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Os Filmes de Dungeons & Dragons  – O Mindflayer Mandou #07

O Mindflayer Mandou é um podcast derivado do canal RPGMind, onde batemos um papo sobre cenários, sistemas e outros assuntos que rodeiam o mundo fantástico do RPG, sempre com bom humor e referências culturais que denunciam nossa idade. E nesse episodio vamos falar sobre Os Filmes de Dungeons & Dragons e nossas expectativas!

Como conciliar seus hormônios juvenis com a necessidade de salvar o mundo? Segundo Freud, o desejo, que vem da palavra alemã Wunsch, que significa anelo, aspiração, é algo inconsciente e, portanto não se mostra claramente, é obscuro e interpretativo. Como um filme de arte iraniano, ou o motivo pelo qual sangue de dragão pega fogo na água. É no desejo que temos refletidas as vivências infantis, por isso símbolos que partem de referenciais biológicos básicos aparecem na teoria freudiana. E representações destes referenciais surgem na fase adulta, como substituição ao material biológico original. Inclusive nas histórias que escrevemos, como quando dois jovens criados em uma comunidade rural tradicional partem em busca de um local ermo, isolado e ameaçador, com um grupo de colegas e homens mais velhos e experientes, para destruir um certo anel.

Desta forma, na esperada adaptação de Dungeons & Dragons, lançada no ano de 2000, a libido reprimida de um jovem fora da lei em um mundo onde magos mantém seus desejos em cheque o tempo todo. Só pode resultar em uma disputa incessante por uma vara capaz de controlar as criaturas mais poderosas neste mundo. Vara esta que um mago mais velho e seu ajudante, numa relação de clara tensão sexual não resolvida, querem de qualquer forma agarrar.

Nosso herói reprimido, em busca do mágico objeto fálico, acredita que somente em poder deste poderá realizar sua fantasia com uma bibliotecária que acabou de conhecer. Mas que como todo bom adolescente, já deseja profundamente. Ao mesmo tempo, dialeticamente, num paralelo claro com a teoria dos afetos de Spinoza, este amante incompreendido conquista vitória atrás de vitória com a potência que ganha de seu afeto em construção, também conhecido como “O Poder do Amor” (Hugo, Vitor. 2023). Mesmo que para isso sacrifique seu amigo, em uma representação clara do sacrifício da inocência da infância, já que deve tornar-se homem para adentrar na vida sexual.

Sendo assim, podemos afirmar que o primeiro filme de Dungeons & Dragons é uma grande parábola sobre o desejo e sua relação com o crescimento e amadurecimento dos mesmos jovens virgens que jogavam RPG na época. Inclusive o subtítulo no Brasil, sagazmente colocado, “A Aventura Começa”, gera um paralelo com os ritos de passagem presentes na humanidade desde os tempos mais primevos. Brilhante.

Ou, podemos também dizer também, que o filme é tão ruim que Ritielle, Urion e Vitor Hugo precisaram de cinco sessões (de terapia, não de RPG) cada depois de assistir ao filme para superar o trauma (no caso do Vitor e do Riti foram mais, na verdade, porque eles viram os outros dois filmes, e sobre eles eu não consigo nem pensar em uma piada com psicologia e sexo porque eles são bem diretos mesmo, mas vocês vão saber mais sobre isso no episódio).

Vem com a gente nessa aventura incrível e surpreendente pelo Universo Cinematográfico de D&D, um pesadelo freudiano que a gente preferia esquecer, mas que vai bem mais divertido compartilhar com vocês, porque ninguém merece sofrer sozinho, e ainda descubra no final qual seria o papel da Claudia Raia no melhor filme jamais feito dos Trapalhões.


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Os Filmes de Dungeons & Dragons

‎Host, Design e Edição: Vitor Hugo
‎Participantes:‎‎ Urion ‎| José Paulo  ‎.‎‎ 
Design: Ritielle Souza
Edição:  José Paulo.‎‎
‎Voz da Vinheta:‎‎ ‎Reinaldo Rodriguez.‎

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