Narrando no Mundo Antigo – Taverna do Anão Tagarela #46

O mundo medieval é com certeza fascinante para os jogadores de RPG, especialmente para quem curte cenários de fantasia. Porém, outros períodos históricos, como os diversos povos da antiguidade, trazem um material riquíssimo que pode inspirar narradores e jogadores. Neste episódio, recebemos a escritora Ana Lúcia Merege para conversar um pouco sobre isso.

A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

‎Assunto:‎‎ Narrando no Mundo Antigo


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Narrando no Mundo Antigo

‎Host: ‎‎Douglas Quadros.‎‎ ‎
‎Participantes:‎Raul Galli | Ana  Lúcia Merege 
‎Arte da Capa:‎‎ ‎‎Raul Galli.‎

Projeto Ágato: Antiguidade Ágata

Olá, pessoal! Ágato é o nosso cenário oficial de super-herois para o sistema 3D&T e continuamos aqui o histórico de nosso cenário com a Antiguidade Ágata! Não deixe de ver todos os nossos artigos na página da Tokyo Defender!


Antiguidade Ágata: A Era Mítica

Quando as grandes civilizações da Idade Antiga começaram a estabelecer seus territórios e suas relações geopolíticas, começaram também a surgir os relatos sobre os seres de poderes e aparências diferentes do padrão humano, recebendo diversos nomes em cada cultura – deuses, semideuses, macrobioi, herois, anjos, demônios, gigantes, gibborim, nagavanshi etc. Seus mitos e contos folclóricos narravam os feitos de seres de grandes poderes, embora seja atualmente impossível discernir quem eram os ágatos e quem eram os simples humanos que ganharam poderes a partir das narrativas e não tinham reais poderes. Mesmo assim, o primeiro ágato a ser narrado foi provavelmente Enmerkar, chamado de Guardião do Reino dos Simurghs, conhecido nos mais antigos contos sumérios como o mítico rei que veio a conquistar o reino lendário de Aratta (em “Enmerkar e o Senhor de Aratta”). Outros reis-guerreiros ágatos incluem a Poderosa Sombra (o nome ágato do faraó Shoshenq I), o Destruidor (nome ágato do gigante bíblico Og de Bashan) e o Cego Furioso (Astrabakos, pai do mítico rei espartano Demarato). Já durante o declínio da Grécia antiga, surge a obra suprema que narra a saga do primeiro grupo de ágatos e não-ágatos que seguem preceitos semelhantes ao Super-Heroísmo contemporâneo: os Argonautas, liderados por Jasão.

Um ágato oriental de grandiosa importância foi Oferenda às Águas, conhecido por ter sido um sacerdote da Índia Védica e ter escrito o Upanishad chamado Ishta-Gita, que elaborava leis de equilíbrio social entre ágatos e não-ágatos. Outro ágato relevante ao estudo dos ágatos na época foi o Sátiro Samotrácio, escultor da Grécia Clássica e adepto do Culto Órfico, esculpia apenas ágatos com corpos inumanos. Já na Antiguidade surgem alguns tratados e estudos sobre a natureza mística dos ágatos e a relação deles com um plano espiritual inacessível até aos próprios ágatos; no Egito é criado o conto Disputa entre um Homem e seu Ba, narrando uma discussão entre um ágato que deseja a morte e uma consciência alternativa dentro de si mesmo tentando convencê-lo a voltar a abraçar a vida, enquanto Aristóteles escreve seu tratado Peri Psyche, analisando a condição espiritual dos ágatos e sua relação com as lendas dos deuses e herois e com as forças naturais e vitais do mundo.

No Império Romano, praticamente todas estas nações foram sendo conquistadas, uma a uma, e seus personagens míticos absorvidos pela cultura romana. Entretanto, dois ágatos tiveram participação crucial para movimentos sociais nos tempos posteriores, sendo o primeiro o gladiador Foice de Fogo (líder dácio dos ágatos romanos escravos, morto na Quarta Guerra Servil) e o santificado Lamentador da Cruz (discípulo coríntio de Jesus, considerado “apóstolo menor” e escritor do apócrifo Evangelho de Plorator Crucis).

Obras históricas importantes da época

  • Enmerkar e o Senhor de Aratta (sumério)
  • Disputa entre um Homem e seu Ba (Egito)
  • Ishta-Gita (Índia Védica)
  • Livro dos Gigantes (hebreus)
  • Macrobiomaquia (Grécia Arcaica)
  • Peri Psyche (Grécia Clássica)
  • Argonautika (Grécia Helenística)
  • Evangelho de Plorator Crucis (Roma)

Figuras históricas importantes da época

  • Enmerkar, Guardião do Reino dos Simurghs (Simurkshathrapavan)
  • Shoshenq I, Poderosa Sombra (Nakhte Khaibit)
  • Oferenda às Águas (Apé Zaoϑra)
  • Og de Bashan, o Destruidor (Abad Ogh ha-Bashan)
  • Astrabakos, Cego Furioso (Tiphlolyssadus)
  • Pyrrhikhos, Sátiro Samotrácio (Satyros Samothrakioi)
  • Foice de Fogo (Ignifalx)
  • Timeu, Lamentador da Cruz (Plorator Crucis)

Arte do post: Stéphane Beaumort

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