Humor e piadas no seu RPG- Aprendiz de Mestre

Bom humor! Humor e piadas no seu RPG. Vamos rir juntos, exploradores! Hahaha.

Vamos ver algumas técnicas para divertir os jogadores (e o mestre!). Mas lembremos primeiro, a regra número 1:

Segurança. Rir com as pessoas, não das pessoas.

Jamais, nunca, em tempo algum, sob nenhum pretexto, ridicularizar jogadores, mestres, ou qualquer grupo de pessoas seja por religião, cor da pele, deformidades.

Isso seria bullying. “Rir e ridicularizar é a primeira arma do Mal. ” – não me recordo a fonte, mas foi um personagem fictício de uma série antiga. Que continua valendo.

É importante ter um jogo saudável, do início ao fim.

Mas vamos a algumas técnicas para rir.

Rir de si mesmo

Risadas e RPG

Se você é o narrador (ou aventureiro) que sempre chega atrasado, faça disso uma característica jocosa .

Invente as desculpas mais absurdas. Quanto mais absurdo, melhor. Exemplo:

“Desculpem o meu octagesimo quarto atraso, é que vivo numa dimensão temporal cerca de 55 minutos diferente da de vocês ”

“Como assim, atrasado? Eu estou adiantado 6 dias e 22 horas para a sessão da próxima semana”

” Perdão, meus fãs me impediram de chegar a tempo. É cansativo escrever 100 autógrafos “.

Se você sempre esquece a ficha de personagem, a carteira, as chaves de casa, e só faltou esquecer a cabeça porque está grudada no pescoço, idem.

“Perdão por esquecer as chaves, os livros, os dados, o celular a carteira. Eu esqueci mais alguma coisa, mas agora não lembro o que era. “

Exagere. Minta.

Lembre que sessão de RPG é tudo faz de conta. É tudo mentira. É tudo simulação. Você pode assumir determinada característica para um personagem, e exagerar em demasiado, falando nisso com frequência. Pode ser algo simples, como, estar sempre com fome, ou mentir  ou ainda pedir desculpas de maneira insistente ou grandiloquente.

Exemplo:

“– Está com fome ? Ainda?

Sempre. Desde que consigo me lembrar. Aliás, quando vai sair alguma comida aqui?

— Mas é o casamento da rainha. Você acabou de comer 2 frangos, batatas, arroz, milho salada, e repetiu o prato.

— E cadê a sobremesa? Mas que raio de casamento é este? ”

Ou ainda, aquele advogado que chega na audiência e fala:

“–Sr meritíssimo, bom dia, Sr cliente, bom dia, sr jurado, bom dia, Sra escrivã , bom dia, nobre colega bom dia, querido advogado da outra parte, bom dia zelador…

O juiz interrompe: “Mas que tanto bom dia é esse, advogado? Está de brincadeira? ”

O advogado: “Está vendo, excelência? Só de dar bom dia, o senhor se irritou. Imagine alguém chamá-lo de estúpido, todos os dias, manhã e tarde, ao passar na frente da sua porta? …”

(Baseado em fatos reais da Bahia…)

Humor e piadas por repetição

Sim, repetir sempre a mesma coisa pode ser engraçado, embora às vezes um pouco irritante. Grandes humoristas chamam uma frase repetida com frequência de “bordão“, uma palavra ou frase assinatura de um personagem. Pra relembrar alguns grandes nomes nacionais (que você pode copiar na sua mesa, hein, psssiiit? )

Cacildes! – Mussum

Ó da poltrona! Pssiit! – Didi Mocó

Garotas lindas do meu Brasil varonil ! – Zé Bonitinho

Mas será que alguns RPGs têm uma temática mais voltada para humor e piadas?

Será? Mas será mesmo?

  1. Toon RPG–  Lançado pela Steve Jackson Games e publicado no Brasil pela Devir em 1996
  2. Paranóia, um RPG de mesa com a temática futurista de ficção científica. Originalmente criado por Greg Costikyan, Dan Gelber, e Eric Goldberg, foi publicado pela primeira vez em 1984 pela West End Game em suas três primeiras edições, e a partir de 2004 sendo publicado pela Editora Mongoose. No Brasil a segunda edição foi traduzida pela Devir, em 1995. (Há rumores que voltará para o Brasil, ainda este ano de 2024, por outra editora. Você está feliz cidadão? O computador quer te ver feliz …)
  3. Super TV Show – Os antigos heróis dos desenhos da TV invadem sua mesa de RPG em aventuras onde você tem a força. Em breve, (previsão de 09/05/2024) pela Universo Simulado, em financiamento coletivo pelo catarse.me
  4. 3D&T, voltado pra animes e coisas exageradas, é um sistema que funciona bem para humor, até caça fantasmas, imagina! Pela Editora Jambo

Em breve, para mais humor e piadas no seu RPG

Fique atento conosco, aqui temos piadas rápidas. E para todos os gostos. Provavelmente atualizarei este post em breve, e se vc prefere ouvir sobre humor, ao invés de ler a respeito, fica ligado no MRPG podcast, na taverna do anão tagarela, aqui, no movimentoRPG!

Até breve, e por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse. E com isso, torne-se um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos! Ou então, apoie nossa revista digital, a Aetherica através deste link!

 

Esther Starling e o enigma da morte – Resenha

Hoje trazemos para resenha o livro-jogo “Esther Starling e o enigma da morte”. Recebemos ele do nosso parceiro Sebo do RPG, um sebo especializado na temática de RPG com diversos produtos de todas as épocas. Vale demais dar uma espiada no site! 

Neste livro nós interpretamos a Esther, uma jovem bruxa, que vai investigar uma mansão. Durante a narrativa vamos fazendo escolhas e definindo o desfecho da aventura. Fica aqui comigo nessa resenha que vou te tudo que você precisa sobre essa obra!

Ficha técnica

Esther Starling e o enigma da morte foi escrito por Luiz Claudio Gonçalves, principal autor da editora Universo Simulado. A editora lança conteúdos de RPG, livros-jogo e literatura. Suas obras saem, em geral, em financiamento coletivo via catarse e ficam disponíveis para venda no site da editora.

Luiz Claudio também escreveu “Thordezilhas Sabres & Caravelas”, “Thordezilhas Rum & Sangue”, “Thordezilhas: Oceano Desconhecido”, “Thordezilhas Crônicas da República do Café”, “Obscura”, “UD6”, “UD1”, “Sinistros & Monstros” e “Jardim da Besta”.

O livro-jogo de horror e investigação tem 183 páginas, com diversas possibilidades de como seguir e terminar a história. A edição é de boa qualidade, com uma capa bem “filme de terror” que já te coloca no clima. 

Como funciona a dinâmica do jogo

Este livro-jogo funciona dentro dos padrões normais desse tipo de games: você inicia a narrativa e o livro te apresenta decisões que vão para diferentes parágrafos. A partir daí você vai construindo a história com a Esther. 

Neste livro você define já no início alguns atributos e magias para a Esther possuir. Isso por si já modifica os caminhos que você poderá, ou não, tomar. O livro possui uma ficha, onde você registra todas essas informações.

Outra dinâmica interessante é que, em vários caminhos, você morre. Simples assim. E aí o jogo te dá algumas opções de “save” para não precisar retornar até o início. 

Análise sobre o livro

Em primeiro lugar, e mais importante, a história por si só é bastante envolvente e não consegui parar até o final. O clima de mistério e a necessidade de investigar e deduzir o que está acontecendo é bastante envolvente. Não apenas o livro-jogo é excelente enquanto literatura, mas também enquanto jogo, já que não é fácil achar uma saída. 

É difícil explicar sem dar spoiler, mas tem elementos muito reais na narrativa e esses detalhes geram uma camada a mais de apelo para o livro ser daqueles que te grudam!

Em segundo lugar a protagonista é um destaque, já que é uma mulher negra, bem brasileira e com uma personalidade bastante original e autêntica. Além disso, ela é autora e bruxa. Isso também ajuda a narrativa a ficar bem interessante.

Recomendo DEMAIS a leitura deste livro porque me diverti muito. Passei algumas horas fazendo e refazendo o jogo para fechar. 

Bônus!

Por coincidência (ou não), terminei a leitura a caminho de São Paulo para o Doff 2023! Lá eu conheci o Luiz Claudio e pude autografar a minha cópia. Além disso ele me deu de presente o livro “Jardim da Besta”. Este livro é o grande sucesso da Esther Starling e foi lançado recentemente pela Universo Simulado. Logo logo trago uma resenha dele também!

Esther Starling e o enigma da morte

Cobertura da Área Indie Alley – Diversão Offline 2023

A Área de Indie Alley no DOFF 2023 veio recheada de produtos excelentes e ideias fresquinhas para o publico! As editoras independentes brilharam no evento! Estava CHEIO de produtos novos e interessantes, este ano passando pela parte de Indie e conversando com eles, fiquei surpreso com a quantidade de desenvolvedores indies que chegaram com coisas novas e diferentes. Desde Sistemas que podem virar suplementos até jogos novos e mirabolantes, além de grandes iniciativas educacionais.

Jocandi Games

Primeiramente, no stand da Jocandi, eles estavam divulgando o novo jogo deles: Ref! – O Jogo das Referências, um jogo baseado na capacidade do ser humano de usar referências para fazer conexões entre coisas.

Yuzen

Ao lado da Jocandi, o jogo Yuzen: Essência do Mundo estava sendo exibido. Um jogo de tabuleiro baseado nos jogos de RPG do game designer, Guilherme Vasconcelos. Onde os jogadores têm cartas de personagens que devem cumprir os objetivos do mapa e enfrentar inimigos.
O Designer Guilherme Vasconcelos também tinha, em seu stand, um protótipo que ainda está em 30% de sua fase de criação de um jogo chamado Dungeon Crawler, um jogo de Steampunk com aspectos de fantasia medieval também, baseado também em decisões dos jogadores dentro do jogo e focado em história. Porém, não tiramos foto do protótipo, mas o projeto parecia bem promissor e interessante.

Jotun Raivoso

Enfim, no stand do Jotun Raivoso, havia livretos do sistema gratuito deles, o Sistema Delta, para diversos cenários baseados em história; Jornadas nas Estepes, Ilha Vermelha, Patifaria Medieval, Épico Persa.
Também havia na mesa o livro que eles lançaram baseado em jogos infantis, o Jogos de Campinho que além de brincadeiras para o ambiente de escola, também traz um RPG-solo interno para ser jogado baseado nas regras.
Além disso, no stand, também havia um prototipo da versão para o Sistema Delta de um RPG de Mecha, o Delta Mecha. Havia um pequeno battlemap com versões de tokens para representar os mechas e as naves.

Coisinha Verde

No stand da Coisinha Verde, havia o card game Card Goblins em que os jogadores tem turbas de goblins que devem lidar e enfrentar os demais jogadores.
No mesmo stand, tinha o Altaris RPG, um jogo pensado para qualquer numero de jogadores, inclusive tem regras para RPG Solo. Altaris RPG foi indicado ao prêmio Ludopedia como RPG – Designer Nacional por Voto Popular. 
Na mesma ideia de um sistema que independe de mestre, eles tinham o RPG-Solo para crianças Amigo Dragão.

Campfire Studio

Além disso no stand do Campfire, eles estavam publicando a segunda edição, revisada com feedback da comunidade, Infaernum um jogo, de acordo com os desenvolvedores, de “Durante o Apocalipse”.

O jogo é de licença aberta disponível para se adaptar a qualquer sistema ou cenário aonde você queira trazer o Apocalipse. O jogo foi indicado ao prêmio Ludopedia como RPG – Designer Nacional por Voto Popular.

Caleidoscopio

A editora Caleidoscópio estava com o livro As Chaves da Torre, com seu livro de Monstros e livro de arte disponível. As Chaves da Torre foi um dos RPGs mais votados nas categorias de Melhor Coesão de Regras, Melhor Arte, Melhor Livro Básico e Melhor Cenário.

Nat20 Games

A Nat20 Games trouxe a versão de tabuleiro de seu jogo desConfronto, que estava em venda no stand e que foi financiado ano passado (2022) no Catarse.
O jogo estava muito movimentado, com muitas pessoas querendo conhecer o jogo de tabuleiro, sendo um dos jogos mais disputados nos stands da Indie Alley. Assim, muitos jogadores estavam testando o jogo ao redor do stand.

Tria Editora

A Tria Editora tinha em seu stand o lançamento do Bestiário do Folclore Brasileiro, que saiu este ano, e Aventuras Lendárias – Jogo Épicos para 5ª Edição. Além das miniaturas que vieram junto com o Bestiário do Folclore Brasileiro.
Além disso estavam com o anúncio dos jogos Action Movie World, jogo que simula filmes e séries de ação, no sistema da licença Powered By The Apocalypse e Symbaroum, um jogo de fantasia sombria onde os jogadores se aventuras em uma terra ocupada pela vasta floresta Davokar em busca de tesouros, conhecimento e fama!
Assim, durante o stand, fizeram anúncios de novos jogos que vem aí pela editora, incluindo um lançamento completamente nacional. Todos os anúncios feitos exclusivamente no Diversão Offline.

Assim também, entre os anúncios exclusivos do DOFF, tem Punkapocalyptic, uma versão modificada de Shadow of The Demon Lord para um cenário de Pós-Apocalíptico bastante baseado em Mad Max. 

Hopefinder

Além disso, também anunciaram Hopefinder, um jogo de apocalipse zumbi moderno feito em cima das regras de Pathfinder Segunda Edição. A historia se passa depois de um apocalipse causado por um vírus suíno que dizimou a humanidade. Como normalmente os cenários no Brasil de Pathfinder não saem do Fantasia Medieval, ter um jogo de Apocalipse Zumbi para Pathfinder 2ª Edição é algo muito bom.

Distopia

Logo após anunciaram um cenário de Fantasia Espacial completamente próprio, Distopia, um cenário baseado em mundos de space opera fantástica com grandes nomes do design de RPG brasileiro, como Mestre PedroK, Thiago Rosa, Nadja Lírio (Experimento 237) e Afonso Tresdê.

Beyond The Wall

Logo após isso também que vão lançar o jogo Beyond The Wall, um retro-clone de Dungeons and Dragons focado em aventureiros que devem proteger sua vila de criaturas da floresta e seres feéricos.

Lancer RPG

Uma surpresa para os fãs de mecha: A Tria Editora vai trazer Lancer RPG aqui para o Brasil, RPG de robô gigante baseado em d20 que ficou bastante popular nos últimos anos no cenário brasileiro mesmo antes de chegar traduzido. Assim, jogadores que amam robôs gigantes, podem ter uma nova possibilidade para poder jogar.

Shadow of The Weird Wizard

Enfim, anunciaram o jogo Shadow of the Weird Wizard, caracterizado como “uma versão family-friendly de Shadow of the Demon Lord”, o jogo de Robert Schwalb traz uma terra de aventureiros que sairam do Velho País por algum motivo e param nas Borderlands

Secular Games

No stand da Secular Games, um dos pontos que mais chamou a atenção foi o jogo Goddess Save The Queen, um jogo de sistema próprio que se passa na decadência do Império Britanico.
Estavam com o Guia Rápido de Rebel R, jogo narrativo de fantasia espacial que foi financiado a pouco tempo no Catarse.
E também estavam com jogos baseados na licença Powered By The Apocalypse, sendo eles Dungeon World e o sistema que dá nome a licença, Apocalypse World.
Porém, algo curioso que tinha nos stands eram os jogos de sistema próprio baseado em gerenciamento de recursos, como Psi*Run e UED – Você é a resistência.

Áureos – Os Dançarinos da Lua

Enfim um dos mais curiosos é Áureos – Os Dançarinos da Lua, jogo baseado em cultura de capoeira e traz um Brasil Fantasiado aonde você interpreta um Áureo, um ex-escravo que, em um Brasil Colonial fantástico, recebe as bênçãos de seu Orixá para libertar seu povo da escravidão.

Universo Simulado

No stand da Universo Simulado trouxeram o jogo Thordezilhas RPG, baseado em aventuras de piratas. Um jogo completo com regras e cenário para você jogar em modalidade solo, cooperativos ou com narrador.
Trouxeram Sinistros & Monstros, sistema de horror e juventude em que os jogadores são adolescentes que podem ver monstros em sua cidade e devem lidar com os horrores da cidade antes que sejam velhos demais para se importar.

Conclusão

A área indie foi surpreendente esse ano, muitos jogos indie sendo produzidos e muitos recebendo prêmios! É incrível ver a comunidade tão junta em uma mesma missão que é divertir.

Se eu pudesse resumir o DOFF 2023 em uma palavra, seria “comunidade”.

Nunca antes o título Diversão Offline fez tanto sentido.

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