Os Malditos no Catarse

Com muita satisfação a Editora Goblin Slave trás para o Brasil o livro Os Malditos. É um RPG de mesa que usa o sistema Forged in the Dark. Com foco sobre um grupo de monstros de fantasia construindo uma masmorra, lançando ataques na superfície para reunir seu tesouro e concluir um plano nefasto. E o Livro Básico Os Malditos é auto suficiente, contendo todas regras que você precisa para um grande divertimento. Ao longo do caminho, há pilhagens, rituais, preparos, engenhocas, descobertas nas profundezas da terra, masmorras, armadilhas, criaturas, lacaios e muito mais! Vocês constroem sua masmorra juntos, expandindo-a ao longo da campanha. Por mais vezes que jogue, as masmorras nunca serão iguais!

Estar do outro lado. Ou seja, do lado dos vilões pode ser mais divertido e desafiador do que imaginamos! Mas com certeza vale a experiência! Por isso mesmo Os Malditos se torna ainda mais interessante. Afinal são poucos os sistemas voltados para isso. Mas o que pode ser ainda mais visionário e esperado do que isso, é a possibilidade de criação de Masmorras “em tempo real”!

 Construir uma Masmorra: Regras para construir e desenhar uma masmorra em grupo, incluindo armadilhas, truques, criaturas, trancas, lacaios e coisas que você descobre no subsolo.

Essa é uma das informações dadas e que deixou todos animados!

Metas e Recompensas

Para R$ 70 ou mais – Troll Digital

Com esse apoio você tem acesso a todo conteúdo digital pra poder falar mal na internet, como tem de ser, o kit compõe

✔ PDF do Livro Básico Os Malditos; das Fichas dos Chamados, de Facções, do Mestre, dos Tipos de Masmorra (são mais de 24 fichas); PDF das 80 Cartas
✔Acesse a todas metas extras DIGITAIS que forem batidas na campanha.
✔ Seu nome eternizado e impresso na lista de apoiadores ao final do livro básico

Para R$ 180 ou mais – Os Malditos – Livro Físico

É hora de mostrar ao mundo que você não é só um rostinho monstruoso. Esse apoio garante a você:

✔Livro Físico Os Malditos CAPA DURA
✔ PDF do Livro Básico Os Malditos; PDF do Suplemento Despertar dos Mortos; PDF das Fichas dos Chamados, de Facções, do Mestre, dos Tipos de Masmorra; PDF das 80 Cartas
✔Acesso a todas metas extras DIGITAIS que forem batidas na campanha.
✔ Seu nome eternizado e impresso na lista de apoiadores ao final do livro básico

Para R$ 220 ou mais – A Volta dos Malditos

O que é um massacre de aventureiros sem um zumbi comendo o cérebro de alguém? Com esse apoio você garante:

Livro Físico Os Malditos CAPA DURA
Livro Físico Despertar dos Mortos (GRAMPO)
✔ PDF do Livro Básico Os Malditos
✔PDF das Fichas dos Chamados, de Facções, do Mestre, dos Tipos de Masmorra
✔PDF das 80 Cartas
✔Acesso a todas metas extras DIGITAIS que forem batidas na campanha.
✔ Seu nome eternizado e impresso na lista de apoiadores ao final do livro básico

Para R$ 460 ou mais – Festim do Mal

A verdadeira maldade são os amigos que fazemos pelo caminho. Esse kit lhe dá acesso aos seguintes itens:

✔Livro Físico Os Malditos CAPA DURA
✔Livro Físico Despertar dos Mortos CAPA DURA
✔7 Mapas Sandbox em Papel A3 Coloridos
✔5 Mapas para Rascunhos de Masmorras
✔26 Fichas (chamados, facções, mestre, etc) em papel 180g
✔Kit de Dados 6 Faces Personalizados com Bolsa de Tecido
✔80 Cartas Físicas em papel triplex
✔Slipcase em papel, para comportar os 2 livros
✔ PDF do Livro Básico Os Malditos
✔PDF das Fichas dos Chamados, de Facções, do Mestre, dos Tipos de Masmorra
✔PDF das 80 Cartas
✔Acesso a todas metas extras DIGITAIS e FÍSICAS que forem batidas na campanha.
✔ Seu nome eternizado e impresso na lista de apoiadores ao final do livro básico

Para R$ 595 ou mais – Malditos Aristocratas

Então você é um monstro de gosto refinado? Esse kit é igual ao Festim do Mal, com as seguintes exceções

✔Livro Físico DELUXE Os Malditos CAPA DURA EM COURO E RELEVOS
✔Livro Físico Despertar dos Mortos CAPA DURA
✔7 Mapas Sandbox em Papel A3 Coloridos
✔5 Mapas para Rascunhos de Masmorras
✔26 Fichas (chamados, facções, mestre, etc) em papel 180g
✔Kit de Dados 6 Faces Personalizados com Bolsa de Tecido
✔80 Cartas Físicas em papel triplex
✔ PDF do Livro Básico Os Malditos
✔PDF das Fichas dos Chamados, de Facções, do Mestre, dos Tipos de Masmorra
✔PDF das 80 Cartas
✔Acesso a todas metas extras DIGITAIS e FÍSICAS que forem batidas na campanha.
✔ Seu nome eternizado e impresso na lista de apoiadores ao final do livro básico
Obs: esse apoio não possui slipcase devido as dimensoes do livro deluxe

Para R$ 320 ou mais – ADD-ON Livro Deluxe Os Malditos
Essa recompensa é para aquele Maldito de gosto único. Feito pelas mãos do O Encadernador, o lendário vilão artesão, a capa é feita com vários elementos customizados e couro sintético, conforme foto – um item único e raro.

✔Acesso a todas metas extras DIGITAIS que forem batidas na campanha.
✔Exclusivo para Financiamento, não estará disponível após o encerramento.
✔ Seu nome eternizado e impresso na lista de apoiadores ao final do livro básico

Para R$ 60 ou mais – ADD-ON Kit de Dados

Essa recompensa possui:

✔6 dados d6 customizados, pretos, com gravação em baixo relevo (exemplo na foto)
✔Bolsa em Tecido Customizada para armazenamento

Para R$ 95 ou mais – ADD-ON Jogo de Cartas

Esta recompensa lhe garante:

✔80 cartas em formato 7x12cm em papel triplex, que podem chegar a 110 com as metas extras
✔Caixa de Papel para armazenar todas as caixas
✔Acesso ao PDF das cartas e a qualquer metas extras que envolvam cartas.

Para R$ 48 ou mais – ADD-ON KIT CARTÓGRAFO
Kit com:

✔7 mapas sandbox A3 coloridos
✔5 modelos de base para rascunho das masmorras
✔Acesso à meta extra dos tokens e icones digitais, se batida.

Ainda dá tempo de aproveitar as metas e todas as recompensas disponíveis, comprando por AQUI! Mas corre, pq muitas opões são limitadas por quantidade de apoiadores e o projeto já está com mais de 60% de apoio!

Galeria de Artes

E se você gosta de acompanhar o outro lado da história, aqui no Movimento RPG temos uma serie de contos que conta a versão dos monstros:

Um Guerreiro de Honra
Sangue e Glória 
Égide da Tempestade 

Scum and Villainy – Resenha

Scum and Villainy é o terceiro e último jogo lançado pela Buró através do financiamento coletivo dos títulos Forged in the Dark. Quer dizer, os três jogos foram lançados simultaneamente, ele é apenas o último e estou resenhando. As resenhas de Blades in the Dark e Band of Blades podem facilmente ser encontradas aqui no site.

Mas o que diferencia S&V dos outros títulos? Bom, times de contrabandistas e aventureiros deslocando mercadorias escusas pelo espaço é uma boa imagem mental para começar.

Blades no Espaço

Vamos ser francos e diretos: Não dá pra ler Scum and Villainy sem ficar constantemente lembrando do Han Solo e de todo esse lado marginal do Star Wars. Praticamente todas as sugestões de missões e personagens envolvem algum lado desse tema do contrabandista espacial. O jogo bebe muito do Blades in the Dark, sendo praticamente um Blades no espaço! Então, se você conhece ou curtiu o primeiro, não tem erro.

Assim como Blades in the Dark tinha o grupo como uma espécie de meta-personagem, em Scum temos uma nave. É a sua chance de criar algo icônico como a Millenium Falcon, personalizando-a com módulos e instalações do seu gosto. Também temos aqui a obrigatória lista de facções rivais, assim como geradores aleatórios de trabalhos e missões (com exemplos muito diretos e fáceis de entender).

A arte de S&V é muito parecida com a de Band of Blades. É charmosa, mas não tão legal quanto a do Blades in the Dark.

Cenário

De todos os jogos Forged in the Dark, confesso que o Scum foi o menos atraente em termos de cenário, na minha opinião. Blades in the Dark e Band of Blades têm cenários muito únicos e cheios de personalidade. S&V têm certa personalidade, mas tem muito mais espaço para ser preenchido pelo mestre, até pelo escopo grandioso comparado aos outros dois.

Mas isso não quer dizer que não tenham coisas legais no cenário de S&V. Há um lado místico muito presente no cenário, chamado simplesmente de “O Caminho”. O Caminho pode comportar desde personagens e NPCs estilo Jedi até ordens estranhas e ocultas como as Bene Gesserit de Duna. Narradores criativos certamente podem explorar bastante as ordens místicas e trazer algo muito único para sua versão do Setor Procyon.

A tecnologia e as raças alienígenas são vagamente descritas e amplamente customizáveis, sendo fácil inserir qualquer elemento que o mestre imagine para seu jogo. Por um lado, é ótimo para incorporar as ideias mais loucas e criativas que os jogadores tiverem. Por outro lado, dá um pouco mais de trabalho para o narrador bolar descrições e ganchos no seu jogo.

Confesso que as ordens místicas são minha parte favorita do cenário.

Sistema

O sistema é exatamente o mesmo dos jogos anteriores. Algumas adições pontuais são regras para consertar sua nave durante a folga e regras para criar seus próprios equipamentos tecnológicos. As descrições são vagas e flexíveis, mas funcionam bem em termos de regras. Um adendo muito interessante é permitir ao narrador adicionar pequenas desvantagens às máquinas criadas pelos jogadores como forma de reduzir o custo de montagem.

No mais, o sistema pode ser conferido usando a SRD gratuita em português do Blades in the Dark. Vale dizer que demora um pouco para se acostumar, mas é bem recompensador.

“E se a gente parar de fazer naves e começar a construir podracers?”
“Sai da minha frente.”

Por Fim

Se você gosta dessa premissa, golpistas e trambiqueiros espaciais tentando se dar bem, Scum and Villainy é um jogo feito para você. Mesmo se esse não for seu gênero favorito, qualquer jogo da série Forged in the Dark apresenta cenários interessantes e regras muito legais pra quem curte um jogo narrativo, empolgante e que corta direto para a ação.

E não se esqueça de checar também o projeto BagDex!

Abraço e bom jogo!

Blades in the Dark – Guia de Criação de Personagens

Então você quer construir um personagem de Blades in the Dark, certo? Aplicar golpes ambiciosos, misturar-se aos criminosos perversos e tentar sobreviver mais um dia na sombria Doskvol? Muito bem, vamos lá.

Conceito X Bando

Primeiramente, é sempre importante conversar com o mestre e com os outros jogadores para alinhar as expectativas e pensar no bando e no que uniu estes criminosos em particular. Não é necessário fazer a ficha do bando ainda, apenas pensar em que tipo de personagem cada um quer interpretar e como se conheceram.

Uma vez definido o ponto de partida, é hora de botar a mão na massa e começar a construir a ficha.

Tanisha será bruta, mal humorada e mal encarada. Ela vai servir como músculos do grupo, recorrendo a violência constantemente devido a seu pavio curtíssimo.

Cartilhas, Raízes e Histórico

Os personagens em Blades in the Dark são divididos em Cartilhas. Funcionam como arquétipos ou classes de personagem. Contudo, as cartilhas são flexíveis o suficiente para acomodar vários tipos de personagem.

Cada cartilha começa com alguns pontos já colocados em atributos, além de uma habilidade especial (escolhida em uma lista da própria cartilha). A cartilha também vai definir como seu personagem vai ganhar XP para evoluir, então escolha com atenção.

O cenário de Blades in the Dark apresenta diversas etnias fictícias (embora algumas inspiradas em culturas reais), bem como diversos históricos que representam a origem do seu personagem. As raízes e  históricos não têm nenhuma implicação mecânica per se, mas o jogo incentiva a distribuir pontos de forma a refleti-las.

Vamos escolher para Tanisha a cartilha Retalhador. Isso permitirá que ganhemos XP quando resolvemos problemas através de violência ou coerção, justificando nosso pavio curto. Nossa brutamontes será de origem Iruviana. Podemos usar esse choque cultural para explorar possibilidades bacanas de roleplay. Como Histórico, vamos de Criminoso mesmo. Sua ascendência estrangeira fez com que Tanisha fosse rejeitada pela sociedade, aumentando ainda mais seu ressentimento.

Doskvol não é nenhuma terra de oportunidades, mas ser um estrangeiro também não ajuda.

Distribuindo Pontos

Esta parte é simples. São apenas quatro pontos para serem distribuídos (além dos três que a cartilha já garante) para um total de sete. Nenhuma ação pode ter mais do que dois pontos no começo do jogo. Também anotamos uma das habilidades especiais da cartilha e, em termos de regras, nosso personagem está praticamente pronto.

Nossa cartilha já nos dá dois pontos em Brigar e um em Comandar. Vamos colocar mais dois em Detonar (para causar ainda mais destruição quando possível), um em Convencer (Tanisha precisou aprender a se comunicar para vencer um pouco a barreira cultural) e um ponto em Esgueirar (por ter crescido como criminosa).

Como habilidade especial vamos escolher Guarda-Costas. Tanisha é bruta e violenta, mas tem um coração gigante e gosta de proteger seus companheiros.

Detalhes Finais

Cada cartilha possui uma lista de NPCs. Vamos marcar um deles como um amigo próximo e outro como um rival. Também precisamos de um vício para nosso personagem, escolhido de uma lista. O vício é o que vai servir para aliviar o estresse entre os golpes. Nas cartilha há também uma série de NPCs porntos que podem ser aliados ou rivais, precisamos escolher um de cada. Depois disso, só falta descrever a aparência, escolher um nome e uma alcunha (se é que você já não fez isso) e pronto.

Como vício, podemos escolher Estupor. Tanisha é viciada em adrenalina e fica muito ansiosa quando não está envolvida em uma missão perigosa. Ela gosta de se embebedar até cair e lutar em ringues ilegais como forma de apaziguar sua mente inquieta.

Tanisha será conhecida pela alcunha de “Zangada”, por seu típico mau-humor. Seu aliado será um médico chamado Sawtooth (Tanisha conheceu ele em algum ringue ilegal) e sua rival uma pugilista chamada Marlane (com quem já teve umas escaramuças pessoais).

E aqui a ficha completa, pra quem quiser usar a Tanisha em seu próprio jogo. Se rolar, conte como foi!

Por fim

Blades in the Dark é um RPG muito bacana com um cenário incrível. Se você está começando agora, aproveite bem as possibilidades que o cenário oferece. Se você ainda não sabe do que estamos falando, confira nossa resenha.

Você pode encontrar mais informações no SRD em português ou no livro básico.

Bom jogo a todos!

Band of Blades – Resenha

Aqui no Movimento RPG, temos muitas editoras parceiras. Algumas nos mandam material para fazermos resenhas e campanhas na Twitch, como foi o caso do Blades in the Dark, jogo que conheci através da parceria com a Buró. Outras vezes, criamos material de forma espontânea, como a primeira resenha que fiz de Kult, jogo esse que todos que acompanham nosso site sabem que eu curto muito.

Esta resenha pertence ao segundo grupo. A parceria do Blades me incentivou a apoiar o financiamento coletivo e eu escolhi o Band of Blades como recompensa. Não tínhamos nenhuma obrigação de criar material ou resenhar o Band, mas como eu curti muito o que li, resolvi compartilhar aqui algumas ideias bem diferentes desse jogo que mistura fantasia militar sombria à lá Berserk, um sistema de regras que coloca os jogadores direto na ação e elementos de… boardgame de gestão de recursos? Vamos lá, então.

Cenário

Há algum tempo atrás uma poderosa entidade conhecida como o Rei Cinzento fez os mortos marcharem contra o território de Aldemark. A Legião, um poderoso e tradicional exército independente, marchou contra as forças do Rei Cinzento ao lado dos Escolhidos – seres humanos imbuídos de centelhas divinas.

Nove Escolhidos lutaram contra o Rei Cinzento. Mas algo aconteceu: cinco dos nove foram Fragmentados e mudaram de lado, passando a antagonizar a Legião e os demais Escolhidos. Uma batalha decisiva foi travada entre as forças do Rei Cinzento e a Legião.

A Legião foi derrotada. É aqui que começa a história de Band of Blades.

Os personagens são remanescentes da Legião, batendo em retirada das planícies de Ettenmark e tentando alcançar a Fortaleza Adaga Celeste, o último lugar onde a Legião pode reunir tropas para talvez enfrentar uma nova investida do Rei Cinzento. Alguns elementos modulares (como qual Escolhido e quais Fragmentados estarão presentes) permitem ao mestre desenvolver a campanha como achar mais interessante.

Confesso que, à primeira vista, a arte não me cativou tanto quanto o Blades in the Dark, mas tem coisas bem legais, como essa guerreira com estilão viking.

Regras

Se você leu nossa resenha de Blades in the Dark, tem uma boa ideia de como funcionam as regras de Band, já que são filhos do mesmo sistema. Mas o jogo tem algumas peculiaridades muito interessantes.

A primeira delas é que além do cenário e das regras, Band of Blades traz também uma campanha pronta para jogar. Mais ou menos como se o Livro do Jogador de D&D viesse com todo o conteúdo da Maldição de Strahd. A história começa logo depois da Batalha de Ettenmark e vai até os jogadores chegarem na Fortaleza Adaga Celeste.

Para acomodar bem o clima geral de drama e desespero de uma guerra perdida, o jogo alterna, basicamente, entre duas fases: Fase de Missão e Fase de Campanha. Os jogadores são incentivados a assumir papéis distintos, às vezes trocando de personagem de acordo com a sessão.

Fase de Missão

A Fase de Missão é a experiência mais “tradicional” de um jogo de RPG, onde cada jogador assume o papel de um personagem e o interpreta. A diferença maior aqui é que nem sempre os jogadores estarão jogando com seus personagens “principais”, aqui chamados de Especialistas. No geral, cada missão conta com apenas dois Especialistas. O restante do grupo é incentivado a interpretar outros personagens da legião, como soldados e novatos.

Os personagens são acompanhados por um Esquadrão, um grupo de NPCs que está lá para seguir ordens e lutar pela Legião. Um recurso muito bem elaborado do sistema é a presença das ações Liderar e Disciplinar nas fichas dos personagens, justamente para lidar com estes NPCs.

Cada missão deve durar mais ou menos uma sessão, com uma estrutura bem parecida com o Blades in the Dark. Quando uma missão termina, a Legião se reúne e passa para a fase seguinte.

Ao contrário da maioria dos RPGs mais convencionais, a sobrevivência do grupo não é fator sine qua non para a continuidade da campanha.

Fase de Campanha

Aqui os jogadores abandonam temporariamente seus personagens e assumem os papéis dos líderes da Legião, tomando decisões estratégicas a respeito de como abordar a campanha e o caminho até a Adaga Celeste.

Cada jogador tem um papel para desempenhar: Comandante, Marechal, Quartel-mestre, Historiador e Espião-Mestre, cada um com funções específicas. A gestão de recursos tem um papel muito importante para o clima do jogo, pois a pressão das forças do Rei Cinzento sobre a Legião tornam-se mais palpáveis. Recursos bem geridos podem facilitar a execução de missões, melhorar a moral, conseguir informações e toda sorte de auxílios para os jogadores. Recursos mal geridos, por outro lado, podem resultar em falta de recursos, mortes e desgraças à rodo.

É nesta fase também que novas missões são geradas pelo mestre (em uma tabela específica) e selecionadas pelos jogadores, bem como quais especialistas e personagens serão designados para elas. Alguns locais oferecem também missões especiais.

Esta parte mais “boardgame” do Band é tão importante que [SPOILER] ao chegar à Adaga Celeste, uma pontuação pode ser calculada de acordo com as ações dos personagens durante a campanha. A pontuação serve para determinar os rumos da guerra e da investida final das forças do Rei Cinzento. [FIM DO SPOILER]

“Putz… se pelo menos a gente tivesse poupado alguns cavalos.”

Por fim

Band of Blades oferece muitas novidades. Pessoas mais “das antigas” como eu podem achar um pouco complicado abraçar todas essas mecânicas e inovações logo de começo. Mesmo assim, se você não torce o nariz para jogos modernos, vai encontrar um mundo rico com várias ideias legais.

E não esqueça de ver também nossos textos sobre Rastro de Cthulhu.

Bom jogo a todos!

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