Minhas Últimas Palavras – Prólogo em Enots #03

Prólogo em Enots é uma serie em 4 contos que contará a história da Criação e Decadência do plano Enots. Em Minhas Últimas Palavras o mago Dood nós revela um segredo. O segredo que trás muito peso para todo a história de Enots!

Minhas Últimas Palavras  

“Espero que ao encontrarem esse caderno possam entender minhas motivações, meus medos e angústias, e acima de tudo, possam me perdoar pelo mal que causei. Não foi minha intenção. Na verdade, eu só queria que o mal acabasse. Mas entendi tudo errado. 

Era inocente demais para perceber o que estava buscando. 

E, antes que me esqueça, me chamo Dood, e eu era um mago.

Para começar, irei relatar o óbvio. Sempre fui um estudioso, e acredito plenamente na Criação e nos relatos esparsos que temos sobre como ocorreu. Sempre acreditei no poder dos Dragões Primordiais e na existência dos Titãs Primordiais. Mas esse não é o ponto. A questão é que comecei a buscar entender mais sobre as raças e sobre o que estava acontecendo em Enots. 

Em nosso planeta e com o passar dos anos houve o esquecimento quase total dos ensinamentos passados, onde as tradições antigas e a comunhão com a força elemental que existe em cada um foi perdida, nos tornando alheios à nossa existência, aos nossos sentimentos e às nossas origens, onde nosso elemento principal não tinha mais poder. E eu acredito plenamente que com isso, os Dragões perderam um pouco da mana que detinham no início, e por isso, hoje não são quase citados ou vistos.

Com a perda dessa identidade, as raças já não davam importância àquilo que realmente precisavam. Deixavam de visitar os Templos Dracônicos que haviam surgido quando os Dragões partiram, e agora, não passam de lendas folclóricas. Os Templos Elementais também foram perdidos, tendo sido construídos por raças que hoje se escondem ou foram extintas, e deixados na memória de livros que ninguém mais abre. Templos que contém muito poder e mana. Que extrapolam os limites do que podemos fazer, e que concedem sem pedir nada em troca.

E quando finalmente, os seres se lembraram da mana elemental que possuímos, começaram a guerrear entre si, querendo que seu elemento se tornasse supremo. Tornando corrupto algo que era puro. 

As guerras começaram dessa forma. Com o propósito de aumentar um elemento específico e sua força, mesmo que nós precisemos do equilíbrio que existe para mantê-los em harmonia. 

Tentei encontrar os motivos que levaram grandes reinos, impérios e povos a começarem com essa neurose tão repentinamente. Alguns disseram que ouviram vozes à noite, alegando serem dos Titãs, e que eles exigiam poder. Também ouvi relatos de governantes que encontraram livros perdidos ou esbarraram com algum Templo Elemental, e ao lerem ou verem algo, tiveram a certeza de ser necessário ter um elemento principal. 

Todas as histórias pareceram contadas pela metade, faltando partes importantes para compor o quebra-cabeça, sendo recheadas de fofocas. Mas a questão é: os maiorais começaram com isso. E rapidamente o sentimento se espalhou. Intrigas menores surgiram, quase sempre com a justificativa de fazerem parte dos interesses elementais. Mas logo percebi que eram apenas desculpas para o massacre.

Pequenas vilas e vilarejos tiveram famílias brigando entre si, terras começaram a ser proclamadas, onde antes, podíamos andar em liberdade. 

Mãe contra filho. Irmão contra irmão. 

E inocentes pagavam o preço.

Isso me cansou.

Comecei a pesquisar, tinha que ter algo. Algo que fez toda essa confusão explodir. Tinha que ter… 

Minha filha não podia ter morrido em vão.

Até que percebi que a mana que eles tanto defendiam estava estranha, não era como a descrita nos livros e a conexão com o planeta. Era totalmente diferente, e eu sentia isso também. Eles não estavam defendendo a energia original, era algo assustadoramente desconexo.

Nesse período, além da destruição, as raças que descendiam diretamente dos Dragões, como os draconatos, passaram a serem perseguidos e mortos. Muitos acreditavam que o fato deles estarem vivos era fator predominante para que houvesse guerras baseadas nos elementos. Por sua vez, os que conseguiam sobreviver, passaram a viver em ermos distantes, perdendo um pouco de sua cultura e civilidade. A maioria fundou clãs bárbaros, onde novas leis e regras funcionavam e guiavam o povo a continuarem vivos. 

Outras criaturas, não tão numerosas, mas diretamente ligadas a algum poder elemental, também foram perseguidas e extintas. Povos que naturalmente emitiam um dos quatro elementos, mesmo que nem tivessem tomado partido na guerra, perderam tudo, forçando os poucos sobreviventes a se esconderem e se isolarem. 

A terra foi assolada pela destruição. 

E depois de muito tempo eu entendi. 

Entendi por qual motivo sentia tanta diferença na mana que eles usavam durante as batalhas. A que antes era quase totalmente usada para o bem agora não era mais, e acredito, que para tentar se preservarem um pouco dessa confusão, os próprios Dragões tenham dividido ela em duas: Luz e Escuridão. As quais chamei de Lumnya e Temnyam, respectivamente.

Durante as batalhas que consegui observar, era clara a diferença. Os soldados que usavam dos elementos baseados em Lumnya eram puros, porém, em menor número, e logo foram derrotados pelos que usavam de Temnyam sem se importarem com as consequências. Eles também começaram a apresentar um potencial muito maior. Como se a escuridão pudesse ser mais forte que a luz. Mais sedutora… 

Passei a estudar enfaticamente, e além desses elementos, percebi que existiam outros dois que eram deixados de lado, mesmo que fossem mais fortes. Mesmo que pudessem ser a resposta. 

E talvez fossem. E eu poderia usá-los. 

O Éter e a Morte. 

O primeiro é do Plano Etéreo dos espíritos Dracônicos e dos seres, assim como da consciência universal, estando presente em tudo e em todos, e não sendo visível de forma normal. Algumas culturas já falavam da existência de um Plano do Éter, onde os espíritos ficam após a Morte, sendo protegidos de dores e do mal. Mas claro que nem todas as culturas são esperançosas assim. 

Alguns só falavam que os espíritos ficariam vagando, podendo atravessar para nosso Plano e se comunicar conosco. Também tinham aqueles que sempre relataram terem visto “fantasmas” e coisas “paranormais”, apontando esse Plano como culpado pelo seu medo. Mas cá entre nós, é meio difícil acreditar nesses termos quando temos magia que permite a invisibilidade ou mudanças em nossa forma. 

E para completar, ainda tinham os céticos, que pensam que esse Plano não passa de um lugar vazio. Mas eu atribuo esse conceito a um outro lugar, que meu amigo Sr. D. estudava. Não sei o que aconteceu com ele, mas ele chamava esse ‘vazio’ de “Plano do Eco”. E você terá de encontrá-lo se quiser saber sobre isso, pois fui proibido de falar mais do que qualquer um possa ter conhecimento sem ter estado aqui. 

De qualquer forma, o segundo elemento é a Morte, sendo ele o estágio final de todas as coisas. Acredito que os Dragões o criaram para que, com a possibilidade de um fim iminente, as criaturas pudessem viver intensamente e melhores, diferente deles, que viviam no tédio e tiveram que partir para se livrar de um peso que não lhe foi oferecido, mas apenas atribuído.

Porém, eu logo descobri, que a Morte estava diretamente relacionada à Temnyam, e a alimentava. Por isso estava cada dia mais forte. Por isso os exércitos que usavam essa parte da mana conseguiam derrotar seus inimigos facilmente. Por isso os embates estavam cada vez mais cansativos. Todos estavam usando da Morte para vencer. 

Tentei encontrar no Éter algo que pudesse nos tirar de tudo que estávamos passando, mas eu estava fraco. Velho. Assustado. Comecei a ser ameaçado, conforme foram descobrindo o que estava estudando. 

E eu tentei. De todas as formas. Eu tentei.

Sabia que poderia existir um Templo do Éter. 

Mas nunca o encontrei, por mais que o procurasse. 

Até que um dia eu me rendi. 

Diante de todas as ideias que circundavam minha mente, eu pensei que poderia usar a Morte para impedir que as coisas continuassem da forma que estavam. 

E esse foi meu erro.

Eu estava tão cansado, mas a ideia me pareceu tentadora. Eu realmente pensei que pudesse funcionar. A ideia era simples. E se a Morte fosse espalhada de uma vez por todas? Se todos não tivessem mais elementos, e eles fossem retornados aos Dragões no centro do planeta? Todos ficariam iguais, com o mesmo elemento, sem superioridades. Então todos poderiam viver em paz, certo?

Interpretei errado alguns manuscritos antigos.

Isso poderia funcionar!

Claro que hoje eu sei que fiz besteira. Os Espíritos me mostraram depois. Mas na época, eu queria que funcionasse. 

E o meu desejo era egoísta. 

Eu queria minha filha de volta.

Controlando a Morte, eu poderia trazê-la, né?

Poderia tê-la comigo novamente… 

Passei a procurar por esse elemento. Estudando-o de todas as formas e perspectivas. Tentando encontrar o Templo que ele teria, pois lá eu poderia ter as respostas que buscava. Mas em minha ânsia, acabei encontrando um outro Plano, que logo viria a conhecer como Plano da Corrupção. 

Ali eu consegui ter maior controle sobre Temnyam. Sobre magias, dogmas e ritos profanos e malignos, pois era a fonte de toda a escuridão necessária para ter o poder que eu precisava para concluir meu plano, que teve, dentre tantas, uma falha que custou a minha vida.

Uma Larva da Escuridão com uma voz sedutora, me sussurrava tudo que eu buscava. Parecia ler meus pensamentos e conhecer meus sentimentos, sabendo meus pontos fracos e o que poderia usar para me atrair. 

Minha filha… 

Ela disse que poderia me ajudar a trazê-la de volta.

Lentamente, acabei cedendo aos seus caprichos.

Tudo depois disso é turvo e, ironicamente, uma grande escuridão. E apenas aqui, no Plano do Eco, me foi elucidado tudo que ocorreu a seguir.

Sem que eu soubesse, me tornei a porta de entrada para que a Larva me transformasse em algo que ficaria conhecido como Lich, me dando uma nova aparência, e um novo nome: Argen. E tudo que fiz a seguir foi pior do que tudo que já tinha vindo. 

Criei exércitos que ficaram conhecidos como Eskeletons. Eram elfos malignos, que ganharam até novas colorações ao me obedecer. Eles me serviam. Serviam à Larva. E ela servia ao Titã Devorador. 

Não sei se ele é uma espécie de ‘irmão’ ou um inimigo natural dos Titãs Primordiais, só sei que ele havia sido banido e expulso para outro Plano ou realidade. E naquela época, esse Titã, que ficou conhecido dessa forma por sempre fazer isso: destruir a mana existente em um lugar, pois é isso que o sustenta, estava vindo para nosso Plano.

Ao ceder meu corpo à Larva, ela me fez passar por um ritual arcano na qual aprisionou minha alma a uma filactéria. Um tipo de pedra circular lisa e oca por dentro, com símbolos arcanos e magia negra inscritos com prata, sendo forjada pelas minhas mãos enquanto possuído. Essa pedra se tornou seu vínculo comigo e com o poder que o Titã Devorador me concedia enquanto Lich. 

E aqui, leitor, é que você entra.

Argen, meu outro eu, construiu o Templo da Morte sobre o oceano, e deixou essa filactéria bem guardada ali. E quando foi vencido pelos Heróis, meu corpo foi desintegrado, e ela se manteve ali. Protegida pela Larva. Esperando que alguém vá até lá, para ser iludido como eu. Pois o Titã ainda quer vir para cá. 

Mas espero que sendo avisado, você não caia nas promessas que ela lhe fizer, encontre essa pedra, e destrua-a. 

Para isso, será necessário encontrar alguma arma que eu tenha usado, o que é complicado, pois minhas armas sempre foram meus livros. Mas você pode visitar o Sr. D. deixei com ele um martelo de mão. Espero que seja o suficiente, pois foi a única coisa da qual consegui me lembrar. 

Agora você sabe de tudo.

Sabe que minha intenção não era ruim no fim.

Os Espíritos me deram a chance de contar o que houve, mesmo que eu não saiba se algum dia alguém irá ler, pois estou no Plano do Eco, e daqui, não sei o que poderá seguir. 

O Sr. D. adoraria estar aqui…

Assim que terminar de escrever estas palavras, minha jornada estará completa e o destino de minha alma, incerto.

Desejo boa sorte, bravo herói. Irá precisar”


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Minhas Últimas Palavras – Prólogo em Enots #03

Revisão e Montagem da Capa: Isabel Comarella

Dragon Age RPG – Livro Básico – Resenha do Livro

Um dos maiores desafios de qualquer sistema de RPG adaptado a partir de outra mídia é conseguir manter a essência daquele mundo em suas mecânicas e aventuras. No caso de uma adaptação de videogame, o acomodamento das mecânicas de jogabilidade originais podem ser muitas vezes esquecidas, por razões óbvias.

Este não é o caso de Dragon Age RPG, que molda suas mecânicas quase que inteiramente a partir da jogabilidade de Dragon Age Origins, o primeiro jogo da franquia. Salvo algumas mudanças necessárias para equilibrar as três classes principais (guerreiros, ladinos, e magos), a maioria dos sistemas de Origins estão presentes no RPG de mesa.

Por exemplo, assim como no jogo, existe uma diferença entre defesa e armadura. Defesa equivale a chance do personagem de evitar completamente o dano de um ataque, enquanto armadura apenas diminui o dano sofrido pelo personagem caso seja incapaz de se esquivar.

Assim como em Origins, Defesa é calculada e melhorada principalmente através do atributo de destreza, e do tipo de escudo equipado. No caso do RPG de mesa, a defesa é calculada com a equação: 10 + seu valor de destreza + bônus do escudo.

Existem outras mecânicas que se assemelham as do jogo, mas, o mais importante a se notar aqui, é que fãs dos jogos eletrônicos de Dragon Age que já estejam familiarizados com as mecânicas do primeiro jogo, Dragon Age Origins, terão uma facilidade enorme em entender as pequenas mudanças do RPG de mesa.

O Mundo de Thedas

Então, definimos que as mecânicas do jogo se assemelham bastante as do videogame, mas e quanto ao resto? E quanto ao mundo de Dragon Age?

Além das classes (e suas especializações), Dragon Age RPG usa um sistema de “Históricos”, mesclando assim o que outros sistemas chamariam de “raças”, com o passado do seu personagem. Novamente, isto é similar ao sistema de origens do primeiro jogo, mas, enquanto no videogame haviam apenas seis opções (Humano Nobre, Mago, Elfo Valeano, Elfo da Cidade, Anão Nobre, e Anão Plebeu), o RPG de Mesa conta com incríveis vinte e nove opções!

Desde históricos mais “comuns”, como Mago Apóstata, Elfo Valeano, e Homem Livre Fereldano, até origens mais diferenciadas, que alcançam as nações e povos mais distantes do mundo de Thedas. Andarilho Antivano, Avvar, Aventureiro Nevarrano, Qunari Baresaad, Sobrevivente Ander, e até mesmo cidadãos das três classes sociais de Tevinter, sendo elas Soporati, Laetan, e Altus, são todas opções de histórico para personagens do RPG de mesa.

Desta forma, Dragon Age RPG dá aos seus jogadores e narradores a oportunidade de expandir este mundo para muito além do que já vimos nos jogos, as quais, até o momento, se limitam a Ferelden, Orlais, e a cidade livre de Kirkwall.

Além disso, para aqueles que quiserem se aproximar ainda mais do primeiro jogo, o RPG de mesa oferece regras também para que os jogadores possam se juntar aos lendários Guardiões Cinzentos, a guilda jurada em destruir as terríveis Proles das Trevas!

Façanhas

Até agora, eu falei bastante sobre como o RPG de mesa se mantém tanto fiel ao jogo eletrônico, e oferece opções mais do que suficientes para a expansão deste universo através da mente de seus narradores e jogadores, mas existe uma adição específica para as mecânicas do jogo que torna Dragon Age RPG diferente de qualquer outro RPG que eu já joguei, e este é o sistema das Façanhas!

Para fazer uma jogada de qualquer tipo em Dragon Age RPG usa-se três D6, ou seja, três dados de seis lados cada. Um destes dados, porém, precisa ser diferenciado, pois se trata do Dado do Dragão, o qual se relaciona diretamente ao sistema de façanhas.

Quando um jogador (ou o mestre), consegue resultados iguais em quaisquer dois dados de sua jogada, ele ganha um número de pontos de façanha igual ao resultado do Dado do Dragão. Usando estes pontos, o jogador pode, então, adicionar efeitos especiais para a sua jogada.

Um ataque pode causar mais dano, derrubar um oponente, ou até mesmo criar uma abertura para uma nova jogada de ataque, além de diversos outros efeitos. E, melhor ainda, não é apenas durante o combate que estas façanhas são relevantes.

Existem façanhas de exploração, interpretação, magias gerais e magias específicas para cada uma das quatro grandes escolas (Primal, Espiritual, Criação, e Entropia). Uma façanha específica que fãs de Dragon Age podem se interessar, conhecendo a fama da série, faz parte da tabela de interpretação, e custa quatro pontos:

FLERTAR: Escolha um personagem presente e faça imediatamente um teste oposto de COMUNICAÇÃO (SEDUÇÃO) contra VONTADE (DISCIPLINA). Se você vencer, o personagem fica enamorado por você, desde que a orientação sexual seja compatível. O que exatamente isto significa e como isso se desenvolve (ou desaba) em longo prazo fica a critério do mestre (ou do jogador, se esta façanha tiver como alvo um PJ), e depende de como você continua a agir. Contudo, se for bem-sucedido, você criou uma abertura para oportunidades românticas.

Conclusão

No fim das contas, Dragon Age RPG é uma ótima indicação para qualquer fã veterano da série, além de para fãs novatos. As regras são simples e fáceis de aprender, mas contém complexidade suficiente para a criação de personagens e aventuras extremamente distintas.

Enquanto existem apenas três grandes classes, o nível de personalização é gigantesco, com diversas opções de históricos, especializações, talentos, focos, habilidades, equipamentos, e, claro, magias para os magos, ao ponto que, mesmo que compartilhem a classe principal, dois personagens podem continuar sendo completamente diferentes um do outro.

Para o mestre, o livro básico traz uma quantidade tremenda de materiais para auxiliarem na preparação e aventuras. Existem capítulos sobre o universo de Thedas (mundo no qual Dragon Age se passa), funcionamento da magia, dicas e regras específicas para o mestre, grandes segredos deste universo, diversos adversários que existem e recompensas para os jogadores.

Quer este seja seu primeiro ou décimo sistema de RPG de Mesa, não precisa se preocupar, porque o livro não deixa nada a desejar. Como disse, o sistema quase todo se baseia nos dados D6, que são os mais comuns, então isso também já ajuda, e, em pouco tempo, todos já deverão estar acostumados ao sistema e ao que podem fazer nele.


Espero que tenham gostado, e que deem uma chance a este sistema maravilhoso. Esse foi o meu primeiro texto aqui no Movimento, eu sou o Guardião Cinzento, e lembrem-se:

Na Guerra, Vitória
Na Paz, Vigilância,
Na Morte, Sacrifício
e
Na Mesa, RPG

Star Trek Aventuras – Resenha

A tão esperada versão em português do RPG Star Trek Adventures, agora traduzido para Star Trek Aventuras, está em pré-venda pela New Order Editora!

Clica aqui para conferir e comprar o seu!

Ou em  Klingon…

DaHjaj yIyep ‘ej yIyoH

E nós do MRPG não poderíamos ficar de fora!

Então confere abaixo uma resenha para atiçar a sua vontade de ter o livro.

Vale lembrar que, comprando na pré-venda o livro físico, você leva de graça o PDF.

Pela nossa parceria de longa data, conseguimos o PDF em versão de revisão para trazermos alguns materiais para vocês e posso dizer que o livro está lindo!

Mas chega de conversa, vamos a resenha!

O livro

Como de costume, a New Order não poupou esforços para deixar Star Trek Aventuras um livro muito bem diagramado e traduzido.

O livro contém, em seu PDF 370 páginas, incluindo capa, contracapa etc. É totalmente colorido e ricamente ilustrado. (Não estou puxando o saco, o livro ficou muito bonito mesmo)

Ao longo da matéria, você confere algumas imagens diretamente do livro, para provar que estou falando a verdade.

O livro original é da Editora Módiphius Enterteinment e utiliza o sistema 2d20 para Star Trek Aventuras, o mesmo sistema utilizado, por exemplo, em Conan.

Assim, o sistema utiliza dois tipos de dados somente, dois d20, obviamente, e dois d6, com isso você consegue curtir suas aventuras no espaço.

Star Trek Aventuras

A série iniciou seus episódios em 1966, muitos de vocês não conhecem Star Trek daquela época. Por mais que eu tenha nascido uns 20 anos depois da estreia de Star Trek, foi essa série que me fascinou.

Lembro muito bem de lutar contra o fraco sinal da TV aberta da época para que fosse possível assistir, ao menos um pouco, quando passava na finada TV Manchete em 1990 e poucos.

A abertura sempre me fascinou e, para a época, os efeitos especiais eram incríveis!

Espaço… a fronteira final. Estas são as viagens da nave estelar Enterprise em sua missão de cinco anos. … pra explorar estranhos novos mundos … buscar novas vidas e novas civilizações … audaciosamente indo aonde nenhum homem jamais esteve.

Mas não espero que todos que lerão este post tenham a mesma referência que tive, Star Trek virou uma febre mundial, e referências a ela estão em vários e vários filmes, outras séries e livros.

Além disso, foram lançados alguns novos filmes sobre o tema, o mais recente foi Star Trek Pickard, em 2020.

Em Star Trek Aventuras você poderá se juntar à Frota Estelar, assumir uma posição a bordo de uma nave, base estelar ou colônia e descobrir mundos novos e emocionantes.

Este é um futuro de esperança, paz e ciência. Onde o desafio é você resolver os problemas tanto com discussões, diplomacia e ciência e pesquisa, quanto ao apontar um feiser.

O livro básico

Primeiramente, o livro lhe apresenta tudo que você precisa saber para iniciar suas aventuras na fronteira final, o espaço.

Você encontra detalhes sobre a Federação, como sua história e visão geral, detalhes sobre a frota estelar, suas diretrizes, academia etc.

Mas isso é só história, você não quer só ler, você quer fazer parte!

E é aí que vem a parte interessante, como você inicia sua carreira na frota estelar.

Trataremos desta parte em específico no nosso guia de criação de personagem, que estará disponível em breve!

Além disso, da história e de como criar o seu personagem, o livro vem com exemplos de naves espaciais, regras para seu uso, além de toda uma gama de informações ao mestre.

Bem como, claro, alienígenas e adversários, para o narrador investir em suas aventuras.

Outro ponto muito interessante do livro é que ele conta com uma aventura pronta, para você preparar seus jogadores e colocar em prática seu conhecimento do livro, como narrador.

A aventura se chama, O Restage em Xerxes e os jogadores são tripulantes em uma nave auxiliar, que está indo rumo a estação Narendra. Porém, durante a viagem, eles recebem um pedido de ajuda, de um entreposto científico.

Após um pouso forçado na superfície, a tripulação é atacada por criaturas humanoides primitivas hostis empunhando clavas e rochas.

E aí?

O que vocês fazem?

Por fim

Eu sou suspeito para falar de Start Trek, sempre adorei a franquia, apesar de ter perdido o contato com a trama.

O livro traz uma mecânica muito boa de criação de personagem, bem como de apresentação do cenário e sistema.

Você encontra esse livro no site da Editora New Order, além de muito outros títulos de RPG, é só clicar no nosso cupom de desconto para ir direto para a loja!

Ah e o texto em Klingon, usei esse tradutor aqui 😉

Tradutor de Klingon


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Revista Aetherica

Problema Iminente – Star Wars: Edge of the Empire #04

Problema Iminente se passa no planeta Formos, um mundo remoto da Orla Exterior. O planeta por si só não tem nada de especial, a não ser por estar localizado na junção de duas rotas hiperespaciais importantes. A rota Pabol Sleheyron atravessa o Espaço Hutt vizinho em direção ao Centro, enquanto a Rota Comercial Triellus dá acesso às diversas regiões da Orla Exterior. Além disso, Formos está diretamente ligada ao planeta de mineração Kessel através de um corredor de espaço navegável chamado Percurso de Kessel, fazendo que Formos se torne o refúgio ideal para todos os tipos de contrabandistas, viajantes espaciais e outros da escória galáctica….

Lançado no ano de 2012, com o Beta, Star Wars: Edge of the Empire foi o primeiro sistema de interpretação da série Star Wars Roleplaying, publicada pela Fantasy Flight Group. O primeiro Beta foi apresentado em agosto de 2012, no evento da GenCon em Indianápolis, Indiana, EUA.

O sucesso com o público trouxe o lançamento da Beginner Box em 17 de dezembro de 2012, com o Core Rulebook oficial vindo em 05 de julho de 2013.

Aventura Completa

Problema Iminente (Trouble Brewing no original) foi lançada pela Fantasy Flight Group como parte do livro-base (Core Rulebook) do Edge of the Empire, módulo do sistema que se foca nas histórias de contrabandistas, caçadores de recompensas e outras figuras do submundo de Star Wars. Ela é uma aventura completa, oferecendo uma experiência para quem deseja começar a conhecer o sistema.

Formando o capítulo XIII do livro-base, ela traz todas as informações para um grupo explorar Formos e se envolver na trama principal da aventura, com ganchos indicados para envolver as personagens na história.

Enredo

“Esta aventura se passa no planeta Formos, um mundo remoto da Orla Exterior. O planeta por si só não tem nada de especial, a não ser por estar localizado na junção de duas rotas hiperespaciais importantes. A rota Pabol Sleheyron atravessa o Espaço Hutt vizinho em direção ao Centro, enquanto a Rota Comercial Triellus dá acesso às diversas regiões da Orla Exterior. Além disso, Formos está diretamente ligada ao planeta de mineração Kessel através de um corredor de espaço navegável chamado Percurso de Kessel, fazendo que Formos se torne o refúgio ideal para todos os tipos de contrabandistas, viajantes espaciais e outros da escória galáctica.

Recentemente um cruel pirata chamado Bandin Dobah passou a controlar o contrabando dentro e fora do Espaçoporto de Formos.

Este implacável e ambicioso Aqualish fez inimigos poderosos; afinal Formos fica próximo ao Espaço Hutt e eles não toleram competição direta por muito tempo.

Dobah está um passo à frente da justiça até o momento estabelecendo e mantendo o controle por meio da violência e da sorte – pelo menos por enquanto.

Existem duas recompensas pela cabeça de Dobah. O Império está oferecendo a primeira. Moruth Doole, encarregado da prisão de Kessel, acredita que assumindo uma postura dura contra o crime é possível conquistar os corações e as mentes da população local. Esta estratégia ainda não deu resultados, já que os habitantes de Formos estão tão escandalizados por causa do genocídio e da escravidão quanto os demais habitantes da galáxia e, em consequência, profundamente ressentidos com o governo do Império. A menor e segunda recompensa é oferecida por um chefe do crime Hutt, que está buscando construir uma reputação para si.

Para não ser pego pelos caçadores de recompensas, Bandin Dobah sequestrou um droide astromech R4 que possui a melhor programação de rotas hiperespaciais e campos de asteroides locais. Ele também entrou em contato com um caçador de recompensas experiente, um Rodiano chamado Godon Netakka. Até o momento, Dobah conseguiu convencer o caçador de recompensas a abandonar seu dever, mas não teve sucesso em suas tentativas de contratá-lo.

Embora tudo pareça estar dando certo para Dobah, imprevistos irão colocá-lo no caminho de um bando de aventureiros.”

Personagens

Diferentemente das aventuras anteriores, Problema Iminente não oferece fichas prontas de personagens para os jogadores escolherem. Por ser parte do livro-base, a intenção é estimular o grupo a montar fichas para esse jogo, de modo a conhecerem melhor a estrutura mecânica do sistema.

Isso não impede, no entanto, que o grupo opte por usar fichas apresentadas de outras aventuras prontas, se assim for do gosto de todos.

Estrutura

Problema Iminente conta com um breve prólogo, onde as informações de Formos e os ganchos da história são apresentados para envolver os jogadores. Nele, o grupo de personagens acaba de chegar ao espaçoporto movimentado, e se dirigem à cantina, onde tudo começa.

A história em si consiste da investigação e caçada por Dobah, conforme as personagens descobrem mais informações sobre o Aqualish e sobre as duas recompensas que são oferecidas por ele. Enfrentando contrabandistas e a gangue do criminoso são parte dos obstáculos, culminando no embate final com o vilão e uma escolha: a quem entregar o prisioneiro, caso seja detido com sucesso. O que contará mais, dinheiro bruto ou a chance de conexões com os Hutts?

Apesar de não oferecer ganchos para outras aventuras prontas, Problema Iminente apresenta a oportunidade de unir um grupo iniciante para que, com o sucesso e os créditos da recompensa, continue explorando a vasta galáxia de Star Wars. Com a guerra civil rampante e a corrupção sem fim, é um ambiente fértil para oportunistas do submundo prosperarem.

Caso tenha gostado desse artigo, considere ler Sob um Sol Negro, parte três dessa sequência das aventuras de Star Wars: Edge of the Empire.

Assim Nasce um Vilão – Prólogo em Enots #02

Prólogo em Enots é uma serie em 4 contos que contará a história da Criação e Decadência do plano Enots. Em Assim Nasce um Vilão, vamos acompanhar a jornada do meio-elfo Morkrani, sedento por poder ele vai atrás de seu objetivo.

Assim Nasce um Vilão 

Após a Grande Guerra existiu um meio-elfo, chamado Morkrani, que se tornou famoso por um único motivo: expedições. 

Masmorras antigas, construções abandonadas, e principalmente templos eram desvendadas pelo jovem que escalava montanhas e encontrava reinos perdidos em busca desses locais enigmáticos, e o que todos buscavam entender era o motivo para tal ambição. 

Muitos diziam que ele ansiava por itens mágicos, mas essa teoria logo era descartada, pois a maior parte daquilo que conseguia deixava em museus, em posse do governo ou de guildas. Alguns diziam que eram pelas histórias que os bardos contariam sobre seus feitos e de como atrairia belas damas, mas ele sempre se afastava das festividades e jamais fora visto nos braços de alguém.

O que os teorizadores não sabiam é que esse meio-elfo conhecia as propriedades mágicas primordiais que esses lugares forneciam, sendo mais antigas que a própria Criação, não somente vindouras de itens ou do divino, mas também de tempos remotos as quais os livros não mais discorriam, e a qual ele conhecia através de manuscritos encontrados no quarto do pai que desapareceu, e por isso, ele buscava pela promessa do que havia lido: ser preenchido completamente pelo poder primordial.

Sua fama era transmitida através dos reinos. Nobres e poderosos tentavam persuadi-lo de inúmeras formas a contar seus motivos e aspirações, porém ele sempre contornava a situação. Até que um dia, brindando com um jovem rei ganancioso, que queria que o meio-elfo trouxesse os itens apenas para ele, o burguês acabou se deixando levar pela bebida, revelando um dos maiores segredos que possuía: a Marca da Fênix – uma maldição que cercava a família real. 

O jovem sabia que não poderia ficar vagando para sempre e que alguma hora seria bom ter aliados que pudessem protegê-lo e servi-lo. Vendo na confissão do rei uma oportunidade, propôs um acordo: ele continuaria suas expedições, e voltaria ano após ano até que o rei ou seus herdeiros, tivessem uma filha, que seria prometida a ele, formando uma união com benefícios mútuos. Mas, se ele demorasse e outra oportunidade aparecesse, ele não a desperdiçaria. O rei, tão orgulhoso, vaidoso e arrogante quanto o jovem, concordou.

O meio-elfo continuou suas aventuras solitárias e mesmo quando voltava de mãos vazias, se dirigia à ferreiros de confiança para construírem itens que alegaria serem antigos e raros, enganando pequenas cidades e aldeias. Não somente isso, quando encontrava reinos com criaturas consideradas “perdidas” ou “extintas”, que tinham medo de voltar à superfície e serem caçadas ou mortas novamente, sempre realizava chantagens em troca de seu silêncio.

Um dia, o rapaz encontrou o Templo do Éter, que continha em suas paredes passagens sobre Templos Elementais, inclusive sobre o Templo da Morte, que fora construído por Argen durante a Grande Guerra, aguçando sua curiosidade e decidindo que iria fazer de tudo para encontrá-lo. Talvez ali teria o poder do grande Lich, e se existisse, iria tomá-lo para si. 

Após muitos sacrifícios, não somente de seu próprio sangue, mas também de muitos inocentes, descobriu uma ilha longe de todos os continentes, que ficava rodeada por águas turbulentas e nuvens negras, a qual ele tinha certeza ser o lugar onde iria encontrar o que queria. 

Com muito esforço encontrou um grupo de marujos que aceitou navegar com ele, já que todos sempre informavam que na direção que queria ir não tinha nada, porém, aumentando a recompensa que os tripulantes teriam, o grupo concordou em acompanhá-lo. 

O mar estava tranquilo, e os marujos beberam, cantaram e guiaram o navio com grande maestria. O meio-elfo até começou a pensar que sua vida teria sido mais divertida se tivesse optado por escolher um grupo para si, mas ao terceiro dia, quando já se aproximavam do local, o mar se mostrou mais agressivo.

Os marujos diziam não ver sombra ou contorno de ilha, mas o meio-elfo afirmava enxergá-la no horizonte, e por isso, indo contra tudo que acreditavam, eles prosseguiram. A noite foi longa e começaram a ser atacados, mas ninguém sabia dizer o que ou de onde os ataques vinham. Pareciam tentáculos gigantes, mas num piscar de olhos, era somente uma sombra que se desfazia no ar, como poeira. Às vezes, pareciam milhares de flechas e arpões que estavam sendo lançados de lugar algum, mas olhando ao redor, não se via sinais de buracos que pudessem ser causados por eles. 

E parando um momento, o jovem viu os tripulantes mortos. 

Era por isso que não andava em grupo.

Percebeu que tinham apenas algumas pessoas que gritavam e tentavam matar algo irreal, então ele pensou: não era verdade. Deveria ser algum tipo de magia, e o que estava fazendo o coração dos tripulantes parar de bater talvez fossem armadilhas, armas ou magias simples, que quando atacadas da maneira correta e certeira, estavam eliminando um a um. 

Eram fracos.

Por isso ele não andava em grupo.

Sem pensar muito, deixou-os enquanto pegava o único bote salva-vidas e saía dali. Os tripulantes viram suas intenções e partiram para cima dele. Aquilo era traição. Mas quando tentavam atacar, aquela sombra impedia. Coincidência? O meio-elfo acreditava que não. Estava predestinado a algo e nada de ruim iria acontecer com ele. 

Adentrou o bote que estava intacto, “milagrosamente”, e começou a se afastar do navio, sendo impulsionado pelas ondas através das pragas e maldições gritadas pelos que ficaram no navio e logo morreriam por sua culpa. 

Mas ele não se importava. 

Era melhor que eles.

A viagem que cobria o resto da distância não foi tão simples quanto imaginava, e mesmo sabendo que estava sendo guiado, acabou sendo jogado violentamente contra pedras pontiagudas de coloração preta, que detinham o brilho da lua sobre si, mesmo com as nuvens pesadas que cercavam o lugar. 

Quando abriu os olhos não sabia quantas horas haviam passado. Olhou para o céu, as nuvens estavam escuras e o ambiente não tinha um único ponto de luz. Será que havia passado um dia inteiro ou apenas alguns instantes desde que estivera no navio? Olhou para o mar. Parecia calmo, como se nunca tivesse sido tempestuoso. Não conseguia compreender, mas sentia que estava próximo de descobrir a magia primordial que tanto buscava.

Sorriu aliviado enquanto se levantava, agradecendo a visão no escuro que o permitia não estar totalmente cego, mas enxergando com muita dificuldade, usou um de seus truques, e buscando por uma pedra que coubesse em sua mão, iluminou-a proferindo algumas palavras, e logo o ambiente se mostrava mais simpático.

Se fosse durante o dia, a única coisa que poderia fazer alguém pensar que ali não era uma ilha paradisíaca seriam os grandes veios e musgo preto que circundavam as plantas e o cenário que estava ao redor. Se fosse outra pessoa, já teria buscado um jeito de ir embora. Mas ele estava ali, e ele queria o poder para si. 

Começou a adentrar a floresta, sem medo, como se já tivesse estado naquele lugar anteriormente, talvez em um sonho distante que tivera. Mas isso não importava. Ele apenas seguiu confiante, não prestando atenção ao seu redor, pois se o fizesse, perceberia que a floresta não continha os barulhos naturais que deveria ter. Andou até encontrar uma grande ruína que antes poderia ter sido qualquer coisa. 

Era o Templo. 

Ele sabia disso.

Caminhou em direção ao lugar totalmente hipnotizado pelas pedras negras que estavam caídas, percebendo que algumas áreas pareciam intactas. Lentamente foi até a frente do Templo e sorrindo, adentrou o local. 

As paredes eram lisas, cheias de rachaduras, sem adornos, tecidos ou objetos. Também não tinha poeira, o que levou sua mente a imaginar se o motivo era mágico ou se existiam criaturas que limpavam o local. Ele se sentia estático, como se estivesse preso no tempo, petrificado em um lugar que não fazia sentido, e a sensação perdurava mesmo estando em movimento através dos corredores largos.

Conforme andava desviando de destroços e detritos caídos, viu ao longe a sala central, com o que parecia ser uma espécie de trono. E no ímpeto de chegar lá, correu distraído em sua própria ansiedade, tropeçando, e como numa dança ensaiada, caiu em uma abertura no chão, provavelmente, uma das armadilhas do local que com a destruição, acabou abrindo mais e se transformou numa armadilha natural. 

Bateu nas paredes enquanto caía e se chocou contra o chão com muita força, sabendo que qualquer pessoa normal morreria no processo, mas como um aventureiro experiente, percebeu que apenas havia arranhado algumas partes de seu corpo. Respirou fundo tentando se recompor, mas quando ia se levantar, sentiu uma grande dor na perna, e antes que pudesse entender que não estava conseguindo se movimentar, foi atingido pelas pedras que se soltaram das paredes.

Acordou um tempo depois, totalmente no escuro, coberto por rochas e poeira. Sentou-se e começou a contabilizar os estragos: sua bolsa, com todos os componentes, estava longe. A pedra luminosa tinha se apagado. E ele estava repleto de cortes e sangrando mais do que estava acostumado. Mas seria fácil sair dali. Era preciso apenas conjurar algumas magias simples, falar algumas coisas, mexer seus braços, e pronto, iria pegar sua bolsa. Mas quando tentou conjurar, percebeu que suas mãos tremiam e o feitiço falhou.

Assustado, começou a pensar, até que percebeu: aquele material preto que circundava toda ilha tirava sua mana. Lembrou-se do poder do Lich. Todas as histórias que conseguia pensar lhe faziam ter a certeza: ele iria morrer ali. Desesperado, sua mente buscava por alguma solução, mas o que poderia fazer? Tentou de tudo, mas nada adiantava, então finalmente se rendeu aos gritos de socorro, mesmo sabendo que ninguém ouviria.

Após alguns momentos com seu pranto sendo dispersado pelos corredores, ouviu um arrastar lento acima de sua cabeça e olhando ao alto, percebeu uma Larva branca, do tamanho de seu antebraço, se aproximando pela parede. Limpou seus olhos das lágrimas enquanto o animal parava em sua frente.

Instantes silenciosos se passaram, enquanto ela lhe encarava, até que o ar foi cortado por uma voz rouca que ecoou, e mesmo que não estivesse vendo aquele bicho abrir a boca, sabia que vinha dele o que era ofertado de maneira sussurrada e convidativa:

“Você sempre esteve em templos e masmorras, e agora vai morrer sozinho… 
Ninguém vai te encontrar, porque ninguém se importa com você…
Você não precisa de ninguém. 
Posso te dar poder!
Tudo que quiser…
Você precisa me ajudar a te ajudar…
O outro que ajudei não era forte o bastante… 
Mas você parece ser… 
Você é forte… 
Mas vai morrer fraco…
Só quero que todos conheçam o que meu mestre tem a dar… 
Aceite minha ajuda!
Tenha o poder do conhecimento e da morte!”

Sua mente vagou conforme a proposta foi sendo efetuada. O mestre da larva era quem? Argen? A Morte? Se eles existiam, ele poderia pegar seus poderes? E o que ele teria a dar?

Essas e outras perguntas percorriam seus pensamentos, e aos poucos, conforme a Larva sussurrava promessas, ele cedeu. A fome, o frio, o sono e a sede também o influenciaram, mas não foram o fator principal: sua curiosidade, vaidade, ganância e orgulho foram revirados, pois o poder havia sido ofertado. 

Ele poderia ter tudo, certo? 

A Larva andou lentamente até o aventureiro que acenava sua cabeça em direção às promessas, e o bicho, subindo em seu peito, rapidamente cavou um buraco na direção de seu coração enquanto ele gritava de dor. 

Seu corpo e sua alma foram transformados, deixando-o com uma aparência diferente: pele murcha esticada sobre os ossos apareceram. Seus olhos sucumbiram à deterioração, e pontos verdes queimaram em suas órbitas vazias.

O silêncio durou horas, até que foi quebrado quando passos foram ouvidos vindos do largo corredor com a vala conforme aquela figura se aproximava do grande salão contendo o trono feito de ossos. Larvas de diferentes tamanhos apareceram, algumas subiram pelo seu corpo deteriorado carregando um grande e antigo manto vermelho com adornos dourados até seus ombros, onde mãos esqueléticas o prenderam sobre si. Iria encontrar a filactéria!

O Grande Lich estava de volta!


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Assim Nasce um Vilão – Prólogo em Enots #02

Revisão e Montagem da Capa: Isabel Comarella

 

Sacerdotisa – Guia de Personagem The Witcher #08

Nesse Guia de Personagem de The Witcher, vamos conhecer uma Sacerdotisa chamada Sylentis Nora, devotada as obras de Melitele, tem o apoio de sua família, e a aliança de amigos na luta contra as desigualdades do Continente.

Seguindo a ordem para a criação de personagens:

Raça

Nossa Sacerdotisa será Elfa, portanto sua Posição Social no geral é de Igual, menos no Norte onde é odiada.

Caminho da Vida

Vinda da terra natal dos Elfos, Dol Blathanna, Sylentis Nora tem excelente relação com a família. Seus pais que ainda são vivos, têm uma vida confortável sendo escribas, e quando sua afinidade com a magia se tornou evidente, decidiu que usaria para um proposito maior dedicando-se ao Templo de Melitele. Seu irmão mais velho fez questão de acompanha-la até lá, ele a admira muito. Em uma campanha de ida até um dos campos de batalha em que estive auxiliando acabou sendo presa pelos inimigos, lá conheceu um artesão chamado Ommud Iodrel, tornaram-se aliados para um fuga, e essa aliança se manter até nos dias de hoje.

Estilo Pessoal

Como Sacerdotisa, se mantem apenas com o que necessita para viver, tendo poucas roupas e objetos. Mantendo-se firme na sua postura honrada, porém soberba sobre a proeminência de sua raça, a qual considera superior.

Profissão

Sylentis Nora tornou-se um Sacerdotisa da deusa Melitele pois acredita que toda força deve ser usada para auxiliar as pessoas necessitadas. Sua vocação está voltada para isso!

Estatísticas

Ela foi bem mediana na sua rolagem de estatísticas, então vamos equilibrar os pontos:

  • Corpo: 5
  • Criar: 2
  • Destreza: 4
  • Empatia: 7
  • Inteligência: 7
  • Reflexo: 6
  • Sorte: 6
  • Velocidade: 5
  • Vontade: 8
  • Pontos de Vida: 30
  • Estamina: 30
  • Fardo: 50kg
  • Recuperação: 6
  • Atordoamento: 6
  • Soco: 1d6
  • Chute: 1d6+4
  • Correr: 15m
  • Salto: 3m

Perícias

  Pacote da Profissão

  • Criar Ritual: 5
  • Liderança: 2
  • Coragem: 4
  • Percepção Humana: 4
  • Criar Hex: 5
  • Primeiros Socorros: 5
  • Carisma: 4
  • Sobrevivência no Ermo: 3
  • Ensinar:2
  • Lançar Feitiços: 4
  • Iniciado dos Deuses: 6

Perícias Adquiridas

  • Resistir a Magia: 6
  • Resistir Coerção: 5
  • Intimidação: 2

Vantagens Mágicas

Invocação

  • Câmara do Conhecimento
  • Bênção da Boa Fortuna

Ritual

  • Ritual de Vida
  • Sessão Espirita

Hex 2 levemente perigosos

  • A Sorte do Capeta
  • O  Pesadelo

Equipamentos e Dinheiro

Os equipamentos que a Sacerdotisa carrega são:

  • Símbolo Sagrado
  • Kit de Cirurgião
  • Bolsa para Ritual
  • Fluido Esterilizante x5
  • Ervas Entorpecentes x5
  • Jaquetão de tecido duplo
  • 100 Coroas em Itens Alquímicos
  • 100 Coroas em itens Gerais

Ainda Restou para ela 150 Coroas de Redânia.


Esse foi o sétimo guia de personagem dessa série. Eventualmente pode ser que eu tenha esquecido de citar algo, então é só deixar nos comentários que será verificado e corrigido. deixe também sugestões para próximas fichas que você quer ver.

Agora se você leu esse artigo e não entendeu nada, mas se interessou, aconselho que leia a resenha The Witcher RPG – É nóis que voa Bruxão, lá tem tudo o que você precisa saber para conhecer e se interessar mais pelo sistema. E também veja a ficha anterior Maga – Guia de Personagem The Witcher #07.

Aproveite para conhecer a MRPGStore! Além de conhecer também nosso Patronato, onde você pode ser sorteado para receber livros físicos de várias editoras que adoramos. 


Sacerdotisa – Guia de Personagem The Witcher #09

Autora: Isabel Comarella
Montagem de Capa: Juaum_artwork

A Marca da Fênix – Prólogo em Enots #01

Prólogo em Enots é uma serie em 4 contos que contará a história da Criação e Decadência do plano Enots. Nesse conto veremos que Thersys foi chamada para ter A Marca da Fênix, e saberemos as consequência disso!

A Marca da Fênix  

Depois da Grande Guerra que quase dizimou o mundo, e na qual inúmeros nobres e famílias grandes tiveram trágicos fins, um grupo sobreviveu: os Droverson. Antes uma família a qual ninguém dava valor, graças à covardia, se mantiveram escondidos, e por causa disso tornaram-se nômades, destinados a juntar os poucos que escaparam das garras de Argen, um poderoso Lich que havia ascendido.

Parte da família aceitava que sua sobrevivência vinha do medo e de sua fuga, mas outra parte tinha vergonha de ter tomado tal atitude. Dentre estes, Thersys detinha a maior revolta quanto ao seu comportamento. Antes da Guerra, sendo aventureira, só ficou escondida para proteger as crianças de sua irmã gêmea, uma das primeiras a serem atingidas com os fragmentos da destruição que assolaram o mundo, mas agora, sentia que tinha de fazer mais, decidindo voltar às suas raízes, e sair pelo mundo em busca de aventuras, deixando seus sobrinhos em segurança nas mãos de seu ex-marido, que prometeu cuidar deles até que voltasse.

Ela seguiu viagem pelos continentes e pelas ilhas que circundam os mesmos, conhecendo as mais diferentes pessoas e armadilhas. Felizmente, seu grupo estava preparado para inúmeras situações, e mesmo com os muitos ferimentos e cicatrizes, ela jamais desistia de continuar seguindo, sabendo que voltaria para casa apenas quando saciasse sua alma aventureira.

 Após muitos anos de histórias fantásticas e perigos inestimáveis sendo ultrapassados, teve um sonho estranho, na qual um enorme pássaro rapidamente se aproximava dela e a abraçava com as penas, e após alguns instantes na qual sentiu um abraço caloroso, ele se dirigia à um grande vulcão.

Acordou assustada. Lembrava-se daquele vulcão. Era de uma ilha pela qual tinha passado e havia lhe chamado a atenção pelo vulcão estar em seu centro, mas eles não o haviam explorado. Sugeriu ao seu grupo voltar até lá, mas recebeu negativas da parte de todos.

Passou alguns dias pensando no sonho. Algo havia mexido com ela, que se perguntava o que poderia ter dentro do vulcão, já que estava inativo, ou assim aparentava, e a ideia, cada vez mais fixa em sua mente, fez com que ela tomasse uma atitude drástica, e em uma noite sem lua, decidiu seguir viagem sozinha. 

Felizmente, com toda experiência que havia ganho, soube se virar bem, chegando ao local e percebendo que a ilha estava totalmente deserta, e o vulcão inativo, explorando, percebeu que ele possuía inúmeras entradas em suas paredes, o que não condizia com aquilo que tinha de conhecimento sobre tais ambientes, e adentrando uma dessas aberturas, começou a perceber sinais de que seres inteligentes haviam vivido ali. 

Reconheceu pinturas, armas, objetos e escritas, que logo percebeu ser dracônico. Pelas pinturas, tinha certeza: draconatos vermelhos viveram ali. E juntando as peças, começou a deduzir o que havia acontecido: provavelmente, eles se refugiaram ali durante a Grande Guerra, mas talvez tenham sido encontrados pelos Eskeletons, já que ali havia muitos sinais de luta e cadáveres putrefatos, com marcas negras ainda em seus ossos. 

Começou a se perguntar os motivos de terem ido até ali para matarem um povo que vivia isoladamente, lembrou que durante a Guerra, seres elementais foram perseguidos, mas sentia que ali tinha mais. Passou a prestar mais atenção aos detalhes, buscando pistas e indícios de algum poder que eles poderiam ter e que pudesse ter sido roubado, porém não teve sucesso. Mas quando estava saindo pelo topo, tendo percorrido todo o interior do vulcão, suas passagens e grandes salas, notou rastros sutis que levavam a uma parede, levando-a a pensar que poderia existir uma passagem secreta. 

De maneira ágil, usou de seus pertences, kits e algumas habilidades que aprendera com um grupo de ladinos que passara um tempo, descobrindo uma pedra, que quando movida numa direção específica, abria uma pequena entrada, pela qual teve de se agachar e rastejar alguns metros, até conseguir se levantar e perceber um longo e estreito corredor, pelo qual avançou até se deparar com um salão oval com quatro cadáveres que pareciam estar montando guarda anteriormente circundando um grande pedestal que estava ao centro, contendo uma almofada vermelha empoeirada, e acima dela, algo que parecia um amuleto. 

O objeto detinha o formato de um pássaro com penas flamejantes, feito de ouro e coberto com uma aura vermelha brilhante, e parecia gritar seu nome. Parecia o mesmo de seu sonho. Se aproximou do amuleto, notando que sua pele estava formigando, e seus dedos, antes que pudesse pensar sobre suas ações, tocaram o pássaro, que se desfez em poeira dourada. Dali saíram quatro sombras iluminadas, iguais à forma do que mais tarde ela descobriria serem uma Fênix. 

Os Espíritos rodearam-na como se possuíssem consciência, com total curiosidade sobre sua libertadora. E de repente, sem mais explicações, com Thersys sentada no chão em profundo choque observando a cena, os quatro elementais se olharam, emitiram um som agudo, e enquanto um deles se aproximava dela, como um manto cobrindo uma criança, os outros três saíram dali atravessando as paredes rochosas. 

Tomada por um espanto notório, a aventureira entrou em desespero, tentando vomitar o que estava dentro de si, mas ao ouvir uma voz calorosa e quente, se acalmou. O Espírito se apresentou como Feit, fazendo-a lembrar que era um dos Heróis que derrotaram o Lich. 

Respirando fundo, ouviu a Heroína lhe explicar o que estava acontecendo, e o que agora seria sua nova vida.

Feit, ao morrer, entendeu sua vida e a razão pela qual havia existido e o motivo de ter nascido tiefling em meio à humanos. Ela havia sido criada pelo Dragão Vermelho, e no processo, lhe foi passado o Poder do Sol que ele tinha em si, já que os Grandes Dragões gostavam de brincar com os mortais. 

Não foi sua escolha, mas ela havia recebido a responsabilidade de carregar essa marca. Se ela morresse, o mundo estaria condenado à completa escuridão, até que outro tiefling nascesse e fosse escolhido como elo com a Luz que o Dragão Vermelho detinha. Porém, no momento que decidiu se sacrificar, o dragão percebeu que não poderia manter a ordem das coisas dessa forma, e por isso, decidiu fazer a conexão mudar de uma criatura viva para um objeto.

A tribo de draconatos vermelhos que vivia no vulcão tinha conhecimento primordial da Profecia da Fênix, apontando para um item que apareceria no formato de um pássaro flamejante, e que deveria ser protegido a todo custo. Por isso, quatro bravos guerreiros foram incumbidos de se esconderem no salão oval, protegido também por diversas magias, para montarem guarda sobre o item que, naquele momento, ainda não existia ali. 

A fé deles na promessa de um item criado pelo Dragão Vermelho fez com que os draconatos não deixassem seus postos, mesmo quando ouviram seus companheiros serem massacrados do outro lado das rochas do vulcão durante a Grande Guerra. Mas eles não imaginavam o que teriam de enfrentar, tendo se preparado para confrontos diretos, não contavam que os Eskeletons iriam usar de artimanhas mentais, transpassando as paredes sólidas do lugar, e afetando qualquer criatura pensante que pudesse estar nas redondezas do vulcão.

Dessa forma, foram devorados de dentro para fora, enquanto o amuleto aparecia em cima da almofada e permaneceria intocado, até aquele dia. Thersys, sentindo-se sem honra para tal posição, começou a se desculpar com o Espírito que lhe acalentava com seu calor, e lhe transmitia a sensação de que tudo estava correndo de acordo com um plano que talvez já estivesse traçado, e percebendo que não havia motivos para se incomodar, continuou ouvindo a explicação.

O Dragão, sabendo que o objeto havia se desfeito, percebeu que a Luz ficava maior enquanto ligado à uma criatura viva, e por isso, iria encontrar outra forma de conexão, dividindo-se em quatro pássaros de fogo, cada um iria para um continente principal, onde adentraram um ser pensante, e iria permear sua família durante as gerações. 

Sendo a primeira criatura usada, uma mulher, assim se seguiria as outras quatro escolhidas agora, e Thersys seria uma delas, conectadas ao sol diretamente, ganhando habilidades relacionadas ao fogo, e influenciando o clima da região conforme o humor e a saúde delas fosse alterado, tendo também, mais anos de vida que uma humana normal. Porém, os homens que nascessem, estariam destinados a ter apenas metade da vida, representando o sacrifício de Feit, que morreu cedo demais diante do Lich. 

Enquanto processava essas informações, sentiu um leve ardor e queimação em suas costas, que quando inspecionada, percebeu se tratar de uma espécie de desenho que estava sendo formado no formato da Fênix, como uma mancha de nascença que sempre estivera ali, sendo informada por Feit que as mulheres seriam chamadas de Filhas do Sol a partir dali.

Após um período em silêncio, Thersys compreendeu seu propósito, e o motivo pelo qual sempre fora irrequieta, pois agora, seu coração estava tranquilo, como se tivesse encontrado o que tanto buscou em suas aventuras. Percebeu a grande benção e maldição que caíra sobre ela, e a qual, assim como a grande Heroína, ela não escolheu receber. 

Enquanto se levantava e caminhava para fora do vulcão, sentiu em si um grande peso, e ela tinha certeza: se as Filhas do Sol morrerem algum dia, o Dragão Vermelho não terá mais o que fazer, e o mundo irá adentrar numa escuridão e frio gigantescos. 

A aventureira, percebendo o perigo que corria, voltou para sua família, que para sua surpresa, havia construído uma pequena aldeia que estava em expansão. Contando aos mais próximos o que havia acontecido e o que carregava agora, mantiveram uma promessa de sempre proteger a família, ganhando destaque em termos de estratégia e segurança perante o povo do vilarejo, e após um conflito com outra grande família que se estabeleceu ali, instaurou-se uma monarquia, onde os Droverson eram líderes natos, e usavam sua posição de destaque para manter o segredo e a segurança que precisavam. 

As décadas foram passando, e as crianças que começaram a nascer eram apenas do sexo masculino, fazendo a região ficar mais fria e com fortes ventos no decorrer dos anos. A profecia era sempre lembrada, sendo passada de geração em geração aos meninos que nasciam e que sempre perguntavam o motivo de terem uma marca de nascença no formato de um pássaro de fogo. 

Até que um dia, o rei vigente, enquanto tentava barganhar com um meio-elfo alguns itens mágicos e raros para aumentar o valor do reino, se deixou levar pela bebida, retirando as luvas que sempre usava e mostrando a pequena marca, no formato de uma ave com penas flamejantes, que possuía nas costas da mão direita. O formato diferente aguçou a curiosidade do jovem ganancioso, que após ouvir a história, se viu, no futuro, pertencente a uma família poderosa que detinha o poder do sol.

Realizando um acordo com ele enquanto escondia suas reais intenções, afirmou que se voltasse ali e o rei tivesse uma filha, iria ficar satisfeito em se casar com ela, criando um laço concreto entre eles, e permitindo que todo e qualquer tesouro encontrado fosse dado ao reino. A promessa foi sendo passada pelas gerações aos homens que nasciam, enquanto meio-elfo havia desaparecido.

Quando finalmente uma menina nasceu, fez-se o dia mais lindo em anos, e o sol sorriu sobre o lugar, melhorando as colheitas e as festividades da região. O rei, tendo seu coração amolecido pelos cabelos ruivos e pelos olhos azuis da pequena Solara, que constantemente sorriam para ele e traziam a alegria de seus dias, já que sua amada havia falecido no parto, não quis levar adiante a promessa que outro rei havia feito, ficando satisfeito, com o desaparecimento dele já se estendia há uns anos, e a qual não despenderia esforços para encontrar. 

Ele estava em seu reino, tendo seus melhores dias, e cuidando de sua filha com todo amor e cuidado que poderia ter, mantendo o lugar sobre uma paz, recebendo todos igualmente e realizando acordos de boa vizinhança constantemente para manter a ordem.


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A Marca da Fênix – Prólogo em Enots #01

Revisão e Montagem da Capa: Isabel Comarella

 

Qual o melhor PBTA, OSR ou D20 séries?

Isso é um teste. Não um teste para saber se vocês sabem a resposta, mas o meu teste para poder fazer parte do MRPG. E me pediram para escolher qualquer tema, então por que “Qual o melhor PBTA, OSR ou D20 séries?”. Simples, porque essa foi a ultima discussão que me meti dentro da comunidade RPGista, e vocês sabem como a galera adora discutir sobre qual é o melhor tipo de RPG, é como aquelas competições infantis de quem cospe mais longe ou quem tem o pé maior (Eu disse pé viu).

Mas e sobre a pergunta? Bom, vamos a ela: Obviamente que a resposta é: Depende do que você mais gosta, não existe certo ou errado em termos de RPG, o certo mesmo é reunir uma galera e marcar uma mesa para jogar, claro, uma galera que tenha gostos parecidos e que curtam o tema e o sistema. Entretanto como saber sem jogar? Impossível não é? Não tem nada pior do que o velho: Não comi e não gostei.

Mas claro, entender melhor o que a galera gosta em cada um também é uma forma de poder decidir, contudo nada é melhor do que uma experiência em primeira mão, portanto achei interessante detalhar os argumentos que discutimos previamente.

Argumentos

A primeira questão é sobre publico: Acreditamos que os mais jovem tem menos tempo e menos contato social, precisando de um jogo mais rápido e direto, como menos tempo de presset e uma curva de aprendizado mais rápida, afinal, eles tem suas mídias sociais, a escola, cursos, esporte, videogame, series de streaming, gibis/mangas, o que não falta é atividades para tomar o tempo deles.

Enquanto jogadores mais velhos vão querer algo com menos “botões” (testes que automatizam as ações dos jogadores), dando mais importância a experiência dos jogadores.

Além disso, as tecnologias tanto aproximam pessoas quanto as afastam, e não é mais tão comum a galera se reunir após a escola, porque não tem nada melhor para fazer e a sessão da tarde da TV só tem reprises.
E olhando esse aspecto, sistemas com livros recheados de regras de 200 a 600 páginas passam a ser menos adequados, mas não necessariamente menos atrativos, já que a maioria dos sistemas com melhor marketing como o DnD, são desse tipo, e acabam caindo nas graças dos jovens justamente por conta da questão da marca.

Do mesmo jeito que eles se sentem muito melhor dizendo que foram ao Mequi do que foram ao sanduiche da esquina (que pode inclusive ser muito melhor em termo de qualidade). Essa é uma questão inerente ao capitalismo e impossível de ser ignorada.

A segunda questão é sobre a temática e sobre o detalhamento de armas, habilidades, raças, vantagens e magias, que podem ser ter mais ou menos opções, e serem mais ou menos detalhados.

Os Três Candidatos

Voltando aos 3 tipos de sistemas citados: Os PBTAs são para os jogadores algo mais simples, rápido de aprender e atende bem tanto a iniciantes como jogadores avançados, como um dinamismo maior, opções de evolução muitas vezes na própria ficha evitando consultas constantes ao livro, movimentos que aceleram a curva de aprendizado e ótimas chances para aprender jogando até mesmo participar do RPG de forma colaborativa. Porem é menos detalhados nos critérios de escolhas de habilidades, magias, armas e etc.

Os OSR são mais simples também, tendo geralmente um presset relativamente rápido, evitam os botões e são melhores para jogadores mais experientes, mas tem como nível de fatalidade e a competitividade da sobrevivência seu maior atrativo.

Por ultimo os D20 séries são os mais complexos, com uma curva de aprendizado mais lenta, exigem muito mais tempo e dedicação dos jogadores e um maior presset antes do jogo, mas em compensação são os mais detalhados em termos de armas, habilidades, regras e magias, e por isso podem parecer mais realistas, o que se torna um dos seus maiores atrativos.

Por Fim

Espero que essa pequena analise seja útil principalmente para quem está iniciando no mundo do RPG ou para quem gostaria de conhecer novos tipos de sistemas.

Eduardo Filhote – Retrospectiva MRPG 2022

E sim, esse ano de 2022 foi um ano particularmente cheio de coisas para se lembrar e comemorar! Essa retrospectiva será apenas uma lembrança dos conteúdos que eu fiz ao longo do ano, separados pelas datas em que foram ao ar no site do Movimento RPG.

Janeiro

Referências Gerais – Referências Para Império de Jade – o ano não poderia começar de forma diferente, não fosse com esse jogo e sistemas fantásticos que eu amei de todo o coração!!!! Nesse post eu reuni algumas fontes de referências e ideias para usar em Império de Jade.

Muito Mais Que Só Jogar RPG – Off-Topic #30 – o primeiro texto Off-Topic do ano veio para questionar o que mais podemos aproveitar (e fazer) com RPG além de simplesmente jogar!

Fevereiro

Mar de Mortos pt.2 – Cenário Para Lobisomem O Apocalipse – A segunda parte do cenário autoral para Lobisomem o Apocalipse que usei para narrar a mesa de mesmo nome na Twitch do MRPG.

Apresentando Arton: Um Mundo de Aventuras – o maior cenário de RPG do Brasil, e é possível que você ainda não o conheça. Esse texto é justamente pra te apresentar esse cenário fantástico!

Mar de Mortos pt.3 – Cenário Para Lobisomem O Apocalipse – A terceira parte do cenário autoral para Lobisomem o Apocalipse que usei para narrar a mesa de mesmo nome na Twitch do MRPG.

Procrastinação – Off-Topic #31 – o Off-Topic do mês fala sobre essa peculiaridade que acomete a mim e muitas outras pessoas que conheço! É o seu caso também?

Março

Tormenta20 – Resenha do Livro – resenha do livro básico da primeira edição de Tormenta20, antes ainda do tão comentado lançamento da edição Jogo do Ano.

Plots para Lobisomem o Apocalipse – algumas ideias e temáticas interessantes para serem usadas ou aproveitadas em mesas e campanhas de Lobisomem o Apocalipse.

Meu Sistema Mudou… E Agora? – #32 – e dessa vez uma reflexão sobre as mudanças, como elas ocorrem, e como nos deixamos (ou não) ser impactados por isso.

Abril

Divindades de Arton – Área de Tormenta – uma das características mais marcantes de Tormenta 20 é certamente o quanto os deuses influenciam e se deixam influenciar dentro do cenário, tornando-o cada vez mais vivo e rico!

Feras – Metamorfos de Lobisomem O Apocalipse – muito mais que os Garous, o Mundo das Trevas é habitado por inúmeras outras raças metamórficas. Outrora grandiosas e numerosas, muitas hoje estão extintas, enquanto outras sobrevivem nas sombras. Quem são os Feras?

Um Desabafo Sobre Mudanças – Off-Topic #33 – nesse Off-Topic me permito um pouco de pessoalismos, e me perco em algumas reflexões sobre como as mudanças, de forma geral, me afetam.

Maio

A Era do Abismo: O Torneio dos Campeões – Quimera de Aventuras – Minha estreia na Quimera de Aventuras, com essa obra incrível, fantástica, emocionante e super cativante do Bernardo Stamato!

Corax – Feras de Lobisomem O Apocalipse – uma resenha sobre os metamorfos corvo do Mundo das Trevas

Conteúdos +18 Em Mesas de RPG – Off-Topic #34 – como lidar com conteúdos que sejam inapropriados para menores de 18 anos em mesas de RPG? Ou mesmo como lidar com sistemas voltados a essas temáticas?

Mutantes & Malfeitores Terceira Edição – Resenha do Livro – resenha do jogo definitivo de super personagens!

Junho

O Vampiro – Escafandro #1 – Quimera de Aventuras – o mês já começa com a resenha desse projeto incrível da Editora Ultimado do Bacon! Uma adaptação do livro homônimo para quadrinhos, com desenhos de Laudo Ferreira.

Mokolé – Feras de Lobisomem O Apocalipse – uma resenha sobre os metamorfos repteis do Mundo das Trevas

Atahualpa Diaz “Noite Perdida” – Mar de Mortos – Lobisomem O Apocalipse – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da minha campanha na Twitch!

José Carneiro “Quebra-Ossos” – Mar de Mortos – Lobisomem O Apocalipse – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da minha campanha na Twitch!

Uma Experiência Bienal (do Livro) – Off-Topic #35 – os relatos da minha experiência durante a Bienal Mineira do Livro de 2022.

Julho

Rokea – Feras de Lobisomem O Apocalipse – uma resenha sobre os metamorfos tubarão do Mundo das Trevas

Helle Wojick “Eterna-Tormenta” – Mar de Mortos – Lobisomem O Apocalipse – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da minha campanha na Twitch!

Lian Fernandez “Lobo da Alvorada” – Mar de Mortos – Lobisomem O Apocalipse – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da minha campanha na Twitch!

O Cavaleiro Branco – A Era do Abismo: Crônicas do Éden – Quimera de Aventuras – A Quimera do mês foi com um dos contos do segundo livro da saga criada por Bernardo Stamato, tão genial e fantástico quanto o primeiro livro!

Melpômine “Nascida das Estrelas” – Mar de Mortos – Lobisomem O Apocalipse – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da minha campanha na Twitch!

Lemos “Pena Trovão” – Mar de Mortos – Lobisomem O Apocalipse – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da minha campanha na Twitch!

Agosto

Ratkin- Feras de Lobisomem O Apocalipse – uma resenha sobre os metamorfos rato do Mundo das Trevas

Em Nome da Vingança – A Era do Abismo: Crônicas do Éden – Quimera de Aventuras – Mais uma Quimera com mais um conto da obra de Bernardo Stamato!

Enfim… O Fim? – Off-Topic #36 – uma reflexão sobre encerramentos e fins de jogo ou campanhas.

T’challa “Chad” Boseman – Lobisomem O Apocalipse – NPCS – uma homenagem ao saudoso Chadwick Boseman, que nos deixou esse ano. Uma versão do Pantera Negra para o Mundo das Trevas.

Setembro

Bastet – Feras de Lobisomem O Apocalipse – uma resenha sobre os metamorfos felinos do Mundo das Trevas

Miss Hyde – Escafandro #5 – Quimera de Aventuras – dessa vez na Quimera, mais uma edição do projeto Escafandro, com uma genial trama autoral.

Ananasi – Feras de Lobisomem O Apocalipse – uma resenha sobre os metamorfos aracnídeos do Mundo das Trevas

Outubro

Tormenta20 – Jogo do Ano chegou! – Tormenta20 finalmente ganhou sua versão revisada, envolta em muitas polêmicas e discussões. Qual foi sua posição no meio dessa treta?

Tormenta20 – Jogo do Ano — Guia de Criação de Personagem – um passo-a-passo para criar do zero seu personagem de Tormenta20 – Jogo do Ano, com o exemplo e ficha de Alê Atorius, meu personagem da Guilda dos Guardiões.

Apagão – Fogo nos Fascistas – Financiamento Coletivo – informações sobre o Financiamento Coletivo de mais um capítulo dessa saga brasileira de quadrinhos.

Nuwisha – Feras de Lobisomem O Apocalipse – uma resenha sobre os metamorfos coiote do Mundo das Trevas

Planejamento ou Aleatório? – Off-Topic #37 – quando vai narrar para uma mesa, você se planeja, ou joga ao aleatório conforme a mesa vai se aventurando?

Arquivo 81 – Quimera de Aventuras – o tema dessa Quimera é a inusitada série da Netflix baseada em um podcast homônimo.

Mutantes & Malfeitores: Poder Supremo – Resenha do Livro – resenha do suplemente de Mutantes e Malfeitores que eleva a níveis inimagináveis a escala de poderes (e suas variações e possibilidades) dentro do jogo.

Novembro

Nagah- Feras de Lobisomem O Apocalipse – uma resenha sobre os metamorfos serpentes do Mundo das Trevas

Pequeno Frasco – A Era do Abismo: Crônicas do Éden – Quimera de Aventuras – não me canso de fazer Quimeras sobre a obra do Bernardo Stamato, e escolhi mais um conto pra falar nesse mês!

Dezembro

Gurahl – Feras de Lobisomem O Apocalipse – uma resenha sobre os metamorfos urso do Mundo das Trevas

Kapi Bara – Sombras do Passado – Império de Jade – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da nossa mesa de Império de Jade na Twitch.

Estática – Nave Mãe – Mutantes e Malfeitores 3° Edição – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da nossa mesa de Mutantes e Malfeitores na Twitch.

Midnight Nation: O Povo da Meia-Noite – Quimera de Aventuras – na minha última Quimera desse ano, quis falar sobre um dos meus quadrinhos favoritos de todos os tempos!

Boris Le Saboteur – Operação Gjallarhorn – 3D&T Alpha – NPCS  – a ficha de um dos personagens de jogadores da nossa one-shot de 3D&T Alpha na Twitch.

Garel Flores – Trama de Sangue – Guerra dos Tronos RPG – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da nossa mesa de Guerra dos Tronos RPG na Twitch.

O Que o RPG Significa Para Você? – Off-Topic #38 – o último Off-Topic do ano veio para questionar o significado do RPG na sua vida, além, obviamente, da diversão.

Tommy Oliver – Black Dino Ranger – 3D&T Alpha – NPCS – uma ficha em homenagem ao Jason David Frank, o eterno Tommy Oliver, que nos deixou esse ano.

Caster Lefford – Trama de Sangue – Guerra dos Tronos RPG – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da nossa mesa de Guerra dos Tronos RPG na Twitch.

Flora Larinova – Operação Gjallahorn – 3D&T Alpha – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da nossa one-shot de 3D&T Alpha na Twitch.

Allya Stone – Trama de Sangue – Guerra dos Tronos RPG – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da nossa mesa de Guerra dos Tronos RPG na Twitch.

Bala no Alvo – Operação Gjallarhorn – 3D&T Alpha – NPCS – a ficha do meu personagem da nossa one-shot de 3D&T Alpha na Twitch.

Kabeção – Nave Mãe – Mutantes e Malfeitores 3° Edição – NPCS – a ficha do meu personagem da nossa mesa de Mutantes e Malfeitores 3º Edição na Twitch.

Kitsune – Feras de Lobisomem O Apocalipse – uma resenha sobre os metamorfos raposa do Mundo das Trevas

Bob Johnson – Operação Gjallarhorn – 3D&T Alpha – NPCS – a ficha de um dos personagens de jogadores da nossa one-shot de 3D&T Alpha na Twitch.

Lives

Claro que eu não poderia deixar de relembrar e comentar, nem que seja um pouquinho, das lives que participei esse ano, seja como narrador ou como jogador!

Pra mim particularmente foi um ano dos mais excelentes, com ótimas mesas, novos sistemas, muito aprendizado, novas amizades e, graças à Nimb, ótimas rolagens!

Não vou colocar aqui as lives por ordem nenhuma, vai na ordem que eu for lembrando mesmo! Todas que já estiverem no YouTube, deixarei os links dos primeiros episódios!

Vale dos Esquecidos (Temporada 1) – Temos Medo e Estamos Sozinhos

Essa foi uma mesa de Vampiro A Máscara 5º Edição, narrada pelo Raulzito, e uma das mais gratas surpresas e diversões pra mim. Foi a primeira vez que joguei fazendo o cosplay de um personagem (no caso o Lord Davos, um Toreador Clubber Sadomasoquista), e também fui agraciado com o Baú Épico do Dragão do Patronato do MRPG, que veio com uma edição de luxo do V5! Foi a perfeição!!!

Nave Mãe

Essa foi a mesa de Mutantes e Malfeitores 3º Edição narrada pelo Zé Lima Jr. e na qual eu joguei com o Kabeção, um telecinético e telepata bem pouco social. Foi muito bacana conhecer e aprender esse sistema novo e super-divertido! Rendeu resenha dos livros e suplementes já esse ano!

Mar de Mortos (Temporada 2)

Sequência da mesa de Lobisomem o Apocalipse que se iniciou em 2021. Inspirados nos eventos dos rompimentos das barragens em MG, uma matilha de Garous se aventura dentro da “Zona Morta”, uma anomalia que surgiu depois da destruição. Essa temporada foi a maior que eu já narrei dentro do MRPG!

Sombras do Passado (Temporada 2) – Império de Sangue

A sequência de Despertar da Fúria, esse capítulo coloca o Sentai das Armas Exóticas finalmente frente à frente contra o primeiro membro dos Cinco Fúrias, os inimigos que juraram destruir todo o Império de Jade. Será o Sentai capaz de conter essa ameaça? Essa mesa foi uma delícia de narrar, principalmente por conta do time de jogadores sem igual! Participações especiais de Reginaldo do Estúdio Tanuki, da escritora Marcela Alban e do escritor Bernardo Stamato.

O Que Define Um Herói?

Tive a oportunidade também de narrar uma das aventuras da Guilda dos Guardiões, que se aventurou por Arton em uma disputa de egos dos deuses Nimb e Khalmyr, debatendo sobre o que de fato definiria um herói. Por fim, fica a dúvida: a Guilda dos Guardiões é de fato feita de heróis? Aventura de Tormenta20.

Crônicas de Leipzig (Temporada 3) – Metrópolis 20XX

O fim da nossa mesa de Kult narrada pelo Raulzito, na qual joguei com o personagem Jonas. Kult foi um grande divisor de águas pra mim, por jogar um jogo tão denso e pesado no quesito horror e terror, e também por ser a primeira vez que jogo uma história com encerramento, epílogo e um fim para os personagens, amarrando pontas soltas e deixando tudo bem redondinho. Sensacional demais.

Operação Gjallahorn

Uma one-shot de 3D&T Alpha narrada pelo Raulzito, na qual eu joguei com o Bala no Alvo, um pracinha brasileiro atirador de elite! Foi uma aventura bem gostosa de jogar, principalmente por poder descer o sarrafo em nazista safado!

3DeT de Rodoviária

Essa foi também uma onde-shot, mas dessa vez que eu narrei, e nada mais nada menos que um PvP no melhor estilo Street Fighter, onde os jogadores estavam na verdade usando uma máquina de fliperama de rodoviária. Foi um beta-teste do novo sistema que será lançado pela Jambô Editora, e foi uma diversão sem tamanhos!


E com isso encerro as lembranças desse ano tão mágico e produtivo aqui dentro do Movimento RPG. Espero de coração que você tenha gostado do que foi produzido, e te peço pra nos acompanhar nas redes sociais, deixar um comentário e um like nas postagens, e interagir mais com a gente! Produzimos tudo com muito carinho e dedicação, pra que você se divirta tanto quanto nós!

Um mágico e vitorioso 2023, com muitas rolagens positivas e sucessos decisivos nos testes!

Extraterrestres para Ordem Paranormal RPG

Criado por Rafael Lange (Cellbit)Felipe Della CortePedro Coimbra (PedroK), Silvia Sala, Dan Ramos, Guilherme Dei Svaldi e Rafael Dei Svaldi, o RPG de Mesa baseado na série de lives Ordem Paranormal foi desenvolvido e publicado pela Jambô Editora.

Pra quem não sabe, eu amo discutir ufologia e se você está precisando de mais inimigos para novos agentes, que tal experimentar as versões dos mais famosos extraterrestres para Ordem Paranormal RPG?

Se você está aqui, provavelmente sabe o que é Ordem Paranormal RPG. Se não, saiba mais sobre na Resenha e no Guia de Criação de Personagem.

Esse artigo é uma óbvia inspiração de Sinais do Outro Lado, o novo Spin-off de Ordem Paranormal RPG, mas buscando trazer mais opções de ameaças interpretadas por estudos ufológicos, através das espécies humanoides alienígenas mais famosas como os cabeçudos grey.

Sem mais delongas, vamos às fichas!

ANUNAKI

Interpretados pelos antigos sumérios, acadianos e babilônicos como divindades, os “anunáqui” (descendência da realeza) seriam filhos do deus dos céus Anu e da deusa da terra Ki. Ligados a história humana por milênios, os anunaki estão presentes em incontáveis lendas de controle e manipulação alienígena para que possamos servi-los e fornecer à eles as matérias-primas do nosso planeta. Mencionados pela primeira vez nas tábuas cuneiformes sumérias, são descritos como seres de crânio grande, alongado, grandes olhos vermelhos e três protuberâncias na cabeça, semelhantes a chifres. Medem entre 1,20m e 1,40m.

ANUNAKI (CONHECIMENTO) VD 100

CRIATURA – MÉDIO

PRESENÇA PERTURBADORA
DT 20 4d6 mental NEX 45% + é imune

SENTIDOS
Percepção 2d20+10 Percepção às cegas (percepção telepática)
Iniciativa 2d20+10

DEFESA 15
Fortitude 2d20+5
Reflexos 2d20
Vontade 2d20+10

PONTOS DE VIDA 180 | 90 machucado
RESISTÊNCIAS Balístico, corte e impacto 10 (campo de força telepático)
IMUNIDADES Conhecimento
VULNERABILIDADES Sangue

PERÍCIAS Todas 2d20+5 (exceto Fortitude, Reflexos e Vontade)

ATRIBUTOS
AGI 2d20 FOR 1d20 INT 4d20 PRE 2d20 VIG 2d20

DESLOCAMENTO 9m; Voo 9m (telecinesia) | 4 quadrados; 4 quadrados

AÇÕES

PADRÃO – AGREDIR
PANCADA Corpo a corpo x2
TESTE 2d20+5 | DANO 1d4+7 impacto

PADRÃO – TELECINESIA
A capacidade mental anunaki é muito distante da interpretação humana da realidade. Não sendo limitados por conceitos como tempo e espaço, eles podem manipular a matéria apenas com ondas cerebrais que obrigam a nossa realidade a atender as suas vontades. Qualquer criatura ou objeto em alcance médio de até duas toneladas pode ser movido em alta ou baixa velocidade por essa habilidade por uma distância de até 9m por ação padrão. Uma criatura que seja alvo dessa habilidade pode resistir a ela com um teste de Vontade (DT 20). Uma criatura que seja alvo de um objeto arremessado por essa habilidade pode desviar do objeto com um teste de Reflexos (DT 20). O dano é determinado pelo tamanho do objeto (1d6 pontos de dano de impacto para cada 1 espaço que o item ocuparia). Se o objeto causar dano em área, como uma granada, o teste de Reflexos (DT 20) evita apenas metade do dano. Se o anunaki for atacado ou sofrer qualquer outra fonte de desconcentração (à critério do mestre) enquanto mantêm a telecinesia, ele deve fazer um teste de Vontade (DT 25), perdendo a concentração e interrompendo a telecinesia em caso de falha (isso não se aplica ao voo).

PADRÃO – TELEPATIA

Além de conseguir transmitir mensagens mentais para qualquer criatura, em qualquer idioma, a até 10km de distância, desde que eles possam ver a criatura, também são capazes de forçar memórias falsas, ideias surreais e outras formas de convencimento sobre o cérebro de outras criaturas. Ao usar essa habilidade, o anunaki escolhe entre:

  • Inserir Memória Falsa: O alvo faz um teste de Vontade (DT 20). Se falhar, o alvo sofre 2d6 pontos de dano mental e passa a acreditar na memória como se fosse dele. O alvo pode fazer um novo teste como reação sempre que a memória é confrontada por provas reais.
  • Inserir Ideias Surreais: O alvo faz um teste de Vontade (DT 20). Se falhar, o alvo sofre 2d6 pontos de dano mental e passa a aceitar a ideia nova como uma ideia própria, por mais descabida que seja (como acreditar que está sonhando, que é aliado do anunaki ou que se tirar a própria vida, vai ficar tudo bem). O alvo pode fazer um novo teste como reação sempre que a ideia é contestada por alguma pessoa próxima com argumentos racionais.

GREY

Esses seres cinzentos são estudados no ramo da Ufologia e Exobiologia, mas nunca foram capturados ou avistados oficialmente, sendo oriundos do sistema Zeta Reticuli. São famosos pela sua agilidade quase animalesca, tecnologia extremamente avançada e a constante prática de abduções de humanos e animais. Pele cinzenta, olhos grandes e escuros, sem pálpebras, nariz pequeno, supressão do dedo mínimo e nenhum pelo no corpo. São descritos como não tendo bocas e com altura média de 1,30m.

GREY (ENERGIA) VD 40

CRIATURA – MÉDIO

PRESENÇA PERTURBADORA
DT 15 3d6 mental NEX 30% + é imune

SENTIDOS
Percepção 2d20+5
Iniciativa 4d20+5

DEFESA 15
Fortitude 1d20
Reflexos 4d20+5
Vontade 2d20+5

PONTOS DE VIDA 60 | 30 machucado
RESISTÊNCIAS Balístico, corte e impacto 10 (traje extraterreste), Energia 10
VULNERABILIDADES Sangue

ATRIBUTOS
AGI 4d20 FOR 1d20 INT 4d20 PRE 2d20 VIG 1d20

PERÍCIAS Tecnologia 4d20+10

DESLOCAMENTO 9m | 4 quadrados

AÇÕES

PADRÃO – AGREDIR
PANCADA Corpo a corpo x2
TESTE 1d20+5 | DANO 1d4+4 impacto
ARMA DE PLASMA Distância 19×3 Longo
TESTE 4d20+5 | DANO 2d10+4 energia
GRANADA DE PLASMA Distância Curto
TESTE Reflexos (DT 20) evita metade do dano | DANO 6d6 energia em área de 3m de raio

MOVIMENTO – CAMPO DE FORÇA
Um dos dispositivos deles é um bracelete que projeta um campo de força que dura 1 rodada e responde a necessidade do grey. Ao ativá-lo, ele recebe +10 em uma das opções: Defesa, Fortitude, Reflexos, Vontade ou Resistência (escolha apenas um tipo de Resistência). O bracelete tem 10 usos e precisa ser recarregado em sua nave.

ZETA

Alguns apontam os zeta como aliados dos grey, sendo seres superiores ou líderes de sua espécie, devido a sua altura. Contudo, outros estudos apontam eles como rivais e até inimigos dos grey, tendo a mesma ambição das abduções, mas buscando métodos não-violentos e até mesmo curando doenças e deficiências humanas. Com as mesmas características dos grey, porém mais altos (1,80m – 2,20m), de pescoço comprido e pele ligeiramente amarronzada.

ZETA (ENERGIA) VD 60

CRIATURA – MÉDIO

PRESENÇA PERTURBADORA
DT 20 2d6 mental NEX 35% + é imune

SENTIDOS
Percepção 2d20+5
Iniciativa 3d20+5

DEFESA 15
Fortitude 2d20+5
Reflexos 3d20+5
Vontade 2d20+5

PONTOS DE VIDA 90 | 45 machucado
RESISTÊNCIAS Balístico, corte e impacto 10 (traje extraterreste), Energia 10
VULNERABILIDADES Sangue

ATRIBUTOS
AGI 3d20 FOR 2d20 INT 4d20 PRE 2d20 VIG 2d20

PERÍCIAS Tecnologia 4d20+5

DESLOCAMENTO 9m | 4 quadrados

AÇÕES

PADRÃO – AGREDIR
PANCADA Corpo a corpo x2
TESTE 2d20+5 | DANO 1d4+5 impacto
ARMA DE TONTEIO Distância Médio
TESTE 3d20+5 | DANO Se atingido, o alvo faz um teste de Fortitude (DT 20). Se falhar, sofre a condição Inconsciente, caso contrário sofre apenas a condição Fraco.

PADRÃO – DISTORCER A BIOLOGIA
Os dispositivos tecnológicos dos zeta não buscam matar, mas sim manipular a biologia da nossa realidade. Contudo, mesmo com boas ações, essas manipulações podem parecer extremamente assustadoras. Ao usar seus dispositivos, escolha entre:

  • Curar 3d8+3 pontos de vida de um alvo qualquer dentro de alcance curto (regenera membros perdidos).
  • Curar um alvo qualquer dentro de alcance curto de uma doença ou veneno.
  • Curar um alvo qualquer dentro de alcance curto de uma condição (exceto condições causadas por limitações físicas como estar agarrado por alguém ou sendo asfixiado por um saco plástico).
  • Erguer uma criatura morta como um zumbi de Energia (use as mesmas estatísticas de um Anárquico em Ordem Paranormal RPG, página 257).

REPTILIANOS

Alienígenas reptilianos que alteram de forma e, supostamente, controlam a Terra assumindo a forma humana e ganhando poder político para manipular as sociedades. Afirma-se que, em várias ocasiões, muitos dos líderes mundiais são ou estão possuídos pelos chamados reptilianos. Diferente de todas as outras teorias da conspiração ufológicas, a dos reptilianos está diretamente ligada com o medo da humanidade de que tudo e todos sejam uma mentira. O medo de que existe algo mais antigo, mais inteligente e mais poderoso, seja seu vizinho ou seu presidente, manipulando a sua vida, é um dos temores mais profundos da humanidade. Possuem traços parecidos aos dos répteis de nosso planeta. Bocas largas, olhos grandes e redondos e escamas, ou camada cutânea semelhante, cobrindo o corpo. Altura próxima à humana (1,70m – 1,90m).

REPTILIANOS (MEDO) VD 100

CRIATURA – MÉDIO

PRESENÇA PERTURBADORA
DT 20 4d6 mental NEX 40% + é imune

SENTIDOS
Percepção 2d20+10 Percepção às cegas (sentidos reptilianos)
Iniciativa 3d20+10

DEFESA 23
Fortitude 2d20+10
Reflexos 3d20+10
Vontade 3d20+10

PONTOS DE VIDA 140 | 70 machucado
RESISTÊNCIAS Balístico, corte e impacto 10 (físico reptiliano)
IMUNIDADES Medo

ATRIBUTOS
AGI 3d20 FOR 2d20 INT 5d20 PRE 3d20 VIG 2d20

PERÍCIAS Todas 5d20+5 (exceto Fortitude, Reflexos e Vontade)

DESLOCAMENTO 9m | 4 quadrados

IMORTALIDADE
Não da pra matar o Medo. Reptilianos possuem Cura Acelerada 5 (que continua ativa e regenerando-os mesmo que seus corpos sejam completamente destruídos). Eles perdem esta habilidade se resolverem seu Enigma de Medo.

ENIGMA DO MEDO
Os reptilianos não podem ser feridos por armas ou rituais, pois sua forma de existência parte da complexidade da existência do Medo. Você pode ferir uma criatura, mas não pode ferir o Medo. Tantos temores humanos se unem na concepção do reptiliano que comunidades inteiras com milhares de pessoas são capazes de acreditar em sua existência e, dominados pelo terror, enlouquecem e se voltam até mesmo contra seus familiares e amigos. Dúvidas, paranoia, insegurança e incontáveis termos ou adjetivos podem ser usados para justificar essa loucura, mas a origem de tudo é Medo.
Para derrotar um reptiliano é necessário ir além do procedimento padrão. Os agentes precisam encontrar a origem conspiratória que enfraqueceu a Membrana e deu “vida” ao reptiliano na região. Uma vez encontrada, essa origem conspiratória precisa ser combatida até que seja desacreditada, para só então o reptiliano poder ser derrotado. Infelizmente, combater teorias conspiratórias é exaustivo e quase sempre impossível.

AÇÕES

PADRÃO – AGREDIR
PANCADA Corpo a corpo x2
TESTE 5d20+5 | DANO 1d6+5 impacto
ARMA Corpo a corpo
TESTE 5d20+5 | DANO arma
ARMA À distância
TESTE 5d20+5 | DANO arma

COMPLETA – ASSUMIR IDENTIDADE
Ao ter acesso a pelo menos 90% de um corpo morto, o Reptiliano consegue assumir a aparência desse corpo assim como a voz e memórias do falecido. Qualquer tentativa de notar os pequenos detalhes que o Reptiliano não consegue reproduzir com perfeição exige um teste de Intuição ou Percepção (DT 30).

Considerações e Despedidas

Antes de qualquer coisa, quero deixar os créditos desse artigo para o Protocolo Bluehand: Alienígenas de onde tirei as informações sobre os alienígenas. Obrigado pelo trabalho excelente!

Dito isso, estou ansioso para testar essas criaturas nas minhas mesas e ouvir o feedback de vocês sobre elas! Se tiver algum desenhista de plantão, seria uma honra ver artes desses extraterrentes na pegada de Ordem Paranormal RPG!

Gostou do meu artigo? Considere me apoiar com qualquer valor através do PIX: miguelngear@gmail.com.

Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo Padrim, PicPay, PIX ou também no Catarse!

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