A Cidade do Sol a Vapor é um RPG do gênero steampunk, desenvolvido para narrativas do tema de detetive, horror vitoriano e aventuras (pulp, se você quiser) para Savage Worlds, sendo trazido ao nosso país por financiamento coletivo, pela Odyssey Publicações, que também nos trouxe Wiseguys e ainda, Crystal Heart. Savage Worlds está disponível através da Editora Retropunk no Brasil.
Vem conferir nossa resenha da versão de “preview“.
Em ” A Cidade do Sol a Vapor” …
No final do século XIX, na Europa, uma cidade que deveria ser a utopia da razão é “engolida” para uma outra dimensão. Não destruída.
A autora Anna Snegova nos lembra o tempo todo que tecnologia muito avançada pode ser considerada magia.
As artes internas, a diagramação, a tradução, a adaptações estão excelentes.
Você pode ser um lutador, um tecnomago, um detetive, um inventor, entre tantos outros. Este livro tem 36 páginas, ricamente ilustrado e diagramado. O original são dois livros, o Livro dos Homens (197 páginas) e o Livro do Criador (136 páginas).
Financiamento coletivo pelo catarse, iniciado em 07/10/2024. (Quer olhar logo? Vai nessa!)
O livro traz uma aventura pronta, que pode ser utilizada para qualquer sistema. (Previsão de pelo menos 3 aventuras na versão final).
O Universo de “A Cidade do Sol a Vapor” …
Traz as opções clássicas de um cenário de steampunk, mas NÃO se restringe a isso.
Não é só porque existe a tecnologia de vapor, com suas traquitanas que podem salvar ou condenar, envelhecer ou rejuvenescer, cientistas loucos como Frankenstein, que fantasmas, espíritos, seita secretas e mesmo demônios (?) não estejam nos aguardando e observando.
Tem muito mais.
Evolução de personagens, e é claro, a cidade tem sua moeda própria (sóis) e o combustível para toda essa maravilhosa tecnologia (ou magia?) do vapor: Enxofre.
Claro, se por um lado o enxofre se comporta de maneira mais amigável aqui, a pólvora não é tão “funcional” quanto em nosso “mundo”.
O livro em si …
te inspira a adaptar para muitas aventuras com aquele gosto “pulp”, uma era vitoriana de vapor megalomaníaco. Perigosa, viva, instigante, sedutora… E é claro, mortal e visceral, muitas vezes traiçoeira. Eu quase via Jack o Estripador numa esquina, e Sherlock Holmes em outra.
E lembre-se, as coisas sempre podem piorar…
Toda essa tecnomagia paradisíaca tem um risco de dar errado. Muito errado. Até onde vi, todas as armas e apetrechos tecnomagicos podem falhar. De uma simples arma “engasgada” até o artefato explodir na mão (ou perna, ou cabeça…) do (azarado) usuário.
Então, quais as vantagens de “A Cidade do Sol a Vapor”?
Se você procura uma ambientação steampunk da Europa vitoriana, já achou. Exótica, perigosa, variada, com muitas opções de aventuras e personagens e de fácil adaptação para diversos sistemas, mesmo que você não use Savage Worlds. Aventura, investigação e terror te esperam.
Tudo muito fofo, mas e as…
Desvantagens?
Até aqui, um material de 36 páginas, com lindas ilustrações e ainda gratuito, que dá uma “fome” pra ver o material completo. Pera, você achou alguma desvantagem? Bom, minha…
Impressão pessoal,..
É que se você gosta de steampunk, vai ficar totalmente satisfeito.
Entretanto, você gostaria de experimentar o Savage Worlds ou explicá-lo rapidamente aos seus jogadores? A Editora Odyssey traduziu um resumo de 2 páginas explicando as regras básicas do sistema em uma história em quadrinhos.
Curtiu? Quer conhecer o projeto, no site do catarse? Então clica aqui!
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Temos outras resenhas, aqui no movimentoRPG. Quer checar aqui? E nosso podcast, já conhece? Escuta aqui!
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Este artigo em três partes com o cenário original de Dragões de Ferro para 3D&T foi feito originalmente no blog Ceifador RPGista. Veja os três artigos na íntegra clicando aqui, aqui e aqui, que ainda incluem os principais locais de interesse, os Orcs da Maremoto Negro e a ficha do mercenário Zelos. Para outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.
Eae, eae!! Salve, salve pessoal!! Yarles Silva aquê de volta para vocês!!! E hoje vim lhe mostrar o cenário de Dragões de Ferro.
Que cenário é esse?
Dragões de Ferro é um cenário Steampunk com Fantasia Medieval, que criei e venho mestrando nas regras do 3d&t Alpha há algum tempo, o cenário é muito bom e até rendeu duas HQs que postei online para quem quiser checar.
A premissa do sistema era sair da mesmice da Fantasia Medieval simples e imaginar o que aconteceria se um mundo assim estivesse passando por uma revolução industrial. Usei o sistema de regras 3d&t Alpha, velho conhecido nosso e apenas mais a vantagem escudo do manual do defensor, e estou trazendo aqui para vocês jogarem também.
Plot Inicial
Dragões de Ferro faz parte do Guilhoverse, um amontoado de RPGs interligados que vosso mestre narra, sucessor do antigo Ceifaverso, em sessões presenciais e online. O plot do Guilhoverse é que Ryn e Vion, duas entidades cósmicas estão brigando e resolveram decidir tudo em uma corrida, e estão correndo até hoje.
O pó levantado pelos cascos dos seus poderosos cavalos são os mundos e as faíscas produzidas nas batidas no chão são os sóis. No pequeno tempo em que essas faíscas estão acesas, minúsculas vidas e RPGs nascem e morrem, e o Guilhoverse está fadado a acabar.
Dado esse plot vocês podem entender agora o plot inicial de Dragões de Ferro, pois nele, o sol ia se apagar. Para impedir isso, a lenda conta que 3 dragões, o bom, o mal e o fake (superinspirado por 3 Homens e um Conflito e o penúltimo EP do Apashe) se sacrificaram subindo e transformando seus corpos em um novo sol.
Escamas
Os dragões só tiveram sobrejantes as suas escamas, 4 para ser exato, mas eles eram seres extremamente poderosos e essas 4 escamas foram protegidas por 4 famílias que juraram mantê-las a salvo de mãos maldosas. As escamas são itens que não podem ser comprados por PEs, ao invés disso o mestre pode dá-lo a um jogador no inicio de uma campanha ou a mesa pode consegui-la no andar da aventura.
As escamas são reservatórios de mana que contém 400 PMs e podem ser recarregadas com mana do usuário depois, quaisquer magia ou habilidade que usar essa mana entretanto vai requerer do usuário um teste de R-2, caso ele reprove a escama começará a liberar mana causando 30 de dano em área só absorvido por Armadura e poderá explodir, para estabiliza-la é preciso gastar 50 PMs em magias no mínimo.
Nanomorfos
Sim, a vantagem única Nanomorfo é muito importante neste cenário, construtos conscientes, existem poucos deles, geralmente não mais do que um ou dois para cada família guardiã, eles tem aqui Devoção ou Protegido Indefeso sem ganhar pts por isso para com o guardião da escama da sua família.
Conheça o Grande Deserto dos Elfos Negros, a Cidade Cinzenta e Valvurdia clicando aqui.
Conheça Monument City, Kaladesh e Águas Kemono clicando aqui.
Os Djins
Os Djins, ou gênios/Meio-Gênios, são criaturas dotadas de magia pura que desbalancearam totalmente a distribuição de carvão e metais no mundo, porque é muito fácil criar isso quando todo mundo do seu país usa magia. E então eles foram quase que inteiramente chacinados para manter a economia global…
Hoje o grande deserto dos Djins é uma terra muito mais árida que antes, com ruínas e uma parca população, desassistida por todas as outras terras. Djins ou vivem aqui na miséria ou saem dessa terra em busca de vida próspera. Devoção ou Assombrado com algo relacionado a isso é comum. E é aqui que habitava a Wyvern que se sacrificou com os outros dragões; por não ser um dragão, ela é chamada de Fake, ou falsa.
A organização criminosa Maremoto Negro
Elfos Negros
Os elfos negros são boa parte da mão de obra da Maremoto Negro, seja assaltando caravanas, recolhendo informações ou somente sendo espiões. Por conta disso os players podem achar uma alta gama dessas criaturas em seus confrontos, vide ficha padrão de um deles abaixo:
Vantagens e Desvantagens: Elfo Negro (2pt), Magia Elemental ou Negra, Devoção (Maremoto Negro)
Combate: Elfos negros possuem geralmente escopetas que lhe concedem o PdF 2 e facas que lhes concedem F 1, em combate provavelmente vão usar aumento de dano num companheiro para que atire pela escopeta, ou ataque mágico, só indo para ataque corpo a corpo se necessário.
Saiba mais sobre os Orcs que trabalham para a Maremoto Negro e a ficha do mercenário Zelos clicando aqui.
Este artigo em três partes com o cenário original de Dragões de Ferro para 3D&T foi feito originalmente no blog Ceifador RPGista. Veja os três artigos na íntegra clicando aqui, aqui e aqui, que ainda incluem os principais locais de interesse, os Orcs da Maremoto Negro e a ficha do mercenário Zelos. Para outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.
Hoje falaremos do jogo Nessus RPG, o qual está em financiamento coletivo pelo Catarse.me, publicado pela editora Craftando Jogos. Como o jogo ainda não lançou, analisarei o fastplay disponibilizado do cenário/sistema de Nessus RPG.
Nessus RPG
Primeiramente a temática é incrível! Afinal, são robôs num faroeste pós-apocalíptico. Essa mistura de elementos torna o jogo único, ou usando um termo do próprio jogo: Singular. O arquivo do fastplay tem 55 páginas, iniciando com uma explicação sobre o sistema. Salientando que os espaços existentes nele são propositais e oportunizam aos jogadores alguns elementos mecânicos além dos elementos do cenário. Logo em seguida há um relato sobre a história do enredo do cenário e, de forma resumida, explica como passamos da Terra atual para a Terra de Nessus RPG. Dessa forma, em poucas páginas já estamos completamente imersos no cenário.
O Sistema
Após isso, há as explicações sobre as rolagens e níveis de desafio para testes. O sistema busca ser bem acessível neste aspecto e utiliza o dado comum de seis faces. Há uma breve explicação sobre os atributos e o que eles fazem. Pessoalmente gostei de incluírem o Atributo Singularidade, visto tal nome ser utilizado para o ponto teórico de despertar das inteligências artificiais.
Em seguida o sistema explica as regras de combate. Bem como regras de recuperação/conserto, de morte e de Duelos. Importa lembrar que o sistema é voltado para narração ao estilo teatro da mente e não é voltado para o uso de grids de combate.
Montagem do Personagem
Passamos à próxima parte do fastplay no qual montamos nosso personagem. Iniciamos com qual conceito desejamos, o que concede um bônus mecânico que reduz o gasto de energia ao se usar habilidades especiais. Os conceitos mostrados são:
aberração,
armeiro,
camaleão,
diplomata,
executor,
fortão,
investigador,
mecânico,
mentiroso,
peregrino,
pistoleiro,
velocista.
Seguindo, temos alguns exemplos de Habilidades. São características que você pode usar dentro ou fora de combate e seguem a mesma ideia de outros sistemas. Portanto, utilizam a compra de poderes e não de uma evolução fixa como a grande maioria dos sistemas D20.
Neste ponto, o sistema realmente demonstra sua personalidade e todos os poderes são ligados ao fato de seu personagem ser um robô senciente. Mesmo apresentando poucos poderes mas todos são bacanas e ajudam a visualizar o tipo de personagem que você terá.
Já as Melhorias se diferem um pouco das Habilidades por estarem ligadas ao atributo Singularidade. Em regra são características permanentes de seu personagem e que não precisam ser ativadas como as Habilidades, que usam pontos de Energia para isso.
Por fim temos os Equipamentos e as Armas, que são divididas em leves, médias e pesadas. Apesar de cada arma ter suas características e alcance, seus danos são fixos; sendo que as leves causam 2 de dano, as médias 4 e as pesadas 6.
Outra coisa interessante do cenário é que o dinheiro usado no cenário: as placas. Nada mais são que as placas cerebrais (ou placas-mães) de robôs que foram destruídos. O que pode levantar excelentes debates morais e éticos.
Essa forma de construção de personagem é simples e intuitiva. Pode demorar um pouco no início, mas já no terceiro personagem será provável que você esteja criando um personagem em pouco menos de 10 minutos.
O Cenário
No próximo “capítulo” você vai conhecer algumas ameaças do cenário. Robôs ladrões, a natureza e os mutantes (que são todos os seres orgânicos do cenário) formam os desafios que os personagens deverão enfrentar.
Apesar de poucos exemplos neste fastplay, cada ameaça escolhida demonstra bem uma característica do cenário, e como ele é desafiador.
Quase no fim do fastplay há uma pequena aventura introdutória que é bem completa e exemplifica o tom do cenário. E ao final do arquivo, há uma ficha em branco e outras cinco com personagens iniciais prontos.
Se você quiser conhecer mais sobre o jogo pode ouvir a conversa que tivemos com alguns dos autores na Taverna do Anão Tagarela e numa One Shot ou tambem pelo Youtube com o sistema. Acompanhe-os para ficar por dentro das novidades de Nessus RPG.
Este escrito faz parte de um série de pergaminhos da biblioteca urcêsca, os quais trazem relatos referentes as minhas experiências com RPG na educação. Seja ensino, aprendizado, propostas ou testes. Narrarei toda a Jornada, desde o Condado até Mordor e futuras perspectivas. Talvez tais dizeres posso agregar mais uma ferramenta aos mestres, ideias aos aprendizes ou simplesmente entretê-lo caro leitor. Então sem mais delongas, agracie-se!
O Mago Bate à Porta
Já possuía a experiência de jogar e mestrar RPG, cursando início da graduação de Licenciatura em física, estava adentrando o fantástico mundo dos eventos acadêmicos. Tive a possibilidade de participar do VI Encontro Estadual de Ensino de Física nas longínquas terras de Porto Alegre em meados de 2015. Lá, sábios mestres antigos estavam ministrando um culto para que estudiosos pudessem aprender a utilizar a antiga arte do RPG nos coliseus sanguinários conhecidos como salas de aula. Esses sábios eram conhecidos como Diego Sabka e Alexsandro Pereira. Trovadores de alto poder carismáticos devotos da utilização de novas práticas mais lúdicas no ensino.
A Proposta
Sua proposta era simples, mas geniosa! Usar o Role Playing Game como uma ferramenta de ensino. Mas como fazer isso? Como inserir aqueles seres infames do alunado no conteúdo por meio do RPG? E é bem isso mesmo, inserir eles, inserir em um mundo imaginário baseado no real. Os sábios trouxeram e testaram em nós um cenário de Revolução Industrial. Tal ambiente fora disposto na Inglaterra, durante a segunda metade do século XVIII. Ó! Que cenário rico de eventos, fenômenos e relações, bárbara escolha.
O Jogo
Os sábios incumbiram a nós de formar os personagens condizentes com era estabelecida baseado em nas funções de cada um. Algo similar as classes dos sistemas mais tradicionais. Alguns eram Patrões, outros mecânicos, jornalistas, operários e por aí vai. Enfim, vivemos um RPG puramente focado no Role Play, sem dados e in live. Se não estiverem todos de acordo, a história não evoluía, puramente cooperativo, mas com suas mudanças e evoluções.
Evoluções estas que podem ser percebidas nos mais variados e abstratos fenômenos e detalhes. A organização da recente profissão de operários, greves e acordos com patrões, culminando até nos primeiros sindicatos desses profissionais. Bem como o aperfeiçoamento de mecânicos gerando consequentemente o aperfeiçoamento da tecnologia, o que possibilitou surgimento das interações de engenheiros. A mostra do imenso poder político da imprensa, ainda mais em uma época na qual gazetas diárias são a principal fonte de informação geral da população.
O avanço da história causada pelo progresso de ações dos personagens é guiado, pelos mestres sábios. Eles apenas fazem questionamentos, simples questões que não passam de três frases por intervenção. Isso para que interferissem o mínimo possível nos acontecimentos ali representados por uma guilda de estudantes aspirantes a mestres.
As Percepções
Os grãos da ampulheta escorriam rapidamente pela sílica antes aquecida e limitava o tempo que tínhamos. Devido a isso os sábios optaram por fazer uma aventura com passagem acelerada da linha temporal afim de ainda poder analisar em conjunto o exercício recém realizado. Muito se foi feito ali, mas já era hora de sentarmos ao redor da fogueira e prosear sobre tudo que acabamos de viver. Em meio a prosa, pensamos, concluímos e demos ideias para que os próprios sábios alterassem seus métodos dentro de suas vertentes na educação.
Em meio ao exercício já ficara claro que as áreas a serem estudadas eram história e relações sócio-políticas. Informação que não obtivemos antes do jogo e esse foi o primeiro ponto destacado. Não é preciso alertar sobre tudo o que será vivido, nós perceberemos aos participar, de forma orgânica e em um pensamento próximo do real, compartilhando áreas, até pode-se dizer que seja multidisciplinar, não está claramente separado como as gavetas de um empoeirado arquiva da velha biblioteca élfica que muitas vezes a educação comum nos leva a crer.
A Alquimia
Naturalmente surgiu a possibilidade de agregar mais áreas de conhecimento nessa forma e mesmo cenário de estudo. O exemplo citado foram as próprias ciências naturais, contemplando física, química e biologia no funcionamento das rústicas máquinas térmicas movidas a vapor pressurizado extremamente presentes no cenário.
Outra questão levantada fora a necessidade de instruir os alunos sobre classes as quais iriam jogar previamente para que possam se localizar no jogo. Contudo, isso não ocorreu conosco pelo pequeno arco solar que nos era disposto e por serem todos graduandos ou mestrandos. Estes considerava-se já possuir tais conhecimentos. Indicamos a possibilidade de que as escolhas de funções serem lançadas à sorte. Assim e com um acompanhamento próximo buscar evitar conflitos que podem ocorrer devido a falta de maturidade de certos aprendizes. Isso é compreensivo já que o quarto ponto ressaltado foi que devido a flexibilidade da ferramenta ara vários objetos de estudo e ensino, é possível utilizar com diversas faixas etárias e séries graduais.
As Referências
Apontamos referências da cultura pop que poderiam ser relacionadas para facilitar o entendimento dos aprendizes, ou indicar e até mostrar a eles. Sem dúvida nenhuma o icônico filme “Tempos Modernos” de 1936, dirigido pelo gênio mudo Charlie Chaplin foi o mais indicado e comentado para ser repoduzido em sala de aula. Muitas vezes utilizado dentro da educação formal, exatamente para ilustrar essa época de uma forma um tanto cômica. Colegas citaram várias outras obras de temática SteamPunk, incluindo literaturas áudio visuais e escritas.
A Continuação
Se dependesse de nossa guilda, brevemente formada, e de nossos mestres sábios, as conversas perdurariam numerosas luas, contudo o evento precisava encerrar. Ali finalizamos com algumas citações e pensamentos interrompidos. Tentamos trocar endereços de corujas mensageiras, mas infelizmente não foi o suficiente. Perdi o contato tanto dos sábios quanto dos demais colegas daquele curso, mas os ensinamentos levei comigo. Eventualmente, modifiquei metodologias, adicionei conteúdos, criei cenários e os apliquei. Preparei e planejei alguns, mas não foram botados a prova…. Ainda!
Este escrito é apenas introdutório, um prólogo de aventuras que trarei aqui no Movimento RPG. Logo teremos mais composições referentes a jornada que percorri e percorro utilizando essa bela magia capaz de ensinar por meio do RPG. A Educação é um dúbio de ciência e arte, então acredito que podemos considere-la uma área de magia. Se quiser um pouco de spoiler dessa série basta escutar o Dicas de RPG #30
Até a Próxima Viventes!
Mais Vale uma Pedra na Mão do que duas nos Rins! Bebam Água e Doem Sangue!
Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Steampunk, feito por Ricardo “Ricky D” Ávila. Este netbook apresenta regras e algumas ideias de como jogar em cenários steampunk utilizando o Sistema Daemon. Como explicado pelo próprio autor, é recomendável ter acesso aos netbooks Frankenstein: a Criação e Poderes da Mente.
Conteúdo do netbook
O suplemento apresenta, sucintamente, como adaptar as regras do Sistema Daemon para cenários baseados no Steampunk, estilo narrativo retrofuturista inspirado na tecnologia a vapor e a grandes escritores vitorianos como Bram Stoker, H. G. Wells, Mary Shelley, Júlio Verne e muitos outros. O conteúdo abrange:
Descrição da fabricação e utilização de explosivos e frascos alquímicos e com compostos especiais como ácidos, óleos inflamáveis, venenos e outras substâncias.
Breve menção sobre veículos steampunk, o valor da perícia Engenharia Mecânica, a presença de Golens em cenários steampunk e a utilização de membros mecânicos.
Novos aprimoramentos Geringonça, Poderes de Golem (cuja descrição de Poderes pode ser vista no netbook Frankenstein: a Criação), Acesso a Armas de Fogo, Golem Pessoal e Feiticeiro.
Kits de personagem Máquina de Combate, Pistoleiro, Sabotador, Engenhoqueiro, Alquimista/Químico e Nobre ou Burguês.
Exemplo de personagem steampunk: John Howlett.
Embora feito 100% textual e inteiramente em caixa alta (o que pode às vezes incomodar certos leitores), este netbook de 2005 apresenta uma abordagem muito interessante, especialmente por causa do cancelamento do lançamento do cenário Heros Delictum, que seria o cenário steampunk oficial da Daemon Editora.
Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Steampunk!
Você pode também nos ajudar a movimentar o RPG fazendo parte do nosso Patronato. Mas se não puder, tudo bem! Venha fazer parte da nossa comunidade, começando pelo YouTube por exemplo.
“No topo de uma montanha da Bavária, existe de fato um castelo, construído por um rei louco.
Um rei que imaginava histórias, com personagens reais e lendários que viviam grandes aventuras, travavam ferozes batalhas, criavam máquinas fabulosas.
Essa é a história de um mundo fantástico, onde você pode viajar no Nautilus com o Capitão Nemo, ajudar Sherlock Holmes a desvendar um mistério ou perseguir o Conde Drácula pelos becos sombrios de Londres.”
Castelo Falkenstein
Quando li essa descrição, devo confessar que minha empolgação subiu a níveis astronômicos!
Que cenário poderia ser mais divertido que um steampunk na Era Vitoriana, lado a lado com grandes nomes da literatura mundial?
Meu “Eu” criança que viveu altas aventuras ao lado desses personagens fictícios, que passou por vários sustos, se sentiu como um “pinto no lixo”, como diz o ditado.
E foi assim que resolvi me aventurar no mundo de Castelo Falkenstein para fazer essa resenha. E me perdoem fazê-la dessa forma, mas peço que acompanhem, pois em breve tudo será explicado.
CASTELO FALKENSTEIN
Falando sobre a parte técnica, Castelo Falkenstein foi originalmente lançado no mercado em 1994.
Escrito por Mike Pondsmith, mesmo responsável por Cyberpunk 2020, o jogo ganhou um Origins Award, além de ter sido um grande sucesso em seu lançamento!
Com um sistema de regras inovador (que logo logo já comento sobre), um cenário cativante e marcante, e ideias originais e inspiradoras, Castelo Falkenstein veio na contramão do que era explorado até então no mercado RPGista.
Dentre seus méritos, posso incluir sua originalidade. Ter um diferencial em um mercado tão vasto, além de oferecer uma nova forma de jogar RPG, sem dúvidas fez do jogo uma das melhores e mais inusitadas obras de todos os tempos.
Sim, isso mesmo: inusitada! Assim como essa resenha, o jogo é muito inusitado em sua proposta como um todo.
Desde a escolha da paleta de cores do livro à linguagem usada na escrita, passando pelo trabalho artístico e desenvolvimento de cenário, tudo no jogo é, no mínimo, inusitado, mas muito longe de ser ruim!
Castelo Falkenstein pode ser facilmente considerado um item obrigatório nas estantes de quaisquer RPGista que queira uma experiência diferenciada e divertida, com uma proposta de jogo única e original.
O CENÁRIO
O cenário de Castelo Falkenstein é a Nova Europa, um lugar que, em todos os seus detalhes, é um retrato real e oficial da nossa Europa no período conhecido como Era Vitoriana.
No nosso mundo real, a Era Vitoriana foi o período em que o Reino Unido foi governado pela Rainha Vitória.
Esse reinado, que durou entre os anos de 1837 e 1901, foi também conhecido como o período da Pax Britannica, época na qual uma grande paz tomou conta do reino, proporcionando assim a ascensão de inúmeros cientistas, pensadores e artistas.
O jogo, que se baseia exatamente nesse período histórico, toma a liberdade de imaginar como poderia ser o desenvolvimento desse mundo se a história corresse de uma forma levemente diferente.
A tecnologia steampunk tomou conta do mundo. Enormes e engenhosas máquinas à vapor fornecem todo tipo de funcionalidade, desde transportes às mais elaboradas engenhocas.
Como se isso não fosse o suficiente, figuras históricas reais, como Arthur Conan Doyle e Mary Shelley podem ser encontrados normalmente vivendo nesse mundo. Mais incrível ainda, é ver suas criações (como Sherlock Holmes e o Monstro de Frankenstein, respectivamente) ao lado deles!
E não apenas escritores e seus personagens podem ser encontrados! Grandes nomes da política (como Karl Marx), ciência (Charles Darwin) e medicina (Sigmund Freud), por exemplo, também estão lá presentes.
Isso já foi o suficiente pra eu me apaixonar por esse cenário e por essa ideia de jogo. Mas qual foi minha surpresa ao descobrir que até mesmo as figuras mitológicas mais famosas dos mundos de RPG também estariam presentes?
Além de todas as figuras históricas reais (e suas criações fictícias), é comum encontrar dragões, elfos, anões e muito mais por toda a Nova Europa.
REGRAS
Eis aqui o divisor de águas do jogo.
Claro que a proposta do cenário apresentada até então já é altamente convidativa e divertida. Porém, cenário sem regras é algo incompleto. E no quesito regras, assim como no cenário, o jogo quis fazer algo inovador e diferente do apresentado na época até então.
Serei obrigado a pedir desculpas a você que está lendo… vai parecer que meu testemunho de tudo que presenciei na minha jornada ficou incompleto, mas posso garantir que não!
Diferente de tudo que até então já havia sido proposto nos games de RPG, Castelo Falkenstein dispensa dados e fichas de personagens.
Sim, isso mesmo! Sem dados! Sem fichas!
No lugar disso, o jogo usa um sistema de cartas, que casa muito com o clima inventivo e explorador da Nova Europa.
Quanto as fichas, o jogo substitui por um sistema de diários, de forma que nós, jogadores, devemos ir roteirizando as histórias dos personagens (tal qual me arrisco fazendo agora). Esse recurso é tão importante no jogo, que até mesmo o livro é escrito dessa forma, já mostrando como tudo funciona diferente na Nova Europa!
Particularmente é um sistema um tanto difícil de descrever e explicar sem dar spoilers ou informações que possam estragar ou induzir à interpretações errôneas da proposta do autor. Entretanto, me cativou e chamou a atenção de imediato. Tanto que resenhar o livro é uma forma de me sentir jogando e vivendo aventuras na Nova Europa, junto de personagens que fazem parte da minha vida desde a infância. Portanto, vou me ater a apenas deixar vocês curiosos quanto a essa nova mecânica do jogo!
MAGIA, TECNOLOGIA, PRINCESAS
Apesar da tecnologia steampunk ser uma das principais características do cenário, lá também está presente a magia.
É muito interessante ver essa fusão de “história antiga” com “tecnologia moderna” e “mitologia” lado a lado e coexistindo. Essa visão de mundo e perspectiva de cenário faz toda a diferença.
Ao mesmo tempo que temos uma cidade idêntica à Londres do Século XIX, temos também uma cidade inteiramente habitada e regida por fadas e criaturas fantásticas.
Existem também inúmeras escolas de magia espalhadas por toda Nova Europa, que possuem diferentes níveis de importância, poder e influência (e de onde provavelmente muitas ideias de Harry Potter vieram).
Criaturas mágicas espalhadas por todo o reino influenciam em como as coisas se desenvolveram, inclusive para o lado maligno.
Assim como grandes engenhocas de metal e vapor existem para ajudar e desenvolver toda a Nova Europa, existem também verdadeiras Máquinas Infernais criadas por mentes insanas com propósitos dos mais nefastos.
Em meio a tudo isso, as mais clássicas histórias vitorianas ganham novas roupagens, e novas definições.
Ainda que tudo seja bem medieval e se baseie nas antigas formas de poder, com monarquias e títulos de nobreza, tudo ganha uma roupagem mais épica e heroica.
Me aventurar pelas páginas de Castelo Falkenstein me fez reviver inúmeras aventuras de livros, games, quadrinhos, filmes e muito mais. Seja como um herói de capa e espada rumando ao resgate de sua donzela, ou como um brilhante detetive investigando uma série se assassinatos bizarros, a aventura está lá. Seja lutando contra um poderoso dragão cuspidor de fogo, ou frustrando as maquinações de um insano cientista, o desafio está presente em cada página!
LÁ E DE VOLTA OUTRA VEZ
E essa foi minha jornada pelo Castelo Falkenstein!
Poder me aventurar por uma obra tão diferenciada, com uma proposta tão diferente do comum, me fez querer sair da minha bolha e da minha caixinha. Ao mesmo tempo que o sistema e o cenários são familiares e até, de certa forma, conhecidos, muita novidade e originalidade foi misturada ali, trazendo um verdadeiro novo mundo cheio de possibilidades. Se você ainda não conhece o Castelo Falkenstein, então sugiro fortemente que você vá agora mesmo no site da RetroPunk pra pegar o seu.
Criatividade, originalidade, excelente trabalho gráfico e artístico, regras inovadoras e divertidas e ambientação cativante e emocionante!
Encerro aqui os relatos de minha viagem, já me preparando para retornar à Nova Europa em busca de novas emoções e novas aventuras. Enquanto isso, que tal acompanhar o que anda rolando aqui no Movimento RPG? Recomendo dessa vez um artigo meu para a Liga das Trevas sobre a Tribo Portadores da Luz Interior!
Em Grahada, você vai encontrar a fantasia medieval clássica, misturada com steampunk e uma pitada de cyberpunk. À primeira vista, você pode estranhar esta mistura de gêneros; contudo, as possibilidades que se abrem para aventuras de todo tipo esclarecem a motivação pela mesclagem de gêneros. Em outras palavras, você pode jogar uma aventura de exploradores de masmorra simples ou até mesmo caçadores de relíquias antigas que se moviam pelos céus primordiais do planeta. Uma aventura de ladrões de trem (ou, como são chamados em Grahada, Vermes de Metal) ou lutar na guerra com seu Gigante de Metal.
Como Grahada Nasceu
Grahada é um cenário de RPG desenvolvido por mim (Douglas Quadros), onde se passavam as aventuras do meu grupo de jogadores. Contudo, muita coisa mudou, e o cenário pequeno para um grupo local se transformou em um projeto gigantesco, com raças únicas, impérios, deuses e criaturas completamente diferentes do que estamos acostumados a ver em cenários medievais. Tudo isso para tentar sair da mesmice imposta pelo gênero que muitas vezes pouco inova e se apoia nos clássicos anões, elfos e orcs.
O Planeta e Suas Raças
O planeta chamado de Grahada abrigou por muito tempo apenas duas raças. Os namuramos que se consideram os verdadeiros herdeiros de Grahada por terem surgido juntamente com a criação do planeta, contudo por não serem um povo bélico e viviam nas cavernas se escondendo. E os rawranos que tomaram as florestas em nome de sua deusa criadora Rawrá e vivem guerreando entre-si.
Contudo com a chegada do povo da Terra (terranos, na língua comum), estes dois povos que há muito tempo lutavam entre si tiveram um inimigo comum, um inimigo que parecia querer dizimá-los para tomar o planeta para si. Durante este longo período de guerra, uma nova raça surgiu: os neons, um povo inventivo que fisicamente se assemelha muito com os terranos. Por fim, a última raça que surgiu através da mágika do deus Anuhk (deus do sol) foi a dos calormanos, pequenas criaturas que parecem estar sempre felizes e festivas.
A Guerra e os Deuses
Os deuses possuem uma importância grande no cenário. Manipulando os mortais à sua vontade, por tirarem poder do aspecto que representam, muitos deles utilizam este controle para ganhar mais poder. A líder do panteão, a deusa da guerra Rawrá, é a principal responsável pelas guerras constantes. Tudo começou com a criação dos rawranos: após o roubo do Fruto do Conhecimento pela deusa, um plano arquitetado para criar a raça de guerreiros que futuramente lhe traria tanto poder que a transformaria na líder do panteão.
Durante muitos anos foi assim. Rawrá dominou completamente Grahada, influenciando a mente de todos os mortais do planeta graças a seu poder que só aumentava com as guerras. Eventualmente, alguns deuses se rebelaram e inspiraram herois a acabarem com a Guerra das Guerras (período de conflitos constantes arquitetados por Rawrá).
Atualmente
Após a derrota de Rawrá e a libertação d’O Criador (deus bondoso que havia criado os demais deuses mas há muito tempo havia sido aprisionado) pelos herois, os deuses antigos foram banidos e proibidos e somente o culto Ao Criador fora permitido, para que assim nenhuma outra divindade cresça em poder e assuma novamente o controle sobre os mortais.
Os Avanços e a Fragilidade da Paz
Agora, um longo período de paz domina Grahada, trazendo avanços tecnológicos, misturando a Mágika Ancestral de Grahada com tecnologia perdida pelos ancestrais dos terranos. E uma nova era de aventuras e exploração tornou-se possível graças a esta paz. Porém, tudo isso pode estar a ponto de desmoronar.
Os magos da Torre de Magesta mandam desesperadamente mensagens avisando sobre A Grande Migração, um evento estranho que tem acontecido nos últimos anos, fazendo criaturas que há muito viviam em determinadas regiões começarem a migrar para todos os cantos do planeta.
Antigos clérigos dos Deuses Banidos travam batalhas contra Paladinos Criacionistas em templos perdidos nas florestas, protegendo seus costumes e tentando evitar que seus poderes desapareçam.
Por fim, como se tudo isso já não bastasse, a idade parece ter atacado com todas as forças o Rei Kevlar III (um dos herois que destronaram Rawrá). Dessa forma, já surgem boatos sobre a sede insaciável de poder de seu filho, o Príncipe Destemir. O herdeiro do trono é um terrano impiedoso que não tem guerras nas costas para lembrar a destruição que elas podem gerar.
O Cheiro da Guerra
Um possível reinício nas guerras de território paira sobre os narizes já treinados de Minork e Daof, antigos companheiros de Kevlar. Simultaneamente, uma guerra religiosa travada desde o início do banimento dos deuses antigos está a ponto de explodir nas capitais de todos os reinos. Ao mesmo tempo, Estudiosos do Fim começam a temer O Grande Fim, dizendo que o comportamento das criaturas seria o primeiro sinal.
Resta saber agora qual destes gatilhos (se não todos eles), vai iniciar a próxima guerra de Grahada e, se com isso, a paz que foi adquirida com tanto esforço irá resistir… Ou se eventualmente, com a morte dos herois, tudo vai se perder.
Por Fim
Grahada é um cenário que pode ser utilizado em diferentes períodos históricos e cabe ao narrador preparar a aventura no período que mais agradar a ele e a seus jogadores. O cenário ainda não está finalizado, mas o cerne já esta quase 100% faltando alguns poucos pontos para fechar o guia básico. Em outros posts devemos explorar mais a fundo as raças e outros conceitos do cenário.
Conhecendo Mais
Por fim, eu espero que vocês tenham se interessado pelo cenário e que esteja pensando em utilizá-lo em suas aventuras. Você pode ajudar o projeto seguindo no Instagram, onde as novidades costumam sair, e também pode acompanhar as postagens que saem aqui no Movimento RPG clicando aqui.