apagão – Ruas de Fúria” (Funbox), de Gustavo Nascimento.

Apagão – Fogo nos Facistas

“Apagão – Fogo nos Fascistas”, o quarto volume dos quadrinhos da série Apagão, mostra o mestre de capoeira e le parkour Mandrill em uma missão para investigar como é possível ainda existir um lugar com eletricidade na São Paulo do blecaute. O que ele não imaginava é que encontraria uma situação que o faria lembrar de algumas das piores memórias de sua infância.

Além da ação eletrizante, característica da série, a edição apresenta uma reflexão sobre uberização do trabalho, fogo no Borba Gato, escravidão urbana e também faz uma homenagem ao movimento dos Entregadores Antifascistas. Este é o retorno dos Macacos Urbanos e o começo da nova fase do quadrinho!

“Apagão – Fogo nos Fascistas” conta com roteiro de Raphael Fernandes e arte de Dilacerda. A capa foi desenhada por Val Rodrigues e tem cores de Jão Canola.

Financiamento Coletivo

A Editora Draco abriu o financiamento coletivo pelo Catarse, e você pode participar clicando nesse link AQUI.

Com valores à partir de R$ 32,00, o financiamento coletivo de “Apagão – Fogo nos Fascistas” estará aberto até o dia 17/11/22. Todas as pessoas que contribuírem receberão uma edição física do quadrinho, além de um cupom de 20% na editora para outras compras, e os benefícios aumentam com apoios maiores.

Essa edição terá 48 páginas coloridas, formato 17 x 24cm, miolo em papel couché e capa cartonada com orelhas.

Apoio o cenário nacional de quadrinhos, garanta seu exemplar e ajude a movimentar cada vez mais o meio artístico nacional!

Novidades para a RPGCon 2023

A maior Convenção On-line de RPG, ou seja, RPGCon não nos faltará ano que vem. Afinal parece que toda vez passa muito rápido e sempre ficamos com gostinho de quero mais. Pensando nisso, o pessoal do RPGBrasil, apresentou algumas das novidades para a RPGCon 2023.

Entre elas e a principal, a drástica mudança nos dias. Estávamos acostumados a correria com três dias de evento, e agora teremos dois.

Então quer dizer que diminuíram palestras, oficinas tudo mais?

Não mesmo! Entendendo que muitos gostam de acompanhar as palestras ao vivo, os organizadores optaram por distribuir mais palestras ao longo da semana. Portanto na semana que antecede o evento teremos palestras todos os dias, mais ou menos no período noturno. Assim a chance de alcançar mais pessoas é aumentada!

Novidades para a RPGCon 2023

Conseguimos alguns detalhes interessantes do que estão preparando para nós, e vamos compartilhar com vocês, mas vale lembrar que podem ocorrer alterações nesses planos, e isso não muda em nada, que cada ano o evento fica ainda melhor!

Nossa fonte, nos contou sobre uma área voltada para Boardgames que poderão ser jogados on-line, usando plataformas digitais para tal, com os jogos:

Ainda terá a volta do Hall de Artistas, onde criadores de sistemas terão mesas exclusivas dentro do evento, o jogador estará jogando com o criador do sistema. Além disso, para as lojas, terá um setor exclusivo para a venda de seus produtos dentro da RPGCon.

Por último e mais importante será disponibilizado um pré-financiamento com o objetivo de distribuir as revistas impressas da RPGCON 2021 e 2022, além deste financiamento já garantir as metas extras para o evento de 2023, ou seja, a própria Revista RPGCON 2023 e com a incrível possibilidade de garantir a RPGCon 2024. Vamos acompanhar isso, para podermos manter esses eventos acontecendo!

Para ficar por dentro dos eventos anteriores confira mais em Cobertura da RPGCon 2022.

Monty Python’s Cocurricular Mediaeval Reenactment Programme

“Sou Arthur, filho de Uther Pendragon, do castelo de Camelot. Rei dos Bretões, vencedor dos Saxões e soberano de toda a Inglaterra. Nós cavalgamos a terra em toda sua extensão em busca de bravos cavaleiros para se juntarem a mim na corte de Camelot.”

“Vocês não cavalgaram! Isso não são cavalos, vocês só estão batendo cocos!”

Ninguém espera a Inquisição Espanhola!

Afinal, o que está acontecendo? Bom, Monty Python, em parceria com a Crowbar Creative e a Exalted Funeral, acaba de anunciar o Monty Python’s Cocurricular Mediaeval Reenactment Programme (algo como Programa Co-curricular de Reconstituição Medieval do Monty Python), que eles insistem em dizer que NÃO é um RPG.

O jogo será financiado através de um financiamento coletivo que deve começar em outubro. Há também um hotsite com algumas informações sobre o projeto.

Se você joga RPG há algum tempo, certamente já esbarrou em algum meme com cenas de algum filme dos Pythons.

Mos o que, raios, é Monty Python, afinal?

Monty Python é um grupo de comediantes britânicos que começou sua carreira ainda nos anos 60. Sua obra mais conhecida é, provavelmente, o filme Monty Python em Busca do Cálice Sagrado, um marco na comédia audiovisual no mundo inteiro e expoente do pós-modernismo na cultura pop (mas estou divagando aqui). Curiosamente, também foram os criadores do termo spam.

No catálogo dos Pythons também contam coisas como A Vida de Brian, O Sentido da Vida e a série de TV da BBC, Monty Python’s Flying Circus. que foi ao ar entre 1969 e 1974. Há outros além desses, bem como vários esquetes soltos nos YouTubes da vida (se vale alguma coisa, meus favoritos são O Futebol dos Filósofos e A Última Ceia de Michelângelo).

Se você souber onde olhar, há várias referências a Monty Python espalhadas pela cultura pop, como a famosa Granada Santa do Worms.

E o jogo?

O jogo é uma parceria entre a Crowbar Creative e a Exalted Funeral. A Crowbar Creative é responsável por coisas como Rackham Vale, um cenário para Old School Essentials inspirado no trabalho de Arthur Rackham (também lançado pela Exalted Funeral), Dr. Grordbort (um suplemento para D&D 5E inspirado no trabalho de Greg Broadmore) A Exalted Funeral é a editora responsável pela publicação de uma porrada de coisas, incluindo aí o próprio Old School Essentials, um retroclone de D&D/AD&D que pode ser baixado de graça no site deles (que traz de volta as regras de ataque baseadas em Thac0, pros saudosistas).

O hotsite tem algumas informações sobre o que esperar em termos de sistema de regras mas, como qualquer coisa do Monty Python, é difícil levar a sério tudo o que eles falam. Eles prometem um sistema “original e com regras simples”, guia para criação de aventuras, criação de personagens, bestiário, séquitos, NPCs, tabela para criação de “várias coisas”, aventuras prontas e um “mini-game baseado em gamão que envolve catapultas e animais da fazenda chamado Fetchez la Vache.”

O anúncio promete também vários níveis de apoio e brindes para apoiadores de primeiro dia, incluindo dados customizados, escudo de mestre (“Head of Light Entertainment screen”) e um conjunto de Fetchez la Vache com uma catapulta para dados.

Aquela velha piada do “a noite cai e causa 6d6 de dano em todo mundo” pode ser literal em um jogo baseado em Monty Python.

Por fim

Bom, eu gosto muito de Monty Python e também de RPG, então estou na torcida para que saia coisa boa daí. RPGs de comédia não são nenhuma novidade. Toon, Paranoia, Defensores de Tóquio (o original), Kobolds Ate My Baby, Malditos Goblins e Terra de Og são alguns exemplos disso. Espero realmente que o Monty Python’s Cocurricular Mediaeval Reenactment Programme traga novidade e frescor para nossas campanhas de RPG.

Aliás, esqueçam isso. Monty Python’s Cocurricular Mediaeval Reenactment Programme NÃO é um RPG! De forma alguma! Se você joga RPG, inclusive, deveria parar de ler imediatamente e passar longe de qualquer coisa relacionada a este livro.

Se você é um jogador de RPG, melhor ver qualquer outra coisa desse site, como a resenha de The Dark Eye. Certamente jogadores de RPG vão se interessar por isso.

D&D Beyond – Uma Nova Forma de Jogar

 

Na Wizards Presents 2022, que ocorreu na semana passada, revelaram para nós o que promete ser algo revolucionário para as futuras campanhas. De acordo com a empresa, o novo ambiente virtual trará experiências além do básico, com a criação de personagens, compartilhamento de livros e ferramentas que facilitarão o jogo, permitindo que se torne mais imersivo, o nomearam de D&D Beyond

O que é o D&D Beyond?

Primeiramente é um conjunto de ferramentas digitais. Até o momento, oficial para a quinta edição de Dungeons&Dragons. Ele digitaliza os livros básicos e livros de aventuras oficiais de D&D e outros materiais oficiais. Sendo assim, conjunto de ferramentas digitais do D&D Beyond inclui um construtor de personagens e uma ficha de personagem digital com rolagem de dados integrada. Do mesmo que conta com blocos interativos de estatísticas de monstros, feitiços pesquisáveis, um construtor de encontros e um rastreador de combate. 

As vantagens de ser assinante

Ainda que seja possível de ser usado gratuitamente, algumas ferramentas são limitadas. Por exemplo a quantidade de personagens, na versão gratuita, você pode ter apenas 6 fichas. Porém, com assinatura essa quantidade é ilimitada. Além disso, terá acesso a novas ferramentas antecipadamente, e poderá compartilhar livros adquiridos dentro do ambiente virtual.

Bem como, todos os meses, os assinantes recebem brindes para personalizar a forma como jogam. Por exemplo, obtendo conjuntos de dados digitais, cenários de fichas de personagens, molduras de retratos e muito mais com suas assinaturas ativas.

Conteúdo Homebrew

A plataforma permitirá que seja usado toda a enorme biblioteca de subclasses, raças, monstros e muito mais já existente no espaço homebrew. Ainda permitindo que você acrescente sua própria contribuição para a comunidade.

Aplicativo D&D Beyond

Para ter acesso a todo o conteúdo de Dungeons&Dragons em qualquer lugar, como suas aventuras, livros e afins, o app disponível na App Store e Play Store, fornece:

  • Jogo mais rápido com o Guided Character Creator.
  • Planilhas de personagens de D&D e estatísticas em movimento.
  • Jogue dados, procure feitiços e marque esses pontos.
  • Acesso offline à sua biblioteca – nunca perca os seus livros, mesmo em áreas sem wi-fi.
  • Facilidade para encontrar as regras de que precisa quando precisar delas!
  • Ótimo para iniciantes, jogadores regulares e experientes Dungeon Masters.

Você pode se inscrever gratuitamente por D&D Beyond – An official digital toolset for Dungeons & Dragons, veja as novidades para o One D&D – Uma Edição para a Todas Governar aqui no MRPG.


D&D Beyond – Uma Nova Forma de Jogar

Autor: Isabel Comarella
Montagem da Capa: Juaum

 

 

 

 

One D&D – Uma Edição para a Todas Governar

Surpreendendo um total de zero pessoas, nos últimos dias foi anunciada uma nova edição para Dungeons and Dragons. Seria então a 6ª edição? A que tudo indica a nova edição chegará como a “One D&D”, a edição definitiva até a chegada da próxima. Mas que deixa a entender que virá com tudo e com muito respeito a edição atual, onde os conteúdos em circulação ainda serão utilizáveis pois o maior esquema de regras se manterá, porém, atualizado. 

A mão de chamar essa nova edição de 5.5 chega a tremer!

O que sabemos até o momento 

Inspiração

Entre as novidades de One D&D mais interessantes, temos a reformulação da Inspiração, agora, com um 20 natural no d20, você recebe uma inspiração, todavia em termos gerais ela “só” poderá fornecer uma vantagem caso seja anunciada antes de se lançar os dados e ainda não dando para acumular inspirações. Assim como poderá haver a gentileza de se doar inspiração excedente para o coleguinha. 

Antecedentes

Os Antecedentes foram mais valorizados, com mecânicas elaboradas, diversificadas e fornecendo pontos de atributos. Afinal, faz sentido, mas só espero que os antecedentes não fiquem amarrados em combos.

Raças

Já as Raças não irão fornecer pontos de atributo e foram revistas em via de um maior equilíbrio e variedade de habilidades. Além disso, uma nova raça será inserida no One D&D, o Ardling, que vulgarmente vou chamar aqui de “Tiefeling celestial”, o Orc vem como raça padrão e algumas delas vão poder variar até no tamanho.

Outras Regras do One D&D 

Outros pormenores mudarão também, como uma valorização e padronização das ferramentas unificando as mecânicas dos suplementos. Possivelmente, vem um novo modo de se tratar o descanso curto e habilidades dependentes deste descanso, uma tendência já presente no recém lançado Monsters of Multiverse, colocando habilidades antes recarregáveis com descansos, como um número de vezes iguais ao valor de Bônus de Proficiência por dia, como na alteração da habilidade Stone’s Endurance do Goliath

Pois bem, por enquanto é isso.

De certa forma, o lançamento do One D&D previsto para 2024, consolida a 5ed como um sucesso absoluto, pois se manterá no mínimo por 10 anos em alta, só nos resta aguardar e continuar jogando D&D independentemente da edição.

Veja as novidades para o D&D Beyond – Uma Nova Forma de Jogar aqui no MRPG.


One D&D – Uma Edição para a Todas Governar

Autor: José Lima Junior
Revisado por: Isabel Comarella
Montagem da Capa: Juaum

Lançamentos da Devir Editora para Setembro/2022

Na última semana a Devir Editora anunciou dois super lançamentos para Setembro/2022. Sendo eles The Witcher RPG – 2ª edição e O Um Anel RPG No Mundo de O Senhor dos Anéis: Nova Edição.

The Witcher

Já é bem conhecido aqui no MRPG, contendo Resenhas e Guias de Personagens, o sucesso foi tanto que a primeira edição se esgotou rapidamente, portanto essa segunda edição se faz completamente necessária.

The Witcher RPG Inclui:

  • 9 Classes únicas.
  • Bestiário de monstros terríveis: atravesse florestas e cace de tudo, desde perturbadores nekkers até gigantescos e hipnóticos demônios.
  • Muitos feitiços & invocações: canalize a magia caótica de The Witcher para invocar tornados, deixar mensagens secretas e muito mais.
  • O sistema de combate visceral.

O Um Anel

O Um Anel, é um RPG baseado em O Hobbit e O Senhor dos Anéis, duas extraordinárias obras de ficção do amado autor e respeitado acadêmico John Ronald Reuel Tolkien. Com essas obras, Tolkien apresentou ao púbico sua maior criação, o mundo da mítica Terra Média!

Ao estar com O Um Anel em mãos é possível explorar e viajar em busca de pistas sobre o retorno da Sombra e terá a chance de participar da luta contra o Inimigo.

Fique ligado aqui com a gente para saber mais detalhes sobre o sistema.

Preview das Artes dos Lançamentos da Devir Editora

E para incetivar e ajudar o MRPG você pode adquirir esses lançamentos da Devir Editora e outros títulos pela Amazon, acessando por aqui The Witcher RPG – 2ª Edição | Amazon.com.br e The Witcher RPG – 2ª Edição | Amazon.com.br.


Confira os Lançamentos da Devir Editora para Setembro/2022

Autor: Isabel Comarella
Montagem da Capa: Douglas Quadros

Liga Brasileira das Mulheres Tabuleiristas na DOFF 2022

A Liga Brasileira de Mulheres Tabuleiristas (LBMT) foi a responsável pela área de protótipos de jogos da edição 2022 da Diversão Offline (DOFF 2022).  Mas quem é a Liga? Nas palavras delas próprias, a Liga é um centro de referência para a conexão de Tabuleiristas e profissionais de todo o país, com foco no fomento ao protagonismo de mulheres no mundo dos jogos. Dessa forma sua atuação é tanto institucional quanto diretamente com a população.

A ação entre a DOFF 2022 e a LBMT é inédita, porém promete não ser a única, afinal o sucesso da área com protótipos pode ser notado de longe. A constante circulação do publico e a voz rouca no entanto cheia de satisfação dos criadores dos jogos deixou muito claro que era uma ação necessária e de extremo valor para  a comunidade.  Essa parceria inovadora traz realizações importantes como:

  • Levantamento de dados para futuras metodologias que poderão ser aplicadas no suporte de novos eventos
  • Integração de setor de protótipos com o publico alvo e as empresas de interesse
  • E o compromisso do suporte continuado pós-evento, relacionado às ações da Liga Brasileira de Mulheres Tabuleiristas.

Para saber mais sobre o processo de curadoria e seleção dos projetos escolhidos para estarem na DOFF 2022 acesse Processo curatorial – Liga Brasileira de Mulheres Tabuleiristas.

E finalmente vamos conhecer os selecionados para estarem no evento:

BITS

Um jogo sobre programação, que inclusive é capaz de ensinar os fundamentos da programação para crianças. Apesar do publico alvo ser o infantil, os jovens e os adultos podem jogar e se divertir, pois é possível adaptar a dificuldade colocando obstáculos diferentes no tabuleiro. A idealizadora de BITS é  Laila Terra, uma artista plástica que juntamente com o filho, dedicam-se ao protótipo desde 2018.

Lumics

Rodrigo Chaves é professor de Artes Visuais há muitos anos. E incrivelmente à partir de um sonho foi onde a ideia de criar um jogo aconteceu. Lumics é um circuito eletrônico onde os jogadores devem acender lâmpadas, a jogabilidade é ótima e divertida. No entanto, o que mais se destaca é a arte do jogo. Com acerto de cores e escolhas de recursividade visual, torna a apreciação um momento a parte.  Rodrigo contou emocionado que  parte do sucesso do protótipo se deve às parcerias ao longo do caminho. Principalmente porque não era familiarizado com os conceitos de eletrônica, e dessa forma descobriu que os profissionais da área seriam seus maiores incentivadores, pois se sentiram homenageados com o jogo.

Click! – Amazônia

Jogo que possui uma proposta com algo que está em alta nos dias de hoje, fotos. Os jogadores precisam conseguir Clicks interessantes do Bioma Amazônico para alcançarem a melhor pontuação. Daniel Cazan disse que o jogo aumenta o conhecimento dos jogadores e por consequência alcança a conscientização da preservação da natureza. Sendo essa sua maior motivação e inspiração para se dedicar ao protótipo, além claro, da valorização da cultura nacional.

Exodus Machina

Baseado no conceito arquitetônico “Walking City” de Ron Herron, o criador do jogo Aron Palo, mistura o universo SteamPunk e revolução social. Jogando parcialmente em colaboração com o objetivo comum, os oponentes devem também se atentar em tornarem-se o Líder ou Mártir da revolução.

Arquiteto por formação, guarda da época universitária o gosto adquirido por jogos de tabuleiro. Inclusive relatou que na oficina de maquetaria ele e os colegas customizavam algumas peças. Com certeza esse momento serviu de estopim e experiência para chegar em Exodus Machina.

Tae Know Domino

 Érica Calil Nogueira, há mais ou menos 20 anos praticando Tae Kwon Do, se inspirou nessa Arte Marcial para a criação do jogo. Porém, optou por usar a vertente filosófica e artística em seu jogo. Primeiramente os participantes são apresentados ao Poonsaes, que é uma simulação de luta rítmica. Portanto ganha o jogo quem alcançar uma pontuação maior com sua apresentação de movimentos.

Santa Kaos

Sempre apaixonado por Natal e jogos, André Domicciano resolveu unir suas predileções e criou o jogo Santa Kaos. Então, optou pela temática natalina, também percebendo que no mercado havia carência de jogos natalinos. Portanto, no game os jogadores são Ajudantes de Papai Noel, e foram incumbidos de fazer os presentes até a Noite de Natal. Pois Papai Noel achou por bem sair de férias as vésperas do Dia N.

Burning Roads

O jogo com temática pós apocalíptica, mas com recursividades muito próximas de Mario Kart, para prejudicar os adversários. Além disso, o jogo de corrida com  motos promete emoção e ação para todas as idades. De acordo com os irmãos do Fluxo Studio já experientes na criação de jogos, é possível que seu jogo funcione de forma mista, ou seja, com competição e cooperação.

Aedes do Egito

Sobretudo com a finalidade de expandir o entendimento das diferentes fases de desenvolvimento do mosquito responsável pela Dengue, Silvanir Souza, game designer, porém acima de tudo professora de Biologia e super engajada na sua missão de ensinar, utiliza diferentes jogos nas suas aulas. Sendo assim veio a criação do Aedes do Egito, um jogo de cartas que vence quem diminuir o poder a Rainha de Aedes do Egito.

Alafia

Davi e Felippe projetaram Alafia com temática africana. Sendo assim um Afrogame por sua base conceitual, artística e autoral. Os  jogadores precisam expulsar os colonizadores de suas tribos e a influência dos Orixás está presente nas ações, reforçando com suas habilidades o crescimento da comunidade local.

Ronron Run’s

Led Lima, que também faz parte da equipe da LBMT, viu na pandemia uma oportunidade para dedicar-se a criação de jogo Ronron Run’s. Inspirada pelos hábitos de sua gatinha, levou para o jogo as características e habilidades dos animais. Os jogadores são tutores dos animais que competem entre si numa corrida, a grande batalha mesmo é para não ser ignorado por seu gatinho.

A DOFF 2022 foi recheada de atividades, portanto tivemos que fazer dois artigos para cobrir o evento, confere com a gente, Palestras – Cobertura Diversão Offline 2022 – Movimento RPG.

Galeria de Fotos


Liga Brasileira das Mulheres Tabuleiristas na DOFF 2022

Revisão: Eduardo Filhote
Montagem da Capa: Douglas Quadros
Fotografia: Bianca Bezerra

Palestras – Cobertura Diversão Offline 2022

Nos dias 18 e 19 de Junho ocorreu o Diversão Offline edição 2022 (DOFF 2022), entre muitos expositores, incluindo as Editoras parceiras do Movimento  RPG, que disponibilizaram uma verdadeira variedade de jogos de tabuleiro para serem experimentados, também houve muitas palestras que com certeza agradaram todo o público que estava no evento, pois ofertaram muitos temas. Foram tantas atividades no evento que dividimos a cobertura em duas partes, aqui contendo as palestras que acompanhamos no DOFF 2022 e a inauguração da área de protótipos, que você pode conferir em Liga Brasileira das Mulheres Tabuleiristas na DOFF 2022 – Movimento RPG.

Novos Talentos em Jogo: Como Projetos de Impacto social vem Transformando a Economia no Setor de jogos

A abertura deste debate, ocorrido no dia 18 de junho, sábado, coube a Bárbara Côrtes, liderança da Liga Brasileira das Mulheres Tabuleiristas. Em sua fala, foi possível perceber uma série de provocações ao público, relacionadas aos jogos como “…as faíscas de uma nova linguagem…”, contexto esse que permitiu uma explanação sobre os conceitos que podem ser estruturados a partir de uma dada narrativa, ou ainda como determinadas temáticas podem ser usadas de maneira construtiva e estratégica para apontar práticas e hábitos, narrativas e sistemas de pensamento, relações e afetos, fazendo assim com que jogar não seja apenas um ato ingênuo ou lúdico. Com o encerramento da abertura, passou-se a composição da mesa sob mediação de Luiza Pirajá do grupo “Joga na Mesa”, com participação de Patrícia Nate do grupo “Lady Lúdica”, professora Silvanir Souza, autora de “Aedes do Egito” e Rennan Gonçalves da editora New Player Studios.

O debate articulou-se sobre a linguagem como ferramenta de mudança da realidade, ato de construção e significação da realidade, com amplo questionamento sobre quais alternativas são necessárias para que mulheres, pessoas pretas e grupos de minorias possam ser contemplados por game designers para que seus produtos de fato incluam e provoquem identificação nos variados e múltiplos consumidores. Pequenos projetos levam a construção de novos significados por meio de escolha de linguagens, desta maneira ficou claro entre os participantes a ênfase necessária em produtos feitos por mulheres e público LGBTQIA+ tendo em vista a construção e articulação de novas comunidades e grupos de jogadores, fato que realçaria o protagonismo, tão necessário ao cenário atual de jogos modernos de tabuleiro. Durante o debate houve abordagem da dificuldade e dos desafios de inclusão destes grupos em comunidades de jogo, uma reflexão necessária sobre estigma social e estrutura inclusiva, fato que em si abriu uma ponte para a construção e estratégias para uso de jogos na educação, espaço ideal para iniciar transformações sociais. Citaram Black Stories e a curiosidade científica, com utilização da gamificação para o aprendizado, ou ainda mecânicas balanceadas, focando a não eliminação precoce, mas sim a experiência de aprendizado compartilhado somados à preocupação artística, estética e localização na adaptação de jogos para sala de aula. Finalmente, houve espaço para diálogos sobre os Afrogames, tendo em vista a necessidade de valorização de culturas marginalizadas e negras com ênfase à Afrocentricidade.

Trans-Inspiração: A Representatividade Trans no RPG

Participantes: A mediação aconteceu por meio de Alice Monstrinho que conversou com xs participantes Naomi Maratea (Contos Lúdicos), Nina Sartes (RPGay – SeJoga) e Yui Taguchi (Game Designer Dumativa). Xs palestrantes abordaram diversos temas pertinentes a realidade da comunidade LGBTQI+, principalmente referentes às pessoas transgênero, bem como fizeram apontamentos críticos a algumas obras e até mesmo jogos que são conhecidos e comuns nas mesas de board game e RPG. 

 A realidade 

Durante a palestra, um dos pontos mais profundos a serem debatidos foi o seguinte; imaginemos um cenário onde os maiores autores, os mais queridos dentre eles, as nossas referências, fossem de fato excludentes com você. Imagine mais do que isso, que os jogos que você gosta de jogar, que o board game ou o seu RPG favorito, em um momento de diversão e descontração, fosse excludente com alguma condição ou escolha da tua vida. Do mesmo modo deveríamos compreender as dores que são causadas à população trans quando um RPG se refere a transsexualidade como um “defeito” dentro do jogo, ou quando um board game diz que “um homem não poderia usar saia”. Esses são hobbies que teriam por objetivo trazer leveza, humor e diversão e de certa forma trazem, mas a quem?

Devemos discutir o contrário da exclusão, como foi colocado pelxs palestrantes. Dessa forma, a inclusão é o termo correto a ser discutido e executado. Inclusão dentro do RPG e dos Board Games é tornar um jogo normalmente acessível a todos, sem ofensas as pessoas cis (que se identificam com o gênero biológico), trans (que se identificam com o gênero oposto de seu nascimento), não-binário (que não se limitam as categorias masculino ou feminino), encontrando uma forma de englobar a todxs, abraçar e divertir a todas as pessoas, independentemente de sua orientação e identidade. Portanto, a inclusão é chamar pra jogar, narrar, fazer parte, não acreditando na política de que um ou dois são o necessário, mas chamar as pessoas que você conhece e que são trans para fazerem parte da comunidade.

O RPG foi abordado como um processo prazeroso, pois a ferramenta de interpretação e experimento de papéis diferentes, proporciona, segundo xs palestrantes, a possibilidade de vivenciar outros infinitos papéis para além de suas próprias vidas, e isso, como é sabido, proporciona auto compreensão, descobertas novas e logicamente a diversão.

Ravenloft: Terror no RPG Desde a Origem – Rogério Saladino

E domingo foi dia de palestra com o ilustre Rogério Saladino, uma figura emblemática do nosso RPG nacional e eu não pudemos perder.

Nesta fase do evento, nosso palestrante trouxe um pouco de sua experiência e amor a cerca de uma das mais bem sucedidas aventuras para Dungeons and Dragons: Ravenloft e com foco no Game Design da coisa toda, Saladino elucidou o tamanho da revolução que essa aventura trouxe ao mercado do RPG em geral e não somente para D&D, na época, em sua primeira edição.

Lançada em 1983 e criada por Tracy e Lauren Hickman, Ravenloft quebrou vários paradigmas do que seria uma aventura para RPG. No início, eram algo que se resumiam em exploração de masmorra, alguns itens mágicos e monstros novos e até aquele momento, estavam todos muito bem com isso, porém, com o advento dessa aventura, surge um Game Design diferente para o que é hoje Dungeons and Dragons. 

Além de ser a primeira história a sair do modelo capa e espada heroico de D&D e sendo inspirada livremente em Drácula e seu horror gótico, Ravenloft traz em cena um vilão, Strahd, que não é somente algo a ser derrotado, mas um personagem que possui motivações e que permanece envolto a uma história que contextualiza o ambiente de maneira mais realista, dadas as devidas licenças poéticas. Ravenloft, pensada para funcionar como um filme de terror, coloca heróis em posições de fragilidade e inaugura elementos não vistos em outra aventura de tamanho sucesso comercial, até o momento.

Sobre a revolução no mercado? Ah sim, Ravenloft mostrou a quem gosta de RPG que era possível inovar, sair da caixinha do sucesso pré-estabelecida e com isso muita coisa foi criada, inclusive fora da TSR – editora responsável por Dungeons and Dragons na época – onde editoras puderam lançar cenários variados, até mesmo em concorrência a própria editora TSR.

Como mais uma prova da força dessa aventura, Ravenloft ainda inspira toda a criação de um cenário homônimo e sobrevive ao longo das edições de Dungeons and Dragons com pouquíssimas alterações em seu cerne, com um detalhe, Ravenloft não existiu apenas na quarta edição de D&D.

Atualmente Ravenloft existe como cenário para quinta edição no livro “Van Richten´s Guide to Ravenloft”, ainda sem tradução para o Brasil e no livro “A maldição de Strahd”, traduzido pela Galápagos e você pode adquirir isso tudo clicando aqui.

Maternidade e os Jogos 

Participantes: A mediação aconteceu por meio de Rayssa Galvão, falando com as participantes Mônica de Faria (jogos e imaginários), Aline Kroetz (joga família), Fernanda Sereno (Organizadora do Diversão Offline) e Ly Pucca (Idealizadora do Projeto Lúdico Jovens e Crianças Offline). As participantes relataram como é o exercício de maternar e ainda serem jogadoras, tanto de board games como de RPG. O tema é completamente pertinente não somente ao público feminino, como foi muito frequentemente e acertadamente apontado, é relevante para os homens e todo público adulto.

A realidade das mães 

O hobby, seja board game ou RPG tem como grande objetivo a jogatina e, por consequência, a experiência divertida de socialmente estar com seus amigos ou até mesmo de conhecer pessoas novas enquanto joga. Essas eram experiências comuns das mulheres antes de se tornarem mães e, faço já o primeiro adendo, mães não deixam de ser mulheres, adultas, que também tem não só a necessidade como o direito de lazer e da cultura, entretanto a experiência de ser mãe e de precisar estar disponível – bem como os pais deveriam fazê-lo – para as crianças é sentido como grande impedimento para a diversão de alguns grupos. Isto porque a sociedade é, ainda, adultocêntrica, pouco preocupada em compreender o universo infantil e suas particularidades. Por isso mães são postas na posição de únicas cuidadoras dessas crianças, quase perdendo o direito de poder jogar.

Como de costume, paulatinamente as mães retomarão seus hobbies na medida em que as crianças forem cada vez menos dependentes dos cuidados maternos, e isso significa que aos poucos retornarão para os jogos, primeiro, jogos mais rápidos no lugar de aventuras extensas, posteriormente, a preocupação é a diversão e não apenas seguir um montante de regras, muitas vezes inacessíveis a realidade dos pais. Para que retornem ao seu lazer, os adultos que participam dos jogos devem ser compreensivos com as crianças também, é comum que o comportamento das crianças seja dinâmico, curioso e por vezes inquieto, sendo esse comportamento saudável e esperado deveria ser melhor tolerado. Afinal, por razões como as expostas, os homens que dominam o cenário do board game e do RPG tornam esse hobby menos convidativo para mulheres, principalmente se forem mães.

 Mudanças necessárias

Para além das questões da exclusão do gênero debatidas, foi abordado que o hobby é pouco convidativo para crianças, uma vez que em sua maioria exigem níveis de alfabetização, dessa forma tornar os jogos ainda mais acessíveis é uma tarefa árdua não só dos autores e das editoras, bem como dos jogadores. Acolher mulheres, sejam elas mães ou não, para a diversão oferecida pelo jogo, deixando de lado o máximo que for possível da falácia de que existe apenas uma maneira rígida de se jogar. O que implica em uma necessária expansão de visão para os homens, jovens ou não, pais ou não que são jogadores de RPG e Board Game, para o acolhimento de todos os públicos. Somente assim, com todo esse amadurecimento que o cenário precisa ter, os jogos serão interessantes para uma família como um todo.

Por fim e não menos importante, convidar uma mãe para jogar é sempre uma forma muito acolhedora, ainda mais quando o tempo dessa mulher é respeitado e sempre lembrados de uma frase recorrente no universo do RPG; a famosa regra de ouro “diversão é a regra mais importante”.

Parentalidade e Jogos de Tabuleiro: Jogatinas de Pais para Filhos

Participantes: A palestra foi mediada por Leandro Nunes e os participantes são Éderson Ayres e Aline Kroetz (Canal Joga família), Isabel Butcher (Curió Jogos) e Paulo Henrique e Karine Rocha (Covil dos Jogos). Os assuntos abordados remetem ao fato de serem pais e introduzirem os jogos aos seus filhos, praticando o hobby do board game em família. 

 Família e as estratégias para crianças 

Passar a paixão do jogo para o filho, paixão de se divertir e descobrir jogando. Essa foi uma reflexão feita por cada um dos participantes, em diferentes momentos e cada qual a sua forma. Quando esses pais vão relatar suas experiências, eles parecem pouco preocupados com a manutenção do jogo como ele é criado para ser, ou seja, demonstram o interesse em jogar e se divertir e não apenas em seguir o manual de regras. Os pais relatam a experiência de expor os jogos desde que seus filhos eram crianças pequenas (parece redundante, mas se referem a crianças de 1 ano de idade, especificamente), onde apenas brincar com as peças era o verdadeiro interesse e pouco interagiam com as outras possibilidades dos jogos. Crianças são, como já tratado em outras palestras, curiosas e agitadas, e essa é a sua condição. Por isso, os pais, compreendendo a natureza de seus filhos, compreendem que jogar com outras regras e adaptá-las de acordo com o interesse de seus filhos é como incentivá-los e introduzi-los ao hobby e a essa paixão aos poucos e de acordo com o ritmo e processo de desenvolvimento de cada um.

As crianças irão brincar, manipular cada jogo e isso constrói uma memória afetiva que não é somente importante para criar interesse no jogo, mas é a memória de uma família como um todo. Com o tempo, as crianças vão criar seus próprios interesses e diferenças dentro dos jogos e irão procurar por suas preferências. Os jogos devem ser ofertados às crianças na medida do amadurecimento de cada um, dentro de seu próprio limite para que se possa criar o genuíno interesse.

 Crianças e os Jogos

Tudo é interessante e novo para o universo de uma criança que está se descobrindo em um ambiente, por isso, construir um ambiente lúdico e convidativo para a sua realidade é frutífero. Um ambiente que a criança possa mexer, mover, organizar, desorganizar, criar, construir, é relevante para que ela se sinta incluída naquela brincadeira (e não é isso que nós adultos também fazemos, brincar?).

Para apresentar o hobby para uma criança ou adolescente não é diferente de apresentar para um adulto que ainda está fora deste meio, é preciso pegá-lo pelos seus interesses. Há aqueles que preferem um cenário competitivo, outros, um jogo cooperativo. Crianças e adolescentes querem se sentir em um ambiente seguro, dentro de seu próprio núcleo familiar. Por isso, respeitar as diferenças e interesses que cada um de seus filhos podem ter, é incluí-los, de acordo com sua própria realidade.

Empreendimentos com Jogos: Importância e Responsabilidade

Participantes: A palestra foi mediada por Lucas Ribeiro, com participação de Eric Bispo e Karina LaFarina (São Jogue), Rafael Sales (Encounter Board Games), Rodrigo e Diego Cuesta (Hands Board Games). Os palestrantes discutiram sobre as formas de empreendimento e o mercado de Board Games no Brasil, como uma oportunidade e forma de agregar ainda mais jogadores novos ao amado hobby.

Jogos, Bar e Comida

Com uma fórmula perfeita entre diversão, bebidas e comida boa, os palestrantes apresentam seus bares, cada qual com suas características únicas, e ainda com a proposta de tornar um ambiente convidativo para que grupos possam jogar board game enquanto se divertem socializando. Todos apresentam logísticas singulares, quase como se os jogos fossem um evento por si só.

Grandes bares, temáticos e com estratégia detalhadas de monitoria, jogos para cada tipo de público, os palestrantes apresentam as visões de empresários para abrir mais possibilidades de board game, mesmo durante o período pandêmico – quando foi necessário fazer aluguel de board games por conta do distanciamento social. Os bares apresentam uma identidade convidativa, desejando proporcionar mais do que apenas um ambiente detalhado, mas sim experiências únicas para cada grupo de jogadores, sejam expedientes ou novatos no hobby.

 Diferencial

Primeiramente, os bares apresentam as temáticas de board game, o que por si só já é um grande diferencial. Posteriormente, alguns mostram um espaço extenso e totalmente diversificado, bem como salas temáticas de Harry Potter, Stranger Things e Star Wars. Dentro desse espaço, sua turma teria uma experiência globalizada, integral do hobby e da cultura nerd/geek. Tudo é pensado para tornar essa experiência agradável, iluminação, sonorização, cenários, atendimento, monitoria, acessibilidade e comida de boa qualidade.

Não poderiam faltar a diversidade de jogos, com bibliotecas com 200 a mais de 1000 jogos dentro de uma possibilidade de escolha. Existe uma preferência por introduzir novatos com jogos mais rápidos, de fácil entendimento e explicação mais fluida.

Por fim, os palestrantes expõem que esse serviço é como uma vitrine para as editoras, os materiais e os board games como um todo, o que significa que introduzir as pessoas nestes cenários apenas enriquece esse campo que cresce muito e crescerá ainda mais com o passar do tempo.

Jogar para Transformar: Como os Jogos Ensinam, Incluem e Desenvolvem a Sociedade (BG)

Esta palestra ocorrida no dia 18 de junho; sábado, contou com a participação de Arnaldo V. Carvalho, terapeuta e educador UFRJ, Fabio Medeiros, psicólogo e educador UFSC, Bianca Costalonga pedagoga, brinquedista e Kátia Regina Nogueira fonoaudióloga e psicopedagoga. A estrutura desta apresentação foi organizada de maneira que cada profissional tivesse espaço para expor suas considerações a respeito do tema, demonstrando assim que o ato de jogar pode assumir variados significados na transformação da sociedade. Bianca Costalonga abordou o brincar e jogar, são elementos necessários para desenvolvimento cognitivo. Citou como jogos de tabuleiro auxiliam no desenvolvimento de coordenação motora, aumento de repertório e ampliação de competências socioemocionais. Sua análise cuidadosa, permite aos pedagogos extrair pistas para fazer inserções, orientações ou intervenções para potencializar resultados do processo de ensino e aprendizagem. Kátia Regina Nogueira enfocou o jogo como ferramenta social para fortalecer relações interpessoais e superar desafios cognitivos e sociais. Para o indivíduo mudar há necessidade de mudar o contexto. O trabalho com crianças autistas e sua evolução com os jogos com adaptação das regras e a maneira como as estratégias lúdicas abrem portas para aprendizados e desenvolvimento de competências e habilidades foi explorado com variados exemplos de sua carreira profissional exitosa, na qual a educação sempre esteve direcionada para autonomia em detrimento às deficiências com as quais teve contato. Fabio Medeiros explorou o jogar com o outro, como ato de cooperação, linha de pensamento de Vygotsky, no qual o desenvolvimento do ser humano usa uma perspectiva sociocultural. Citou o RPG e o ambiente simulado narrativo como ferramentas educativas poderosas que permitem o despertar da sensibilidade do olhar para o outro, nas relações empáticas. Comentou ainda o desafio extremo por si nesta troca que ocorre entre o ensinar e aprender. Arnaldo V. Carvalho acrescentou às discussões, reflexões sobre a observação e desenvolvimento da paciência, maneiras de estabelecer vínculos de sociabilidade. Enfatizou o ato de jogar como uma experiência de simulação da realidade que permite o aprendizado em ambiente seguro, seguido da possibilidade de combater ou minimizar problemas atrelados ao comportamento inibitório.

Jogo de Branco: A Falta de Diversidade mos Jogos de Tabuleiro

A realização deste debate, ocorrido no dia 19 de junho; domingo; teve mediação de Jorge Valpaços da Lampião Game Studio/RPGay, com participação de Isabel Barbosa do grupo São Jogue, Sanderson Virgolino da Casa do Goblin, Thiago Rosa da editora Jambô e Luciano JJ do grupo Jogos e Quilombagens/Jornal Empoderado. A estrutura deste debate respeitou a fala inicial do mediador, com efetivação de três rodadas de perguntas centradas  na  falta de representatividade, game designers e produtores de conteúdo que abordam a cultura preta e também periférica. Durante o diálogo firmado pelos participantes ficou evidente a falta de diversidade e pluralidade, carência do locus enunciativo com emudecimento de grupos pretos e minorias. Debateu-se o ativismo negro e a importância dos afrogames como elementos de construção de vínculos e representatividade, atitude necessária para romper a bolha de jogos eurocêntricos. Enfatizou-se ainda como a construção de um currículo oculto nas escolas enfatiza valores culturais estabelecidos de brancos, enaltecendo-os, fato que deve ser combatido, já que se atrela ao preconceito estrutural. Todos os participantes citaram a importância do lugar de fala, com letramento racial e construção de uma identidade que combata a invenção da superioridade e autoridade da “branquitude”. Citaram ainda a dificuldade de abordar o preconceito estrutural em jogos de tabuleiro, assim como a luta contra o racismo recreativo. Enfocaram que produção de jogos de tabuleiro moderno devem quebrar estereótipos étnicos e culturais. Há necessidade de narrativas que trazem ressignificação para indivíduos pretos, realçando a voz de movimento sociais, começando por eventos como diversão offline, que podem e devem conectar pessoas, dar oportunidade e visibilidade às camadas mais oprimidas da sociedade.


Ufa!

E não assistimos todas as palestras, afinal também aproveitamos um pouco do evento. Já adianto que estamos ansioso pelo ano que vem!

Galeria de Fotos


Palestras – Cobertura Diversão Offline 2022

Autores: Jefferson de Campos, José Lima Junior, Kastas
Organização e Revisão: Isabel Comarella
Montagem da Capa: Douglas Quadros
Fotografia: Bianca Bezerra

Cobertura da RPGCon 2022

RpgCon 2022 ocorreu no fim do mês passado e trouxe palestras incríveis, juntamente com oficinas tão bacanas quanto. O conteúdo gerado por esse evento é sempre imensurável, então tentamos pegar algumas palestras para ilustrar o geral de tudo que rolou. Acompanhe com a gente!

Psicologia e RPG: Personagens Preparando para a Vida – Psicóloga Kelly Marise

A Kelly Marise apresenta seu ponto de vista sobre como o RPG pode ter influência na dinâmica de existência do indivíduo. Com bastante foco na capacidade de impor limites, tanto para outras pessoas, mas principalmente para nós mesmos. Como ela mesma diz na palestra, “alguns desafios são para o nosso nível, outros não são”, sendo assim cabe a nós sabermos o que podemos ou não nos engajar. Acrescentou ainda que muitas vezes a fonte da frustração está em assumirmos mais tarefas e desafios do que realmente somos capazes ou até mesmo queremos.

RPG e Literatura – Como uma arte influencia a outra – Bernardo Ferreira Stamato

“RPG e Literatura andam de mãos dadas, atualmente até mais do que nunca.” Stamato já começa sua palestra com esta frase. Em sua palestra, nosso querido Stamato, comenta como uma coisa influencia na outra, temos vários RPG’s baseados em livros e, histórias interpretadas em mesas de RPG que viraram obras literárias. O RPG tem sua origem em jogos de batalha, os “War games”, os quais evoluíram para os board games e, eventualmente, houve a transição, aliada a influência literárias, e o surgimento do RPG, liderado por Gary Gygax e Dave Arneson, com sua criação Dungeons & Dragons.

O autor cita algumas influências literárias que originaram RPGs famosos, como Conan e O Senhor dos Anéis. Já para os RPGs que viraram livros, temos as Crônicas de Dragonlance e a Lenda de Drizzt, entre tantas outras. Stamato ainda relata que o RPG no Brasil ganhou popularidade com a criação de Tormenta, inicialmente como um cenário e evoluindo para um RPG próprio.

Tormenta influenciou também Leonel Caldela, deixando isto claro em seus romances inspirados em histórias criadas a partir do RPG. Em conclusão Stamato nos demonstra, em sua narrativa, como estes dois mundos estão tão conectados e como, sempre, um influência e alimenta o outro.

RAPADURA É DOCE, MAS NÃO É MOLE NÃO! Desmistificando a produção independente e o financiamento coletivo de jogos – José Noce (Macunaíma Games)

José Noce abre sua apresentação falando das dificuldades e adversidades se financiar um projeto, Pois nas falas dele é sabido que no atual momento a população não está interessada em obras literárias, e isso prejudica o mercado.

Dando várias dicas para se lançar uma obra por um financiamento. Ele deixa claro que apesar da dificuldade, a satisfação da conquista em ver uma obra sua publicada torna tudo melhor.  Entre essas dicas, está o planejamento, engajamento na participação de eventos da comunidade. E principalmente, juntar-se com pessoas que complementam suas falhas. Dando relatos sobre suas experiências torna a palestra enriquecedora e agregadora para todos que tem interesse em financiar seus projetos.

Aplicando os Role Playing Games ao Mercado Corporativo – Geilson Marques

Geilson afirma que o RPG é capaz de treinar e capacitar os profissionais continuamente. Pois o trabalho corporativo exige o movimento ativo da busca por aprendizado e capacidade dinâmica. E ao proporcionar que o funcionário interprete situações de conflito com o RPG, é dado a ele mais facilidade na aplicação da resolução assertiva do conflito. Usando a teoria administrativa do CHA, onde é dito que o indivíduo deve obter Conhecimentos, Habilidades e deve ter Atitudes, faz as características adquiridas como jogador de RPG dialogar com requisitos profissionais que devem ser alcançados no mercado de trabalho.

É claro que demos apenas uma breve pincelada nas palestras deste RPGCon 2022 realizadas neste ano. Aliás vale ressaltar que a cada ano os palestras e grupo organizador estão se superando mais e mais, a qualidade do conteúdo sempre é alta é rica em ofertas de conhecimento e esclarecimento.

Você pode assistir todas a palestras desse ano acessando RPGCon 2022. E se tiver interesse, pode rever o que rolou no ano passado acessando Cobertura da RpgCon 2021.


Cobertura da RPGCon 2022

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