Nos cantos escuros do meu quarto – Contos da Lady Axe

Em mais um dos seus contos Lady Axe  nos contou como Felipe é obsidiado por um fantasma do passado. No escuro do quarto ele algo maligno que corrói muitos de nós!

Nos Cantos Escuros do Meu Quarto

Felipe deitou na cama desejando que amanhã não fosse segunda. O corpo enervecido de ansiedade trazia o pior para os pensamentos quando repousava a cabeça no travesseiro no domingo de noite.

Tudo o que passava na sua cabeça era que as coisas dariam errado, um sentimento de tristeza cortava seus olhos na escuridão. Memórias ruins do passado surgiam.

Na ansiedade, a escuridão se tornava agitada, o pensamento se voltava para cada objeto, que de forma confusa, ganhavam vida.

A calça no sofá lançava sombras que moldavam um rosto enraivecido. A cômoda e as gavetas abertas eram um tórax com as costelas arregaçadas, cheias de cicatrizes longas e protuberantes nas ranhuras da madeira. Os calçados no chão eram duas bocas abertas em sofrimento. Felipe foi alguém marcado por um medo atroz desde a infância, medo de qualquer coisa. Achava que ao se tornar adulto tudo iria parar.

Mas o pânico só ficou mais intenso.

As coisas na escuridão lhe assustavam ao ponto de cobrir a cabeça e a salvação era a luz do corredor refletida no velho espelho de família.

Um farol, um alento… A luz no espelho trazia algum alívio e a esperança de que a verdade estava do outro lado da parede, com isso, Felipe se sentia minimamente seguro.

Naquele domingo ele ficou observando a luz esperando pegar no sono. Mas o sono não veio.

O espelho atravessara gerações, as mesmas que o antecederam e viveram sob aquele teto, a casa imensa, antiga, de centenas de camadas de tintas na parede.

Vértebra por vértebra a coluna de Felipe congelou, embora o medo imobilizasse seu corpo, incrédulo diante da visão aterradora, acreditou ser impossível o sobrenatural diante de si, ele apertou os olhos e procurou qualquer sinal de lucidez e coragem.

A sombra cujo sorriso malévolo ainda estava estampado no rosto, moveu-se na direção da cama, tão rápido que os segundos se jogaram fora do relógio. “Felipe, quantas vezes eu disse que chorar é coisa de fracote?“.

Ouvindo a voz retorcida provocá-lo, uma súbita coragem acendeu dentro de si. Prometi a mim mesmo que jamais deixaria que me ofendesse novamente… vovô

Os olhos de Felipe encheram-se de lágrimas, aquelas palavras doíam mais que tudo, pois muitas vezes ouvira aquilo, seguido da porta batendo, enquanto o avô tirava o chapéu calmamente, colocava sobre a cômoda e abria a cinta, deslizando o couro grosso ao pelas encilhas na calça, surra era o que vinha.

E assim aconteceu.

Felipe lembrou da dor e dos soluços no canto do quarto, recordou-se do quanto doía… e das promessas que fazia a si mesmo “na próxima não vou deixar que me bata”.

E pela primeira vez conseguiu levantar a voz embargada: “nunca mais!”, ele disse, enquanto atravessava a aparição, jogando o corpo contra o espelho, as madeiras velhas quebraram e o vidro esmigalhou-se por todo o quarto. Cacos entranharam fundo na pele de Felipe e as luzes tremeram. Acenderam e apagaram uma vez mais revelando os dedos ensanguentados de Felipe. Seguiu-se o silêncio e o vazio como nunca havia sentido.

Embora machucado e com o piso tomado de minúsculos pedaços de espelho, Felipe voltou para a cama com o peito descomprimido, finalmente sentiu-se tranquilo naquele lugar, tão calmo que pôde dormir em paz.


Papo da Lady Axe:

Este conto pode ser usado como uma cutscene para sua sessão de RPG onde aparecerão seres sobrenaturais, fantasmas, traumas de infância ou espíritos malignos. Cenas introdutórias servem para antecipar a tensão logo no início e deixar suspenso o medo a cada nova informação a que o jogador tem acesso.

Uma ótima cutscene para vampiro a máscara está nesse link.

Não esqueça de conferir o post da minha sessão favorita Quimera de Aventuras

Rpg terror

Revisão de: Isabel Comarella

Arquivo 79 – Contos da Lady Axe

Em mais um dos seus contos Lady Axe  nos contou como o policial Paul é dedicado na investigação dos seus casos, e agora ele está totalmente debruçado sobre o caso Arquivo 79!

Arquivo 79

Obsessão

Uma carreira bem longa sumiu no nariz de Paul injetando no seu corpo as centenas de químicas que o manteriam acordado até as 4 da manhã, assim como vinha fazendo todos os dias neste último mês. Quando o corpo esquartejado da jovem na fotografia do arquivo 79 ficava borrado pelo sono, logo a mão corria na gaveta. Precisava ficar acordado. Precisava descobrir.
Mas Paul não sabia onde terminava sua teimosia e onde começava sua mania de perseguição, por isso se perguntava o que fazia sentido no trabalho.

Só um único objeto da cena do crime sugeria um assassinato e entre as dezenas de evidencias nos saquinhos ziplock, apesar de tudo que fora encontrado na mochila da vítima, foi uma imagem desconhecida, escondida no punho cerrado do braço direito, que lhe chamou a atenção. Entretanto, esse pedaço da vitima havia sido arremessado metros à frente, na margem do Rio Inuit.

Ataque de urso selvagem… leu o laudo de novo, de novo e de novo. Urso selvagem… A carne dilacerada por enormes mandíbulas cheias de dentes crestados de tártaro fez a polícia atribuir a morte a um ataque de urso. Caso encerrado. Contudo, não havia notícias de avistamentos de ursos há meses.

Nenhuma das pessoas ouvidas na investigação relatou ataques semelhantes, nem na beira do rio, nem nas matas frequentadas por turistas da cidade, que nada mais eram do que loucos por selfies brincando de mãe natureza entre os pinheiros cheios de gelo: adoravam o perigo controlado de um parque turístico na borda do mundo… Aventureiros das redes sociais!

Uma foto de narcisista espiritualizada pagando uma grana para se conectar com o mundo, essa foi a última no Instafoto da jovem. “Meditando e encontrando meu eu“, dizia na legenda. Sorria e mostrava os loiros de amônia feitos na tarde anterior, linda e agora morta… de uma maneira brutal. Paul só lembrava dela esquartejada. 

Ela não era daqui, ela não conhecia ColdVillage o suficiente para saber que nada é exatamente como parece. O policial já vira coisas em que nem ele acreditava, e desde então, tinha a constante sensação de estar sendo enganado por todo mundo, cria que ninguém no grande circo de horrores de ColdVillage era o que dizia ser. A mulher o deixará meses atrás porque ele acreditava que ela engravidava e abortava os fetos para comê-los, logicamente o juiz não acreditou na história. Nem a filha mais velha de outro casamento, trocou de telefone e nunca mais procurou o pai.

Paul pegou o saco de dentro de uma das dezenas caixas sobre o caso, esparramadas pelo apartamento estupidamente sujo e frio, cuja mudança de aspecto assemelhava-se a um depósito de insanidade e imundície. Dentro do plástico dormia um carneiro entalhado na madeira. Carvalho branco: também não é de ColdVillage.

Caçou novamente a foto da cena do crime, o braço decepado retinha o ídolo entre os dedos como se fizesse parte do corpo. Os cornos do ícone cravaram na palma da mão fazendo a carne rasgar e abriram caminho além dos músculos e ossos, o legista só conseguiu os retirar com um bisturi. Paul abriu o ziplock e repousou a pequena imagem na palma da mão. Tão pequena…

Como foi mesmo que estava na mão dela? pensou, enquanto rolava o ídolo de um lado para o outro na mão em concha, observando a peça com a sobrancelha arqueada de curiosidade. A luz lhe emprestava um aspecto medonho, porque o facho da cúpula descia sobre o rosto e lhe alongava a sombra do cenho.

Apertou tanto quanto pode, até os dedos ficarem brancos, daí sentiu uma fisgada. São os músculos forcejando demais? Abriu a mão e viu um pequeno corte em cima da linha da vida.

Merda de bibelô! Paul esbravejou enquanto limpava o sangue na própria calça, imediatamente sentiu falta de algo, cocaína. Correu na gaveta, vazia. Tateou os bolsos, nicotina, queria um cigarros. Maço vazio. Preciso de cigarro.

Vício

No meio do lixo e da bagunça da papelada, ele não podia definitivamente encontrar outra carteira de fumo. Revirou tudo, toda nojeira de restos de comida e trabalho jogados, e cansado, repousou os punhos sobre os joelhos, o ar escapou esbranquiçado pela boca e nariz, e a mão ainda sangrava.

De onde estava, Paul contemplou umas cinco ou seis garrafas de vodka vazias. Ele ainda tateou um pouco mais os bolsos na esperança de achar algum cigarro perdido, coçou a barba grande e desgrenhada, sem esperanças de nada. Mais fácil comprar mais. Bateu a porta e desceu na madrugada.

Na escada escura os passos ecoaram entre os lances velhos de degraus gastos. Algo sempre se movia na escuridão do penúltimo lance, respirava atrás de uma parede, mas dessa vez teve a sensação de bater de frente com alguém, como quem anda distraído.

Paul quase conseguiu ver, mas ainda não, faltava-lhe algo… Seguiu o caminho pelo prédio. A porta banhada pela luz trêmula do hall, acendendo e apagando e apitando, ninguém trocava a fiação da entrada, ninguém no prédio ligava.

Vexação

Na rua a treva de ColdVillage era rasgada aqui e lá pelo faixo de luz dos postes, o ar quente subia pelas valas das calçadas e derretia o gelo das grades. A loja de Jay ficava há duas quadras e tinha um desses letreiros neon de “24 horas” pendendo pelo fio como um dente de leite. Todo mundo sabia que em ColdVillage só a loja do Jay ficava aberta na madrugada. Tinha bebida, tinha batata frita, tinha cigarro e também tinha drogas.

No caminho, um cão se coçou entre as lixeiras de metal abarrotadas, enquanto seu dono dormia sobre papelões e cobertores imundos. Paul acendeu um cigarro, a luz bateu na cara e o morador de rua lhe sorriu com os olhos escorrendo como poças tortas e cheias de pus. Num piscar de olhos, a luz se apagou, O mendigo puxou o capuz e retornou para o chão do beco escuro.

Paul parou de sobressalto, congelado, mas ao mesmo tempo acelerado por dentro, a cocaína acelerava o sangue e a respiração. O coração batia forte. Merda de vício. Ele viu mesmo aquilo? Era produto da droga que pulsava a milhões no seu sistema? A mente afugentou tal ideia estapafúrdia.

A velha porta da loja reclamou ao ser empurrada, Paul aguardou para entrar porque o Xerife saia da loja com sua porção de batatas e café, batendo na aba do chapéu para lhe cumprimentar. O ar entre os dois encheu-se de animosidade. O investigador guardou as mãos nos bolsos do sobretudo pois cerrou os punhos de ódio, tentou certa cordialidade respondendo com um aceno com a cabeça. O Xerife Sinners o ameaçou um par de vezes quando descobriu as investigações extraoficiais que Paul fizera, Senhor, há indícios de que a jovem foi assassinada. Não, Paul, ela foi vítima do acaso.

Manteve distância do Xerife desde então, roubando documentos e evidencias para mantê-las em segurança, acreditava numa conspiração de policiais corruptos e o xerife fazia parte disso. Agora a corregedoria estava no pé do único que procurava a verdade, ele jamais abandonaria a busca por ela. E ele sentia que estava perto de um caso grande porque seu instinto o jogava em águas revoltas quando via as provas do caso do Rio Inuit, o arquivo 79.

Por um momento, enquanto o oficial saia, pensou ver feridas no pescoço dele, manchas na gola azul… de sangue, o homem passou rápido, será que foi alucinação causada pelo sono em um só um golpe de vista? É só uma ilusão. Ele desapareceu na rua escura e fria, caminhando em direção à viatura, os faróis acenderam com olhos de uma besta. O xerife se foi.

Paul sacudiu a cabeça e saiu do ideia de grande conspiração, estava parado na rua fria encarando o passeio deserto. Lembrou-se a que vinha, puxou a porta reclamona da loja do Jay, a sineta no umbral avisou que tinha outro alguém chegando. Uma luz branca invadiu a retina arregalada do investigador, doía pra cacete. Os olhos fecharam-se imediatamente e a cabeça girou na direção do balcão onde ficava o amigo Jay. Um maço de cigarros, ele pediu, ainda consumido pelo breu branco.

O Oculto

O barulho da caixa registradora deu um tiro nos músculos tensos de Paul e a risada de Jay encharcou-lhe a cabeça como sangue numa toalha seca. Uma risada bizarra, levemente metálica. Quando os olhos do investigador finalmente se abriram, habituados à brancura da loja, Jay estava de costas, pegando o cigarro no estande.

Só isso? Jay perguntou, já sabendo que nunca era só isso. Não, quero a mesma quantidade de ontem. As mãos de Jay correram para o fundo falso atrás da cigarreira, de onde tirou 8 pinos cheios de cocaína.

Nesse instante Paul lembrou de comprar um isotônico. E caminhou lentamente através do longo corredor observando os produtos nas prateleiras: café de máquina, macarrão instantâneo, flocos de milho processado até não parecer milho, garrafas de água açucarada e gás carbônico. Nada disso é vida… O freezer barulhento roncou e rosnou protegendo seu energético favorito.

Quando estendeu o outro braço para fechar o freezer é que se deu conta do que tinha na mão: a imagem do Carneiro colada no punho cerrado. Ele voltou para o caixa observando atentamente a criatura timidamente tingida pelo seu sangue. As luzes piscaram intermitentes e aprisionadas nas longas lâmpadas industriais, zumbindo tanto quanto insetos que se movem dentro de uma garrafa. Paul caminhou por ali até se livrar do momento hipnótico, e deparou-se com o balcão.

Assim, Jay virou o corpo lentamente e o tecido que recobria sua imagem foi consumido como uma chama que devora um fino papel. A imagem do idoso que lhe vendia drogas e cigarros dissolveu-se como poeira e caiu ao chão, revelando uma criatura de pesadelos. Paul sentiu o peito ser apunhalado por uma dor aguda, a boca tremeu sem saber o que dizer, o suor escorreu pela testa emoldurando a palidez do rosto, pânico! Um rugido antecedeu os movimentos de Jay, o Jay criatura, agora na forma real: a cabeça peluda, o corpo duas vezes maior, garras imensas se projetando ameaçadoras na direção de Paul.

Verdade

A criatura que Jay se tornara sempre esteve ali, ele saltou sobre a registradora e derrubou os estandes do outro lado do acrílico, o plástico foi arremessado acima da cabeça do investigador, a besta imensa abriu os braços e os músculos tesos e violentos urrando e vibrando ameaçadoramente  junto com ela e depois desferiu um golpe mortal no peito de Paul. Suas costelas se rompem sem que ele conseguisse fazer absolutamente nada, a carne explodiu, seu coração saltou longe, ainda bombeando, e o sangue se esvaiu em esguichos, manchando o chão de plástico do corredor.

A criatura caminhou sobre as patas repletas de pelos e cascos, a cor marrom escurecia e clareava conforme o lustre balançava sobre a carnificina. Ela agachou e abriu as mãos do investigador, que ainda espasmava, tomou delas o ídolo, cravado na mão trêmula. Jay, a criatura, ergue o objeto e inclinou o pescoço, deixou o pequeno ídolo cair sobre a boca aberta, o engolindo pelo fosso de sua garganta.

Jay caminhou como se não fosse um monstro. O pelo recrudescido não sumiu, os músculos e ossos salientes eram uma armadura de esqueleto, feridas abundavam no rosto e no peito, sua visão se contorcia através de imagens trêmulas e sobrepostas que tentavam encaixar-se, protegido pelo véu grosso que tapava os olhos daqueles que são cegos à divindade: aqueles que estão perdidos só veriam o Jay da loja, mas, o Jay, traficante de almas, esse não podia se esconder de quem levanta o sombrio véu do oculto e decide abrir os olhos para contemplar o incompreensível.

O homem de meia idade, comerciante local, voltou para trás do balcão e tomou o telefone, desceu o dedo no teclado e após bipar duas vezes, falou com certa satisfação: Alô? Xerife? Mais um intrometido.


Papo da Lady Axe, ou Jaque Machado, como preferir:

Esse conto é inspirado pelo RPG Kult. Você conhece?
Nele você encontra uma semente de história e também um cutscene ótima para dar clima para a jogatina, por isso, use o que desejar!

Você pode utilizar o guia de criação de personagens que o Raul publicou aqui dessa maneira criará personagens incríveis para contar histórias junto de outros jogadores!

Visite  o site da Editora Buró para conhecer mais sobre esse RPG catártico e muito imersivo.

Siga nossas Redes Sociais para ficar por dentro das campainhas e crônicas que utilizam Kult


Revisão e Montagem da capa: Isabel Comarella

Cultos Inomináveis – Resenha

O trabalho de H.P. Lovecraft foi fundamental para estabelecer o gênero que hoje chamamos de “Horror Cósmico”. Nos RPGs derivados nessa vertente do terror, geralmente os personagens são humanos normais, investigadores ou acadêmicos enfrentando horrores cósmicos além da compreensão humana.

Mas e se fizermos o contrário? E se os jogadores interpretarem cultistas?

Essa é a premissa de Cultos Inomináveis.

Cultistas!?

Cultos Inomináveis é um jogo espanhol escrito por Manuel J. Sueiro, Ricardo Dorda, Luis Barbero e Jokin García e publicado no Brasil pela Buró. Ele traz diferenças fundamentais da maioria dos jogos baseados no mythos. A principal dela é que, ao invés de fugir apavorado dos horrores sobrenaturais que o cercam, você decidiu tatear o lado obscuro da realidade. Seja por poder, conhecimento, vingança ou qualquer outro objetivo, o que importa é que você precisa trilhar um caminho perigoso, pois a mente humana não está preparada para o conhecimento sobrenatural.

Personagens de Cultos Inomináveis

Muitas coisas clássicas de jogos baseados no horror lovecraftiano estão aqui, como os famosos pontos de sanidade, a magia que corrompe os usuários aos poucos e descrições dos Grandes Antigos e outras criaturas do mythos. A diferença é que a sanidade é um sacrifício que precisa ser feito, magias são poder e os grandes antigos podem ser objeto de adoração do seu culto.

Outra diferença notável é que, ao invés de usar o início do século XX como cenário, como fazem muitos jogos inspirados na literatura do mythos, Cultos Inomináveis se passa em um mundo contemporâneo, com todas as suas facilidades e desafios. Então, se você curte a ideia de ser um cultista de Dagon pegando um busão enquanto consulta seu grimório de rituais bizarros no celular, esse é seu jogo!

“Vai pegando as velas, tô terminando de ver o tutorial aqui.”

Sistema

O sistema de Cultos é bem peculiar. Os personagens têm atributos e perícias que vão de 1 a 10, e geralmente são somados a uma rolagem que precisa superar um número-alvo. As rolagens são feitas com 3d10 e geralmente descartamos o menor e o maior resultado, ficando com o resultado médio. Isso favorece resultados bem concentrados no “meio”, variando tipicamente entre 3 e 7. Porém, confesso que não faço a menor ideia de como calcular a curva probabilística dessa rolagem. Deixo para os estatísticos que estiverem lendo.

Por exemplo, um personagem está tentando escapar de um Rastejador. O mestre estipula 20 como dificuldade. O jogador rola os dados e consegue 3, 6 e 8. Ele descarta o 3 e o 8, e soma o 6 ao seu valor de Reflexos (4) e sua Habilidade Fugir (5), conseguindo um 15 no total. Parece que nosso personagem está com problemas…

A maioria das ações é resumida em uma única rolagem, e os números descartados na hora de determinar sucesso ou falha podem ser usados para calcular outros efeitos. Por exemplo: um cultista tentando usar o Dom Vermelho para agredir um inimigo com níveis sobrenaturais de força rola 4, 7 e 9. O 7 é utilizado para determinar o sucesso ou falha da ação, enquanto o 4 e o 9 podem ser utilizados para determinar o dano.

O sistema de magias é bem aberto, e muitas decisões sobre o funcionamento mecânico de certos poderes ficam a cargo do mestre e dos jogadores. Isso pode agradar pessoas como eu, que gostam de sistemas mais simples e narrativos, mas pode ser ruim para jogadores que gostam de um jogo mais tático.

Você também pode ser um adorador de Cthulhu!

Por Fim

Cultos Inomináveis é um jogo singular e oferece uma abordagem única dentro do gênero dos jogos de horror cósmico. Está disponível no Brasil pela Buró, que também trouxe alguns suplementos e aventuras prontas.

E não se esqueça de conferir também nossos podcasts.

Bom jogo a todos!

 

Mansão Lispequitor – Wallpaper

Baixe o wallpaper da Mansão Lispequitor ilustrado por Amanda Brotto. Que foi financiado através das nossas metas da Twitch.

Mansão Lispequitor é uma campanha contínua que se passa em Cerração-SP, uma grande metrópole ambientada no cenário de Ordem Paranormal RPG. A campanha abrange vários Casos Paranormais e Backgrounds da cidade e de agentes (jogadores ou NPCs), conectando-se em uma grande trama que busca transformar a abandonada Mansão Lispequitor em uma nova base para a Ordo Realistas enquanto os agentes desvendam a origem da fraquíssima Membrana nos Distritos de Cerração.


Clique aqui e baixe o Wallpaper da Mansão Lispequitor
em alta resolução

O Orbe da Travessia: Artefato de Kult: Metrópolis 199X

Este artigo é sobre um artefato da nossa campanha de Kult na Twitch, Crônicas de Leipzig. Se você está acompanhando os episódios pelo YouTube, saiba que o texto contém alguns spoilers. Na nossa campanha, ele foi representado pela vantagem Artefato possuída por Klaus. Aqui trazemos uma versão que pode ser encontrada e utilizada por outros jogadores.

Os elementos apresentados aqui podem ser usados por mestras que queiram incorporá-los nas suas próprias campanhas ou apenas serem lidos como inspiração para suas próprias criações.

O Orbe da Travessia

O Orbe foi criado pelo Culto de Thaumiel a pedido de Jakob Dietrich, que mais tarde ficou conhecido como o Homem Queimado, como uma forma de ajudar o culto a atravessar mais facilmente a barreira entre os mundos, principalmente para poder ir até o inferno de Thaumiel e retornar em segurança.

Nas mãos de jogadores, ele é muito mais imprevisível do que quando utilizada por um servo de Thaumiel. Uma pessoa que tenta utilizar o Orbe precisa fazer uma Rolagem + Alma:

+Alma

(15+) Você é transportado para um local diferente à escolha da Mestra. Se estiver fora do Elysium, a tendência será voltar para lá (embora isso nem sempre seja verdadeiro: a vontade de Thaumiel pode levá-lo a outros lugares). De qualquer forma, o local de destino sempre será um local seguro, pelo menos a curto prazo.

(10-14) Escolha uma opção.

(9-) Você acaba em um lugar desconhecido e perigoso. A mestra faz um movimento.

Por Fim

O Orbe é um artefato poderoso, para os padrões de Kult. Colocar algo assim ao alcance dos jogadores logo de começo pode ser bacana em uma campanha curta como a nossa, mas em campanhas longas pode levar o jogo para um clima um pouco diferente do proposto pelo livro. Faça-o com parcimônia (ou não, pois cada um joga como quiser). Hehe.

Não esqueça de conferir também nossas one-shots.

Bom jogo a todos!

A Adaga da Revelação: Artefato de Kult: Metrópolis 199X

Este artigo é sobre um NPC da nossa campanha de Kult na Twitch, Crônicas de Leipzig. Se você está acompanhando os episódios pelo YouTube, saiba que o texto contém alguns spoilers.

Os elementos apresentados aqui podem ser usados por mestras que queiram incorporá-los nas suas próprias campanhas ou apenas serem lidos como inspiração para suas próprias criações.

A Adaga da Revelação

Viajantes perdidos em seus prazeres que eventualmente encontram o Templo dos Desejos em Metrópolis já se depararam com um guardião exigindo um preço em sangue diante das portas do Templo. Isso serve para testar aqueles que estão realmente dispostos a se sacrificar por seus prazeres.

Eventualmente, algum humano pode acabar botando suas mãos em uma das adagas empregadas pelos guardiões do templo: uma longa lâmina escura geralmente com cabo feito de osso, madeira ou metal. Se a adaga provar o sangue de uma pessoa, o portador faz uma Rolagem + Alma:

+Alma

(15+) Você é inundado com os desejos da vítima, tanto os superficiais quanto os mais profundos e ocultos. Se você usar isso para chantagear ou enganar a pessoa, considere que sempre será bem sucedido ao tentar Influenciar, como se tivesse rolado 15+. Você também pode fazer até três perguntas como se tivesse sido bem sucedido em Ler uma Pessoa. Além disso, você pode aumentar a força de uma Relação com essa pessoa em até 1 ponto. Se usado contra outro jogador, você passa a conhecer o Segredo Sombrio desse jogador.

(10-14) Você é inundado com os desejos superficiais da vítima, mas não os profundos. Você pode induzir a vítima a fazer o que você quiser, como se tivesse sido bem sucedido ao tentar Influenciar, mas apenas até o final da cena. Você também pode fazer uma pergunta como se tivesse sido bem sucedido em Ler uma Pessoa. Porém, a proximidade com pensamentos ocultos de outro ser humano faz sua Estabilidade cair em -1.

(9-) Você é inundado pelos desejos da vítima, mas de forma caótica, violenta e desencontrada. Sua Estabilidade cai em -2. A Mestra faz um Movimento.

A Adaga da Revelação tem Dano [0], e mesmo que um personagem ofereça-se voluntariamente para ter seu sangue absorvido pela Adaga, ainda assim ele precisa Suportar Ferimento.

Por Fim

Kult é um dos meus jogos favoritos de todos os tempos. Se você chegou aqui sem saber do que se trata, confira nossos posts sobre o jogo e assista nossa campanha no YouTube.

Não esqueça de conferir também nosso material de The Dark Eye.

Bom jogo a todos!

 

RPG Digital – Taverna do Anão Tagarela #68

Nesta Taverna do Anão Tagarela reunimos ‎Douglas Quadros, ‎Raul Galli e Apollo, o Encardenador para falar sobre RPG Digital. Afinal o que é isto? Funciona para os jogadores tradicionais? É melhor? É pior? Ouça e comente conosco suas impressôes.

A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

‎Assunto:‎‎ RPG Digital


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E-mail: contato@movimentorpg.com.br – Tem dúvidas sobre alguma coisa relacionado a RPG? Mande suas dúvidas para nosso e-mail.

RPG Digital

‎Host: ‎‎Douglas Quadros.‎‎ ‎
‎Participantes:‎‎Douglas Quadros ‎| ‎Raul Galli | Apollo, o Encardenador
‎Arte da Capa:‎‎ ‎‎Raul Galli.‎

Guia do Terror – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Guia do Terror, de Fagner Stutzel “Bad Boy” com o apoio da extinta Editora Mitsukai.

Conteúdo do netbook

  • Capítulo 1 – Terrorismo, contextualizando o termo “terrorismo” pela perspectiva sociopolítica e inserindo um breve histórico do terrorismo ao redor do mundo.
  • Capítulo 2 – Terrorismo de Estado, diferenciando os atos de um governo contra sua própria população e os grupos independentes que praticam o terrorismo.
  • Capítulo 3 – Terrorismo, seu fortalecimento, com algumas passagens sobre o terrorismo das Grandes Guerras e nas décadas de 70, 80 e 90.
  • Capítulo 4 – O mundo em relação ao terrorismo, explicando a postura assumida por algumas organizações internacionais e a mídia.
  • Capítulo 5 – Os principais grupos terroristas, descrevendo brevemente os principais grupos que praticam atos de terrorismo, indo desde os mais conhecidos como o Hamas, o Hezbollah, o Tupac Amaru e o IRA, até alguns mais obscuros como as Brigadas Vermelhas italianas, a ESLA, a PKK, a Supremacia Branca e os Tigres do Eelam Tamil.
  • Capítulo 6 – Osama Bin Laden e a Al Qaeda, o maior capítulo, explicando sobre esta personalidade e seu grupo terrorista (nota: o netbook foi produzido em um período em que este líder terrorista ainda estava vivo e atuante), incluindo treinamento, recursos e atuação no mundo.
  • Capítulo 7 – ONU, descrevendo como a ONU se posiciona e direciona recursos para a pacificação e o contraterrorismo ao redor do mundo.
  • Capítulo 8 – Tipos de personagens, com diversos kits de personagem ligados ao tema de terrorismo e aventuras semelhantes: Cientista, Espião, Guerrilheiro, Hacker, Homem-Bomba, Militar, Policial, Político e Terrorista.
  • Capítulo 9 – Bin Laden, o Solitário do Islã, descrevendo a biografia deste líder terrorista.
  • Capítulo 10 – Usando este suplemento e Capítulo 11 – Considerações finais, ambos os capítulos com importantes dicas e recomendações do autor para o uso de terroristas nas mesas de RPG.

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download do netbook. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como o Guia do Terror!

Você pode também nos ajudar a movimentar o RPG fazendo parte do nosso Patronato. Mas se não puder, tudo bem! Venha fazer parte da nossa comunidade, começando pelo YouTube por exemplo.

Mecânicas de Terror – Taverna do Anão Tagarela #67

Nesta Taverna do Anão Tagarela reunimos Eduardo Filhote (narrador de Mar de Mortos) e Miguel Beholder (Escritor de Noites na Serra do Mar) para falar sobre Mecânicas de Terror. As diferentes formas que os livros apresentam estas mecânicas para tentar ajudar os narradores a imputar medo nos jogadores, será que tudo isso funciona?

A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

‎Assunto:‎‎ Mecânicas de Terror


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E-mail: contato@movimentorpg.com.br – Tem dúvidas sobre alguma coisa relacionado a RPG? Mande suas dúvidas para nosso e-mail.

Mecânicas de Terror

‎Host: ‎‎Douglas Quadros.‎‎ ‎
‎Participantes:‎‎Douglas Quadros ‎| ‎Raul Galli | Miguel Beholder | Eduardo Filhote
‎Arte da Capa:‎‎ ‎‎Raul Galli.‎

Arquivo 81 – Quimera de Aventuras

Arquivo 81 é uma série da Netflix baseada em um podcast homônimo. Lançada em Janeiro de 2022, Arquivo 81 tem 1 temporada com 8 episódios de aproximadamente 1h cada. Infelizmente a Netflix anunciou o cancelamento da série cerca de 2 meses após sua estreia, mesmo ela ficando no top10 de vários países e reconhecida com boas notas por críticos de todo o mundo.

Arquivo 81 tem produção executiva de James Wan (Jogos Mortais, Invocação do Mal, Sobrenatural) e Rebecca Sonnenshine (The Boys), em seu elenco conta com Mamoudou Athie, Dina Shihabi, Matt McGorry, Evan Jonigkeit, Martin Donovan, Julia Chan e Ariana Neal.

Você pode assistir à primeira temporada completa de Arquivo 81 na Netflix.

Arquivo 81 – Sinopse

A série Arquivo 81 acompanha a jornada de Dan (Mamoudou Athie), um profissional que trabalha com restauração de mídias e arquivos para o museu de NY, que recebe um contrato de trabalho de um excêntrico bilionário (Martin Donovan): fazer a restauração de um lote de fitas encontrados após um incêndio ocorrido em 1994.

Arquivo 81, uma série muito singular!

Durante a restauração, Dan descobre que essas fitas foram feitas por Melody (Dina Shihabi) no Prédio Visser. O objetivo de Dina era terminar sua tese de doutorado (uma memória em áudio sobre o Visser) e encontrar sua desaparecida mãe.

Tudo começa a ganhar proporções inesperadas e perigosas quando evidências que de um culto satânico começam a aparecer nas filmagens e a relação de Dan com isso tudo pode não ser apenas uma coincidência.

Com o avanço das restaurações, Dan se vê cada vez mais envolvido com os acontecimentos do passado, e de alguma forma se vê ligado à Melody, ao Visser e à tudo que pode ter acontecido em 1994. Mas até que ponto isso pode ser real?

Minha Opinião Pessoal

Arquivo 81 é uma daquelas gratas surpresas inesperadas que rendem uma maratona do nada. Confesso que peguei pra assistir muito que “por acaso”, naquela velha ideia de sapear o que se tem no catálogo em busca de algo. E eis que me deparo com outra série de terror inspirada em um podcast (a anterior que vi nesse sentido foi Lore, no Prime Video).

A série tem uma atuação fantástica, ótimas direções, um roteiro bem misterioso e com muitas reviravoltas e ótimas ferramentas técnicas de narrativa. Não sou nenhum somelier de cinema ou televisão pra vir falar de quesitos técnicos que pouco entendo… então foco no que sei!

Vamos Lá!

Arquivo 81 começa a mostrar que é diferente de tudo nos seus recursos narrativos. Começamos com Dan, num “estilo normal” de narrativa, até que começamos a mergulhar fundo na trama do passado acompanhando Melody num estilo foundfootage de narrativa. O que poderia ser ruim se mostrou uma escolha certeira!

Depois começamos a nos pegar envolvidos na trama que vai se desenvolvendo nas duas linhas do tempo de uma só vez, e assim como Dan, vamos descobrindo tudo à medida que ele também se envolve cada vez mais da situação.

Aliado a esses elementos, temos tudo que uma boa história de terror moderno pode exigir: dúvidas sobre a confiabilidade psicológica de quem nos mostra os eventos, indícios de forças ou presenças sobrenaturais, um edifício com um passado sombrio, personagens caricatos e ao mesmo tempo críveis que permeiam o limite entre o “comum” e o “bizarro” e o melhor de tudo: nada de explicações!

Boa parte do charme da série está justamente no fato de que nada é revelado, explicado, exposto excessivamente ou desenhado na sua cara pra te levar à interpretação desejada. Tudo está ali, mas nada explicado. Tire suas própria conclusões, faça suas próprias tramas, resolva o mistério da sua forma!

Juntar viagem no tempo, figuras demoníacas, cultos satânicos, prédios mal-assombrados, pessoas insanas e muito mistério poderia muito bem ser uma colcha de retalhos pobre e mal feita, mas se mostrou na verdade como sendo uma obra prima artesanal mal valorizada!

Quimera de Aventuras

Nesta sessão a série entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

O Visser

Os porões do Visser guardam muitos mistérios…

O Visser é um elemento à parte e muito interessante da trama. Um Hotel vivo que serve como condomínio e “ponte de ligação” para o mundo espiritual. As ideias para explorar o Visser em histórias de terror e horror não faltam.

Seja um poderoso vampiro que reside nos andares superiores e faz com que os moradores sejam seus involuntários carniças; ou grupo de magos satânicos prestes a realizar um ritual que exige o sacrifício de um considerável número de pessoas; uma abertura para o Inferno que, não fechado, permite a entrada e/ou influência de demônios dentro do prédio. Solte a criatividade em fazer do prédio o palco principal da trama!

Usando tal qual na série, o Visser é um prédio criado pela Sociedade Voss para trazer à terra um antigo lorde demoníaco. Em seu subsolo há uma ampla sala de rituais montada e mobiliada. Os andares inferiores contam com a recepção, salão de festas, salão de jogos e academia. Depois, subindo, os andares de apartamentos, até a cobertura, onde moram os mais ricos.

Restaurando um mistério

Passado e presente se desenvolvendo juntos!

Dan, o personagem principal, é um restaurador de mídias. Essa profissão permite investigar o passado através de midias antigas, como fotos e VHS (o caso da série).

Algum dos personagens da mesa (ou alguém ligado a um dos personagens) recebe o chamado para trabalhar na restauração de antigos arquivos perdidos.

Acontece que esses arquivos pertenciam a uma antiga sociedade satânica que estava em busca de um poderoso ritual, e este exigia o sacrifício de muitas pessoas. Algo deu errado, porém, e o ritual não funcionou.

Anos mais tarde, agora com mais recursos e conhecimentos, o misterioso patrono busca refazer o ritual, mas para isso precisa restaurar o material e conseguir de volta os dados para o ritual.

A Sociedade Voss

Sociedade Voss – uma sombria seita para sua mesa

A Sociedade Voss é uma antiga ordem ritualística fundada pela (supostamente) extinta Família Voss na década de 1930.

De lá pra cá, a Sociedade Voss deixou de ser algo restritamente familiar e abriu seus portões para novos membros e adeptos. Artistas, empresários, filantropos… não importam os cargos, e sim a capacidade financeira e o status social para fazer parte.

A Sociedade Voss age tal qual uma sociedade secreta comum, e seus membros habitam (ou possuem habitações) no Edifício Visser, e seu objetivo é a realização de um ritual que pode abrir os portões para o Inferno.


É isso, espero que você tenha gostado e que tenha ficado interessado pela obra, Arquivo 81 é uma série incrível, com trama e atuações que trazem um novo fôlego a um ja saturado gênero. Gostou das ideias? Portanto mande seu comentário e não perca a oportunidade de acompanhar outras aventuras em Escafandro.

Autor: Eduardo Filhote
Revisado por: Isabel Comarella
Montagem da Capa: Juaum

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