O telefone preto e Outras Histórias- Resenha

O telefone preto e Outras Histórias – é um livro de contos, sendo que um deles foi adaptado para o cinema, como ” O telefone preto”, combina perfeitamente com sexta-feira 13. Pela Produtora Blumhouse. Editora Harper Collins. Anteriormente publicado no Brasil como “Fantasmas do Século XX”. 

Escrito por Joe Hill ( filho de Stephen King, na verdade – olha a foto:), e tradução por Ulisses Teixeira.Joe Hill, filho de Stephen King, a cara do pai

O telefone preto

O conto original é bem curto. Foi MUITO aumentado em volume, personagens e eventos para se transformar no filme de sucesso que assistimos.

Apesar disso, não diria que foi “apenas” adaptado para tela grande, foi melhorado mesmo. Como conto, achei mediano, sinceramente.

Há estórias melhores e piores que o Telefone preto …

No mesmo livro de contos. Vamos citar todas aqui e agora.

  1. Melhor estréia de terror
  2. Fantasma do Século XX
  3. Pop ART
  4. Você ouvirá o canto do gafanhoto
  5. Os filhos de Abraham
  6. Melhor que lá em casa
  7. O telefone preto
  8. Entre as bases
  9. A capa
  10. Último suspiro
  11. Natureza morta
  12. O café da manhã da viúva
  13. Bobby Conroy volta dos mortos
  14. A máscara do meu pai
  15. Internação voluntária
  16. Agradecimentos (há um conto a mais escondido nos agradecimentos)

Nesta edição de contos…

O telefone preto e outras histórias

Alguns eu gostei muito, outros acho que nem fariam falta (embora o escritor da introdução, no livro, discorde de mim).

O que gostei, e o que não gostei:

  1. Melhor estréia de terror – nível Além da Imaginação, e com dois plots no mesmo conto. Gostei muito.
  2. O fantasma do Século XX – mais como uma homenagem a sétima arte, do que uma boa estória.
  3. Pop ART – talvez haja uma metáfora que não entendi muito bem. Não curti.
  4. Você ouvirá o canto do gafanhoto — muito bom, uma homenagem a Kafka, um manifesto anti bullying, terror, muitas pautas que achei bem amarradas num único texto. Excelente.
  5. Os filhos de Abraham – um exercício de imaginação e homenagem a Drácula. Eu não gostei do resultado final.
  6. Melhor que lá em casa. — Agridoce. Um pouco panfletário demais pro meu gosto. Médio.
  7. O telefone preto – o prato principal da coletânea me decepcionou um pouco. Não que seja ruim, mas o filme é muito maior e melhor.
  8. Entre as bases – Eu gostei bastante deste.
  9. A Capa – todo vilão tem um passado. Um motivo para se tornar o que é. Este foi um bom exemplo. Gostei.
  10. Último suspiro – mais um bem típico de Além da Imaginação. Bem do meu gosto.
  11. Natureza morta – boas ideias podem estar em textos curtos, de apenas 2 páginas. Gostei dessa curiosidade.
  12. O café da manhã da viúva – eu gostei, de uma forma estranha, que não sei explicar. Acho que era isso que o autor queria causar.
  13. Bobby Conroy volta dos mortos – homenagem a George Romero e Robin Williams. Eu gostaria que fosse menos clichê. Não gostei.
  14. A máscara do meu pai – mais um que gostei, mas causou certa estranheza. Achei médio.
  15. Internação voluntáriaum dos melhores está no final. Aborda questão de autismo e exclusão, mas não achei panfletário. Mais um que achei as diferentes pautas bem amarradas num conto de terror, todavia senti muita influência de Stephen King.
  16. Agradecimentos – achei que foi plágio de um dos contos do pai. Não reclamo, visto ser um extra, mas achei sofrível mesmo.

Fique a vontade para discordar.

Como você deve ter notado,…

Eu não sou um escritor profissional,

Mas talvez haja algumas coisas nesta coletânea que eu e você possamos fazer melhor, em 317 páginas de papel Pólen.

Observe que em outras resenhas, eu coloco pontos fortes e fracos de certos jogos e/ou RPGs.

Se você é um fã de Stephen King, como eu, vai perceber influência importante em alguns pontos, embora o autor tente se distanciar no estilo em outros. 

Dentre alguns trechos de Stephen King que mais gosto, coloco:

” … Fulano é incapaz de achar o próprio traseiro com as 2 mãos livres e uma lanterna..”

“… Se há um sujeito puramente mais idiota que um novaiorquino, é um sujeito de Nova Jersei…”

” …Mais inglório que morrer na explosão de uma esterqueira…”

Não achei passagens tão espontâneas neste livro de contos, mas achei que passou perto.

Até breve, querido RPGista, leitor, ou mestre. (Ou escritor/crítico literário …)

Quer mais resenhas? Clica aqui.

E uma Sortuda e Feliz Sexta-feira 13…(afinal, o que mais pode dar errado?)

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Alien – resenha

Alien é um filme de terror, que inaugurou o estilo sci–fi horror,  como o conhecemos. Com Alien Romulus chegando aos cinemas, mais um filme da franquia, vamos falar um pouco sobre o primeiríssimo filme.

No Brasil, foi lançado com o título de “Alien, o Oitavo passageiro”, originalmente estreou em 1979, com direção de Ridley Scott, e grande elenco introduzindo Sigourney Weaver ao estrelato vitalício.

 

Em “Alien, o Oitavo Passageiro”, diferente de outros …

Filmes na época, com alienígenas peludinhos e amiguinhos como em Star Wars (guerra nas estrelas, naquele tempo), ou “ET, o extraterrestre”, uma criatura frágil que precisa ser protegida, o esquema é o outro.

Num universo frio e hostil, o ser humano é uma caça, não um caçador. Você, todos que você ama, conheceu ou vai conhecer, são apenas parte da cadeia alimentar.

E outro animal está no topo agora, não nós, simples seres humanos

Alien

­

Alien, o oitavo passageiro

Desde o início, somos trazidos para o isolamento do frio sideral…

Ao contrário de filmes de hoje, que tentam te prender com imagens de lindos jovens adolescentes, sendo mortos de maneira violenta logo nos primeiros minutos, o início é lento, e despertamos para uma nave espacial escura e labiríntica, após meses de hibernação

No Universo de Alien…

Estamos numa solidão compartilhada, e somos obrigados a investigar um sinal que se repete a cada 11 ou 12 segundos. Sob pena de não recebermos pagamento, se não formos atrás. (Está no contrato).

Mas tínhamos outra escolha?

Não somos adolescentes. Somos personagens maduros de 30 a 40 e tantos anos, e apesar do subtítulo “oitavo passageiro”, na verdade o Alien  poderia ser o nono, pois também há um gato doméstico (já prevendo este nosso futuro de catlovers?)

Horrores de pesadelos insetoides, cinzentos e gosmentos criados pelo  (falecido) designer H R Giger,  nos perseguirao por todos os cantos da nave.

A franquia de Alien…

É muito prolifera, tendo gerado a sequência de filmes:

  • “Alien, o Resgate”, que é muito mais um  filme de ação que terror,
  • Alien III, filme
  • Alien IV, filme
  • quadrinhos,
  • videogames, como Alien VS Predador, e o premiado Alien isolation, 
  • E claro, Alien RPG, trazido ao Brasil pela Editora New Order, 

te inspira a adaptar para muitos cenários, e perigos muito além dos xenomorfos.

Por falar em cinema…

Alien

Qual seria a ordem dos filmes?

  1. Alien, o Oitavo Passageiro (1979)
  2. Aliens, O Resgate (1986)
  3. Alien 3 (1992)
  4. Alien – A Ressurreição (1997)
  5. Alien vs. Predador (2004)
  6. Alien vs. Predador 2 (2007)(Agora, cá entre nós, esse crossover com Predador deve pode ser totalmente ignorado)
  7. Prometheus (?) 2012
  8. Alien Covenant – 2017
  9. Alien Romulus 2024 (isso promete, pelo que vi no trailer)

Impressão pessoal …

Eu gosto muito da franquia. Junto com “Enigma de outro Mundo”, fazem meus filmes preferidos de ficção científica e sci – fi horror. Dá pra inspirar aventuras tanto de terror, com pânico e tudo mais, quanto simular uns jogos de tiro, nos mais diversos tipos de mídia.

O grupo Aliança RPG tem umas zines excelentes deste universo.  Quer conhecer? Clica aqui.

Espero que esta resenha tenha ajudado a aliviar o hype. Ou talvez aumentar?

Lembre-se: “No espaço ninguém vai ouvir você gritar

e o “maior predador do homem, é o próprio homem

Há perigos além do frio absoluto, do vácuo e de alienígenas. Um passo em falso, e pode ser o seu fim, no espaço congelante e hostil.

Ainda assim, espero compartilhar este terror com você. Até breve, Astronauta. Lembre-se de checar o nivel de combustível do lança chamas, o sensor de movimento, e o nível de oxigênio do traje. Mas acima de tudo, cheque seus companheiros astronautas…

Quer mais alienígenas no seu RPG? Clica aqui!

 

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Asleep – ato 1- Resenha

Asleep – ato 1, é um jogo de computador, de terror, 2D,  point and click, pixel art, ambientado no estado do Piauí da década de 90, criado pela Blackhole games, estúdio brasileiro.

Uma equipe pequena fez um jogo grande. Minto.

Uma equipe pequena fez um jogo grandioso.

Asleep – ato 1 … Em números

Foi um financiamento coletivo de muito sucesso pelo catarse. Conseguiu arrecadar 95.911 reais, em apenas 60 dias, em 2021. Um estúdio minúsculo, com uma meta audaciosa. E mais ainda com um late pledge.1602 apoiadores.

Uma aula de Pixel art. Isso é Asleep

Pixel art de Asleep

 

Asleep

Apesar do atraso na entrega, os criadores do projeto fizeram a espera valer a pena. A pixel art é maravilhosa, os movimentos da protagonista Ana Lúcia são um sonho, a música e os efeitos sonoros são um primor, tudo feito com extremo capricho desde a tela inicial até os créditos.

Asleep ato 1 — o sonho

Tive o prazer de apoiar Asleep, e fico orgulhoso.

O jogo faz homenagens a outros games clássicos de terror, como Silent Hill, e as recompensas digitais (nome no jogo, objetos em 3D, agradecimentos nos créditos, e etc) estão harmoniosas com a ambientação.

É impossível jogar e progredir sem o som. Você precisa ouvir o jogo. É uma questão de vida ou morte para Ana Lúcia, nossa protagonista controlada por você, presa num mundo de pesadelos sem fim.

A dublagem está excelente, com os sotaques nordestinos, efeitos sonoros (alguns sustos) e puzzles na medida.

Num exemplo de comunicação com os apoiadores, os bugs foram muito reduzidos, e mesmo a gameplay deixou de ser punitiva.

Jogue Asleep no escuro. Coloque fones de ouvido.

E pode esperar seus próprios gritos e palavrões.

Asleep -ato 1- o pesadelo

Asleep – pesadelo

Claro, tivemos muitos percalços.

O financiamento foi em 2021, com o jogo finalmente sendo entregue em 2024.

Algumas recompensas físicas estão atrasadas. (Não é o meu caso, mas alguns apoiadores ainda esperam).

A própria equipe de criação do projeto se modificou, nem todo mundo que iniciou, continuou até o fim.

E tenha em mente, NÃO é um jogo infantil.

Minha experiência pessoal como apoiador…

de Asleep foi muito intensa. Eu me apaixonei pelo projeto assim que vi, sendo natural de Parnaíba, no estado do Piauí. As referências a arquitetura e paisagens, passando pelos personagens típicos da região, foi uma nostalgia imensa.

Fiz muitas sugestões, sendo dentre elas a possibilidade de uma “fase” sugerida por apoiadores, e o próprio late pledge, que deu acesso a mais pessoas.

Faço muitos elogios a comunicação aberta e constante com todos os apoiadores, dos sucessos e das dificuldades.

Jogamos em família, espelhando na tela da TV, em 5 pessoas. Vibramos em alguns momentos e soltamos a respiração que estava presa e nem percebemos em outros. Soltamos alguns palavrões. Foi muito bom.

O que esperar deste jogo de terror?

Se você procura um jogo de terror, e curte pixel art, está no lugar certo. O destino te trouxe. Tenho que te falar que Asleep conseguiu empatar com meu jogo preferido, “Inside”.

Desejo sincera e ardentemente que você vivencie Asleep em toda sua plenitude.

Quer conferir? Olha na Steam!

Aguardando ansiosamente pelo ato 2. O pesadelo ainda não acabou, e a equipe da Black hole games ainda tem monstros escondidos para nos revelar.

Até breve, sonhador. Este é um pesadelo do qual você não vai querer acordar.

 

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Alienígenas e RPG – Aprendiz de Mestre

Alienígenas e RPG, Aprendiz de Mestre! A verdade está lá fora, ao infinito e além ! Vamos ao espaço sideral, ou eles que venham a nós!

Após falarmos de Silvio Santos, que talvez, como dizem, assim como Elvis Presley, não tenha falecido, mas simplesmente ido para casa, junto com ET, o extra-terrestre.

Vamos explorar o universo. A vida fora do nosso planeta ainda está para ser confirmada pela ciência, porém, nas artes, literatura, filmes, esculturas, videogames e mesmo museus, isso já foi estabelecido há muito tempo.

E o nosso querido hobby de RPG NÃO ficou de fora nessa corrida espacial, claro!

A própria NASA já lançou um cenário de RPG em outro planeta…

Até fizemos uma resenha aqui, no movimento RPG!

Clica aqui!

Entretanto, eu vejo 2 formas mais importantes de abordar aventuras com Alienígenas.

Numa opção, alienígenas caem bem em cenários de investigação e terror, tanto em dias contemporâneos como num cenário futurista…

Como por exemplo,…

Delta Green

Delta Green, sendo trazido ao Brasil pela Editora Retropunk, após um financiamento de sucesso. Mistura elementos de terror de Lovecraft, com a paranóia e as teorias de conspiração de Arquivos X.

Você não sabe toda a verdade, e se soubesse provavelmente você seria morto, ou ficaria louco.

Tudo é numa situação de estritamente o conhecimento necessário para cumprir a missão. Ou nem isso.

Já está querendo saber demais, agente.

Alien RPG

Outro é o próprio Alien RPG, pela Free League, e trazido ao Brasil pela Editora New Order. Nem só de Aliens vive o terror espacial. A própria empresa para qual você trabalha, o espaço inóspito, a IA que rege a nave, e mesmo outros tripulantes podem não ser o que parecem. Os níveis de Pânico vão subir…

Agora, se você pensa em encarar algo como o Chupacabras, uma adaptação de Vaesen, também pela Editora Retropunk, cai bem!

Vaesen

 

Mas e os Alienígenas e RPG no Brasil?

Por outro lado, veremos a outra forma de lidar com invasões de outros mundos. Prepara que aí vem chumbo grosso! 

Black Trooper RPG

A partir de 06/09/2024, financiamento coletivo de sucesso no catarse como PDF, finalmente agora chega ao nosso planeta Terra o Blacktroopers RPG,  em pré-venda pela Editora Nozes Game Studios! 

Nada de extra-terrestres fofinhos com grandes olhos infantis. Nada de se esconder embaixo da cama e ficar com medo de ser abduzido.

Você aqui fará parte de um esquadrão Black Trooper, com objetivo de chutar bundas alienígenas até os confins do universo, como em jogos de videogame como Doom ou filmes como MIB e Tropas Estelares!

 

O RPG brasileiro Anomia, o fim, pela Editora Universo Simulado,  também aborda temas como apocalipse por invasões extra-terrestres.

Anomia

E tem adaptação de UFO-Team para 3DeT Alpha, aqui mesmo no movimentoRPG!

Quer adaptação para outros sistemas brasileiros? Que tal arquivos X, para o Urbana Bellica da Nozes Game Studio? (Agradecimentos ao Jonas Picholaro pelas imagens e adaptações abaixo) 

Arquivos X – Urbana Bellica

No Instagram da editora Nozes tem fichas completas da dupla de humanóides mais perseguida por aliens que a princesa Leia, de Star Wars. Mas segue um gostinho…

Dana Scully para Urbana Bellica
Fox Mulder, para Urbana Bellica

Agora que já vimos alguns RPGs muito focados em alienígenas, vamos para …

Alienígenas e inspiração para aventuras de RPG

Os monstros do espaço podem representar aspectos negativos da humanidade, nos usando como prisioneiros de guerra, caça por esporte, ou ainda alimento.  Poderiam, por exemplo:

  1. Serem metamorfos que assimilam os seres humanos, devorando-os e tomando seus lugares, como em Enigma de Outro Mundo e Invasores de Corpos. A paranóia joga pesado aqui.
  2. Estarem enterrados em nosso solo há milhares de anos, apenas esperando que a humanidade, com sua poluição, fizesse o trabalho de terra formação, para saírem de sua hibernação e nos atacar. As armas, Black Trooper! Isto não é um treinamento!
  3. Um concurso de cantores e talentos  está acontecendo. Mas acabaram de chegar uns concorrentes de última hora muito estranhos…
  4. Misteriosamente, os heróis recebem caixas com óculos escuros e um bilhete que diz : “use-me!“. E veriam alienígenas infiltrados por todos os lados . O que fazer? Conviver? Lutar? Expor?
  5. Competição de tiro ao alvo, ou “Olimpíadas Espaciais” em segredo, contra desportistas de outro planeta, para definir o futuro da Terra.
  6.  Recebem no trabalho uma caixa lacrada, mas ao abrirem, há um cadáver alienígena, e uma mensagem –” Escondam, e não contem a ninguém. Eles me acharam! “

 

A última fronteira…

É a sua imaginação. Tanto visitantes de outros mundos podem vir ameaçar nossa existência, como podemos nos deparar com inteligência literalmente extra-planetaria, em nossas incursões na vastidão do cosmo.

Todavia,  essa consciência pode nos considerar como  consideramos as traças e fungos que infestam nossos livros, por exemplo.

Por enquanto é isso, Aprendiz de Mestre. Tomara que a nossa Sonda Voyager não nos traga visitas indesejadas. Que X-Com continue sendo apenas um simulador de invasão alienígena, e não um treinamento contra intrusos estelares…

 


 

 

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Silvio Santos e RPG – Aprendiz de Mestre

Silvio Santos e RPG. O homem-sorriso, uma figura icônica, o vendedor de bugigangas-mor, durante décadas foi sinônimo de domingo em frente a TV. Não é, Lombardi? Fala Lombardi!

— Alô, Silvio! — Sim! Depois de escolher um sistema para o meu cenário, falemos d’O Sr Abravanel (em hebraico: סניור אברבנאל; Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1930 – São Paulo, 17 de agosto de 2024) que comandava um programa de auditório que durava horas seguidas, entre jogar aviõezinhos de papel de dinheiro, fazer propaganda mesmo os intervalos, fazer piadas, às vezes entrevistas, e até fazia indicações de filmes que viriam logo após o seu programa!

Silvio Santos e RPG, o modelo de interpretação do grande vendedor

Carismático, muitos mestres de RPG já imitaram o Silvio Santos. Até o Fabulario, numa sequência de vídeos interativos do you tube em que interagimos com um vendedor, personificou  Silvio Santos num RPG.

Agindo como vendedor de bugigangas , imitado por muitos performistas, humoristas da TV, de stand up, e até ” baixando o Santo” .

Como você já deve saber a esta altura, Silvio Santos nos deixou aos 93 anos, em 17/08/2024, sábado (no momento que escrevo este POST).

Silvio Santos e inspiração para aventuras de RPG

Como forma de homenagem ao Silvio Santos, personagem multi classe:  vendedor, palhaço, contador de piadas, manipulador, imperador do entretenimento, camelô, bobo da corte, apresentador, podemos imaginar aluns plots de aventuras :

  1. Um camelô está sendo assediado por milicianos para pagar “proteção”  — mas o pagamento praticamente iria leva-lo a falência, e ele pede ajuda dos heróis, em troca de um baú, que diz ele, se chama, o “baú da felicidade”
  2. Um grande imperador do ramo de mídia e entretenimento teve sua filha sequestrada. Num caso excepcional para a história da polícia, ele mesmo está negociando o valor do resgate com os sequestradores. ( — Sr Abravanel, então o Sr vai oferecer 500.000 reais? — Não, doutor, estou negociando meio MILHÃO de reais!…) podem tentar ajudar na negociação, ou no resgate, ou na segurança…
  3. Um concurso de cantores e talentos para bardos está acontecendo. O Apresentador escolhe o vencedor de acordo com o voto dos jurados, de si mesmo, e do próprio auditório — os heróis podem tanto competir como bardos, na segurança do evento, ou fazendo testes como os torcedores mais entusiasmados
  4. Numa campanha mais infantil e educativa, há uma competição para soletrar palavras difíceis, como otorrinolaringologia, ou hexacampeão !
  5. Competição de luta desarmada em banheiras de lama, ou piscinas para procurar um objeto. Numa fantasia urbana, importa menos quem ganha, e mais quem cai ou fica em posições ridículas. (Faça um teste de interação social com vantagem se for mulher sexy…) 

Silvio Santos apresentou muitos cantores e mesmo outros apresentadores

“Quem quer dinheiro?” Silvio Santos!

Às vezes, usava “truques sujos”. Como diz o ditado, “no amor, na guerra, no movimento RPG, e na luta pela audiência, vale tudo” ( liberdade poética deste humilde bardo). 

O mesmo cantor estava cantando a mesma coisa, ao mesmo tempo, em canais diferentes. Se não podia vencer, ele usava as mesmas armas, para “empatar “.

A vice-liderança na audiência era mantida a unhas e dentes.

” O povo quer programa educativo? Vai ter programa educativo! O povo quer ver mulher pelada? Vai ter mulher pelada. …”

Ou seja, a audiência comandava o conteúdo. Todavia, tinha umas competições de transformistas também. Parece que havia alguma vontade de “chocar” as coisas mais tradicionais. Roberta Close que o diga, com diversas aparições, além de Dercy Gonçalves, com muitos palavrões, e alguns dos humoristas tiveram e mantiveram suas carreiras graças aos programas de domingo por muito tempo.

 

O céu pode esperar…

Alguns dirão que até esperou bastante, com longevos 93 anos, 2 casamentos, filhos e netos.

Será que haverão disputas judiciais pelo espólio do magnata da mídia? Como numa novela mexicana, o futuro dirá.

Como empresário, creio que cometeu poucos erros, como um banco/casa de crédito que estava muito negativo, ao invés de dar lucro. Quando comprou, pagou,  entretanto, ao que pareceu na época, os executivos haviam achado uma forma de falsificar os dados do sistema, fazendo parecer lucro o que era saldo negativo. Mais uma vez, as habilidades de negociador foram usadas para parcelar a dívida em 20 anos, sem juros.

E eu posso interpretar Silvio Santos?

Opa! Ah, se pode! Amar ou odiar o falecido empresário e apresentador multifacetado. É com você.

Pode até lançar uma (falsa?) candidatura a presidência do país. Creio que tornará sua mesa memorável, e como dizia o próprio, “… Falem mal, mas falem de mim…”, não é Lombardi? 

— É, sim Silvio! E que tal vermos agora aquela corrida de cavalos gravada?

— Ah, sim, vai! Corre, seu filho de uma égua!”

( Era o mais próximo que Sílvio Santos chegava de um palavrão no seu programa “familiar”).

Acho que uma personalidade como a de Silvio Santos iria preferir ir para o inferno ao invés do paraíso, e vender ar-condicionado, ventiladores, leques… Para os condenados.

Por enquanto é isso, Aprendiz de Mestre. Até a próxima. Sílvio, descanse em paz (ou vá apresentar o “topa tudo por dinheiro” em outro universo, outra dimensão…)

 


 

 

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Videogame de papel RPG – resenha

‏Videogame de papel, é um RPG que pode ser solo, cooperativo, ou tradicional, inspirado nos jogos de videogame tipo “beat them up”, (como Final Fight, Streets of Rage, e Tartarugas Ninja!) foi lançado pela Editora Cantina dos Jogos.  Criador: Gilson Rocha.

 

Em Videogame de papel …

 

Você pode ser um lutador desde o clássico guerreiro humano, até um mago elfo. O livro tem 36 páginas (apenas 23 de regras), tamanho 14 x 20 cm, facilitando a impressão para quem prefere material físico.

Financiado com sucesso pelo catarse, e com um lindo upgrade: quem apoiou o material de PDF, recebeu o livro físico, e com frete grátis ( Cantina dos Jogos, seria muito cedo para pedir vocês em casamento?…)

O livro traz 4 opções de ancestralidade (humano, elfo, anão, e orc), e 4 opções de ocupação ( guerreiro, clérigo, ladino, mago).

O Universo de Videogame de Papel …

 

Traz as opções clássicas de um cenário de fantasia medieval, mas NÃO se restringe a isso.

Tem muito mais.

Evolução de personagens, tabelas para criação de aventuras, conteúdos de salas, nomes de personagens, tanto jogadores, quanto do mestre, ambientação, itens, monstros com poderes especiais, de lacaios, até os “chefes finais”

Quer arma e armadura? Toma!

O livro em si …

te inspira a adaptar para muitos cenários, e fui praticamente induzido a associar a tartarugas ninjas, e pouco tempo depois a adaptar para jogo de combate de naves espaciais. O livro veio em papel couchê e uma capa praticamente de cartolina.

Porque será que pensei em tartarugas ninja?

Por falar em combate, …

é um esquema “rápido e caceteiro“, como dizemos aqui na Bahia.

Emulando bem os “beat them up” dos videogames, você joga ‏apenas 2 dados. Dados de 8 faces(D8) e de 6 faces(D6) pra distância curta, e demais distâncias (média e longa) D6 e D6. Um resultado 5 ou mais é sucesso.

E aí já é bordoada nos inimigos, e os “empurrando” para trás.

Se falhar

Acumula estresse e “recua ” no grid de combate, e assim como nos videogames, ficar acuado não é bom não, meu senhor. 

Também ativa as “reações” de alguns adversários mais casca grossa.

Inimigos comuns, 2 pontos de vida, e os difíceis, subchefe e chefes, têm mais resistência, progressivamente.

 

Mas como é a evolução de personagens?

Apenas 2 dados para quaisquer testes, sendo que você vai mudando de D6 para D8, e depois para o dado de 10 faces (D10), aumentando sua chance de sucesso, nas diversas “distâncias” de combate (curto, médio e longo).

Então, quais as vantagens de Videogame de Papel?

Se você quer tirar a criançada das telas, mas usando temas e ambientações familiares, ou mesmo se desafiar a uma experiência rápida e divertida, não vai se decepcionar:

  1. As regras se combinam para um combate rápido e de resolução curta, mas ainda assim variada.
  2. Você pode fazer tudo com material reciclável. Exceto talvez os dados, mas até aí tem aplicativos que simulam.
  3. Você pode utilizar miniaturas e usar dados de mais faces para melhorar o controle de pontos de vida de rivais mais resistentes.
  4.  Fácil adaptação para diversos cenários, como animes ou videogames.

Tudo muito fofo, mas e as…

Desvantagens?

Se você não ler tudo com calma, pode acontecer de …

  1. Esquecer alguns detalhes importantes, como recuperar um pouco de estresse após cada combate
  2. Às vezes a aleatoriedade pesa um pouco mais do que deveria, e aí ter lembrado de que tem a poção de cura faz diferença
  3. Achei falhas mínimas no livro físico, como a lista de opções de equipamentos aparentemente só estar na ficha de personagem, e o mesmo ocorrer com o significado (em termos de regras/rolagem de dados) de sucesso simples, duplo ou absoluto, (também só aparecerem na ficha de personagem, no fim do livro).  Já a minha…

Impressão pessoal,

Enquanto apoiador, é que valeu muito a espera.

Como se não bastasse o upgrade de PDF para físico, com frete grátis, a Editora Cantina dos Jogos, também me respondeu alguns questionamentos por e-mail (como a opção de em vez de usar D6 somente, usar outros dados multifacetados para manter um ritmo mais rápido), adaptação para tartarugas ninja, porcentagens de resultados de dados…

Foram muito solícitos.

Assim, achei o material  direto, simples e bem-feito, todavia com mais “recheio” do que pareceu a primeira vista.

Se te recomendo o “vídeogame de papel” ?

Com certeza. ‌Pode baixar de graça o PDF, no site do projeto no catarse, clica aqui!

A Editora Cantina dos Jogos também já financiou mais um projeto de sucesso, o RPG 3X4, no catarse. Quer conferir? Clica aqui!

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Jogos de Campinho – Resenha

 Jogos de Campinho é um livro-jogo interativo. Vem pra rua, vamos jogar! Com ele você assume o papel do representante de sua rua‌ em uma grande e centenária competição desportista – os “Jogos de Campinho”, nas palavras do próprios criadores da obra, Marcus “Baikal” Cristo & Wesley Alves, da Editora Jotun Raivoso.

Jogos de Campinho é muito competitivo …

Apesar da linguagem, narrativa e ilustrações acolhedoras e nostálgicas, o livro-jogo é muito competitivo. É um prazer, enquanto apreciador de livros jogos, ver algo brasileiro, versátil, variado e inteligente. Há várias estratégias para se vencer as competições, e mesmo as “derrotas” são narradas, com perdas e ganhos. Como é inspirado nas Olimpíadas, o seu objetivo é vencer as provas. Mas é quase impossível vencer todas em primeiro lugar (tá pensando que vai ser fácil?). O mais provável, é vencer por pontos somados. Agora, te falo uma coisa…

É imersivo e inclusivo

Os autores transformam clássicas competições de rua da infância, como carrinhos de rolimã, soltar pipas, e corrida de pés de lata, (entre outros típicos “jogos de rua”), em um jogo competitivo que pode ser feito solo, ou em grupo, (ou ainda na forma de RPG, com algumas adaptações). Também, em muitos pontos, orientam como fazer uma pipa ou um pé de lata, por exemplo. Pessoas com deficiência, que não poderiam participar dessas competições “de verdade”, têm aqui uma forma de vivenciar com lápis, papel e dados o que seria impossível, caro ou muito arriscado na vida real. Falando em riscos…

Jogos de Campinho avisa que pode ser perigoso levar as coisas ao pé-da-letra.

Apesar de dar instruções de como fazer algumas coisas, há um mecânica de “machucados” , que pode te afastar de algumas provas, e lembretes de que qualquer brincadeira de rua, ou esporte, traz riscos. Na verdade, minha mamãe jamais me deixaria fazer algumas das competições. 

Na parte estratégica, você terá perfis com mais vantagens para algumas competições, e menos para outras

 

É interessante a influência de sorte x escolha, e você pode ainda ter “edições” dos Jogos de Campinho simulando mais que um evento único, e sim levando em consideração o que ocorreu em “edições passadas”. Os autores falam de amizade, convivência e etc.

Minha sugestão? (Esse negócio de “o que vale é competir”, ah, fala sério! Ainda mais se for Solo, você veio aqui pra vencer! ) é usar a “estratégia do pato”. Para te lembrar, ou conhecer:

O leão, o pato, o tubarão e águia foram fazer uma competição. Um conjunto de habilidades, para definir quem era o rei dos animais. Os resultados foram o que segue abaixo:

Corrida: leão em primeiro, pato em segundo, águia em terceiro, tubarão em último ( obviamente, o tubarão não pode correr, pois é exclusivo da água).

Voar: águia em primeiro, pato em segundo, tubarão e leão empatados em último (pois não podem voar… Jura?…)

Natação: tubarão em primeiro, pato em segundo, leão terceiro, águia em último.

Daí, na contagem de pontos, o pato, em segundo lugar em todos foi coroado o rei dos animais.

Fique a vontade para discordar.

Como você deve ter notado,

Eu curti muito Jogos de Campinho,

apesar de preferir ambientações de fantasia ou terror, esse livro jogo de ambientação entre esporte, jogos de rua, infância e nostalgia, me agradou demais. Um dos pontos altos da narrativa é: “Jogue fora este livro e vá para rua brincar”. Como nas palavras dos autores: “De certo que, em algum momento, o leitor sentirá a vontade de realizar as brincadeiras de rua na própria rua”. (Mas leve uns Band aids e analgésicos na mochila, além da garrafa d’água). As ilustrações são outro ponto muito interessante, combinado com a atmosfera do jogo.

Observe que em outras resenhas, eu coloco pontos fortes e fracos de certos jogos e/ou RPGs. Mas “Jogos de Campinho”, é uma exceção. É acessível, tem na forma física e PDF, entrega o que promete em 159 páginas com ilustrações coloridas, personagens, pode ser solo ou cooperativo/competitivo. Só se não for a sua “xícara de chá”, para você não gostar.

Se você curtiu, e tem interesse em outros jogos da Jotum Raivoso, clica aqui.

Até breve, querido RPGista, leitor, ou mestre. (Ou competidor …)

 

 

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RPG Solo – Aprendiz de Mestre

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‎‎RPG Solo!‎ ‎‍Olá, aprendiz de mestre. Há momentos em que devemos desbravar sozinhos o que nos espera em florestas escuras, ruínas esquecidas ou desertos escaldantes. Vamos solo, mas juntos nesta aventura.Pegue seu livro de feitiços ou de orações, espada, ou lança. Tire a poeira da armadura. E vamos entender

Como é possível jogar RPG Solo?

Comecemos do passado longínquo. O próprio criador do RPG mais antigo, mais jogado, que tornou o hobby o que nós conhecemos hoje, criou um conceito de RPG solo, ou seja, jogar sozinho, sem amigos ou narrador, pois o D&D foi lançado em 1974, e em 1975, Gary Gygax lançou na revista “the Strategic Review”, o primeiro método oficial de RPG Solo:  “Solo Dungeon Adventures”. Que consiste, muito basicamente, em substituir o mestre por tabelas.

Isso quer dizer que você joga um dado, e consulta uma tabela. Exemplo: jogou dado de 6 faces, (nosso querido D6), e consultou a tabela como abaixo:

  1. Sala vazia
  2. Sala com armadilha
  3. Sala com monstro acordado e ativo
  4. Sala com monstro dormindo
  5. Sala com tesouro
  6. Sala com NPC

Repare que isso torna a exploração procedural, ou seja, a cada vez que você joga, pode ser um resultado diferente.

Isso também nos leva a possibilidade de criar um verdadeiro diário de aventuras, ou criar contos e mundos. De controlar mais de um personagem. Sortear eventos como o clima (dia chuvoso, ensolarado, com furacões, nublados…),  encontros com NPCs de “sidequests”,  basta manter um registro do que ocorre a cada dia.

Mas se eu jogo RPG para interagir com as pessoas, por que jogar Solo?

Sim, meus caros heróis, ou heroínas? Em nome de todos os deuses, porquê? Há muitos motivos.

  1. Para compreender melhor as regras e mecânicas de um RPG
  2. Para vivência do cenário proposto de um jogo
  3. Para entender a ambientação e NPCs, para criar personagens distintos.
  4. Para se deixar surpreender por uma narrativa ou desafios aleatórios
  5. Para criar aventuras que depois poderão ser utilizadas com grupos
  6. Também é uma forma de jogar de forma cooperativa, sem um mestre ou narrador, ou seja, com um grupo de jogadores. Todavia, sem um deles no papel de mestre

Isto quer dizer que …

Há vantagens em jogar RPG solo?

Muitas. Na verdade, é o que me mantém no hobby, em grande parte, ( falta de tempo e flexibilidade de horário). Vamos ver:

  1. O cenário que você quiser
  2. O sistema de regras que você preferir
  3. Com trilha e efeitos sonoros que mais te agradarem
  4. Sem riscos de atrasos ou faltas por parte de mestres ou outros jogadores
  5.  Experimentar cenários e regras novas, antes de apresentar a seus jogadores
  6. Total flexibilidade de horários (afinal, é só com você!)
  7. Tem muito material gratuito ou pague-o-quanto-quiser, criado por jogadores e comunidades de RPG Solo.
  8. Muitos vídeos explicativos e textos sobre jogar solo na internet

Mas é claro, nem tudo são flores quando você está sozinho no fundo da masmorra mais escura e tenebrosa que você puder imaginar, somente com arranhar de garras de monstros a espreita e teias de aranha como companhia. Há perigos e armadilhas, …

Desvantagens em se jogar Solo

Por atraente que possa parecer a idéia de não ter de dividir seus tesouros com ninguém, jogar Solo NÃO é para todo mundo. Nem todos vão imergir numa narrativa solitária, e apenas jogar dados para sortear eventos e inimigos em tabelas pode se tornar maçante para algumas pessoas.

Embora você possa adaptar qualquer RPG para jogar Solo, eu prefiro quando o material já vem com essa forma de jogo criada pelo próprio criador do projeto.

Mas será que temos muitos …

Exemplos de RPGs Solo e cooperativos? E jogos de tabuleiro?

Ah, sim, a lista é vasta como nossa imaginação, de criadores de jogos nacionais e estrangeiros. Citando alguns:

  1. 4AD – (4 against darkness) Dungeon Crawler e procedural, trazido ao Brasil pela Retropunk (que encerrou a licença enquanto escrevo este POST, mas você pode achar internacional ou em sites como o “sebo do RPG“, por exemplo.
  2. 4AD contra os grandes antigos, ( uma expansão “Stand Alone”) e sua expansão, Aurora do Horror.
  3. Aventuras na Era Hiboriana: 101 games
  4. A “linha de horror”:  vampiro, licantropo, bruxo e herança de Cthullu,: 101 games
  5. Notequest, trilogia Ronin, pelo Coisinha Verde 
  6. Sinistros & Monstros, Clube do Nunca e Anomia,‌ pela Universo Simulado
  7. Runa, trazido ao Brasil pela indievisivel press
  8. By the Sword, in to the Madness, pela editora Nozes Game Studios
  9. Ducado de Verona, pela editora Caleidoscópio
  10. Por último, mas NÃO menos importante, (Last, but NOT the least!), Jornada Espacial – pela editora TLHP – aqui tem muitas criações, sendo pioneiro em jogos de RPG Solo no Brasil…

E ainda alguns jogos de tabuleiro! Como:

  1. Monstros e Tesouros, pela Lord Zebulon Games (brasileiro!)
  2. Desconfronto, pela Nat 20Games (brasileiro!)
  3. For the Quest – 101 games (brasileiro!)
  4. Eldritch Horror, trazido pela Galápagos
  5. Elder Sign, trazido pela Galápagos
  6. E chegando Creepers, pela plataforma Meeplestarter, (brasileiro!)…

Notou como a lista é extensa? E olha, ainda tem livros jogos, como o Terra da Opressão, pela Mephirot,(brasileiro!) e os livros da série Fighting Fantasy, trazidos pela Jambo.

 

Enfim, tá esperando o quê pra jogar RPG Solo?

Espero ter te mostrado que você tem riqueza de opções de ambientações, cenários, regras e sistemas de RPG Solo, de criadores de jogos nacionais (que NÃO devem nada em qualidade) e “da gringa”. Que você pode usar pra jogar solo,  cooperativo ou para criar aventuras para os seus jogadores de forma mais tradicional.

Agora, com licença. Não preciso marcar com jogadores ou mestres, então vou pegar minha mochila, uma espada e um escudo. Esta entrada de templo abandonado e escura está cheia de tesouros me esperando, eu já escuto o barulho do vento e sinto o cheiro de umidade e musgo.

Se não nos virmos mais, diga aos aventureiros que fui atraído pela Fortaleza de Berdolock. Dizem que poucos voltam de lá…


 

 

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Wipe’Em Out – resenha – na Mesa

‎‎Caçadores de monstros de todo o universo, bem-vindos a Wipe ‘em Out! – resenha. Um jogo de cartas competitivo, rápido e para todas as idades.

Já tínhamos uma notícia aqui antes, na época do financiamento coletivo, mas chegou de fato, já a algum tempo

Produzido pela Caramelo Games.Composta por Rodrigo Senice, Fundador e CEO e Fernanda Giachini, Co-Fundadora e Diretora de Marketing.

Em “Wipe’em Out!”,  os jogadores assumem o papel de heróis, que foram convocados para proteger a vila de Anwon de monstros liberados pela exploração de um geólogo de uma caverna recém-formada.

Wipe’em Out é um projeto de sucesso

Pela Caramelo Games, que teve meta base atingida, e ainda bateu algumas metas extras. Foi financiado por financiamento coletivo, pela plataforma  MeepleStarter.

Para um projeto que encerrou captação de recursos em 11/12/2023, recebi relativamente rápido, ainda em março de 2024.

Certo, mas o que vem na caixa?

Wipe’em Out é um jogo de cartas, e somente cartas. Até o manual de instruções está num QR code numa carta, para acessar. São 129 cartas, sendo que são 56 monstrinhos para serem capturados, 48 artefatos/armas para serem jogados na mesa, e 24 magias para reviravoltas após os artefatos serem jogados. (Metas batidas, aumentaram um pouco o número total de cartas)

Wipe em out caixa

Vantagens

Achei…

  1. As artes agradáveis, não incomodam crianças,
  2. com regras práticas e rápidas.
  3. de 2 a 6 jogadores (com meta batida, passamos de 2 a 5 para 2 a 6 jogadores).
  4. Duração de 30 a 40 minutos. (Joguei em 2 e 3 pessoas, mas achei que funciona melhor com 3 ou mais )
  5. Jogo rápido e leve, para todas as idades. Perfeito para quando você está esperando mais alguém chegar pra ver suas fotos de viagem, uma jogatina mais pesada ou maratonar aquela série de 200 capítulos.

Mas e…

As desvantagens?

  1. Apesar de 2 metas extras batidas, achei as “recompensas” um pouco tímidas, com mais 4 cartas de certos monstrinhos
  2. Na relação custo-benefício, senti muito a falta de um modo solo ou cooperativo. Uma ou 2 cartas com objetivos em comum para o grupo, como capturar determinado monstro específico em X turnos, e umas magias que permitissem “trocar o monstro”, talvez preenchessem essa lacuna.

O que mais?

Este foi o primeiro (e até o momento) único jogo de tabuleiro da Caramelo Games. Cuidado para NÃO confundir com a Caramelo jogos.

Caramelo jogos é uma OUTRA editora independente, mas de jogos de RPG, e eu mesmo já apoiei um, com vários jogos no mercado, tanto autorais quanto traduzidos.

Feita esta ressalva, se comparado com um jogo como UNO, eu achei melhor, mais leve, mais rápido, acessível e bonito, e olha que NÃO gosto muito de jogos de cartas, nem competitivos. Mas minhas jogadoras parceiras, de 13 e 18 anos, curtiram.

Ainda, a Caramelo Games se dispõe a fazer contato com quem tiver uma boa idéia, mas ainda não um produto, e fazer um projeto juntos. O que considero muito positivo. Assim como haviam excelentes programadores na idade média, ou pesquisadores passando fome no meio de guerras, acredito que temos muitos talentos sem acesso aos meios para exercer suas idéias.

Você pode também ouvir mais sobre Boardgames e RPGs aqui no site, temos podcast!

Por enquanto é isso, jogadores. Até o próximo post!

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Música e trilha sonora no seu RPG- Aprendiz de Mestre#1

Música e trilha sonora no seu RPG, aventureiros e aventureiras! Que os bardos cantem nossos feitos por eras vindouras!

Depois de ponderarmos sobre boas práticas no RPG, falarmos de morte dignas de personagens. Recordemos: não só de espadas, bolas de fogo e derrotar monstros vivem os heróis. A arte da música também é parte de praticamente todos os RPGs de fantasia medieval, e ainda de muitos outros nas mais diversas ambientações.

Ah, isso é música para os meus ouvidos…

Para começar, lembremos da classe mais ligada às artes em fantasia medieval: o bardo, que pode cantar os feitos dos companheiros heróis e heroínas, seduzir, distrair, conseguir umas moedas com apresentações, além de alguns poderes ligados a instrumentos musicais e canções. Se preferir ouvir os barcos do movimento RPG, dá uma checada no Dicas de RPG, do aqui mesmo do movimento RPG.

Bardo de For the Quest, da 101 games

Para efeitos de histórias clássicas, talvez o flautista de Hamelim seja o maior exemplo de efeitos da música sobre as feras, as crianças, e por conseguinte, também nos jogadores ?

Daí, pensemos juntos: se vou criar um bardo, que tal ligar a personagem a um estilo de música ? Se você quiser uma coisa mais descontraída, pode tocar algo como “ chique do brega”, colocando a música quando sua personagem entrar em cena, com clássicos como Wanderley Andrade (meu ídolo!) até o saudoso Reginaldo Rossi, com ícones do brega como “Garçom”, “a Raposa e as uvas”,  e demais preciosidades artísticas.

Se pensar numa coisa mais séria e ligada a ambientação medieval, pode utilizar músicas como do grupo Era, ou Cantos Gregorianos para um bardo com temática religiosa.

Mas e que tal Trilha Sonora para criar um clima?

No exemplo acima, você pode tocar cantos gregorianos se os personagens forem entrar numa grande abadia. Ou uma música mais tensa se você gosta de colocar os jogadores num clima de tempo correndo, tudo ou nada, como o tema de missão impossível enquanto tentam desarmar uma bomba.

A música tema de um filme de referência no terror, O exorcista”, também vai com investigação e suspense.

O exorcista – clássico do terror, com uma trilha sonora perfeita para suspense

Já existem playlists de mestres e jogadores em muitas plataformas, como o Spotify. Para combate, como esta do Tio Nitro, e, também, para explorar aquela masmorra sombria em Darkest Dungeon. Mas se você quer uma brasileira, tem também a trilha do For the Quest, da 101 games. No Youtube também tem um monte.

Uma música de entrada triunfal, para começar a aventura numa ficção científica, praticamente pede pela abertura tema de Star Wars.

Numa pegada cyberpunk, uma música eletrônica com algo artificial combina. Eu acho que esse estilo casa bem com algumas músicas de um jogo de videogame nacional chamado Dandara, que faz algo orgânico, porém utilizando sintetizadores.

Falei bastante, mas talvez o que você queira saber é qual…

Música e trilha sonora para o combate final?

Ah, se é peleja, eu penso uma música para apresentação do vilão máximo, tensa e enervante (música tema de Halloween?). Seguida por um rock ou instrumental para a luta em si ( We Will Rock You – The Queen, talvez?), e algo mais relaxante e feliz para a música de vitória. Para um desfecho alegre, tenho utilizado “wake me up” na versão instrumental piano, pelo Piano Rock,  ou na versão 2cellos.  Mas você pode usar o que quiser, é claro, inclusive e especialmente canções brasileiras.

Todavia, isto pode não ser o que você estava procurando. Talvez você esteja numa busca mais sombria, por uma

Música e trilha sonora para seu RPG de Terror

Já citei alguns muito queridos aqui, mas temos o Rei do Pop, Michael Jackson, nos trazendo Thriller (escuta os efeitos iniciais), para uma coisa que inicia leve e contemporânea, ou os caça fantasmas, com a mesma atmosfera pop dos anos 80 e 90.

Vai pegar mais pesado, com 4AD contra os grandes Antigos, Kult, Vampiro, Cangaço Trevoso, ou outros jogos de terror?

Pode experimentar esta versão de ” A nightmare in Elm street – O pesadelo em Elm street” , do Freddy Krueger. Lembra?

Tem muito mais do assunto, e se você se der o trabalho de olhar todos os links que coloquei no texto acima, eu espero, além de te inspirar, permitir uma vivência pela música através dos tempos e estilos que podem ser usadas para as suas aventuras. Seja lá qual for a aventura que você narrar, música pode tornar melhor. 

Um pouco off topic, mas necessário: Rio Grande do Sul precisa de nossa ajuda, com os desastres causados pela chuva este ano de 2024. Opções de ajudar:

Nosso pacote solidário do Movimento RPG

Pré venda da Jambo, por financiamento coletivo:  Jornada heróica 

Pacote solidário da Caramelo Jogos.

Ficou um pouco longo, e ainda quero abordar mais tópicos como música para RPG de anime e no sertão brasileiro, e espada e feitiçaria (que serão uma parte 2, no futuro), assim, “toss a coin to your Witcher, ” (ou ” jogue uma moeda para o seu bruxo”), se você puder deixar um like ou comentário abaixo. Até mais, querido ouvinte e leitor. Que os bardos cantem seus feitos e lendas pelas próximas gerações!

Até breve, e por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse. E com isso, torne-se um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos! Ou então, apoie nossa revista digital, a Aetherica através deste link!

 

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