Sangue e Glória – Parte 10 – Contos de Thul Zandull

Anteriormente em Sangue e Glória – Parte 9, acompanhamos a batalha mortal que os guerreiros orcs enfrentaram. As habilidades e coragem de todos foram testadas em seu ápice. Porém Gorac foi além, e recebeu de seus ancestrais a bênção que virou o jogo. Mas será que todos eles irão sobreviver aos ferimentos…

Agora…

Sangue e Glória – Parte 10

Mira despertou imaginando que iria se deparar com a verdade. Pois para ela era certa a morte. Um momento de glória ao lado de seu amado, lutando e honrando os antepassados com o bom combate e a coragem. Porém para sua surpresa, ao abrir os olhos a primeira sensação que teve foi a dor, algo que se espalhava por seu corpo de maneira completa. Todos os seus músculos doíam e acima dela um telhado de madeira e a sua volta estrutura bem cuidada. 

Ouvia o crepitar da fogueira somado a um bom aroma de carne e pão assando. Estava em um salão grande, com certeza a construção comunal que não tiveram tempo que explorar. Mas algo estava estranho, sua lembrança era que aquele local tinha um buraco gigante no teto, mas agora tudo estava consertado. 

Antes que pudesse mover mais sua cabeça buscando mais informações, sentiu uma ardência em seu braço esquerdo, mas ao analisar o local do fisgar, notou que não havia nada onde tivera a sensação, apenas um coto, uma lembrança permanente de sua luta mais difícil até o momento. O que mais a incomodava era que envolta do local do ferimento havia algo cristalino que emanava um brilho verde intenso. Era uma película que cobria todo o coto, enquanto se perdia em pensamentos com aquilo, notou que a dor diminuía a medida que o cristal emanava maior luminescência. 

Tentou então se erguer para analisar melhor o salão e então notou que a sua frente, do outro lado do salão havia mais uma cama onde repousava Xalax. Percebeu rapidamente que a camada cristalina recobria uma parte do rosto dele e também se espalhava pelo tórax. Curiosa, procurou em seu corpo por mais sinais daquilo, e viu que em todos os pontos de ferimento havia aqueles luminescentes minerais esverdeados. 

No centro do salão havia a fonte de calor, uma fogueira comunal. Estava estruturada em um círculo em nível mais baixo que o chão e envolto em pedra, onde madeira e carvão mantinha a chama forte e também esquentavam chapas de metal que assavam a carne e o pão sobre elas. Sentado a frente cuidando do alimento estava Orog, o bom rastreador, que usava um socador, provavelmente para esmagar raízes e folhas para algum remédio. Mira apenas teve essa dedução ao ver os materiais medicinais espalhados ao lado dele. 

Era espantoso como aquele salão estava limpo e organizado, questionou-se se aquilo era alguém tipo de reino divino ou espiritual de seu povo. Mas a presença de seu companheiro e as dores em seu corpo refutavam qualquer tipo de pensamento nesse sentido. Do seu lado direito via as portas duplas do salão, entreabertas e do lado esquerdo um espaço em destaque onde um ídolo Kobold protegia um pequeno trono a sua frente, com certeza algo próprio a estatura daquele povo. Havia duas escadas ao lado do trono que levavam para um andar inferior, mas antes que pudesse explorar mais o local com seus doloridos olhos, notou que Orog, vinha em sua direção.

Mira se antecipou em questionar o que ocorria e também em entender onde estava Gorac. Pois, queria retirar a ansiedade de não ver seu companheiro ali deitado em recuperação. Mas logo Orog apaziguou-a, dizendo que o líder já havia despertado dias atrás e que voltava seus esforços em manter a estrutura onde estavam, apoiando nos reparos, limpeza e caça. Disse que o velho Harm Van Driel manteve os corpos de ambos nutridos valendo-se de magia que espalhou pelo corpo dos feridos em forma da película cristalina. Disse que estavam deitados a mais de três semanas, tamanha era a gravidade dos ferimentos deixados pela criatura.

Orog não conseguia esconder sua tristeza ao ver o coto e Mira entendia os motivos. Afinal um guerreiro sem um braço perdia enormemente sua capacidade de luta, mas aquilo era apenas um pensamento, entre tantos outros, afinal mais importante do que o braço, era sua vida. O Orc, logo ofereceu o remédio que preparava, mas Mira apontou primeiro a comida. Não compreendia como a magia alimentou seu corpo, mas tudo que ela queria naquele momento era mastigar algo.

Uma nova vida para Mira

Momentos depois de se alimentar e enfim tomar o amargo chá oferecido por Orog, ela se sentiu confiante para levantar-se. Mas outro fisgar forte proveniente de sua coxa a fez vacilar. Porém seu amigo a ajudou e aos poucos o cristal mágico fez efeito, amenizando as dores sentidas segundos atrás. 

Ela queria ver o ambiente com seus olhos, andar um pouco e seu parceiro de batalhas a ajudou. Porém antes que pudessem sair, Mira ouviu atrás de si uma voz diferente. Ao se virar viu um humano de idade avançada com barbas brancas longas, mas bem aparadas e vestes dignas de alguém nobre. Logo foi questionada se estava com dores fortes em alguma parte do corpo e se precisava de ajuda. O velho fez um sinal para Orog deixá-la se sentar próxima ao fogo para poderem conversar. Mira concordou e Orog saiu do salão. Ela achou estranho, mas estava curiosa com a presença do Veneficus, termo antigo usado para bruxos que se dedicavam a entender os Geodos Arcanos. 

Harm Van Driel começou a conversar agradecendo por sua libertação. Sabia dos perigos de seu resgate da tumba. Mas não imaginava que houvesse tanta dedicação em mantê-lo esquecido, explicou que precisaria de tempo para recobrar totalmente os seus poderes. Mas que tinha o suficiente para manter as artes de cura e para reparar estruturas necessárias, explicou ainda que a medida que os dias passassem, ele estaria apto a fazer algo por ela, afinal ele tinha que quitar o débito por sua vida. 

Continuou, dizendo que a demanda iniciada por eles, os Orcs invasores do Império, teria sua ajuda e que todos que ali estavam eram fortes e determinados, uma união fortuita depois de tantas desventuras e sofrimentos passadas por ele. Mira o interrompeu, perguntando por Gorac e também ficou curiosa em entender como ele poderia fazer algo por ela, já que seu braço fora perdido para sempre. Mas Harm a interrompeu dizendo que o braço arrancado não estava perdido mas sim sendo preparado para retornar a seu braço no momento certo, pediu para que ela o acompanhasse a parte inferior do salão comunal e ao fazer isso, notou que todo andar inferior continha os objetos estranhos que repousavam no subterrâneo. Porém haviam brilhos, sinais luminosos, sons estranhos e ranger de várias coisas se movendo. 

Harm apontou logo para uma mesa na qual percebeu que seu braço flutuava envolto por esferas de cores variadas que continham dentro de si runas antigas. Havia metal fluído em torno do braço e era nítido para ela que a carne estava sendo substituída pelo material que ali flutuava. Era assustador e inebriante. O Veneficus, logo explicou que a melhoria corporal fora algo mortalmente proibido em sua época. Mas agora, não havia mais grilhões que pudessem detê-lo. Disse incisivamente que cuidaria dos seus e que sua meta era se vingar daqueles que ceifaram sua liberdade e a de tantos outros como ele.

Enquanto ouvia o dominador de magia, Mira vacilou novamente, sentindo-se zonza. Mas logo o Veneficus a apoiou, fato que fez com que a Orc percebesse que o velho era mais ágil e forte do que aparentava. 

Harm disse que ela deveria manter repouso total, pois o efeito de seus encantos de cura também dependia da resistência dela, mas na condição atual, manter duas vidas era algo complexo para ele. Mira ao ouvir aquilo se espantou e pediu mais explicações, enquanto Van Driel esclareceu que ela carregava consigo uma nova vida. Mira ouvia aquilo e não conteve sua emoção, ao passo que o velho disse que o filho dela com certeza seria alguém extraordinário, digno da linhagem do qual era proveniente, disse ainda que a magia usada também era drenada pelo feto, algo fantástico que deveria estudar a fundo. Mas de qualquer modo, ela e o futuro bebê estavam vivos e bem.

No momento daquela fantástica conversa, ambos ouviram passadas apressadas e logo perceberam quem adentrava o local, o líder guerreiro Gorac. A emoção foi forte e o velho se afastou para que o casal se abraçasse, ambos estavam firmes e felizes pela recuperação um do outro. Gorac a beijou e em seguida se abaixou diante dela acariciando a barriga que carregava seu herdeiro ou herdeira, quem governaria aquela terra que em breve seria conquistada. Mira via seu companheiro com orgulho e acariciou sua cabeça, ela via a grande cicatriz, a marca deixada pela luta de dias atras. Olhou seu amado líder e viu que as mãos dele também estavam em processo de recuperação, porém não disse mais nada, não pensou em mais nada. Só queria naquele momento aproveitar a sensação de proximidade e o sentimento forte, o vínculo que trouxera ambos até ali, mas algo mais ocorreu, pois ouviram a voz grossa de Kagror chamando pelo velho.

Harm Van Driel logo disse a eles que se acalmassem, pois ele havia enviado um chamado para um velho amigo que ele acreditava estar perdido, convidou ambos para subirem e conhecerem Garlak, Três Cortes

Continua…


Sangue e Glória Parte 10 – Contos de Thull Zandull

Autor: Thull Zandull 
Revisão de: Isabel Comarella 
Artista da capa: Douglas Quadros 

Acesse nosso Patronato, e descubra uma maneira incrível de apoiar o RPG nacional. Movimente essa ideia.

 

 

O Criador de Mundos em Miniatura – TaleSpire

Ao longo das gerações é difícil encontrar alguém que nunca passou parte da sua infância fantasiando sobre masmorras, dragões e sobre ser um grande herói. Usar imaginação, papel e caneta foi a saída de muitos para criar seu próprio mundo. Os RPGs de mesa, ainda hoje, continuam atraindo milhares de jogadores ao redor do mundo.

Em contrapartida sabemos como é difícil encontrar pessoas dispostas a se reunir pessoalmente. Sem contar as adversidades da vida que atrapalham , como horários de trabalho diferentes ou até mesmo uma mudança de cidade. Uma solução encontrada nos tempos modernos é a migração de mesas de RPG para plataformas online. É aí que entra o TaleSpire!

Uma mesa virtual

TaleSpire é uma plataforma de mesa virtual que vem sendo desenvolvida desde 2019, a partir de uma campanha kickstarter de financiamento coletivo. Já está disponível, como acesso antecipado, e pode ser adquirido pela Steam. Mas vamos aos detalhes interessantes! Essa plataforma virtual te permite criar seus próprios tabuleiros com construções de textura realista e detalhes com iluminação bem dinâmica, parecendo uma espécie de “The Sims medieval”, que mistura os elementos e os efeitos especiais mais conhecidos dos livros de Dungeons and Dragons.

O nível de detalhe que pode ser alcançado é espetacular. Eles fizeram tudo parecer um tabuleiro de plástico esculpido ou de metal pintado. O objetivo é trazer para o jogador a sensação de estar jogando numa mesa de verdade, com miniaturas e tudo que tem direito.

O programa também oferece efeitos atmosféricos, a possibilidade de acrescentar músicas e dar toques de suspense ou ação ao seu tabuleiro. A forma exagerada com que as miniaturas se movem, assim como os tremores de tela que acontecem nos momentos de efeitos especiais, são importantes para despertar nossa imaginação. Esses estímulos não competem com as criações de nossa mente, já que pra nossa imaginação não há limites!

Uma nova maneira para se jogar RPG

Definitivamente TaleSpire é uma boa maneira de jogar online nossos queridos RPGs de papel e caneta. Tudo isso ainda está em fase inicial e com promessas de muitos de pacotes de expansão gratuitos. Só de olhar as imagens e o diário de desenvolvimento publicado no site oficial dá vontade de criar vários personagens e explorar mundos de fantasia dentro do TaleSpire.

E vocês, já adquiriram seu TaleSpire? Já encontrou um grupo de amigos para sua primeira aventura? Nos digam o que acharam e nos mostrem suas primeiras criações.


Sou Renan Kirchmaier, membro do Mestres de Masmorra, visite nosso canal no YouTube para ver mais conteudo a respeito e aproveite também para ver os outros manuscritos que temos aqui no site do Movimento RPG com varias temáticas interessantes clicando aqui.

Nos vemos pelas mesas da vida. Que rolem os dados!

Codex of Reality – Infinitas Possibilidades

“O que é a realidade para você? E se todos os seus sonhos ou fantasias fizessem parte de uma única e verdadeira realidade? O Codex of Reality pode gerar isso para você”

CoRe (Codex of reality) traz isso,  uma junção de várias realidades em um sistema  adaptável ao seu estilo de jogo. Principalmente por ter regras simples, e desde que sejam bem usadas podem gerar vários estilos de cenários: futurista, medieval, terror a até mesmo infantil. Assim, seu personagem pode usar um sabre de luz e lutar ao lado de um arqueiro Vicken.

Portanto no CoRe usamos um sistema simples de rolagem de dados. Dessa forma você pode melhorar a contagem e a probabilidade de resultados positivos para seu personagem. Acima de tudo e de forma justa e por vezes, graças à sorte das rolagens, quase tudo é possível de se realizar. 

Logo, mesmo sendo um sistema adaptável traz um cenário próprio, que se chama “Windar” com sua história e criação única, com junção de partes de vários planos,  desde guerras, acordos ou simplesmente por estarem na hora certa no lugar errado.

Todavia o formato de criação de personagem é simplificado por pontos, assim também ocorre até mesmo com a raça a ser escolhida, que tem um custo determinado e equilibrado. 

Vamos analisar essas raças, por exemplo:

Guax

Eles são como guaxinins bípedes, possuindo a máscara e o rabo anelado característico desses animais. Suas mãos são super ágeis e com uma forte sensibilidade, permitindo que eles identifiquem coisas apenas ao toque.

Devido ainda ao ambiente que cresceram, suas mãos possuem uma certa ressonância mágica que os permite evitar ativar armadilhas mágicas.

Kappa

Os Kappas são seres altos de aparência anfíbia, se assemelhando a rãs gigantescas. Naturalmente, possuem papos, sendo capazes de coaxar e seus dedos são finos, interligados por uma membrana que os auxilia a nadar. 

Sua língua é extremamente comprida e elástica, medindo cerca de 2 metros em um Kappa adulto.

Além disso sua dentição é apenas na parte superior da boca, e seus dentes servem mais para prender as presas do que para mastigar.

Essas são características gerais, de raças jogáveis em qualquer cenário, também é possível ambientar o cenário de acordo com as raças. De qualquer forma teremos um jogo fluido e bem dinâmico como resultado. 

Em síntese, CoRe é um sistema que te permite realizar ações definidas por sua pontuação que dependem do Estresse e Sobre Estresse, ou seja se você pode pagar o custo da ação você pode realizar o teste, caso contrário, se seus pontos de Sobre  Estresse chegarem a 0… 

Bom meu amigo, será necessário que você realize um teste de morte.

 

Por Fim

Por último e para melhor entendimento, todas as suas ações em combate dependem do quanto se tem de Estresse e após isso do quanto se tem em Sobre Estresse, desde a ativação de habilidades, magias ou até mesmo acionar armas ou atirar com um arco.

“Então vamos lá?

 Seja com a Millenium Falcon ou de lambreta.

Com nossos blasters ou espadas mágicas.

Não me importo de onde você vem ou para onde vai…

O que importa é a aventura e o Agora, e tudo isso Codex pode te oferecer”


Baixe Agora o FastPlay de CoRe Clicando Aqui!


Descubra mais Sistemas navegando pelo Mrpg, como por exemplo o Sitema de Abismo Infinito.

 

Barbas Mágicas para 3D&T

Este artigo sobre barbas mágicas para 3D&T foi publicado originalmente no blog 3D&T A Bordo, clique aqui para ler a matéria completa com muito mais barbas! Para ver outras publicações da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Barba do Armazenamento

Permite que o barbudo armazene cerca de 1kg de qualquer objeto para cada ponto de Força. Útil para manter jóias ou ouro a salvo dos olhos de batedores de carteira e similares. Caramba! Você pode até mesmo armazenar uma adaga sorrateira se o truque da lâmina na bota não funcionar, esse certamente vai.

Barba do Nativo

Nunca se sinta um estranho, sempre se sinta um amigo. Esta barba prática permite-lhe misturar-se ao ambiente do local sem parecer um estranho. Veja a milícia local apenas passar por você e seus amigos em vez de lhes aborrecer. Olhe como um nativo onde quer que esteja, mesmo que eles não usem barbas.

Barba Incandescente

Incendeie a sua barba e testemunhe os monstros fugindo de você. A barba queima, mas não faz nenhum dano, mas ele funciona muito bem como uma técnica de intimidação. Pode ser usado duas vezes por dia e queima por 6 rodadas. A cor da sua chama varia de usuário para usuário. Os inimigos que testemunharem sua barba pegando fogo devem ser bem sucedidos em um teste de Resistência, em caso de falha eles fogem por 1d de rodadas. Aqueles que são bem sucedidos não entram em panico porém, eles lutam com um redutor de -1 na FA . Pode funcionar como uma fonte de luz em um momento de aperto, e ilumina uma área de 6 metros.

Barba do Lenhador

Ganhe um bônus de +1 no dano ao usar um machado em combate e lhe dá a Habilidade de dectectar treants e ents nas proximidades. Também ganha um bônus de +2 quando luta com criaturas arbóreas.

Barba do Pensador

Acariciando sua barba não só faz com que você se pareça com uma pessoa inteligente, mas você ganha um +2 a nos seus testes de Perícia quando faz isso. Infelizmente ele não funciona o tempo todo, apenas a três vezes por dia, mas você ainda pode parecer estar pensando sabiamente ao fazê-lo de qualquer maneira!

Este artigo sobre barbas mágicas para 3D&T foi publicado originalmente no blog 3D&T A Bordo, clique aqui para ler a matéria completa com muito mais barbas! Para ver outras publicações da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Kalymba RPG – MRPG Podcast #11

Olá aventureiros! Neste episódio do MRPG Podcast, Douglas Quadros foi até a vasta terra de Aiyê, pra conhecer mais sobre Kalymba RPG com o autor deste cenário de Afro fantasia, Daniel Pirraça. Os dois conversam por mais de meia hora sobre este cenário fantástico criado pelo autor, inspirado nas lendas e costumes do continente africano.

Primeiramente falaram sobre a motivação do autor de criar um cenário de afro fantasia para seus jogadores. Por outro lado o teor da conversa em si, se manteve muito mais no cenário de Kalymba RPG em si. Posteriormente o convidado respondeu algumas perguntas dos ouvintes relacionadas ao cenário e sistema.

Enquanto conversavam, Daniel Pirraça e Douglas Quadros beberam uma iguaria da terra de Aiyê, uma Cerveja de Banana. Enfim pegue uma bebida de sua preferencia, puxe uma cadeira e acompanhe está conversa recheada de dicas de como utilizar o humor no RPG.

Anteriormente o redator Diemis Kist do MRPG escreveu uma matéria sobre este cenário fantástico para o portal, clique aqui para ler mais.

Tema: Cenário de RPG.
Tempo: 00:44:58.



Links Convidado:

– Seja um Padrim do Movimento RPG
– Vaquinha do RPG
– Facebook do Autor Daniel Pirraça
– Página do Facebook de Kalymba RPG
– Instagram de Kalymba RPG
– Editora Gynga
– RPG Craftando no instagram


E-mail: contato@movimentorpg.com.br – Mande suas perguntas sobre o próximo tema, ele sempre é anunciado com antecedência no twitter e instagram siga lá.


Kalymba RPG

Host: Douglas Quadros.
Convidado: Daniel Pirraça.
Editor: Senhor A.
Arte da Vitrine: Douglas Quadros.
Pauta: Douglas Quadros.

A Bandeira do Elefante e da Arara: a representatividade de se jogar como brasileiro

Deitado sobre uma cama de folhas, o índio pertencente à linhagem dos Guaranis, abre seus olhos. O calor das manhãs e a umidade daquela mata tropical não o deixam dormir por muito tempo. Ele se levanta e sai da caverna em que se abrigou, afinal fazem três dias que ele deixou sua comunidade para ir em busca de um curandeiro em uma aldeia vizinha. O barulho do riacho faz com que ele se lembre que está com a boca seca, rapidamente ele pega seus equipamentos e se dirige para a beira daquele rio de águas cristalinas. Sem exitar ele abaixa-se e molha o rosto, os braços e bebe aquela água. Ainda abaixado se deliciando com as bênçãos daquela natureza abundante, ele percebe uma sombra através da água, com medo e bem lentamente ele levanta os olhos e a criatura metade homem e metade tamanduá está em pé em sua frente…

O jogo de interpretação de papéis “A bandeira do elefante e da arara” (ABEA), se passa no Brasil colônia, e traz um cenário repleto de mistérios, raças e fantasia. Com um sistema de jogabilidade bem simples, ABEA, precisa apenas de três dados de 6 faces e muita criatividade dos envolvidos. Recentemente nós do Mestres de Masmorras exploramos esse sistema, inclusive gravamos uma aventura, que já está disponível em nosso canal. Após experimentar o jogo achamos válido compartilhar essa experiência com vocês.

Como já foi dito, o jogo possui uma jogabilidade extremamente fácil perto de sistemas mais complexos como Dungeons and Dragons e Mundo das Trevas. Essa facilidade faz com que o jogo seja muito abrangente e consiga trazer para a mesa de RPG todo perfil de jogadores, desde os iniciantes até os mais experientes, de diversas faixas etárias. Ainda falando sobre o sistema, o que nos chamou a atenção foi a ausência de classes de personagens, justificada pelo autor de uma forma esplêndida: “Não trabalhamos com as chamadas classes. Eu que já tive quatro carreiras diferentes ao longo da minha vida, não acredito que é a carreira que define a pessoa, mas sim as habilidades adquiridas que definem o que a pessoa pode realizar com sua vida”, nos diz Christopher Kastensmidt, autor de ABEA.

Notamos a partir dessa fala que o sistema nos disponibiliza uma grande variedade de habilidades que podem levar os personagens para os diversos caminhos desejados, ou seja, você pode ser o que quiser e caso se arrependa pode se tornar bom em outras coisas. A partir desse sistema simplificado, o jogo valoriza a criatividade e narrativa, tanto a pessoal de cada jogador envolvido, quanto a narrativa coletiva conduzida pelo narrador.

Por muito tempo tivemos contato com RPGs pautados na lógica e em cenários Eurocêntricos, ou norte-americanos. Trazer um cenário brasileiro cria em nós uma identificação e uma representatividade que até hoje não vi em nenhum outro sistema de RPG. A ABEA nos faz jogar com indígenas, africanos, europeus, mestiços, povos esses formadores do que hoje conhecemos como Brasil. Por isso descrevo como incrível a possibilidade de explorar um território que é nosso, com personagens que poderiam simplesmente ser nossos ancestrais diretos. Esse ponto em específico é o que nos deixou mais extasiado ao jogar ABEA.

Por fim destacamos a possibilidade de exploração das narrativas que vai desde tramas políticas e sociais, até desbravamentos fantásticos. O livro traz informações precisas sobre o cenário social, político e econômico do Brasil colônia. Além desse cenário que conhecemos através dos livros de história, ABEA reúne lendas da mitologia brasileira, como: Saci-pererê, Curupira, Boitatá, dentre outros que fazem com que exista a possibilidade de explorar um universo fantástico em terras brasileiras.

Então se você está à procura de uma diversão criativa, original e simplificada você certamente encontrará em ABEA. Se você quiser conhecer mais sobre o sistema é possível baixar o PDF gratuito de introdução às regras clicando aqui. Caso você queira acompanhar uma mesa de RPG com uma aventura do sistema, é só acessar nosso canal no Youtube clicando aqui! E se divertir com a minissérie “A maldição da Ilha de Santo de Amaro”.

Para acompanhar todas as postagens do Mestres de Masmorra aqui no Movimento RPG, é só clicar neste link aqui!

MRPG Podcast [05] – Criação de Mundos

Olá aventureiros! Neste episódio do MRPG Podcast, Douglas Quadros vai até Alberich para encontrar o Mestre Pedrok, os dois se reúnem em uma taverna da cidade para conversar sobre Criação de Mundos enquanto o céu ainda não está caindo.

Primeiramente falaram sobre o motivo por trás desta ideia de criar seu próprio cenário, contudo a conversa evoluiu e se aprofundou e até falaram sobre religião, realismo e medidas de distância. Posteriormente o Mestre Pedrok respondeu algumas perguntas dos ouvintes, todas relacionadas a criação de mundos e finalizaram a conversa com o convidado explicando um pouco mais sobre Skyfall e essa história que o céu está caindo.

Enquanto conversavam, Mestre Pedrok propôs que bebessem o suco de uma fruta local, uma híbrida de limão e laranja, denominada “Liranja”, Douglas Quadros acompanhou apesar de não abrir mão de sua cerveja habitual. Então pegue uma bebida, puxe uma cadeira e acompanhe está conversa sobre criação de mundos.

Tema: Criação de Mundos
Tempo: 00:53:04



Links Convidados:
– Seja um Padrim do Movimento RPG
– Canal do Mestre Pedrok
– Mestre Pedrok na Twitch
Twitter do Pedrok
– Instagram do Mestre Pedrok
– Curta a Página no Facebook do Mestre Pedrok
– Baixe conteúdo de Skyfall no Dungeonist


E-mail: contato@movimentorpg.com.br – Mande suas perguntas sobre o próximo tema, ele sempre é anunciado com antecedência no twitter e instagram siga lá.


Host: Douglas Quadros
Convidado: Mestre Pedrok
Editor: Senhor A
Arte da Vitrine: Douglas Quadros
Pauta: Douglas Quadros

O que é RPG?

RPG é a sigla que abrevia o termo em inglês Role-Playing Game, que em português significa “jogo de interpretação de personagens”.

De maneira prática, o RPG é um jogo em que os jogadores precisam interpretar personagens em um cenário fictício estimulando o raciocínio lógico, criatividade, relacionamento interpessoal e cooperativismo.

Em registros oficiais, o RPG surgiu no ano de 1974. O primeiro lançamento foi o jogo Dungeons & Dragons (Masmorras e Dragões, em português), criado por Gary Gygax e Dave Arneson. No início, o D&D (abreviatura de Dungeons & Dragons), era um simples complemento para um outro jogo de peças de miniaturas chamado Chainmail (cota de malha), criado em 1971 também pelos dois amigos. Chainmail era um jogo de tabuleiro simples e a ideia do RPG surgiu de Gygax e Arneson ao imaginarem o quanto seria mais divertido se eles inserissem também o fator de interpretação.

Para explicar de maneira mais prática vamos abordar alguns artefatos do jogo e explicar pra que cada um deles serve.

 

O Mestre

Na realidade O Mestre é um papel que deve ser assumido para se jogar RPG. Alguns gostam do termo narrador, entretanto, gosto do termo Mestre pois denota um respeito que acho importante ser considerado. No jogo, O Mestre é o deus! Respeitar isso ajudará em um bom desenrolar dos seus jogos.

De fato a principal responsabilidade do Mestre é narrar o jogo. Mas não é só isso. Considerando uma situação totalmente aleatória, o Mestre irá planejar toda a história, construir personagens coadjuvantes, minerar e desenhar imagens, mapas e etc. Além de narrar ele irá intermediar e julgar as ações como aceitáveis de maneira que auxilie o jogo para um rumo correto.

É importante que o mestre conheça bem as regras do sistema (iremos falar dele à seguir) para conseguir controlar bem os limites daquilo que é possível. Não é imprescindível que ele saiba tudo, entretanto, quanto mais ele souber, mais terá desenvoltura e segurança para desempenhar seu papel.

 

O Jogador

Como o próprio nome já diz, o jogador é quem vai viver o jogo. Seu principal papel é se submeter a autoridade do Mestre e principalmente se esforçar para interpretar e ser fiel à aquilo que propôs ao seu personagem. Sua responsabilidade também é construir sua ficha e a sua história, artefatos que explicaremos mais adiante também.

 

História do Personagem

Um dos artefatos mais importantes para contribuir para um jogo rico em detalhes. A responsabilidade pela confecção desse artefato é exclusiva do jogador mas pode ter auxílio do mestre e de outros jogadores que estejam dispostos a isso. Para quem tem dificuldade ou não sabe como fazer a história do seu personagem, criamos um post específico para isso que pode ser acessado clicando AQUI.

 

Ficha do Personagem

Outro artefato de responsabilidade do jogador. Também pode ter auxílio do mestre e dos demais jogadores para sua confecção. A ficha é um documento que conterá todas as características que definirão todos os detalhes necessários do seu personagem. É ela que irá dizer o quão bom seu personagem é em fazer uma determinada ação. Cada sistema possui uma ficha diferente e com regras diferentes, portanto, não entrarei em mais detalhes aqui sobre ela.

 

Sistema

O Sistema é o conjunto de regras que compõe o jogo de RPG. Em geral, não existe um sistema único para jogar todos os estilos de RPG, então, dependendo do estilo que você queira jogar, você terá que definir qual sistema desejará jogar, adquirir todo material que compõe pelo menos as regras básicas e ler para poder jogar com seus amigos.

Alguns Sistemas de exemplo teríamos: D20, Storyteller, Gurps, Toon, etc.

 

Cenário

Além do Sistema, o cenário é quem define o estilo de jogo. Existem sistemas que podem ser utilizados para qualquer tipo de cenário bastando adaptar as regras para o mesmo. Os cenários é que vão definir se o jogo será estilo Fantasia Medieval ou Horror Gótico por exemplo.

Alguns cenários de exemplo teríamos: Forgotten Realms (D&D), Dragonlance (D&D), Vampiro: A Máscara (É um cenário mas também um subsistema do Storyteller/World of Darkness), Lobisomem: O Apocalipse (idêntico ao anterior), etc.

 

Dados

Os dados talvez sejam os artefatos mais emblemáticos do jogo de RPG. Com toda certeza, não existe outro jogo que se utilize de uma variedade tão grande de tipos de dados. No RPG utilizamos dados de vários tipos, os quais classificamos pela quantidade de lados que o mesmo possui. Por exemplo: Dados de 4, 6, 8, 10, 12 e 20 lados. Para abreviarmos nós chamamos com o “D” na frente, por exemplo: D4, D6, D8, etc. Quais dados serão utilizados e quantos? Isso quem definirá será o sistema que vocês forem jogar.

Ao contrário do que muitos dizem, o RPG, assim como teatro, promove um crescimento muito grande em cada um dos seus participantes e aqui também teremos alguns manuscritos que irão trazer de maneira prática como o RPG contribui com vários profissionais.

 

Agradecemos a leitura de vocês e esperamos que esse conteúdo contribua de maneira ímpar no início da sua caminhada como jogador de RPG.

Deixem seus comentários e um grande abraço!

Sair da versão mobile