Narrando em Níveis Épicos – Dicas de RPG #43

Segure a minha mão e venha para para gloriosos mundos de incrível aventura, abandone o mundano e mostre o herói que há dentro de todos, pois pela loucura ou coragem seus jogadores se tornaram cada vez mais poderosos e as campanhas aumentaram o nível, por isso não tenha medo pense fora da caixa, inspire e seja inspirado e enfrente os desafios do épico de forma tão inabalável quanto em uma epopeia.

O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja mande suas dúvidas que vamos responde-las da melhor forma possível.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

Tema: Níveis Épicos.
Tempo: 00:11:29

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Narrando em Níveis Épicos

Voz e Texto: Iury KT.
Edição do Podcast: Senhor A.
Arte da Capa: Raul Galli.

 

Seja épico e encare Aventuras Lendárias

Aventuras lendárias é um livro que expande o conceito de jogo épico para Dungeons and Dragons 5ª edição e aqui no Movimento RPG já existe uma resenha sobre o livro; e caso você ainda não tenha a lido, eu te espero aqui.

Enfrente lendas

Pois bem, minha intenção não é criar outra resenha, mas sim esmiuçar um pouco mais o conceito de um jogo épico. Vou falar sobre uma aventura em que nem mesmo o céu seja o limite, pois um jogo que atinge essa magnitude pode acontecer através dos planos de existência e envolvendo diretamente os seres mais poderosos do multiverso! E o que me agrada numa aventura desse porte são as possibilidades que se abrem, os personagens são verdadeiras lendas. Já se imaginou impedindo o fim do mundo enfrentando diretamente os quatro cavaleiros do apocalipse? Então, agora é possível.

Tenha atenção aos detalhes

Por mais sedudota que seja, existem dificuldades numa trama dessas. Um Personagem muito poderoso tende a grandiosidade e pontuo três dificuldades primarias na preparação de uma campanha nesse tema

1 – Como encaixar os personagens no mundo do jogo?
Por mais que existam desafios que beiram o absurdo para serem enfrentados, saber lidar com uma figura lendária eleva o clima do jogo e pensando nisso o livro facilita as coisas e apresenta habilidades para os níveis superiores ao 20º, os Prestígios, que pontuam como as outras pessoas – NpCs – veem e interagem com o personagem Épico, afetando inclusive o julgamento dos deuses no caso de se alcançar o 30º nível.

2 – Como lidar com o poder – mecanicamente falando – do personagem?
Essa tarefa mais difícil exige uma certa experiência e/ou boa vontade por parte do narrador, afinal, conforme os níveis vão subindo, mais e mais habilidades são incorporadas ao personagem e as batalhas começam a demorar mais, não deixá-las maçantes é fundamental. E utilizando de um artifício abstrato dentro de um jogo de RPG, um personagem tão poderoso assim já deixou de ser um mero guerreiro há tempos e romper com algumas barreiras da física é recomendado! Desde que não influencie diretamente na estrutura das regras e na diversão de todos, quando o ladino escalar a criatura colossal em busca de um ponto vital, evocar essa aura épica para a narrativa é sempre bem vindo

3 – Quando parar?
É importante prestar atenção a essa pergunta simples, pois mesmo existindo um número imenso de possibilidades para se explorar, não há nenhuma necessidade de se forçar algo goela à baixo. Saber entender o auge é essencial para uma aventura verdadeiramente lendária.

Um livro importante

Um livro que consegue com muita qualidade expandir um universo já recheado de seres poderosos merece um espaço na sua estante sim e por mais que não se aprecie esse modelo de campanha, os desafios e coadjuvantes apresentados no Aventuras Lendárias são por si  inspirações para todo amante de um bom RPG medieval, mas lembre-se: com grandes poderes, vem grandes responsabilidades.

E não acabou por aqui,  no proximo texto vou apresentar um guerreiro no nível 20 e sua evolução para o nível 30. Você vai ver o quanto 10 níveis fazem “a” diferença.

 


Espero que vocês tenham gostado e para finalizar uma pergunta chave para VOCÊ leitor: O que você está fazendo que ainda não se tornou um dos nossos Patronos?

Desejo a todos muito boa sorte em suas rolagens, exceto, (claro) se forem contra mim.

 

Se você gosta de D&D 5ª Edição conheça mais textos deste sistema dentro do Movimento RPG Clicando Aqui!

Abraço!

Tales of Xadia: The Dragon Prince RPG será lançado em Março!

Tales of Xadia: The Dragon Prince Roleplaying Game é um jogo de RPG, baseado na série de fantasia animada da Netflix, ganhadora do Daytime Emmy (que é um prêmio americano em reconhecimento à excelência na programação da televisão diurna).

O livro já tem data marcada para lançamento em inglês, dia 29 de março, e já está com possibilidade de compra antecipada.

Além disso, o site da desenvolvedora possibilita acessar antecipadamente as regras básicas do jogo e alguns personagens já prontos, por meio do playtest.

Confira a matéria, em inglês, clicando aqui!

Já o playtest antecipado você confere no link abaixo.

Confira o playtest aqui!

Caiu aqui de paraquedas e não sabe o que é RPG?

Confira também nossa matéria sobre o que é esse hobby.

Tales of Xadia: The Dragon Prince

Tales of Xadia: The Dragon Prince ou, na tradução apresentada pela Netfilx, O Príncipe Dragão, é uma série de fantasia animada, atualmente na sua 3 temporada, já com a 4ª temporada confirmada, mas sem data de lançamento divulgada.

De acordo com o site Omelete, o co-criador Aaron Ehasz (Avatar: A Lenda de Aang), confirmou uma quinta, sexta e sétima temporada, porém sabe lá Deus para quando.

Porém, sabemos que a Netflix tem o péssimo hábito de não deixar séries avançarem mais do 3 ou 4 temporadas, assim, é esperar para ver.

A série traz o continente fantástico de Xadia, onde toda a magia, e seres mágicos, vem ou tem ligação com seis elementos primordiais, que são o Sol, a Lua, as Estrelas, a Terra, o Céu e o Oceano.

Contudo os humanos não podem utilizar ou se conectar a essa magia primordial, foi quando descobriram a magia sombria. Sua fonte é a energia vital dos seres vivos.

Os humanos então foram expulsos de Xadia pelos dragões e pelos elfos, após terem assassinado o rei dragão e, teoricamente destruído seu único ovo. Dessa forma, foram enviados para outro continente, criando os cinco reinos humanos.

Algo muito interessante na série é a abordagem de temas importantes como o homossexualismo e aceitação. Esses temas não são jogados de qualquer forma e sem contexto, são trabalhados junto da construção dos personagens.

Ao passo que vamos conhecendo os personagens e nos afeiçoando, vamos descobrindo mais sobre eles e com isso estes temas tão importantes são abordados de forma natural.

Sobre o livro de RPG

Tales of Xadia: The Dragon Prince RPG usa regras práticas e rápidas tanto para a construção de personagem, quanto no decorrer do jogo.

O sistema é focado em narrativa por características e arquétipos, fazendo a construção do personagem e da história algo intuitivo e prático.

Além disso, as mecânicas de jogo usam um sistema de pool de dados muito simples, em que você pode adicionar dados ou diminuir dados, para melhorar suas chances. O sucesso ou falha é decidido por meio de uma comparação do seu resultado contra o resultado do seu adversário.

O jogo utiliza dados de quatro, seis, oito, dez e doze lados, isso desde a construção do personagem, nos atributos, como cada característica possui um dado específico.

Tales of Xadia traz uma mecânica narrativa centrada nos jogadores, em que todas as escolhas influenciam na história, trazendo suporte de poderosos aliados ou despertando perigosos inimigos.

Nesse sentido, o livro traz os “Catalysts”, que são personagens, normalmente NPCs, de grande valor e significância, os quais seus crescimentos mudam de acordo com as ações dos jogadores, fazendo com que estes sejam poderosos aliados ou inimigos para virar o jogo em um momento oportuno.

Sobre Xadia

Tales of Xadia, traz o foco da história no continente de Xadia, uma terra a muito dividida por guerras. De um lado os humanos, do outro os seres místicos, elfos e dragões, por exemplo.

O oeste ficou com os humanos, com suas fronteiras fortemente guardadas pelos elfos e por dragões. Contudo, as seis formas primordiais da magia ainda conectam todos.

Assim, os jogadores poderão ser humanos ou elfos, jogando com ricos backgrounds que são utilizados em jogo para obterem seus sucessos.

Mecânicas de jogo

Tales of Xadia usa regras próprias da Cortex, com dados de quatro, seis, oito, dez e doze lados. O padrão destas rolagens é você escolher dois ou mais resultados. ver a soma e comparar com o desafio ou pool do adversário.

Esta matemática avançada é utilizada nos testes, nos embates e desafios.

Traits

Todos os personagens de Tales of Xadia, desde jogadores à NPCs são criados e descritos usando Traits (características ou traços)* e para cada um destes traits, um dado é atribuído.

Cada vez que você usar um trait para, por exemplo, escalar uma parede ou executar uma manobra mirabolante, você pega um dado específico de tantos lados como o descrito no trait e o adiciona a sua pool de dados.

Plot Ponts

Estes pontos são a forma dos personagens afetarem a história, através da rolagem de dados. Estes Plot points são usados para permitir que você tenha mais dados para em uma determinada pool.

Contudo o narrador também pode usar Plot points, de uma maneira similar aos jogadores, o que torna as coisas, no mínimo, interessantes.

Criação de personagens

Assim como em qualquer RPG, a criação de personagens é um processo crucial para você manter o foco e saber o que está fazendo, além de como fazê-lo.

Em Tales of Xadia além dos necessários pontos ou dados em atributos etc, o foco principal é a narrativa, por isso você tem um Character Journal, que é basicamente a sua ficha e suas características, bem como, será o local onde você fará as anotações da sua aventura, como jogador.

Character Journal

Conforme dito antes, seu Character Journal é o local onde você anotará estatísticas vitais, bem como traços de personalidade e informações importantes do seu progresso na sua campanha em Xadia.

Dessa forma, neste local, você anotará também os Traits, incluindo seus relativos dados, seus atributos e todas as informações pertinentes ao personagem como, por exemplo, equipamentos, pessoas encontradas na viagem etc.

Attributes

Os personagens, tanto dos jogadores bem como do mestre, possuem atributos. Cada atributo recebe um dado correspondente, dentro das regras específicas do jogo. Este dado corresponde a sua habilidade ou preparo inato neste atributo.

Por exemplo, um personagem muito forte poderia ter um d12 em força, mas um d6 em inteligência.

Os atributos em Tales of Xadia não fogem muito do que já conhecemos, os quais são:

  • Agility: Literalmente sua agilidade, sua coordenação motora para, por exemplo, mirar, ter equilíbrio ou ser furtivo.
  • Awareness: Sua habilidade natural de perceber o que acontece a sua volta, tanto material quanto as intenções das pessoas.
  • Influence: Determina o quão influente você é, ele influencia sua presença e persuasão.
  • Intellect: Simples e direto, sua inteligência, determina sua capacidade de estudar, aprender, se lembrar entre outras coisas inteligentes.
  • Spirit: Sua perseverança e força de vontade, sua determinação vem daqui.
  • Strength: Este atributo determina se você consegue abrir o pote de pepino ou não. É sua força física e constituição.

Values

Neste ponto da criação do seu personagem você deverá escolher o que o guia nas trevas de Xadia, qual seu foco e valores.

Agora você define o que realmente importa para o seu personagem.

Tales of Xadia: The Dragon Prince Roleplaying Game lhe oferece alguns guias, no total de seis, neles você, de acordo com as regras de criação de personagem, coloca valores de dados, do d4 até o d12, para demonstrar o quanto seu personagem preza por este valor em específico.

Por exemplo você pode colocar um d10 em Liberty e ter um d4 em Glory.

Estes dados também serão somados, dependendo da situação, na sua pool de dados para determinados momentos.

Além disso, cada dado atrelado ao Value em específico, lhe dá uma descrição de como o seu personagem se sente ou pensa sobre esta determinada característica.

Os valores apresentados em Tales of Xadia: The Dragon Prince Roleplaying Game são:

Devotion

Aqui você tem representada sua fé, seu dever e lealdade. Você é motivado por laços de lealdade e, talvez, também amor pelos outros.

Glory

Fama, fortuna e deixar o seu legado. Você deseja obter a glória eterna, a justa recompensa e o desejo de ser lembrado por seus feitos.

Justice

Manter o equilíbrio e fazer o que é certo. Você luta contra o mal, contra a injustiça, essa é a sua motivação.

Liberty

Opressão e autoritarismos são coisas que você luta constantemente contra. Assim manter a liberdade, a autonomia e independência é seu ideal.

Mastery

Ir além dos seus limites, vencer barreiras, você vive para isso. Controlar e tirar o melhor de você mesmo é uma necessidade, assim como respirar.

Truth

A verdade vos libertará. Você acredita nisso como acredita que o sol nasce no outro dia. Encontrar a verdade, não importa como. Buscar os fatos e o conhecimento é essencial para você.

Ferramenta online

Tales of Xadia traz também, em parceria com a Cortex e a Fandom, ferramentas online. Assim você experimenta uma grande imersão ao mundo de Xadia.

Dessa forma, com o auxilio da ferramenta online, você foca no jogo ao invés de procurar alguma regra no livro, quebrando o clima daquele momento. A ferramenta online faz o jogo fluir mais rápido, mais divertido.

Além disso, o jogador mantem todo o registro do Character journai e ficha do personagem de forma online. Dessa forma, reduzindo o perigo do, por exemplo, “esqueci a ficha” ou do “eu tenho, só não tá anotado”

Por fim

Posso dizer que fiquei animado com esse lançamento, porém, sabendo como o mundo gira, este RPG sendo lançado agora, demorará um tempo até que uma editora brasileira consiga lançar sua versão PT-BR, se for lançado algum dia.

A série animada O principe Dragão faz muito sucesso na Netflix, e trazer isso para o universo do RPG o engrandece ainda mais.

Agora é aguardar o lançamento dia 29 de março e para termos maiores detalhes, além de novas imagens desse lançamento!

* Tradução do autor.


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Revista Aetherica

Lembranças da Criação #06 – Demônio: A Queda

— Um terço de nós seguiu Lúcifer. — Ela continua, adentrando uma das muitas e escuras ruelas do bairro histórico. — Éramos, segundo os outros, que se mantiveram leais as ordens e diretrizes do Senhor, rebeldes. Insurgentes pecaminosos, responsáveis por manchar a Criação e atrapalhar os planos Dele.

— E o que Ele fez? — Pergunto, um tanto cauteloso. Olhando de um lado, para o outro.

— Usou de seu poder para danificar tudo. — Mariah explica. — Não sei se me compreenderá…

— Posso tentar. — Insisto.

— Sua influência esmagadora reduziu a perfeição e a complexidade de nossa obra. Facetas foram dizimadas! Os humanos tornaram-se mortais! E este último, por si só, já fora o pior de todos os castigos. Nossas escolhas fizeram de vocês seres que poderiam, agora, perecer sob o toque da Sétima Casa.

— Então foi por isso que a Guerra começou? Um castigo excessivo, “cruel” demais?

— Você pode entender assim, se quiser. — Ela sorri, de forma melancólica. — Contudo, o que se seguiu foi ainda pior. Primeiro, nem todos os humanos se mantiveram conosco. Antes mesmo do castigo, alguns se arrependeram e acabaram voltando aos braços de Deus. E embora sofressem do mesmo castigo que os outros, de sua espécie, foram para sempre redimidos. Perdoados e protegidos, pelos ainda leais. Segundo, nem todos, entre nós, se mantiveram íntegros e resolutos da escolha que havíamos feito.

— Houveram deserções?

— Quase isso. Na verdade, a calamidade e a consequência nos fizeram repensar todo o papel que havíamos tido e se os humanos eram, mesmo, algo tão importante, algo que valesse tamanho sofrimento. Nos dividimos, então, em cinco legiões: a Legião Carmesim, liderada por Belial e fiéis as causas iniciais de nossa revolta; a Legião de Ébano, liderada por Abadom, responsáveis, em um primeiro momento, por combater, violentamente, os anjos legalistas; a Legião de Ferro, liderada por Dagon e responsáveis por auxiliar a Legião Carmesim na proteção dos humanos; a Legião Prata, liderada por Asmodeu, responsável por estudar e proporcionar, na humanidade, o potencial que havia te comentado; e a Legião de Alabastro, liderada por Azrael e encarregada de preparar o segundo mundo para vocês, após a morte…


Lembranças da Criação #6

Autor: Rafael Linhares.
Padronização e Arte da Capa: Raul Galli.

Para mais posts de Mundo das Trevas você pode acessar nossa página da Liga das Trevas, para isso é só clicar aqui!

Histórias de RPG – Taverna do Anão Tagarela #37

Juntamos alguns colaboradores do MRPG pra fazer o que RPGista mais gosta de fazer… Contar Histórias de RPG! Acompanhe essa pauta fria com histórias engraçadas (algumas nem tanto) dos colaboradores do Movimento RPG.

A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

Tema: Histórias de RPG

Tempo: 1:05:04

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Histórias de RPG:

Host: Douglas Quadros.
Participantes: Raul Galli | João Carlos
Arte da Capa: Raul Galli.

Classes Sociais no RPG – Aquela Regra da Casa

Você utiliza classes sociais em seus jogos de RPG? Para alguns RPGs, D&D, por exemplo, não há regras para isso, mas e se tivesse?

A maioria das pessoas já utilizou RPGs baseados no sistema d20, como o próprio D&D, Pathfinder, entre outros, e se depararam com o momento de comprar equipamentos.

E nesse ponto viram a tabela que indica a quantidade de recursos iniciais baseada em cada classe, onde magos ganham poucos recursos e guerreiros tem bons recursos iniciais, para conseguir comprar seu escudo e espada.

E se o guerreiro fosse simplesmente um homem livre ou ex-servo, que limpa terrenos para comprar o pão de amanhã?

Concordo que se sua aspiração é vir a ser um guerreiro, ele guardará todo o centavo que conseguir para chegar ao ponto de comprar os seus tão sonhados equipamentos iniciais, porém essa jornada seria muito mais trabalhosa e longa.

Isso não implicaria no histórico desse personagem?

Ter de trabalhar horas e horas sem descanso, para juntar a grande quantia de recursos que um guerreiro ganha inicialmente exige que o jogador explique isso no histórico.

A história de que ele tem 18 anos e resolveu começar sua jornada um belo dia, porque seus pais foram assassinados por uma tribo de orcs já não cola, não acha?

Classes sociais no RPG?

Classes sociais existem em nossa realidade até hoje, porém eram muito presentes no período do feudalismo e antes.

Nos jogos de RPG as mesmas existem amplamente, sendo utilizadas pelo narrador para descrever reis, rainhas, grandes comerciantes, normalmente pessoas que contratam os personagens para fazer algo que eles mesmos não querem fazer.

Porém os jogadores não tem a opção de utilizar, com benefícios e deveres, essas classes sociais, não há regras descritas nos RPGs mais comuns de fantasia medieval, como D&D ou Pathfinder.

Possibilitar que os jogadores também sejam, por exemplo, artífices ou comerciantes, contudo buscando uma vida de aventuras, enriquece tanto a história do personagem, como o envolvimento dos jogadores com a campanha, além de gerar bons ganchos para o mestre.

Dessa forma, o que proponho não é algo que ninguém nunca viu ou ouviu, classes sociais existem em qualquer jogo, principalmente com a temática medieval.

Neste post, com essa house rule, seus jogadores terão os benefícios e as consequências de serem de classes sociais distintas, fazendo com que incrementem os históricos dos personagens, além de permitir mais ganchos para o mestre utilizar.

Esta house rule eu criei baseadas na primeira edição de Tagmar, a minha primeira experiência no RPG.

Não conhece Tagmar? Ele está na sua versão 3.0.

Clica aqui e confere a resenha sobre esse RPG totalmente brasileiro!

Classes Sociais

Cada classe possui benefícios exclusivos, por exemplo o artífice ganha +2 nos testes de Ofício e Avaliação, demonstrando sua expertise.

Além disso, o jogador pode alterar sua classe social, empenhando tempo de estudo e prática de perícias.

Em termos de regra, o jogador pode aumentar sua classe social gastando pontos de perícia, conforme a tabela mais abaixo.

Isso demonstra que o personagem dedicou um tempo valioso trabalhando ainda mais arduamente, aos fins de semana ou a noite, e isso fez com que tivesse menos tempo, de preparo e estudo, para focar no que almeja, ser um guerreiro ou mago, digamos.

Ex.: Um personagem, rolando os dados, adquire, por exemplo, a classe social de pessoa livre, ele gasta os pontos de perícia e altera sua classe social para Pequeno Comerciante, demonstrando que através do seu árduo trabalho, conseguiu progredir em sua classe social, sob pena de seus estudos.

Lembrando que não é possível ter uma classe social maior que Alta Nobreza, visto que reis, por exemplo, são necessários em seus reinos e não saem caçando aventuras e dormindo no chão duro, ou em estalagens baratas.

Descrição das Classes Sociais.

Ex-Escravo

O personagem é um ex-escravo. Teoricamente ele é uma pessoa livre. Porém, sua antiga posição é reconhecida por sinais claros (tatuagens, marcas, etc.). Assim, ele sofre os estigmas de ter sido um escravo, exceto que não estará sendo procurado por fugir, uma vez que é livre, e não possui um senhor para lhe dar ordens ou confiscar suas posses.

Dessa forma, personagem soma +2 nos testes de arte da fuga e cura, como parte de seu tempo de escravidão, evitando ser pego em algum momento e cuidando de seus próprios ferimentos.

Ex-Servo

O personagem é um ex-servo de algum nobre. Ele é uma pessoa livre. Porém, sua antiga posição é reconhecida por traços claros de comportamento e vestimentas. Assim, ele sofre os estigmas sociais característicos dependendo do meio social a que estiver.

Nesse sentido, o personagem soma +2 nos testes de diplomacia e blefar, como parte de seu tempo de servidão.

Livre

O personagem é uma pessoa livre. Faz trabalhos para ganhar dinheiro, tanto por “empreitada” ou sendo funcionário de uma classe social comerciante.

Assim, o personagem soma +2 nos testes de conhecimento local (cidade onde mora ou região) e sentir motivação, como parte de seu tempo buscando e reconhecendo oportunidades de fazer dinheiro.

Pequeno Comerciante

O personagem é um pequeno comerciante. É preciso escolher uma profissão (mesmo não ganhando a perícia como sendo de sua classe de personagem) e sua mercadoria principal, a qual começará com um pequeno estoque (15 PO em mercadorias).

Dessa forma, ele pode ter herdado suas mercadorias de seus pais ou tê-las adquirido durante sua caminhada. Bem como tem contato com um fornecedor de suas mercadorias principais (a escolha do jogador). Contudo o mestre deve criar esse fornecedor como um Personagem do Mestre e reservá-lo para aparições ocasionais.

Além disso, o personagem ganha +2 nos testes de Profissão e Avaliação que envolvam sua mercadoria principal.

Artífice

O personagem é um artífice e tem uma especialidade em ofícios a escolha do jogador, mesmo não ganhando a perícia como sendo de sua classe de personagem.

Assim, ele tem acesso a uma oficina e ferramentas complexas (não próprias) em alguma cidade ou vilarejo para trabalhar no objeto de seu emprego (forjas, estaleiros, curtumes, etc.). Bem como tem contato com um comerciante para quem fornece mercadorias pelo preço padrão. O mestre deve criar esse comerciante como um Personagem do Mestre e reservá-lo para aparições ocasionais.

Bem como, o personagem ganha +2 nos testes de Ofício e Avaliação que envolvam fabricação ou restauro do objeto de seu emprego de artífice.

Grande Comerciante

O personagem herdou ou criou uma pequena fortuna e uma grande influência como comerciante de uma mercadoria específica, a critério do jogador. Dessa forma, ele precisa escolher uma profissão (mesmo não ganhando a perícia como sendo de sua classe de personagem) e sua mercadoria principal. Nesse sentido, ele é muito influente em uma guilda regional e tem conhecimento de rotas comerciais, comerciantes legalizados e itens que podem ser encontrados em sua área de abrangência (em geral um reino inteiro).

Nesse sentido, o personagem deve possuir uma tenda de comércio em algum lugar de uma cidade média ou grande, na qual ele não precisa trabalhar diretamente. O serviço lhe rende 10 moeda de prata por semana, já descontados todos os custos, mas ele precisa ir até o local resgatar o pagamento.

Além disso, o personagem também tem acesso a qualquer item mundano vendido em sua área de abrangência com 10% de desconto (além dos possíveis descontos oriundos de uma boa negociação).

Baixa Nobreza

O personagem é um cavaleiro real, um barão ou um visconde. Ele herdou esse título de seus pais por ser o primogênito ou o conquistou por algum feito que tenha realizado no passado.

Nesse sentido, o título de nobreza dá direito a possuir um brasão que o identifica como nobre. Assim como, o título vem acompanhado de propriedades e vassalos da extensão de um vilarejo no interior de um reino (pessoas livres que lhe pagam impostos). Além disso, os impostos lhe garantem uma renda semanal de 20 moedas de prata.

Assim, seu título garante que você faça testes de diplomacia e intimidação com bônus de +2 contra todas as Pessoas Livres, Comerciantes e Baixa Nobreza do seu reino e pela Baixa Nobreza de outros reinos. Assim como você é a autoridade máxima em sua cidade quando o monarca não está presente.

Alta Nobreza

O personagem é um conde, um marquês, um duque ou detém algum outro título equivalente. Dessa forma, ele herdou esse título de seus pais por ser o primogênito ou o conquistou por algum grande feito que tenha realizado no passado.

O título de nobreza lhe dá direito a possuir um brasão que o identifica como nobre. Além disso, o título vem acompanhado de propriedades e vassalos da extensão de uma cidade em qualquer lugar de um reino (interior, fronteiras ou litoral). Bem como, os impostos pagos pelos seus súditos lhe garantem uma renda semanal de 2 moedas de ouro, contudo você precisa estar nas suas terras para coletar estes recursos.

Do mesmo modo que seu título garante que você faça testes de diplomacia e intimidação com bônus de +2 contra todos os habitantes do seu reino e pela Baixa ou Alta Nobreza de outros reinos. 

Além disso, você é a autoridade máxima em sua cidade quando o monarca não está presente e detém certa autoridade em todas as outras cidade do mesmo reino.

Pondo em prática

Para tornar o uso desta regra mais justa, em termos de obter seus benefícios, segue uma tabela abaixo.

Primeiramente você encontra o valor correspondente ao resultado do dado que tirar, logo após há a classe social para o resultado adquirido.

Agora, na coluna seguinte você encontra o custo em pontos de perícia necessários para melhorar sua classe, assim como o rendimento específico e um valor médio, caso queira escolhê-lo ao invés de lançar os dados.

Assim, role 1d20 e. em seguida, veja o resultado na tabela.

Resultado Classe Social Custo Pontos Rendimento Valor médio
1, 2, 3 Ex-escravo 2d4x10PP 40 PP
4,5,6,7 Ex-servo 6 4d4x10PP 80 PP
8,9,10,11,12 Livre 8 6d4x10PP 120 PP
13,14 Pq. Comerciante 10 2d6x10PO 60 PO
15,16 Artífice 12 4d6x10PO 120 PO
17,18 Grd. Comerciante 14 6d6x10PO 180 PO
19 Baixa Nobreza 16 8d6x10PO 240 PO
20 Alta Nobreza 18 10d6x10PO 300 PO

Dessa forma, aconselho que anote na parte principal da ficha, na primeira folha, sua classe social, bem como anote as características dela em algum local secundário, a fim de ter sempre à mão.

Rendimentos por classe social

Junto com os benefícios de cada classe social descritos anteriormente, o jogador tem recursos específicos, de acordo com sua classe social, conforme pode ser visto na tabela acima.

Dessa forma, ao rolar os dados de acordo com sua classe social, você tem direito a escolher entre rolar os dados para descobrir seu rendimento ou escolher a média. 

Esta nova regra de rendimento pode ser usada em substituição ao que consta no livro, ou, se você quer que seus jogadores tenham recursos sobrando, pode utilizá-la em adição as regras do seu sistema preferido.

Nesse sentido, utilizando em adição ao sistema, um personagem da classe Mago, por exemplo, em Pathfinder 1º Ed., com uma classe social de baixa nobreza, teria os seguintes recursos abaixo.

2d6 × 10 PO por ser mago, mais 8d6x10 PO da sua classe social de baixa nobreza.

Assim, um jogador muito azarado poderia ficar com, no mínimo 100 PO iniciais, ou, se fosse muito sortudo, 600 PO.

Além disso, lembrando que o personagem pode aumentar sua classe, a custo de pontos de perícia.

Por fim

E então? O que acha de utilizar classes sociais na sua campanha para incrementar um pouco mais as coisas?

Assim, utilize estas regras de casa e me conte, nos comentários, o que achou!

Lembrando que estas regras não foram feitas para oprimir seus jogadores ou mesmo dificultar a narrativa do mestre.

Elas foram pensadas para trazer um envolvimento maior do personagem com o mundo que estão inseridos.

Se estas regras causarem, por exemplo, dificuldades ou constrangimentos ao seu jogo, tire-as na mesma hora!

Nada como um bom acordo entre jogadores e narrador para saber até que ponto a campanha ou sessão deve ser levada.

Algo similar ao contrato do horror, apresentado em RPGs como Kult.

Não conhece?

Então leia a matéria do Gustavo sobre Kult e o Contrato do horror.


 

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Revista Aetherica

Música Para Quê Te Quero – Dicas de RPG #42

Música para quê te quero: sua crônica aventura épica merece uma excelente trilha sonora. O Dicas de RPG de hoje fala sobre a importância da música no nosso mundo interpretativo, para quê é usada, trás também insights e maneiras inteligentes de usar a música antes, durante e depois das suas sessões de RPG – seja você narrador ou jogador. Bora construir sua trilha sonora com a gente.

E para entender de fato sobre o que você acabou de ouvir – ou vai ouvir ainda – sei lá, siga o nosso canal da Twitch, o twitch.tv/mrpgoficial.

Valeu!

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Tema: Música para quê te quero.
Tempo: 00:07:32

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Música para quê te quero.

Voz: Anequilacao
Texto do Post:
Anequilacao
Edição do Podcast: Senhor A.
Arte da Capa: Raul Galli.

Músicas:

Música de JuliusH da Pixabay

Procrastinação – Off-Topic #31

Procrastinação, ou o ato de procrastinar, segundo a definição do dicionário é: adiar ou deixar alguma coisa para depois; não fazer o que precisa ou se programou para fazer no tempo estipulado; adiar; transferir a realização de alguma coisa para um outro momento; prorrogar para outro dia; protelar.

Esse efeito acontece sempre quando deixamos para amanhã o que poderia ser feito hoje, culminando em atrasos, perda de prazos, e consequências semelhantes. Isso já aconteceu com você, ou com pessoas próximas a você?

Se eu te disser que esse efeito pode atrapalhar até mesmo sua diversão e a de toda a mesa, acha que seria um bom tema para um bate-papo? Bom, bora saber se rende assunto!

 

A Procrastinação

Quem nunca empurrou com a barriga alguma tarefa, trabalho ou mesmo decisão que atire a primeira pedra!

Um grande ditado popular diz exatamente “não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje“, no intuito de influenciar as pessoas a serem mais dinâmicas e proativas.

Imprevistos podem acontecer, problemas podem surgir, o acaso pode intervir (e como bom devoto de Nimb que sou, conto sempre com o Caos dos eventos). Por isso se adiantar é bom.

Mas é fato que nem sempre (ou nem com tudo) conseguimos nos preparar, adiantar, passar na frente. Por mais interessante que seja, o “Efeito Batman” de estar sempre preparado e prevenido pra tudo é um tanto surreal (ou será que não?).

A procrastinação pode ter inúmeros gatilhos e motivos, assim como também pode simplesmente ser um esquecimento, cansaço ou desmotivação.

Uma investigação mais a fundo pode ser necessária se você sentir que isso interfere em sua vida de alguma forma, ou se acontece com maior frequência em determinado ponto da sua vida.

A procrastinação pode ser uma sombra que nunca abandona às vezes…

Procrastinação e RPG

Agora chegamos no ponto em pauta da nossa conversa de hoje: como a procrastinação pode atrapalhar sua diversão ou de toda a mesa de jogo!

Convenhamos, não é necessário ser nenhum PhD pra jogar RPG, nem se debulhar em milhares de páginas de materiais de referência, decorar cada nome e regra de todos os suplementos disponíveis e treinar e se planejar por décadas antes de estar pronto a jogar.

Tudo que e necessário são: imaginação, companhia e vontade de se divertir! O resto são detalhes e adendos que podem proporcionar variações na forma de se divertir, e apenas isso.

Não existe um “jogar RPG certo”, existe jogar e se divertir, que é a função e o ideal!

Porém, algumas pessoas se divertem fazendo planos, elaborando tramas e histórias, criando cenários e mapas, investindo tempo e dedicação para proporcionar uma grande narrativa!

A diversão está tanto em preparar a jogatina, quanto ver a mesa se divertindo com tudo que foi criado e planejado (mesmo que suas decisões joguem por terra todo o planejamento em questão de minutos).

E não podemos esquecer que também existem pessoas que se divertem jogando aventuras e desafios que foram planejados, preparados, elaborados, e não magicamente irados da cartola no exercício de criatividade do momento ou puxando de forma aleatória do livro (e não há nada de errado com isso quando as pessoas se divertem assim, diga-se de passagem).

O problema da procrastinação para as mesas de RPG, além do conflito de gostos entre quem gosta e não gosta de se preparar com antecedência, é quando a mesa deixa para a última hora detalhes que não são relacionados ao RPG em si.

Por exemplo, se a mesa combina de jogar de forma online, deixar para testar equipamento, conexão e tudo mais na hora do jogo, é foda né?

Ou então quando a mesa marca presencial, e no momento da jogatina que a pessoa se preocupa em saber endereço, distância, situação do trânsito ou mesmo avisar que não vai poder ou não tem vontade de jogar.

Claro, existem também situações onde fica acordado entre as pessoas da mesa alguma tarefa a ser desempenhada no intervalo entre uma sessão e outra, e acabam não fazendo ou não cumprindo.

Vale lembrar que RPG é um jogo coletivo, que envolve mais de uma pessoa, e que a sua decisão e a forma como você se comporta irá afetar diretamente a diversão de outra pessoa.

Até que ponto podemos nos permitir “empurrar com a barriga” nosso comprometimento com a mesa, e atrapalhar a diversão de outras pessoas?

O que seria da Guilda dos Guardiões se seus membros procrastinassem?

Como Lidar Com A Procrastinação?

Sinceramente, não sei dizer.

Eu mesmo sou uma pessoa que sofre com isso (e no meu caso é terapia que faço pra ajudar a contornar).

Nem toda procrastinação é por um fator psicológico, por uma condição, por uma situação, ou por algum fator externo.

Muitas vezes nossa procrastinação pode ser apenas um desejo de não fazer parte, preso por um senso de compromisso em não deixar na mão pessoas que contam com nossa presença ou participação pra se divertirem.

Entretanto, o problema é que na boa vontade de não querer desapontar, desapontamos por não comprometer conforme deveríamos!

Nesses casos, minha sugestão é: fale a verdade!

Se não gosta de determinado cenário, sistema, história ou outro fator que te impede de “se dedicar” (no sentido de não se permitir procrastinar ao extremo) avise pra sua mesa, estudem a possibilidade de mudar o fator incomodo, e caso não seja possível, nenhum erro em dar vaga a outra pessoa que vá se divertir mais!

Se sentir que a procrastinação é um fator que chega a te prejudicar em outros pontos da sua vida, pense a possibilidade de procurar ajuda especializada (opinião de quem passa por isso!).

No mais, enfrente o problema! Não procrastine a procrastinação!

Espero que tenha feito você pensar e refletir um pouco, e nos vemos no próximo Off-Topic (e nem preciso dizer o motive deste ter atrasado, né?).

Grande abraço!

Blades in the Dark – Guia de Criação de Personagens

Então você quer construir um personagem de Blades in the Dark, certo? Aplicar golpes ambiciosos, misturar-se aos criminosos perversos e tentar sobreviver mais um dia na sombria Doskvol? Muito bem, vamos lá.

Conceito X Bando

Primeiramente, é sempre importante conversar com o mestre e com os outros jogadores para alinhar as expectativas e pensar no bando e no que uniu estes criminosos em particular. Não é necessário fazer a ficha do bando ainda, apenas pensar em que tipo de personagem cada um quer interpretar e como se conheceram.

Uma vez definido o ponto de partida, é hora de botar a mão na massa e começar a construir a ficha.

Tanisha será bruta, mal humorada e mal encarada. Ela vai servir como músculos do grupo, recorrendo a violência constantemente devido a seu pavio curtíssimo.

Cartilhas, Raízes e Histórico

Os personagens em Blades in the Dark são divididos em Cartilhas. Funcionam como arquétipos ou classes de personagem. Contudo, as cartilhas são flexíveis o suficiente para acomodar vários tipos de personagem.

Cada cartilha começa com alguns pontos já colocados em atributos, além de uma habilidade especial (escolhida em uma lista da própria cartilha). A cartilha também vai definir como seu personagem vai ganhar XP para evoluir, então escolha com atenção.

O cenário de Blades in the Dark apresenta diversas etnias fictícias (embora algumas inspiradas em culturas reais), bem como diversos históricos que representam a origem do seu personagem. As raízes e  históricos não têm nenhuma implicação mecânica per se, mas o jogo incentiva a distribuir pontos de forma a refleti-las.

Vamos escolher para Tanisha a cartilha Retalhador. Isso permitirá que ganhemos XP quando resolvemos problemas através de violência ou coerção, justificando nosso pavio curto. Nossa brutamontes será de origem Iruviana. Podemos usar esse choque cultural para explorar possibilidades bacanas de roleplay. Como Histórico, vamos de Criminoso mesmo. Sua ascendência estrangeira fez com que Tanisha fosse rejeitada pela sociedade, aumentando ainda mais seu ressentimento.

Doskvol não é nenhuma terra de oportunidades, mas ser um estrangeiro também não ajuda.

Distribuindo Pontos

Esta parte é simples. São apenas quatro pontos para serem distribuídos (além dos três que a cartilha já garante) para um total de sete. Nenhuma ação pode ter mais do que dois pontos no começo do jogo. Também anotamos uma das habilidades especiais da cartilha e, em termos de regras, nosso personagem está praticamente pronto.

Nossa cartilha já nos dá dois pontos em Brigar e um em Comandar. Vamos colocar mais dois em Detonar (para causar ainda mais destruição quando possível), um em Convencer (Tanisha precisou aprender a se comunicar para vencer um pouco a barreira cultural) e um ponto em Esgueirar (por ter crescido como criminosa).

Como habilidade especial vamos escolher Guarda-Costas. Tanisha é bruta e violenta, mas tem um coração gigante e gosta de proteger seus companheiros.

Detalhes Finais

Cada cartilha possui uma lista de NPCs. Vamos marcar um deles como um amigo próximo e outro como um rival. Também precisamos de um vício para nosso personagem, escolhido de uma lista. O vício é o que vai servir para aliviar o estresse entre os golpes. Nas cartilha há também uma série de NPCs porntos que podem ser aliados ou rivais, precisamos escolher um de cada. Depois disso, só falta descrever a aparência, escolher um nome e uma alcunha (se é que você já não fez isso) e pronto.

Como vício, podemos escolher Estupor. Tanisha é viciada em adrenalina e fica muito ansiosa quando não está envolvida em uma missão perigosa. Ela gosta de se embebedar até cair e lutar em ringues ilegais como forma de apaziguar sua mente inquieta.

Tanisha será conhecida pela alcunha de “Zangada”, por seu típico mau-humor. Seu aliado será um médico chamado Sawtooth (Tanisha conheceu ele em algum ringue ilegal) e sua rival uma pugilista chamada Marlane (com quem já teve umas escaramuças pessoais).

E aqui a ficha completa, pra quem quiser usar a Tanisha em seu próprio jogo. Se rolar, conte como foi!

Por fim

Blades in the Dark é um RPG muito bacana com um cenário incrível. Se você está começando agora, aproveite bem as possibilidades que o cenário oferece. Se você ainda não sabe do que estamos falando, confira nossa resenha.

Você pode encontrar mais informações no SRD em português ou no livro básico.

Bom jogo a todos!

Roll20 anuncia novidades para 2022

Roll20 apresenta uma série de novidades para 2022

A plataforma de jogos de RPG de mesa online Roll20 anunciou esta semana uma série de novidades que vão ser implementadas em 2022. O anúncio foi feito pela diretora de tecnologia do Roll20, Morgan Buck, em uma série de entrevistas que a empresa fez com seus executivos.

Segundo Buck, as novidades estão sendo desenvolvidas com base no que os usuários postaram no fórum de sugestões e ideias da plataforma. “Em 2022, nós vamos lançar as coisas que vocês pediram, consertar o que não está funcionando bem e dar a vocês a melhor versão possível do Roll20”, disse.

Entre as novidades anunciadas estão funcionalidades de tecnologia e performance como:

  • Mapas imersivos, com iluminação dinâmica para portas, janelas e andares superiores;
  • Ferramentas melhoradas para mestres criarem cenários e rodar um jogo mais rápido e mais intuitivo;
  • Novos tipos de conteúdo para compartilhar com os jogadores no Marketplace;
  • Melhorias na interface, como uma remodelagem do menu e de outros itens;
  • Melhorar a velocidade de carregamento do site;
  • Reduzir o uso de memória e de CPU dos computadores dos usuários;
  • Reduzir lentidão e melhorar a confiabilidade no VTT, nas fichas de personagem e na rolagem de dados;
  • Compêndios pesquisáveis e rolagens de dados pelo Mobile Companion App;
  • Compêndios compartilháveis no site, fora do VTT;
  • Fichas de personagens imprimíveis.

Crescimento do Roll20

As novidades foram anunciadas dois dias depois da chegada do novo diretor executivo da plataforma, Ankit Lal. Em entrevista ao site Polygon, ele falou sobre o crescimento do Roll20 ao longo de seus 10 anos de existência.

Segundo Lal, desde o lançamento, a plataforma já recebeu mais de 250 mil campanhas e teve um fluxo de usuários aumentado em cerca de 5 milhões a partir de março de 2020, quando o Roll20 se tornou um dos principais espaços para grupos de RPG de mesa que queriam continuar a jogar de forma segura durante a pandemia.

Apesar de D&D ser o sistema mais jogado na plataforma, sempre contando com mais de 50% da fatia de usuários do Roll20, conforme relatórios trimestrais da empresa, o foco dos executivos é também nas centenas de outros jogos existentes.

“Nós não estamos construindo tudo isso só para Dungeons & Dragons, mas estamos tentando criar para toda a indústria do RPG de mesa […]. Oito, nove anos atrás, a gente tinha um sistema novo no Roll20 a cada trimestre. No ano passado, visando dar suporte às editoras, nós cadastramos mais de 100 títulos.”

No finalzinho de 2021, por exemplo, o Roll20 anunciou uma parceria com a brasileira Jambô Editora para disponibilizar o compêndio oficial de Tormenta20. Esta é a primeira vez que um jogo brasileiro ganha versão oficial, em português e inglês, na plataforma. Tormenta, aliás, foi o primeiro sistema brasileiro a entrar no top 10 dos mais jogados no Roll20.

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