Pela primeira vez na história da Jambô Editora, foi aberta uma seleção para novos autores dentro do cenário de Tormenta! O Crônicas da Tormenta Volume 3 é, como o nome diz, a terceira edição da antologia de contos passados dentro do universo de Arton. As edições anteriores tiveram a participação de grandes nomes como Leonel Caldela e Raphael Dracon! Você também pode conhecer mais sobre os jurados aqui.
Vamos conhecer os os vencedores e as menções honrosas, então?
Vencedores
Emerson Xavier – Segunda chance
Marcela Alban – Sonho de uma noite de Tormenta
João Victor Lessa – Noite de jogos
João Victor Teixeira – Segredos de irmãos
Francine Cândido – Tempo de espera
Carlos Alberto Xavier Gonçalves – Transmutador
Menções Honrosas
Keine Martins – Herança
Jorge Botelho – Airgaid
Rodrigo Ferro – O Caçador de Monstros
Mateus Queiroz – A Cápsula
Caliel Cardoso de Oliveira – Em nome do Reinado
Julião Gonçalvez Amaral – A Confraria do Dragão Vermelho
Thiago Loriggio – O Mal em Cifado
Parabéns a todos os novos escritores de Tormenta! 😀
Aqueles amantes de Tormenta que gostam de escrever e sempre sonharam em colaborar com o universo oficial ainda tem duas semanas para mostrar o seu valor. A Jambô Editora abriu edital para a seleção de seis contos para integrar a antologia Crônicas da Tormenta Vol. 3. É a primeira vez essa oportunidade é aberta igualmente à profissionais e amadores. Mais uma iniciativa da comemoração dos 20 anos do universo. Além da publicação, o edital prevê prêmio em dinheiro de R$300,00 (algo raro nesse tipo de concurso) e cópias do livro para venda.
Mais abaixo você pode checar os pontos principais do edital de Crônicas da Tormenta Vol. 3, ou lê-lo inteiro aqui (que na verdade é o mais recomendado. Sério, se for participar leia o edital inteiro)
1. Sobre os contos
Os contos devem:
Ser ambientados no universo fictício de Tormenta, utilizando elementos deste cenário.
Conter narrativas ficcionais em prosa autocontidas e com final surpreendente, nos gêneros de ação, aventura, comédia, fantasia, suspense ou terror.
Conter entre 10 e 40 mil caracteres (sem espaços).
Preferencialmente, os contos devem ser ambientados no contexto atual do mundo de Arton, tendo como tema ou pano de fundo os eventos da Guerra Artoniana (veja a bibliografia sugerida no final do edital), mas isso não é obrigatório.
Sobre a inscrição
Para se inscrever, envie um e-mail para contato@jamboeditora.com.br com o assunto “Conto para Crônicas da Tormenta Vol. 3”. O e-mail deve conter nome completo, data de nascimento, estado civil, RG, CPF, endereço completo.
Além disso, indique o link para pelo menos uma de suas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, etc.) e se você pertence a um dos seguintes grupos sociais: mulheres; pessoas negras; pessoas LGBTQI+; pessoas indígenas. Pessoas que se declararem pertencentes a um desses grupos podem ser contatadas pela organização do edital.
Em anexo, envie seu conto em formato .doc, .docx ou .rtf, com as configurações padrão do Microsoft Word (fonte Calibri, tamanho 11).
A inscrição é gratuita e aberta a todos com 18 anos ou mais, com a exceção de funcionários da Jambô e parentes em primeiro grau de funcionários da Jambô ou de membros da comissão julgadora. Cada autor poderá inscrever apenas 1 (um) conto no concurso.
O prazo final de inscrição é 31 de agosto de 2019, até às 23h59.
Sobre a seleção
A seleção será realizada por uma equipe de jurados escolhidos pela Jambô Editora. Os critérios avaliados serão: estilo e personalidade da escrita; domínio da língua portuguesa; coerência do texto com o universo Tormenta.
Dos contos enviados para participação, serão escolhidos 6 (seis) para publicação. Todos os autores terão os contos selecionados pelo júri pelos critérios acima mencionados de seleção. De todos os autores selecionados, 3 (três) deverão, obrigatoriamente, pertencer a um ou mais dos seguintes grupos sociais: Mulheres, Pessoas negras, Pessoas LGBTQI+, Pessoas indígenas.
Os resultados serão publicados no site da Jambô Editora até 30 de setembro de 2019. A decisão dos jurados é final e irrevogável.
Bibliografia de Tormenta sugerida
A seguir está uma lista de livros e artigos com informações aprofundadas sobre
Tormenta.
Livro Tormenta RPG: Edição Guilda do Macaco (especialmente a Introdução).
Caixa O Mundo de Arton.
Suplemento Valkaria: Cidade sob a Deusa.
Os seguintes artigos da revista Dragão Brasil: “Pela pureza de Arton!” (DB 130), “A Guerra Artoniana, parte 1” (DB 136), “A Guerra Artoniana, parte 2” (DB 137) e “Conselho de Guerra” (DB 138).
Todos os romances, antologias e quadrinhos do universo Tormenta.
Olá aventureiros! Neste episódio do Movimento RPG Podcast, Douglas Quadros vai até Bri para beber na Taverna do Pônei Saltitante e encontrar com Danilo Sarcinelli para falar do RPG e a Escrita Criativa. Inicialmente os dois tem uma fantástica conversa sobre as origens rpgísticas do convidado, esta característica tão comum pelos escritores.
Contudo, os dois não se limitaram a falar das suas origens, o papo principal foi sobre o rpg como uma ferramenta de escrita criativa e aliás como ele é importante pare este processo, dando ferramentas lógicas (como as fichas) para que o narrador escritor possa organizar melhor os eventos na sua cabeça e também como é muito diferente narrar e escrever. Eventualmente falaram sobre a diferença entre inspiração e cópia e métodos de concentração (ou não). Posteriormente Danilo respondeu algumas perguntas dos ouvintes e escritores para que nenhuma dúvida restasse sobre a ajuda deste magnifico jogo de interpretação de papéis na escrita criativa.
Enquanto conversavam, Douglas Quadros bebeu uma grande caneca de cerveja de Grãos e Danilo Sarcinelli um Mate Gelado, pegue uma bebida, puxe uma cadeira e acompanhe está conversa extraditaria sobre os bastidores do processo criativo de um escritor que usa ativamente o rpg e seus ensinamentos.
PS para os fãs de Tormenta: inesperadamente foi falado de Tormenta RPG!
Se o RPG brasileiro está morto, certamente vivemos a maior e mais aterradoras dos apocalipses zumbi. É essa impressão que fica com o fim da campanha de financiamento coletivo Tormenta 20, que serve tanto para comemorar as duas décadas do maior (e acho que não tem mais como questionar isso) RPG brasileiro, quanto como prelúdio para a próxima edição do livro de regras. O financiamento, cuja meta era arrecadar agora modestos R$ 80 mil, bateu todos os recordes se aproximando de R$ 2 milhões.
Gostando ou não de Tormenta, a campanha deixa claro a importância da ambientação para o RPG brasileiro e faz história. E aqueles que colaboraram ganharam não só dezenas de acréscimos (de acordo com o que foi pago, claro), como também participação direta em decisões do livro por meio de voto, crédito por escrito e a promessa de produção de um curta metragem, sonho antigo e cogitado desde os tempos do premiado mangá nacional Holy Avenger, pelo menos.
Com o fim da campanha, começa a terceira década da história de Tormenta. Parabéns a todos os envolvidos nessa conquista para o RPG nacional. E a única coisa que temos a dizer depois dessa monstruosidade é: Nos vemos em Arton.
Você pode ler nossos textos anteriores sobre o assunto a seguir.
Uma parte da campanha que foi especialmente engajadora, foi a votação de NPCs e raças. Com direito a campanhas pesadas (e hilarias), disputas apertadas, apunhaladas pelas costas e até uma mudança súbita de regra no maior estilo Mestre de RPG malandrão, foi nessa votação em que os fãs de Tormenta tiveram a oportunidade de ajudar a moldar o mundo de Arton de acordo com seus gostos. Dentre os NPCs, as votações foram separadas por obra originária, enquanto as raças foram separadas por conceito. Abaixo listamos quem venceu cada uma das votações, e finalizamos com a lista de metas complementares e o que cada uma trará ao livro.
NPCs
Clássicos de Arton: Rainha-Imperatriz Shivara Sharpblade
Holy Avenger: Lisandra
Trilogia da Tormenta: Vanessa Drake
Dungeon Crawlers e 20Deuses: Val
Ledd: Barba Branca
A Joia da Alma: Gwen (em segundo turno contra Verônica)
A Flecha de Fogo: Maryx
Guilda do Macaco: Klunc
Raças
Grandões: Trog
Artonianas: Medusa
Clássicas: Halfling
Exóticas: Golem
Novos Horizontes: Sprite
Repescagem: Esqueleto, Aggelus/Sulfure e Sereia/Tritão
Olá aventureiros! No episódio de estréia do Movimento RPG Podcast, Douglas Quadros vai até Malpetrim para conhecer a Taverna do Macaco Caolho (Empalhado) e se encontrar com Rogério Saladino. Primeiramente os dois tem uma fantástica conversa sobre Tormenta RPG, este cenário tão querido pela nação tupiniquim que arrecadou mais de 1 milhão tibares de ouro na campanha do financiamento coletivo e tornou-se a maior campanha de todo o Brasil, que chegou a derrubar o catarse.
Contudo, os dois não se limitaram a falar sobre Tormenta 20, falaram sobre toda a trajetória de tormenta que nasceu na edição 50 como um cenário para AD&D, Gurps e é claro 3D&T o cenário da casa. Eventualmente falaram sobre o futuro do cenário e toda a luta que está sendo desenvolver um sistema todo novo afinal o cenário já existe a vinte anos, assim a ajuda dos fãs de tormenta tem sido essencial para o melhoramento do sistema. Posteriormente Rogério respondeu algumas perguntas dos fãs de tormenta, para que nenhuma dúvida acompanhasse essa transição magnifica.
Enquanto conversavam, Douglas Quadros bebeu uma grande caneca de cerveja e Rogério Saladino um suco de manga (para tentar não soltar nenhum spoiler do que Tormenta 20 pode ter), pegue uma bebida, puxe uma cadeira e acompanhe está conversa hilária sobre o extraordinário cenário de Tormenta.
Há pouco mais de um mês, no dia 10 de maio, foi iniciada a campanha do Catarse para o lançamento da nova edição do RPG Tormenta, que até agora tem sido chamada de Tormenta 20, em alusão aos 20 anos do universo. A força da marca não é segredo para ninguém que conheça um pouco de RPG nacional, sendo o sistema brasileiro jogado a mais tempo consecutivo, que deu origem a vários livros e quadrinhos ao longo dos anos. Tendo isso em mente, era de se esperar que uma campanha de financiamento coletivo pra o lançamento de uma aguardada nova edição fosse bem sucedida, mas nem mesmo os membros mais otimistas da equipeesperavam o que realmente aconteceu.
O dia que o Catarse levou um acerto crítico
A campanha foi anunciada com um certo tempo de antecedência para gerar barulho e engajar os apaixonados fãs do sistema. Um vídeo de agradecimento foi planejado para quando a meta de R$ 80 mil reais fosse atingida, quem sabe em alguns dias, uma semana. Para o caso das metas estendidas também serem atingidas, algumas imagens comemorativas para serem lançadas também já estavam preparadas para ir ao ar, e a equipe que até então correra contra o tempo para deixar tudo preparado para funcionar sem problemas estava pronta para iniciar a campanha. E iniciou. Por volta de uma hora depois, a meta estava atingida, assim como toda a primeira fase de metas estendidas, e o Catarse fora do ar pela quantidade de acessos. Tormenta 20 atingiu a marca de se tornar a maior arrecadação da plataforma em 24 horas até hoje.
É Oficial! Temos um novo Jack Bauer no Catarse: #Tormenta20 é a maior arrecadação do Catarse nas primeiras 24h de campanha.
Parabéns a toda a comunidade pelo feito histórico no financiamento coletivo brasileiro! o/
Para quem não está familiarizado com o funcionamento dos financiamentos coletivos, um breve resumo: Propõe-se um projeto em uma plataforma especifica voltada para o financiamento, neste caso o Catarse. Pessoas interessadas no projeto investem determinados valores que podem ser tanto pelo simples prazer em ajudar, geralmente os mais baixos, até maiores investimentos em troca de premiações mais interessantes. No caso do Tormenta 20, tais prêmios vão desde cópia digital do novo módulo básico com nome nos créditos do livro, até box exclusivos recheados de acessórios para jogar com livro físico autografado, passando ainda por uma já esgotada Medalha Imperial Ordem de Wortar II que nunca mais será produzida. Além disso, é comum que a cada nova meta atingida, esse orçamento extra seja prometido na incrementação do produto financiado e 45 dessas já foram atingidas.
E é nesse ponto em que surge algo que vem realmente movimentando os grupos de fãs do sistema: As votações das raças disponíveis para se jogar no livro. Em um universo gigantesco como Arton, construído ao longo de duas décadas por jogos, livros e quadrinhos, também foram introduzidas raças diversas, e algumas das recompensas incluem votações para decidir quais delas terão suas regras disponibilizadas para que os jogadores façam seus personagens. Há campanhas apaixonadas e acirradas no grupo de Facebook oficial do sistema, Masmorra de Valkaria, com direito a textões e memes, tentando convencer os demais de qual seria a melhor escolha para todos.
Tormenta 20: O futuro
O financiamento de Tormenta 20 continua a pleno vapor! Tendo arrecadado impressionantes R$ 789 mil reais há ainda 27 dias do encerramento, está a menos de R$ 1.000 de se tornar a maior campanha da história do Catarse, uma clara demonstração da grande força da comunidade brasileira de RPG, que de tempos em tempos é dada como morta apenas para ressurgir com ainda mais força e quebrar tudo — literalmente nesse caso.
Atualização
Menos de 1 hora após a publicação, Tormenta 20 atingiu a meta e se tornou a maior campanha da história do Catarse. Parabéns a todos os envolvidos!
No último domingo de abril, este aqui que traz notícias RPGísticas para vocês, também conhecido como Vinicius Mendes, foi no Diversão Offline 2019. Uma oportunidade única de conhecer e conversar um pouco com Rogerio Saladino, um dos membros do Trio Tormenta!
A chance apareceu com o lançamento da antologia de contos Curtos & Fantásticos, fruto do projeto Diário de Escrita do Papo de Autor, que inclusive tem uma participação do nosso arquimago Douglas Quadros. O livro foi lançado pelo Odisseias, selo alternativo da Jambô Editora, e aproveitei que estava no mesmo stand que Saladino no maior evento de boardgames da América Latina para fazer uma rápida entrevista com um dos criadores do universo que está comemorando 20 anos.
Rogerio Saladino foi muito simpático e acessível, disposto a responder quantas perguntas fossem. Apesar disso, concordamos em realizar a entrevista por e-mail para que ele pudesse dar maior atenção aos admiradores no evento, assim como aos desejos de parabéns, já que também fazia aniversário no dia.
Logo abaixo você pode ler Saladino falando um pouco sobre o processo de criação de Tormenta, os planos para 2019 e os 20 anos e a visão dos criadores de Tormenta sobre a mudança no público nerd nos últimos anos.
Curiosidade: No dia de hoje, 10 de maio, iniciou o financiamento coletivo do projeto Tormenta 20. Eles bateram o objetivo em menos de 1 hora e derrubaram o site do Cartase pela quantidade de acessos. Parabéns a todos os envolvidos!
Para quem não é muito familiarizado com a criação de Tormenta, qual foi seu papel na construção do cenário?
Rogerio Saladino: Olha, a coisa não foi tão… cartesiana como algumas pessoas podem pensar, não foi uma coisa de se pegar um mapa e se dividir na régua o que cada um ia fazer. Em muitos casos, a gente deu palpite na ideia do outro, e um terceiro acabou escrevendo! Pegamos muita coisa que já estava escrita, que já tinha saído na Dragão Brasil e vimos como se encaixava em um cenário maior, se dava para usar ou não. O que precisava escrever a mais, a gente fazia. Em alguns casos, faltava uma coisa, a gente via quem ia escrever. Eu lembro que eu tive uma boa participação na criação dos grandes magos do cenário, Vectorius e Talude (afinal todo cenário tem um grande mago, Tormenta tem dois!), na Academia Arcana e em Vectora, no deus da traição Sszzaas, nos trolls nobres e em várias coisas menores e vários reinos do Reinado (os reinos foram meio que decididos com nós três juntos). Um pouco dos dragões-reis, também.
Eu posso estar esquecendo algumas coisas, claro… (poxa, são 20 anos!)
Estão começando as comemorações de 20 anos de Tormenta. Quais novidades podemos esperar em 2019?
RS: Bom, a primeira é a (tcharãns) campanha do Tormenta 20, um baita livrão em que vamos comemorar os 20 anos do cenário com tudo novo. Vamos evoluir o sistema do Tormenta RPG, com a intenção de deixá-lo mais ágil e rápido, sem tirar a multitude e variedade que são tão queridas dos fãs. E vamos fazer o possível para que o novo sistema seja compatível com o que já saiu em livros anteriores. E com “compatível” quero dizer que você vai poder usar os livros antigos, não que seja a mesma regra, ipsis literis. Claro que vai ter um pouco de adaptação, mudar umas poucas coisas de um para outro, mas, note bem POUCAS coisas.
Ainda neste ano vamos ter mais novidades, mas ainda não posso falar delas… só garanto que os fãs vão ter certeza que 2019 foi um ano marcante para Tormenta.
Tormenta é o cenário de RPG brasileiro jogado há mais tempo consecutivo e tem grande público fiel e apaixonado. A decisão pelo financiamento coletivo foi uma forma de fazer esse público se sentir incluído no projeto? Como foi o raciocínio por trás dessa escolha?
RS: Pensamos muito em como poderíamos fazer o Tormenta20 ser uma comemoração, não só um livro novo. A ideia era que, com o financiamento coletivo, os fãs poderiam participar mais, ter seu nome no livro e, dependendo de como fosse o projeto, participar com sugestões, opiniões, ou através das metas, melhorando ou dizendo como eles queriam o livro.
Foi uma forma de dizer “vamos fazer esse livro aqui, querem ajudar a gente?”. No RPG, quanto mais gente participa, é melhor, então achamos que podíamos levar essa ideia para o livro também.
Como o projeto Tormenta 20 pretende abraçar os fãs antigos? E como esse projeto renova o cenário para conquistar fãs novos?
RS: A ideia é exatamente essa, fazer um sistema que não afaste o jogador novo e que contente o antigo. Seja compatível com o que já existe, mas com soluções rápidas e divertidas para o jogador iniciante. Vamos dar uma boa olhada e mexida na criação de personagem, nas habilidades de raça, classe, nas próprias raças e classe e no sistema de magia, para deixar o jogo ágil, e mais rápido de se criar um personagem, com mais elementos para ajudar na interpretação e na criação da história do personagem.
Para deixar a coisa rápida e divertida, para ajudar a jogar e criar a história.
Esses são elementos que dão mais ferramentas para o jogador, e acreditamos que sejam legais tanto para o novato como o experiente.
É claro que vamos ter um baita trabalho para colocar isso em regras que possam ser compatíveis com os livros anteriores, mas acreditamos que seja possível de se fazer, com um pouco de discussão e game design.
O RPG, e o meio nerd como um todo, tem se tornado cada vez inclusivo e temos um grande aumento tanto de consumidores LGBTQ e mulheres, quanto da representatividade nas obras, com mais personagens de outras etnias e mulheres menos sexualizadas, por exemplo. Como você e os outros criadores de Tormenta enxergam essa mudança?
RS: De uma forma extremamente positiva! Vivemos num mundo diverso, e o RPG, como um produto cultural, tem que ser um reflexo disso. Temos feito um esforço para adequar o cenário, em todos os seus produto (livros, quadrinhos, livros de RPG, etc.), para fazer a marca Tormenta cada vez mais inclusiva, e não apenas em seus personagens, mas nas tramas, histórias, estilo, colaboradores, direção de arte e… bom, tudo. Nossa intenção é fazer um jogo que todos se divertam e que possa ser usado por todo mundo.
No dia 11 de abril de 2019 as redes sociais da Jambô Editora anunciaram o inicio das comemorações dos 20 anos do universo de Tormenta, lar de vários RPGs, livros e quadrinhos. O anúncio convida os fãs a participar de um financiamento coletivo que se inciará em 10 de maio, pelo Catarse.
Tormenta está completando 20 anos. Para comemorar, teremos um novo início, um novo jogo. Este é TORMENTA 20.
Tormenta é o RPG mais longevo do país. Tem a maior coleção de títulos. Nunca deixou de ser publicado. Isso tudo só foi possível por causa dos fãs.
Por isso queremos agradecer e comemorar com vocês, fazendo algo especial.
Uma grande campanha, com espaço para você participar do desenvolvimento do livro, receber itens exclusivos e colocar seu nome no jogo que estará presente pelos próximos 20 anos.
Tormenta 20 será um livro básico completo. Textos e ilustrações inéditos, regras mais ágeis e divertidas. Todo o conteúdo necessário para jogar. Acabamento de luxo, colorido, com capa dura e papel de alta qualidade.
Um passo enorme para Tormenta e um novo nível de interação com a comunidade! Lado a lado, mais do que nunca!
A campanha começa dia 10 de maio, no Catarse. Acesse em www.Tormenta20.com.br. Vamos juntos escrever a história do RPG no Brasil. Vamos juntos mostrar a força dos fãs de Tormenta!
Aqui no Movimento RPG somos bastante entusiastas do RPG nacional, e não dá para comentar as criações brasileiras sem falar sobre Tormenta, o maior universo de fantasia criado por aqui. Iniciado em 1999 como um suplemento oficial da lendária revista Dragão Brasil, o universo de fantasia capa-e-espada foi sendo expandido por mais de duas décadas com RPGs, quadrinhos e romances diversos. Hoje em dia, a responsável pelo universo é a Editora Jambô, nossa parceira.
Aproveitando que acabou o carnaval e 2019 finalmente começou para valer, até agora foi só o modo treino, listamos aqui os principais lançamentos de Tormenta para o começo deste ano:
O novo romance de Leonel Caldela, autor de A Lenda de Ruff Ghanor, Ozob e O Código Élfico, dentre outros, foi o maior lançamento de literatura da CCXP 2018, é um romance único que se passa em Tormenta e narra o grande embate entre a civilização humana e a monstruosa Aliança Negra. Apesar da ambientação pesada, afinal, o título já baseado em um mistério do universo que já existe há mais de 20 anos, não é uma obra que exige conhecimento prévio de Tormenta, podendo ser até mesmo um excelente primeiro passo para navegantes de primeira viagem:
“Ele está chegando.
A profecia nos avisou que, com o eclipse, viria o Arauto da Destruição, tingindo os campos de vermelho. Ele já destruiu o Reino dos Elfos com seu exército de monstros. Só existe uma coisa que pode detê-lo, mas ninguém sabe o que é.
Passei minha vida toda estudando a profecia. Todos nós dedicamos cada minuto a tentar decifrá-la, em busca de uma arma, de uma esperança. Mas a última barreira caiu e ele está chegando.
A sombra da morte cobrirá nossos reinos, a menos que alguém responda a pergunta que nos atormenta desde o início.
O novo suplemento do Tormenta RPG apresenta a Ilha Nobre e a raça moreau, um povo com características animais. Além disso, como todo bom suplemento, são várias opções de regras atualizadas e revisadas para mestres e jogares do universo de Tormenta em 128 páginas ilustradas e coloridas. A autoria é de Marcelo Cassaro, Álvaro Freitas e Marcelo Wendel:
“Espada e magia. Garras e presas. Neste mundo de heróis que são feras selvagens, imagine os vilões…
Reinos de Moreania é um novo e vibrante mundo de campanha para Tormenta, o maior RPG do Brasil. Conheça o povo-fera moreau e venha desbravar a Ilha Nobre em batalha contra horrores antigos.”
O esperado novo volume do mangá de J. M. Trevisan, com arte de Lobo Borges e Heitor Amatsu, continua a saga do jovem Ledd para descobrir qual o seu passado e de onde vem os seus poderes. O volume de 128 páginas reúne os episódios 17 a 20 da história, com 10 páginas coloridas e 20 de conteúdo extra exclusivo:
“Depois de recuperar o cristal contendo a essência da dragoa Kashii e enfrentar a Lança Rubra da enlouquecida Nina Korish, Ledd, Ripp e Drikka seguem o conselho de Golinda e vão em busca de Ciça, a Eterna.
Entretanto, a busca de Ledd por seu passado pode abrir portas que talvez devessem permancer fechadas.”
“Não há tabelas de armas. 3D&T nunca terá tabelas de armas. De jeito nenhum.” – Marcelo Cassaro na introdução do Manual 3D&T Alpha – Versão Revisada.
Tenho certeza que muitos RPGistas veteranos torceram o nariz imediatamente ao ler a frase acima, mas sejamos sinceros: se você alguma vez já tentou jogar RPG com um completo iniciante usando sistemas considerados clássicos, deve ter gastado mais tempo respondendo perguntas como “o que é uma klaive”, “o que significa 18-20/x2” ou “onde eu anoto a penalidade do meu colete kevlar” do que jogando de fato.
Afirmo, sem medo de errar, que 3D&T – acrônimo meio zoado para Defensores de Tóquio 3ª Edição – é o melhor sistema para introduzir um novo jogador ao RPG (seguido pelo FAE, mas aí já é outro review). O sistema é simples e dinâmico e a criação de personagens é extremamente rápida, principalmente se o mestre der uma forcinha na hora de escolher Vantagens e Desvantagens.
Jogadores veteranos que derem uma chance ao sistema vão encontrar um sistema narrativo extremamente sólido, com mecânicas que podem gerar ótimas oportunidades de interpretação, principalmente pra quem tem interesse naqueles momentos super dramáticos de obras como Fullmetal Alchemist ou Scott Pilgrim.
Para que esta resenha não fique muito extensa, vou tentar separar os pontos fortes e fracos do sistema em tópicos:
Pontos Fortes
• Regras acessíveis e dinâmicas – Role um dado para atacar, um dado para defender e um dado para resolver qualquer outro tipo de ação. Um jogador iniciante consegue aprender isso em poucos minutos, enquanto um jogador veterano vai levar, literalmente, segundos para entender o sistema. Além disso, é muito fácil para o mestre improvisar regras novas ou criar estatísticas do nada quando seus jogadores tomam um rumo inesperado durante a aventura.
• Solidez e equilíbrio – Apesar da simplicidade, 3D&T é um sistema equilibrado e com poucos furos a serem explorados por aqueles jogadores chatos que querem se sobressair às custas da diversão dos outros.
• d6 – 3D&T usa apenas dados comuns de seis faces para jogar. Isso não costuma ser um grande empecilho em cidades grandes e capitais, mas em vários pontos do Brasil ainda é relativamente difícil achar dados multifacetados.
• Construção de personagens rápida e descomplicada – Um dos maiores problemas que eu costumo enfrentar ao introduzir novos jogadores usando jogos como Mundo das Trevas ou D&D é que a construção de personagens é tão demorada que o iniciante muitas vezes já perdeu a empolgação ao terminar de fazer a ficha. 3D&T usa poucos pontos, permitindo ao mestre e aos jogadores iniciarem a partida quase que imediatamente.
• Versatilidade – Por ser um sistema genérico, 3D&T pode ser facilmente adaptado para qualquer tipo de cenário, desde lutas colossais como em Dragon Ball Z e One Punch Man até aventuras mais modestas na pegada de Stranger Things. O sistema é simples o suficiente para que o mestre faça modificações sem muita dor de cabeça, contando inclusive com um suplemento totalmente voltado para este tema, o Manual do Defensor.
• Cenários diferenciados – 3D&T tem três cenários oficiais muito diferentes entre si, reforçando a versatilidade do jogo: Tormenta Alpha (o mundo de fantasia mais querido do Brasil em sua versão anime-chuta-baldes), Brigada Ligeira Estelar (uma cruza entre Space Opera, Mechas e espionagem, no melhor estilo Gundam Wing ou Code Geass) e Mega City (uma gigantesca cidade que une 4 outros mini-cenários: Super Mega City, com super-heróis; O Torneio das Sombras, com lutadores ao estilo Street Fighter e Final Fight; Megadroide, com robôs ao estilo Megaman e, por último, Crônicas de Nova Memphis, com anjos, demônios e vampiros na pegada dos jogos do fim dos anos 90 com temas apocalípticos e sobrenaturais).
• Drama e narrativa – Sabe aqueles momentos épicos de anime em que o herói desperta o Sétimo Sentido ou vira Super-Sayajin? Então, 3D&T é feito para isso!
• Opções infinitas – Pense no personagem mais louco que você consegue imaginar. Pensou? Dá pra montar em 3D&T.
• Gratuito – Precisa dizer mais? É só baixar o PDF no site da Jambô.
• Sem tabela de armas – Sério, quem precisa delas?
Pontos Fracos
• Excesso de termos estrangeiros – Sei que é chatice da minha parte, mas o uso excessivo de termos em japonês ao longo do manual é um tanto incômodo, a ponto do livro apresentar um glossário no capítulo inicial. Palavras como Kemono, Ningen e Youkai poderiam facilmente ser trocados por termos em português, principalmente em um jogo que visa introduzir iniciantes ao RPG.
• Resolução de conflitos muito voltada para o combate – Isso não chega a ser um grande problema para grupos que gostam de usar a inteligência dos jogadores e o roleplay como forma de resolução de conflitos, mas pode atrapalhar os iniciantes mais tímidos. De qualquer forma, o suplemento Manual do Defensor oferece alternativas para isso.
• Liberdade demais – A versatilidade é um dos pontos mais fortes do sistema, mas talvez seja preciso acertar os ponteiros entre o mestre e todos os jogadores antes de começar a jogar para evitar o cara que insiste no “eu tenho PdF5 e uma pistola d’água” em uma campanha de Dark Fantasy, por exemplo.
• Sem tabela de armas – Bom, tem quem goste, né?
Com ou sem tabela de armas, 3D&T é um sistema roubusto, dinâmico, e simples o suficiente para que jogadores iniciantes sejam introduzidos ao RPG sem dificuldade. Marcelo Cassaro, seu autor, sempre viu o sistema como uma porta de entrada para RPGistas novatos, que depois de conhecer o hobby migrariam, naturalmente, para jogos mais complexos como D&D ou Mundo das Trevas. Eu, humildemente, tendo a discordar do autor aqui. 3D&T tem características únicas e um sabor especial que tornam ele diferente de qualquer outro RPG, e a boa quantidade de suplementos pode agradar a iniciantes e veteranos.
Bom jogo a todos!
Baixe o Manual 3D&T Alpha — Edição Revisada clicando aqui.