Movimento RPG
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Liga das Trevas

O Credo do Caçador – Marcial

“Eu sou um solucionador de problemas! Eu sou um solucionador de problemas!”

– Papa Roach – Getting Away With Murder

Estratégia, Disciplina e o Preço da Guerra

No universo sombrio do Mundo das Trevas, os caçadores são humanos comuns que, após um evento traumático, decidem fazer algo a respeito do horror que os cerca.

Entre os credos que orientam esses caçadores, o Marcial se destaca como a espada e o escudo da humanidade.

Esses guerreiros modernos veem a caça como uma guerra sem tréguas, onde disciplina, estratégia e força organizada são suas maiores armas.

Personalidade dos Caçadores do Credo Marcial: Soldados da Luz

Os integrantes do Credo Marcial são, acima de tudo, estrategistas pragmáticos.

Muitos têm histórico militar, policial ou de segurança, mas mesmo os civis entre eles adotam uma mentalidade de campo de batalha.

Eles não caçam por vingança pessoal ou fé cega, mas por um senso de dever — proteger os indefesos exigiria, para eles, sacrifício e ordem. Sua personalidade é marcada por:

1. Hierarquia e Disciplina: Um grupo Marcial opera como um esquadrão tático.

Há um líder claro (geralmente o mais experiente ou carismático), e as decisões são respeitadas sem questionamentos passionais.

Exemplo: Ana, uma ex-fuzileira naval, comanda sua célula com códigos de conduta rígidos, distribuindo funções específicas (atirador, infiltrador, suporte médico) antes de cada missão.

2. Desconfiança do Sobrenatural: Enquanto outros credos podem buscar compreender ou negociar com monstros, os Marciais os veem como inimigos a serem erradicados.

Um exemplo é: Ricardo, um ex-agente do FBI que rejeita até mesmo o uso de artefatos mágicos capturados, temendo contaminação.

3. Foco no Coletivo: Individualismo é visto como uma fraqueza.

Eles valorizam a unidade do grupo acima de tudo, o que pode levá-los a sacrificar membros para salvar a missão.

Em uma crônica, um caçador novato foi deixado para trás durante uma emboscada a um grupo de vampiros para garantir a fuga dos demais — uma decisão que gerou culpa, mas foi considerada “necessária”.

Essa mentalidade, porém, tem um custo. A rigidez pode alienar aliados de outros credos, e a repressão emocional frequentemente leva a crises de burnout ou paranoia.

Principais Táticas de Caça: Guerra Total Contra o Inimigo

O Credo Marcial não acredita em “meias-medidas”. Suas estratégias são inspiradas em operações militares, priorizando supressão rápida e esmagadora. Algumas táticas comuns incluem:

  1. Reconhecimento e Inteligência: Antes de agir, eles mapeiam o território do inimigo com drones, câmeras térmicas e informantes.
    Em São Paulo, uma célula rastreou um culto de bruxas por semanas, identificando padrões de movimento antes de invadir seu esconderijo durante um ritual lunar.
  2. Ataques Coordenados: Divisão de funções é crucial.
    Enquanto alguns distraem o alvo (como provocar um incêndio para forçar um lobisomem a sair de seu covil), outros preparam armadilhas ou ataques letais.
    Em Nova York, caçadores usaram granadas de fragmentação e armas incendiárias para dizimar uma ninhada de criaturas reptilianas em esgotos.
  3. Uso de Tecnologia e Armamento Pesado: Diferente de caçadores que confiam em símbolos sagrados ou instinto, os Marciais investem em equipamentos de alto impacto.
    Um caso emblemático ocorreu no Texas, onde um ex-membro da SWAT modificou um caminhão com lança-chamas e blindagem para enfrentar um lobisomem enraivecido.
  4. Contenção de Danos Colaterais: Paradoxalmente, apesar da agressividade, muitos grupos Marciais priorizam evacuar civis antes de um confronto.
    Em Tóquio, uma operação para eliminar um fantasma possessivo em um hospital incluiu um plano de evacuação disfarçada de exercício de incêndio.

Essas táticas, porém, nem sempre são sustentáveis. O custo financeiro de equipamentos e a atenção indesejada de autoridades podem se tornar problemas crônicos.

Principais Perigos: Quando a Guerra Consome o Caçador

Apesar de sua eficiência, o Credo Marcial enfrenta riscos únicos, muitos deles gerados por sua própria abordagem:

Monstros não seguem manuais de guerra. Um “Nosferatu” (uma espécie de vampiro) em Roma ludibriou uma célula Marcial simulando uma retirada, apenas para drenar seu líder durante o contra-ataque.

A confiança excessiva em táticas convencionais pode ser fatal.

Além disso, explosivos em áreas urbanas ou tiroteios em público atraem a polícia e a mídia.

Como exemplo, na Cidade do México, um caçador foi preso após destruir um ônibus durante uma perseguição a um demônio, gerando um escândalo que desmantelou sua célula.

A pressão por perfeição e a constante exposição à violência corroem a sanidade.

Marcus, um ex-fuzileiro, desenvolveu TEPT grave após testemunhar seu grupo ser massacrado por uma horda de espectros, levando-o a abandonar a caça e se isolar.

Além de tudo isso, existe a questão dos conflitos internos, uma vez que a hierarquia rígida pode gerar rebeliões.

Em Londres, uma novata desafiou seu líder após ele ordenar o sacrifício de um refém infectado por um parasita sobrenatural, resultando na divisão da célula em facções rivais.

O Preço da Vitória

O Credo Marcial personifica a resistência organizada contra as trevas, mas sua força é também sua fragilidade.

Enquanto outros credos buscam redenção ou compreensão, os Marciais sabem que cada vitória tem um custo — em vidas, em moralidade, em humanidade.

Suas histórias são épicas, mas raramente terminam em felicidade. Afinal, como diz um ditado comum entre eles: “Guerras não são vencidas; são sobrevividas.”

Para os caçadores desse credo, a verdadeira luta é continuar lutando, mesmo quando a guerra os transforma naquilo que juram destruir.


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Autor: Álvaro Bevevino.
Revisão: 
Raquel Naiane.

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