Gori e Pink – Paradaisu – Shadowrun 6º Mundo – NPCS

Neste post vamos a abordar a história de dois NPC’s que apareceram em nossa campanha contínua de Paradaisu, que são Gori e Pink, ambos criados com as mecânicas e regras do sistema de RPG Shadowrun 6º Mundo.

Para quem não conhece, Shadowrun 6º Mundo é a nova edição de um dos jogos de interpretação na temática cyberpunk mais populares de todos os tempos.

Gori e Pink em Paradaisu (Shadowrun 6° Mundo)

Reinaldo e Mari, pais de Gori e Pink, eram viciados em Profunderva, utilizavam diariamente, sempre que o “barato” passava. Mesmo quando Mari estava grávida, ela utilizava Profunderva sem qualquer limite.

Ambos os pais tinham um sentido muito fraco para magia, quase não conseguiam ver ou sentir o Astral. Após o início do vício em Profunderva, sem utilizarem a droga, não sentiam mais nada.

Eventualmente, em uma relação sem quaisquer cuidados e regada ao uso de drogas, Mari engravidou. Nenhum dos dois ligou para isso, Mari quase não foi nenhuma vez a qualquer médico, até porque para isso precisariam pagar, e isso custava caro. Todo o direito que ganhavam basicamente ia para droga e pouco para comida.

Afinal, a gravidez não era importante.

Com o passar dos meses, Mari foi sentindo muitas dores, o que levou a um parto prematuro e sem atendimento médico pago, logo após o nascimento, mesmo ainda sentindo dores, foi enviada para casa.

Mari deu à luz gêmeos, uma menina e um menino, os quais chamou de Gori e Pink.

Reinaldo, em seu trabalho catando sucata nos lixões mal conseguia dinheiro para ele e Mari utilizarem drogas, imagine então ainda sustentar mais duas crianças.

E crianças comem demais, fazem muita sujeira, não é bom ter elas em casa, pensava Reinaldo.

Quando os gêmeos tinham dois meses de idade, Reinaldo e Mari decidiram por se livrar das crianças. Mas o que fazer, pensaram.

Então veio uma ideia.

Eles venderiam as crianças, trocariam por Profunderva, talvez conseguissem drogas por um mês por cada criança.

E assim o fizeram, venderam ambos por um mês e meio de Profunderva. Para sorte dos compradores, ambas as crianças eram despertas. E ambas com uma ligação muito forte com o Astral.

Então, quando tinham dois anos e começaram a demonstrar sua ligação com a magia, foram vendidas novamente, dessa vez para uma gangue em ascenção de Cerração, a gangue dos Navalhas Sorridentes.

No final dessa transação, o traficante de Profunderva que vendia para Mari e Reinaldo foi estripado com uma faca enferrujada, depois seu corpo foi jogado no mar, as margens do estreito do Una.

Purpurata, a líder na época das Navalhas Sorridentes, também desperta, viu com grande interesse as crianças, que poderiam ser bons pupilos e fazerem a gangue evoluir ainda mais.

Acredita-se que a ligação de Gori e Pink ser tão forte entre si e com o Astral e a magia é devido o uso excessivo de Profunderva pelos seus progenitores, porém não há como provar essa teoria.

Com seis anos, ambos já demonstravam muita capacidade. Gori como um adepto e Pink com a magia, principalmente o controle mental.

Com sete anos, ambos já haviam matado várias pessoas a mando das Navalhas Sorridentes. 

Contudo, aos 17 anos, Gori caiu do 7º andar de um prédio no centro de Cerração, durante uma missão de assassinato.

Pink estava junto, e depois de explodir o micro apartamento, saltou para ajudar seu irmão. Usando todas as magias que conhecia para curá-lo, que ainda estava com um sopro de vida, devido as suas habilidades de adepto.

Mas mesmo com todos os poderes de Pink, a mente de Gori nunca mais foi a mesma. Seu corpo já não possuía mais quaisquer ferimentos, mas sua mente continuava fragmentada, quase inerte. Mantinha somente sua conexão com a magia e com o reino Astral.

Pink jurou que nunca abandonaria seu irmão e juntos se tornariam líderes, fortes o suficiente para se libertarem de tudo que os machucava.

Então, ela fez algo que nunca havia tentado, usou uma magia de controle mental e controle de ações, de forma contínua, em seu irmão que se encontrava quase que em estado vegetativo.

Cada vez mais Pink fazia os dois se esforçarem, chegando aos seus limites, sua mente já não distinguia quase o que eram seus pensamentos e as ondulações da mente de Gori. Um dia, com tanto sangue aos seus pés, chegaram à liderança de uma das pontas dos Navalhas Sorridentes.

Foram instruídos por Purpurata a tomar para si e guardar um antigo sanatório, para que, mais tarde, no momento propício, ele fosse utilizado.

Porém a ambição de Pink só aumentava e após tomarem o local, começou alguns negócios próprios, como fabricação de drogas, com base em alguns minérios encontrados no subsolo do sanatório, além de sequestros para transformar pessoas em Dolls.

Assim Pink começou seu próprio negócio, recrutando humanos e elfos, seus peões na sua subida ao poder.

Até que um dia, o sanatório foi atacado e tudo mudou.

Como interpretar Pink

Pink é explosiva, gosta de causar encrenca, de torturar as pessoas com sua magia. Ela prefere manter uma certa distância e sempre que possível se esconde atrás dos músculos e da katana do seu irmão.

Sempre que pode procura uma oportunidade de ter mais poder, seja por meio da influência ou do medo.

Além disso, acabou se viciando em profunderva, sempre carrega um pouco consigo nos bolsos e usa sempre que tem uma oportunidade.

Agora que ela encontrou o pó colorido no sanatório, usa ele para controlar suas tropas, como se fosse uma espécie de mente coletiva, mas de forma só a captar leves ondulações mentais.

Mote

Pink quer poder, não importa como irá conseguir. Se tiver que matar, ela o fará, não importa onde ou quem. Poder é tudo que importa para ela.

Frase

Mano, mata ele(a) pra mim, mata???

FICHA DA PINK

Como interpretar Gori

Gori sempre foi de poucas palavras, porém analisa toda a situação friamente, tentando tirar proveito de tudo que pode.

Dificilmente perde a cabeça e, ao contrário de sua irmã, preferiu sempre manter seu corpo livre de drogas, até ocorrer seu acidente, onde sua irmã, para facilitar o domínio mental, dá um pó colorido, encontrado no sanatório, embaixo de sua língua.

Gori sempre foi muito eficiente em duelos ou combates com inimigos corpo a corpo, tenta diminuir a distância entre seu oponente o máximo para atacar com sua katana.

Após o acidente no corre, Gori entrou em um estado quase vegetativo, com seus movimentos controlados puramente pela mente de sua irmã.

Mote

Sua vida antes do coma se resumia a livrar a cara da sua irmã dos problemas que ela mesma arranjava. Agora, ele serve aos propósitos da irmã sem questionamento, acorrentado pelos poderes de controle mental de Pink.

Frase

“Cala a boca e vem no x1 otário!”

FICHA DO GORI

Por fim

Esses são dois dos inimigos que os jogadores de Paradaisu, nossa campanha contínua no Movimento RPG, derrotaram.

Suas fichas, que você encontra acima, foram feitas no mesmo processo de criação de um personagem conforme o livro, então fique a vontade para usá-los em sua campanha como NPCs ou mesmo como personagens jogadores!

Se ficou com alguma dúvida depois de ler o post ou tem alguma dúvida sobre alguma mecânica, deixa um comentário aqui embaixo.

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Revista Aetherica

Explicando Combate Magias – Mecânicas de Shadowrun 6º Mundo

Neste post vamos continuar a abordar algumas mecânicas e regras do sistema de RPG Shadowrun 6º Mundo, agora vamos ao combate utilizando magias!

Shadowrun 6º Mundo é a nova edição de um dos jogos de interpretação na temática cyberpunk mais populares de todos os tempos.

Ele é um jogo de RPG futurista, com um cenário próprio, inclusive um muito interessante, o nosso mundo, onde a magia despertou e está muito ativa.

Vamos tratar neste post uma explicação de como funciona a mecânica de combate com explosivos em Shadowrun 6º Mundo, além de um exemplo de combate, do início ao fim!

Vale lembrar que este post não visa abordar a fundo os termos básicos do sistema, dessa forma, utilizarei termos pressupondo que o leitor já tem alguma familiaridade com o sistema.

O Combate utilizando magias em Shadowrun

Em Shadowrun magias, artefatos mágicos, a união entre magia e tecnologia estão em todos os lugares, as vezes você encontrará alguém fazendo algum tipo de truque mágico no mercado, para alcançar algo que não consegue, mas algumas vezes encontrará o seu oponente conjurando uma bola de fogo na sua cara.

A lei da rua é clara em duas coisas.

Nunca faça acordos com um dragão e mate o mago primeiro!

De qualquer forma, você certamente vai usar ou ser alvo de magias em algum momento, então nada melhor do que saber como isso funciona!

Caso você tenha caído neste post de paraquedas, aconselho fortemente a você ler o nosso primeiro post – Explicando o Combate Corpo a Corpo – lá você vai encontrar o começo do exemplo de combate que continuará aqui. Além da explicação sobre a regra geral de combate, que não abordaremos neste post.

Além disso, preciso dizer que o combate envolvendo magias, inicialmente segue a mesma mecânica do combate normal, contudo existem algumas variantes específicas.

Caso você já tenha conferido, ou é um espertinho que sabe das coisas, vamos em frente.

Conjurando magias

Utilizar magias em combate segue simples passos.

1°º Selecionando os alvos

O primeiro passo quando uma magia é conjurada em combate, é que você precisa começar escolhendo quem são seus alvos.

Após, deve verificar seu VA (Valor de Ataque), ele é o resultado da soma de Magia + seu atributo de tradição, por exemplo, para a tradição Hermética, seria Feitiçaria.

Já os valores de Defesa seguem da mesma forma que anteriormente, são resultado da soma de Reação + Intuição.

Caso alguém tenha mais do que 4 pontos de diferença, o portador do maior valor ganha um Trunfo, além do restante das condições, determinadas pelo narrador.

Lembrando que cada um dos alvos deve ter seu valor de Defesa observado, para o ganho de Trunfo.

2°º Ajustando o feitiço

Você, basicamente, pode ajustar seu feitiço de três formas:

  • Amplificando: +1 de dano no alvo, +2 de dreno para você tentar aguentar. Obviamente, só pode ser utilizado em feitiços de combate;
  • Aumentando a área: A cada +2m de raio da área de efeito, aumente o dreno em 1.
  • Alterando a área: Somente para feitiços alguns feitiços específicos. Com uma Ação menor, o conjurador altera a área dentro do alcance do feitiço. Essa alteração pode acontecer em qualquer momento e não causa dano de dreno.

3°º Rolando o teste

Para tentar acertar o feitiço, o conjurador precisará rolar Feitiçaria + Magia, os sucessos acima dos obtidos pela defesa contam como dano.

Para ver qual defesa deve ser rolada, veja o item “Tipos de Feitiço de Combate” abaixo.

4°º Lidando com o dreno

Todo feitiço possui um Valor de Dreno (VD), para resistir a esse dano, o conjurador deve rolar Vontade + seu atributo de tradição (Lógica para magos herméticos, Carisma para xamãs) e comparar os sucessos com o Valor de Dreno do feitiço conjurado.

Se os sucessos igualarem ou superarem o Valor de Dreno, o dreno não tem efeito. Se o Valor de Dreno superar os sucessos, o conjurador sofre dano Atordoante igual à diferença entre sucessos e o Valor de Dreno.

Caso o dano, após o teste de resistência, for superior à Magia do conjurador, o dano torna-se Físico. Esse dano não pode ser curado por magia ou medkits.

Tipos de Feitiços de Combate

Basicamente existem dois tipos de feitiços que são utilizados em combate, os feitiços de combate direto e os indiretos.

Feitiços diretos são aqueles que você conjura e afetarão diretamente o alvo, por exemplo uma magia de sono.

Nesse caso, o atacante deve rolar Feitiçaria + Magia, contra Vontade +Intuição. Os sucessos restantes viram dano.

Feitiços indiretos são aqueles que seus efeitos tem como objetivo causar dano, não diretamente o feitiço, por exemplo uma bola de fogo.

Seu efeito é que as coisas queimem/explodam, contudo ela não tem como objetivo fazer o próprio alvo explodir.

Para este teste, o conjurador rola Feitiçaria + Magia, contra a Reação + Vontade do alvo. O dano é igual a metade da Magia do conjurador (arredondando pra cima) + os sucessos restantes + o adicional da ampliação, caso tenha.

Sofrendo o Dano

Agora vem o sofrimento. Caso seja uma magia de área, todos no local de explosão devem sofrer o dano e tentar absorver, rolando Corpo.

Exemplo de combate com Magias em Shadowrun

Mago da Lone Star

Continuando nosso exemplo, vamos relembrar o combate anterior.

Depois de perceberem que o combate corpo a corpo não está sendo eficaz, o Ork e o Soldado da máfia decidem utilizar armas de fogo.

Ouvindo os tiros, mais dois soldados da máfia se direcionam a porta do apartamento do Ork. Dessa forma, o Ork se vendo cercado, pensa em usar medidas extremas.

Ele puxa uma granada, que faz os dois soldados da máfia recém-chegados virarem pedacinhos.

Vendo toda a comoção do local, um outro membro da máfia, se aproxima para acabar com isso de uma vez por todas.

Iniciativa

Vamos utilizar os mesmos resultados de iniciativa do primeiro round.

Dessa forma, o Bruto fica com um total de 9, enquanto o  primeiro soldado fica com 7.

Já para o recém chegado, precisamos jogar a sua iniciativa e ele tira um 11.

VA, VD e Trunfo

O recém chegado começa, devemos agora ver os valores de VA e VD.

O mago da Lone Star não quer saber quem eles são, simplesmente quer acabar com o caos no seu bloco.

Ele possui um VA de 10 (Magia+Feitiçaria), o bruto tem um VA de 4 (Atletismo + Agilidade), enquanto o soldado tem um VA de 6 (Armas de fogo + Agilidade).

O VD do mago é 9, do bruto e do soldado é igual, 4 cada um.

Como o mago tem mais de 4 pontos de diferença entre seu VA e os VDs dos inimigos, ele ganha um trunfo bônus.

Round do Mago

Ataque com magia

O mago da Lone Star decidiu que essa confusão já foi longe demais, e o melhor jeito de acabar com isso é deixar os dois inconscientes de levá-los sob custódia.

Assim ele decide conjurar a magia Explosão, ele rola seus 10 dados para conjuração e obtém incríveis 6 sucessos (3/3/4/4/5/5/6/6/6/6)!

Além disso, ele decide usar o trunfo que ganhou para aumentar em 1 o resultado de um dado, tornando um 4 outro 5.

Dessa forma, ele fica com um total de 7 sucessos.

Ele conjura a Explosão dentro da casa, pegando no soldado da máfia e no ork.

Os alvos rolam sua defesa contra a magia, como ela é indireta, eles rolam Vontade + Reação, um total de 4 dados.

O bruto tira 1 sucesso (2/3/3/5), já o soldado obtém nenhum sucesso, tirando (1/2/2/4).

Absorvendo o dano

Bruto dos Filhos de Sauron

Agora vamos ver o dano da magia.

Explosão é uma magia atordoante, com seu efeito em área.

O dano da Explosão será os sucessos que o mago teve, 7 sucessos, mais o seu valor de Magia, 5. Assim temos um total de 12 de dano atordoante.

Como o Ork obteve 1 sucesso, descontamos do dano total.

Dessa forma, o Ork levará 11 pontos de dano e o soldado da máfia levará todo o dano, 12 pontos.

Ambos tinham 10 pontos em seus marcadores de condição, assim ambos caem inconscientes e quase mortos.

O mago precisa lidar com o dreno agora, que na magia explosão é 4, ele rola Vontade + Lógica ( tradição Hermética), um total de 8 dados e obtém 3 sucessos (1/1/3/3/4/5/5/6).

Então ele anota 1 ponto de dano atordoante em seu marcador de condição.

Soldado da Máfia

Por fim

Acabou que o mago nem precisou usar sua segunda ação nesse turno.

E assim terminamos este combate alucinante, com mano a mano, tiros, granadas e explosões de magia.

Se ficou com alguma dúvida depois de ler o post ou tem alguma dúvida sobre alguma mecânica, deixa um comentário aqui embaixo.

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Explicando Combate Com Explosivos – Mecânicas de Shadowrun 6º Mundo

Neste post vamos continuar a abordar algumas mecânicas e regras do sistema de RPG Shadowrun 6º Mundo, agora vamos ao combate utilizando explosivos!

Shadowrun 6º Mundo é a nova edição de um dos jogos de interpretação na temática cyberpunk mais populares de todos os tempos.

Ele é um jogo de RPG futurista, com um cenário próprio, inclusive um muito interessante, o nosso mundo, onde a magia despertou e está muito ativa.

Vamos tratar neste post uma explicação de como funciona a mecânica de combate com explosivos em Shadowrun 6º Mundo, além de um exemplo de combate, do início ao fim!

Vale lembrar que este post não visa abordar a fundo os termos básicos do sistema, dessa forma, utilizarei termos pressupondo que o leitor já tem alguma familiaridade com o sistema.

O Combate utilizando explosivos em Shadowrun

Em Shadowrun explosivos são tão acessíveis quanto armas de fogo, qualquer um pode ter uma granada no bolso e com certeza o seu runner tem algumas.

De qualquer forma, você certamente vai usar explosivos em algum momento, então nada melhor do que saber como isso funciona!

Caso você tenha caído neste post de paraquedas, aconselho fortemente a você ler o nosso primeiro post – Explicando o Combate Corpo a Corpo – lá você vai encontrar o começo do exemplo de combate que continuará aqui. Além da explicação sobre a regra geral de combate, que não abordaremos neste post.

Além disso, preciso dizer que o combate com explosivos, inicialmente segue a mesma mecânica do combate normal, contudo adiciona-se uma regra de dispersão e direção, a qual trato abaixo.

Caso você já tenha conferido, ou é um espertinho que sabe das coisas, vamos em frente.

O VA e defesa

Como vimos anteriormente, o VA é seu Valor de Ataque, ele é o resultado da soma de Agilidade + Atletismo, que é a perícia associada ao combate com armas de arremesso.

Outras perícias que também podem ser utilizadas para combate, serão abordadas nos próximos post dessa série, então não deixa de acompanhar.

Não existe Valor de Defesa em caso de explosão, para se defender de uma explosão que será iminente, você utilizará a regra para isso.

A regra de Evitar Iminente é bem simples, se você não se movimentou ou utilizou a manobra Arrancar no seu turno, pode utilizar uma ação menor de movimento para se afastar de onde você acha que o explosivo cairá.

Caso você tenha utilizado sua ação de movimento, não poderá sair do local e deverá rolar Corpo para tentar diminuir o dano, uma ação Jogar-se também pode ser usada, para reduzir o dano em 2.

Dispersão e Direção

Tudo em Shadowrun é complicado na primeira vez que você faz, o combate com explosivos não seria diferente.

Mas depois que você entende, fica fácil, então vamos a explicação.

Após ter o seu VA, e determinar quem permanecerá na possível área de explosão, o você rola os dados, informe o seu resultado para o narrador, ele vai precisar.

Esses sucessos farão diferença na hora de ver a dispersão do explosivo após ele bater no local.

Tendo os sucessos em mãos, o narrador joga secretamente 2d6 e determina se o alvo do explosivo está perto, de 1 a 3m de distância, ou afastado, 4 a 50m. Médio, distante e extremo são grandes demais para coisas arremessadas a partir do ombro.

Após determinar a distância, ele vai para a tabela abaixo.

Tabela de Dispersão em Alcance – p. 119

Comparando a distância do, o narrador rola 2d6 e diminui o resultado dos dados do valor entre parênteses na tabela.

O resultado final é quantos metros o explosivo se dispersou do ponto alvo. Depois de determinar quantos metros o explosivo percorrerá do alvo original, é necessário ver qual a direção que ele percorrerá.

Para isso, o narrador rola novamente 2d6 e compara o resultado com o diagrama de Direção e Dispersão abaixo.

Diagrama de Direção e Dispersão – p. 119

Com o resultado da rolagem, o narrador compara com o diagrama para determinar em qual direção o explosivo ricocheteou, quitou ou rolou depois que atingir o local.

Calma, vai ficar mais claro no exemplo de combate.

Sofrendo o Dano

Agora vem o sofrimento. Todos no local de explosão devem sofrer o dano de acordo com sua distância do ponto de origem de explosão.

Diferente de combater com armas corpo a corpo ou com armas de fogo, os sucessos da jogada de ataque não aumentam o dano. Este é igual ao descrito na tabela de dano do explosivo correspondente.

Cada explosivo possui o seu raio de explosão, que é a área total afetada. Além disso, o dano do explosivo varia conforme a distância do alvo a partir do ponto de origem.

Cada um dos afetados no raio de explosão deve rolar corpo para tentar diminuir o dano total.

Exemplo de combate com Armas de Fogo em Shadowrun

Continuando nosso exemplo, vamos relembrar o combate anterior.

Depois de perceberem que o combate corpo a corpo não está sendo eficaz, o Ork e o Soldado da máfia decidem utilizar armas de fogo.

Ouvindo os tiros, mais dois soldados da máfia se direcionam a porta do apartamento do Ork. Agora são 3 contra 1, o Ork não é bom em matemática, mas sabe que as coisas não estão boas para ele.

Dessa forma, ele decide usar uma de suas bebês, como ele chama suas granadas.

Iniciativa

Vamos utilizar os mesmos resultados de iniciativa do primeiro round.

Dessa forma, o Bruto fica com um total de 9, enquanto o  primeiro soldado fica com 7.

Como os dois soldados adicionais acabaram de chegar na porta, eles agirão no próximo turno, se estiverem vivos para isso.

VA, VD e Trunfo

O bruto começa, devemos agora ver os valores de VA e VD.

O bruto tem um VA de 4 (Atletismo + Agilidade), enquanto o soldado tem um VA de 6 (Armas de fogo + Agilidade).

O VD do bruto e do soldado é igual, 4 cada um.

Como nenhum deles tem 4 pontos de diferença entre VA e VD, nenhum deles ganha trunfo, e as condições não favorecem nenhum deles.

Round do Bruto

Ataque com Explosivos

O Ork Bruto decidiu jogar uma granada perto da porta, por cima da cabeça do primeiro soldado, para tentar pegar nos três e se acabar com o problema.

Rolamos então o ataque do bruto, ele rola 4 dados de ataque.

O primeiro soldado usará a manobra Evitar Iminente, já que ele não se moveu, a fim de se jogar para fora do local da explosão. Já os outros dois soldados se moveram para chegar até ali, eles não poderão esquivar.

Bruto dos Filhos de Sauron

O Bruto tira 2/2/5/6, dois sucesso.

Dispersão e direção

Agora o narrador rola 2d6 para descobrir a dispersão, rolo 2 e 5, dando no total um resultado 7.

Com esse resultado, comparo na tabela, o Bruto jogou a granada a uns 2 metros no máximo, esse seria o alcance perto.

Dessa forma faço o cálculo 7 (2d6 que rolei) – 2 (sucessos do bruto) +4, o resultado é 1.

Assim, houve uma dispersão de 1 metro do ponto de impacto, agora o narrador vai ver qual a direção que a granada rolou/quicou.

Jogo outros 2d6 e tiro 2 e 3, dando um valor total de 5, comparando com o diagrama de Direção e Dispersão, vemos para onde a granada rolou depois de bater no chão.

–//–
Caso o resultado do cálculo na tabela de Dispersão em Alcance fosse 0 ou menos, isso quer dizer que o explosivo parou exatamente onde deveria e não houve dispersão.
Além disso, se houve uma falha, o narrador deve fazer todo o restante do processo de qualquer forma.
Se o jogador falhar em jogar um explosivo, não é só dizer que ele falhou e ponto final, como acontece com algumas outras regras de combate, uma granada arremessada em algum lugar, mesmo que no lugar errado, ainda vai explodir e levar alguma coisa consigo!
–//–

O dano da Granada Altamente Explosiva é de 14F/10F/6F (Ponto de Origem, Perto e Afastado, respectivamente) com um raio de explosão de 10 metros do seu ponto de origem.

Dessa forma os dois soldados que chegaram vão tomar o dano cheio, enquanto o Ork tomará o dano respectivo a Afastado, já que se encontra a 4 metros do ponto de origem da explosão.

Os dois soldados tem Corpo 2, assim rolam dois dados cada um. Um deles tira 3/4, nenhum sucesso e o outro tira 3/5, um sucesso. O dano total para o ponto de origem é de 14F, eles levam respectivamente 14 e 13 pontos de dano em seus marcadores.

Dessa forma, os dois soldados que acabaram de chegar vão direto para o céu da máfia.

Como o Ork também não se moveu em seu turno, ele consegue utilizar a manobra Evitar Iminente para fugir da explosão.

Round do Soldado

Ataque com Armas de Fogo

Soldado da Máfia

Essa foi a vez do bruto que fez dois soldados virarem churrasco e limpar metade do seu apartamento.

Agora é a vez do soldado, que vai atacar com sua Beretta. Como vimos antes, seu VA é 6, então ele rola 6 dados e tira os seguintes resultados 2/3/3/4/5/6. São dois sucessos.

Agora o bruto rola seu VD, com 4 dados. Ele rola e obtém 4/4/5/5, tirando 2 sucessos. O ataque causará somente o dano base.

Absorção

O bruto rola então seu Corpo (3 dados) e tira 1/2/3, nenhum sucesso. O valor de dano da Beretta é 2F, dessa forma, o Ork leva todo o dano, recebendo um tiro no braço.

Tudo outra vez

Agora que ambos agiram, uma nova rodada se inicia e se mantem os mesmos valores de iniciativa.

O que mais pode acontecer nesse combate explosivo e emocionante em Shadowrun 6º Mundo?

Lembrando que esses são NPCs, disponíveis no livro básico, para serem utilizados nas suas narrativas. Normalmente personagens jogadores (PJs) tem uma pilha de dados e ações mais agressivas, o que torna o combate mais letal.

Por fim

Por enquanto terminamos aqui nosso combate, no próximo post explicando mecânicas de Shadowrun 6º Mundo continuaremos com nosso combate, mas teremos novidades.

Se ficou com alguma dúvida depois de ler o post ou tem alguma dúvida sobre alguma mecânica, deixa um comentário aqui embaixo.

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Revista Aetherica

Explicando Combate Com Armas de Fogo – Mecânicas de Shadowrun 6º Mundo

Neste post vamos continuar a abordar algumas mecânicas e regras do sistema de RPG Shadowrun 6º Mundo, começamos pelo combate corpo a corpo, agora vamos ao combate com armas de fogo!

Shadowrun 6º Mundo é a nova edição de um dos jogos de interpretação na temática cyberpunk mais populares de todos os tempos.

Ele é um jogo de RPG futurista, com um cenário próprio, inclusive um muito interessante, o nosso mundo, onde a magia despertou e está muito ativa.

Vamos tratar neste post uma explicação de como funciona a mecânica de combate corpo a corpo em Shadowrun 6º Mundo, além de um exemplo de combate, do início ao fim!

Vale lembrar que este post não visa abordar a fundo os termos básicos do sistema, dessa forma, utilizarei termos pressupondo que o leitor já tem alguma familiaridade com o sistema.

O Combate Com Armas de Fogo em Shadowrun

Em Shadowrun armas de fogo são muito acessíveis, qualquer um pode ter e com certeza o seu runner tem algumas, possivelmente até deu nome para uma delas, dorme com ela inclusive.

De qualquer forma, você certamente vai usar armas de fogo em algum momento, então nada melhor do que saber como isso funciona!

Caso você tenha caído neste post de paraquedas, aconselho fortemente a você ler o nosso post anterior – Explicando o Combate Corpo a Corpo – lá você vai encontrar o começo do exemplo de combate que continuará nesse post.

Além da explicação sobre a regra geral de combate, que não abordaremos neste post. Caso você já tenha conferido, ou é um espertinho que sabe das coisas, vamos em frente.

O VA e VD

Como vimos anteriormente, o VA é seu Valor de Ataque, ele é o resultado da soma de Agilidade + Armas de Fogo, que é a perícia associada ao combate com armas de fogo “comuns”.

Outras perícias que também podem ser utilizadas para combate, serão abordadas nos próximos post dessa série, então não deixa de acompanhar.

O VD é seu Valor de Defesa, pegue os valores de Reação + Intuição, esse serão seus dados de defesa.

Sofrendo o Dano

Depois do choro, agora vem o sofrimento. O defensor deve sofrer o dano residual, caso tenha algum, em seu marcador de condição.

Além do dano causado pelos sucessos, caso tenha, você causa o dano básico da arma, então precisa ficar esperto para não acabar esquecendo dele.

Caso ele tenha levado dano, cada ponto de dano é uma marca na caixa de condição, física ou atordoante, o que for correto.

Você começa a marcar na caixa da esquerda para a direita, de cima para baixo. Lembrando que, assim que completar uma linha, você sofre as penalidades daquela linha.

Se levar 2 de dano, nada acontece, mas se levar 6, vai ter uma penalidade de -2 em todas as suas ações.

Exemplo de combate com Armas de Fogo em Shadowrun

Continuando nosso exemplo, vamos relembrar o combate anterior.

O Bruto atacou primeiro com sua soqueira, seguido do Soldado da Máfia, atacando com seu porrete. Agora o Ork pensa que seria mais rápido usar sua Beretta.

Iniciativa

Vamos utilizar os mesmos resultados de iniciativa do primeiro round.

Dessa forma, o Bruto fica com um total de 9, enquanto o soldado fica com 7.

VA, VD e Trunfo

O bruto começa, devemos agora ver os valores de VA e VD.

O bruto tem um VA de 5, enquanto o soldado tem um VA de 6.

O VD do bruto e do soldado é igual, 4 cada um.

Como nenhum deles tem 4 pontos de diferença entre VA e VD, nenhum deles ganha trunfo, e as condições não favorecem nenhum deles.

Round do Bruto

Ataque com Armas de Fogo

Rolamos então o ataque do bruto, ele rola 5 dados de ataque, enquanto o soldado rola 4 dados de defesa.

O Bruto tira 2/2/4/6/6, dois sucesso, o soldado tira 2/2/5/6, também dois sucessos, dessa forma, o ataque acontece, porém nenhum dano extra é dado.

Absorção

Agora o soldado rola Corpo (3 dados) e tira 2/5/5, dois sucesso. Assim, o dado da Beretta é 2F, porém o soldado conseguiu reduzir 2 pontos. Dessa forma, nenhum dano foi causado.

Round do Soldado

Ataque com Armas de Fogo

Essa foi a vez do bruto, agora é a vez do soldado, que também vai atacar com sua Beretta. Como vimos antes, seu VA é 6, então ele rola 6 dados e tira os seguintes resultados 1/2/2/2/2/5. Só um sucesso, se o soldado tivesse tirado mais um número 1, esse ataque viraria uma falha crítica.

Agora o bruto rola seu VD, com 4 dados. Ele rola e obtém 1/2/4/6, tirando 1 sucesso. O ataque causará somente o dano base.

Absorção

O bruto rola então seu Corpo (3 dados) e tira 5/5/6, tirando 3 sucessos. O valor de dano da Beretta é 2F, dessa forma, o Ork não recebeu nenhum dano.

Tudo outra vez

Agora que ambos agiram, uma nova rodada se inicia e se mantem os mesmos valores de iniciativa.

O Ork atacará novamente com sua Beretta? Será que o Soldado tem alguma carta na manga?

Lembrando que esses são NPCs, disponíveis no livro básico, para serem utilizados nas suas narrativas. Normalmente personagens jogadores (PJs) tem uma pilha de dados e ações mais agressivas, o que torna o combate mais letal.

Por fim

Por enquanto terminamos aqui nosso combate, no próximo post explicando mecânicas de Shadowrun 6º Mundo continuaremos com nosso combate, mas teremos novidades explosivas.

Se ficou com alguma dúvida depois de ler o post ou tem alguma dúvida sobre alguma mecânica, deixa um comentário aqui embaixo.

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E por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG não esqueça de apoiar pelo PIX e também no Catarse!

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Revista Aetherica

Explicando Combate Corpo a Corpo – Mecânicas de Shadowrun 6º Mundo

Neste post vamos começar a abordar algumas mecânicas e regras do sistema de RPG Shadowrun 6º Mundo e começaremos pelo combate!

Shadowrun 6º Mundo é a nova edição de um dos jogos de interpretação na temática cyberpunk mais populares de todos os tempos.

Ele é um jogo de RPG futurista, com um cenário próprio, inclusive um muito interessante, o nosso mundo, onde a magia despertou e está muito ativa.

Vamos tratar neste post uma explicação de como funciona a mecânica de combate corpo a corpo em Shadowrun 6º Mundo, além de um exemplo de combate, do início ao fim!

Vale lembrar que este post não visa abordar a fundo os termos básicos do sistema, dessa forma, utilizarei termos pressupondo que o leitor já tem alguma familiaridade com o sistema.

O Combate Corpo a Corpo

Em Shadowrun tem combate, e você precisa saber lutar. Seja em uma briga de bar ou último recurso para derrotar aquele segurança AAA da Ares.

Dessa forma, em algum momento você vai precisar usar seus punhos, uma faca, uma espada, um porrete ou mesmo uma cadeira.

Mas e como é feito isso? Quais as regras e o que utilizar para isso?

Vamos conferir!

1° – Comparando VA e VD

O VA é seu Valor de Ataque, ele é o resultado da soma da sua Agilidade + Combate Corpo a Corpo. Me refiro a essa perícia especificamente porque é o tema do post, mas também vale para outras perícias de Shadowrun associadas a combate.

Nesse sentido, o VD é seu Valor de Defesa, ele é o resultado da soma de Reação + Intuição, assim, resultando em um valor que varia de 2 a 20.

Após ter o VA e o VD dos combatentes, compare os valores, diferenças maiores que 4 pontos, o personagem que tiver o número maior ganha um trunfo.

Ex.: O Atacante tem 12 de VA, enquanto o Defensor tem 7 de VD, existe uma diferença de 5 ponto, dessa forma o atacante ganha um trunfo.

2° – Trunfo

O trunfo é aquele que traz uma diferença estratégica para o combate em Shadowrun, e para o restante do jogo também.

A regra é simples, se houver uma diferença de 4 pontos entre o VA e o VD, quem tiver o maior valor ganha um trunfo, mas não termina por aqui.

Caso o narrador julgue pertinente, ele pode dar 1 ponto extra para quem estiver em condições melhores, por exemplo, o atacante está em terreno alto, ficando mais fácil de acertar seu alvo. Ou, por exemplo, está chovendo muito forte, o defensor está se escondendo de alguém com uma arma de fogo, ele pode ganhar um trunfo bônus.

Lembrando que ninguém pode ganhar mais do que 2 pontos de trunfo por rodada, porém você pode acumular seus trunfos, em um total de 7.

3° – Os dados e o trunfo

Agora vem a hora de pegar os dados e gastar o trunfo. O livro apresenta uma série de possibilidades envolvendo o gasto de trunfo, não abordaremos elas aqui, mas existem possibilidades para se usar, antes e depois da rolagem de dados.

Essa é a parte que algumas pessoas se confundem, então vamos com calma.

Diferente de outros RPGs, em que só o atacante rola dados e o defensor é passivo, o combate em Shadowrun ele envolve ambas as partes na rolagem de dados.

Primeiramente, o atacante rola dados equivalentes ao seu VA, já o defensor rola dados igual ao seu VD simultaneamente.

Cada um separa o total de sucessos e o total de falhas, e analisa da seguinte forma.

Primeiramente veja se aconteceu uma falha.

  • Caso tenha sucessos, mas o número de falhas seja é maior que metade da pilha de dados, é uma falha.
  • Se você tiver uma falha e não ter nenhum sucesso, você teve uma falha crítica.

Se você não houve falhas, o ataque é bem-sucedido, conforme abaixo

  • Se o atacante teve ao menos 1 sucesso a mais do que o defensor, o ataque é bem-sucedido e o os sucessos extras são somados ao dano base.
  • Se o atacante teve sucessos iguais ao defensor, o ataque causa seu dano base somente.

4° -º O Dano e absorver o dano

Se o ataque acabou em uma falha, tudo certo, toca pra frente.

Caso o ataque tenha sido um sucesso com acertos extras, você precisa pegar o dano base da sua arma e somar esses sucessos extras.

Esse será o dano que o atacante causará, teoricamente, ao defensor, contudo a participação dele ainda não terminou.

O defensor agora tentará absorver o dano, rolando dados iguais ao seu atributo Corpo. Cada sucesso nesse teste diminui em 1 o dano que o atacante causaria.

5º Sofrendo o Dano

Depois do choro, agora vem o sofrimento. O defensor deve sofrer o dano residual, caso tenha algum, em seu marcador de condição.

Caso ele tenha levado dano, cada ponto de dano é uma marca na caixa de condição, Física ou atordoante, o que for correto.

Você começa a marcar na caixa da esquerda para a direita, de cima para baixo. Lembrando que, assim que completar uma linha, você sofre as penalidades daquela linha.

Se levar 2 de dano, nada acontece, mas se levar 6, vai ter uma penalidade de -2 em todas as suas ações.

Exemplo de combate Corpo a Corpo

Nesse nosso exemplo de combate, um Bruto dos Filhos de Sauron está devendo uma informação para a máfia, e ele quer resistir para entregar a informação.

Quem será que vai vencer?

O Bruto decide que não vale a pena usar gastar balas com um homenzinho ridículo. Dessa forma, ele vai usar seus punhos, aliados à sua soqueira para deixar esse soldado inconsciente.

O soldado acha que vai ser interessante socar a cara desse ork com seu porrete antes de chamar os reforços que estão do lado de fora do cubículo, que o ork chama de casa.

Assim, ambos decidem que irão usar armas corpo a corpo nessa luta, ao menos por enquanto.

Iniciativa

Primeiramente, vamos a iniciativa, ambos têm um valor inicial de 4 +1d6.

Dessa forma, rolam-se os dados, o Bruto fica com um total de 9, enquanto o soldado fica com 7.

VA, VD e Trunfo

O bruto começa, devemos agora ver os valores de VA e VD.

O bruto tem um VA de 6, enquanto o soldado tem um VA de 7.

O VD do bruto e do soldado é igual, 4 cada um.

Como nenhum deles tem 4 pontos de diferença entre VA e VD, nenhum deles ganha trunfo, e as condições não favorecem nenhum deles.

Round do Bruto

Ataque Corpo a Corpo

Rolamos então o ataque do bruto, ele rola 6 dados de ataque, enquanto o soldado rola 4 dados de defesa.

O Bruto tira 4/1/2/2/6/1, só um sucesso, já o soldado tira 1/2/5/3, dessa forma, o ataque acontece, porém nenhum dano extra é dado.

Absorção

Agora o soldado rola Corpo (3 dados) e tira 4/6/3, um sucesso. Assim, o dado da soqueira 3F, porém o soldado conseguiu reduzir 1 ponto. O dano final que o soldado leva é 2 em seu marcador de Físico.

Round do Soldado

Ataque Corpo a Corpo

Essa foi a vez do bruto, agora é a vez do soldado, que também vai atacar. Como vimos antes, seu VA é 7, então ele rola 7 dados e tira os seguintes resultados 5/4/3/1/1/1/3. Só um sucesso, se o soldado tivesse tirado mais um número 1, esse ataque viraria uma falha crítica.

Absorção

Agora o bruto rola seu VD, com 4 dados. Ele rola e obtém 5/4/3/2, mesma coisa que antes. O ataque causará somente o dano base.

O bruto rola então seu Corpo (3 dados) e tira 1/2/4, nenhum sucesso. Tomando o dano total de 2 em seu marcador de Atordoamento.

Tudo outra vez

Agora que ambos agiram, uma nova rodada se inicia. Diferente da 5ª edição de Shadowrun, na sexta os jogadores permanecem com o mesmo valor de iniciativa.

Dessa forma, o ork pode atacar primeiro novamente.

Lembrando que esses são NPCs, disponíveis no livro básico, para serem utilizados nas suas narrativas. Normalmente personagens jogadores (PJs) tem uma pilha de dados e ações mais agressivas, o que torna o combate mais letal.

Por fim

Por enquanto terminamos aqui nosso combate, no próximo post explicando mecânicas de Shadowrun 6º Mundo continuaremos com nosso combate, mas teremos novidades.

Particularmente Shadowrun é um dos meus RPGs favoritos e vai ser ótimo abordar as mecânicas do sistema, que as vezes parecem um pouco confusas.

Se ficou com alguma dúvida depois de ler o post ou tem alguma dúvida sobre alguma mecânica, deixa um comentário aqui embaixo.

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E por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG não esqueça de apoiar pelo PIX e também no Catarse!

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Revista Aetherica

A Narrativa do Combate – Dicas de RPG #117

Nos jogos de RPG, os confrontos costumam ser vistos como uma etapa comum da jornada, mas é vantajoso incorporar um elemento extra para tornar os combates mais relevantes.

A primeira dica essencial é avaliar o que está em jogo durante o confronto. Em um embate simples, os heróis podem estar lutando por suas próprias vidas ou pertences, porém, em confrontos mais elaborados, as motivações podem abranger desde ideais até a preservação de vidas inocentes, passando até mesmo pela integridade da própria trama.

A segunda dica crucial é compreender a importância do combate para todos os envolvidos. Superar o inimigo não é apenas uma questão de derrota, mas sim de alcançar objetivos específicos com astúcia e estratégia.

A terceira e última dica envolve considerar o impacto do confronto na narrativa. O maior revés que um mestre pode proporcionar não é necessariamente um TPK (Total Party Kill, ou seja, a derrota total do grupo de aventureiros), mas sim uma vitória agridoce, onde os objetivos almejados são frustrados.

Resumindo:

– Em RPG, os combates têm potencial para ir além de simples etapas na trama.
– Refletir sobre o que está em jogo e o significado do combate é crucial.
– O impacto do confronto na narrativa deve ser ponderado cuidadosamente.

Exemplos:

– Em uma situação, os heróis podem confrontar um bando de ladrões saqueando uma vila. Nesse cenário, o combate abrange mais do que apenas a segurança pessoal dos aventureiros; ele envolve também a salvação das vidas inocentes da vila.
– Em outra circunstância, os aventureiros podem se deparar com um vilão que almeja dominar o mundo. Nesse caso, o combate se torna uma batalha de ideias, onde os heróis lutam pela liberdade e pelo destino do mundo.

Conclusão:

Ao abordar os combates em RPG, é crucial ir além das mecânicas e regras. Com criatividade, é possível criar confrontos empolgantes e significativos que cativam os jogadores.

O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja, mande suas dúvidas que vamos respondê-las da melhor forma possível.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

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E-mail: contato@movimentorpg.com.br – Tem dúvidas sobre alguma coisa relacionado a RPG? Mande suas dúvidas para nosso e-mail.

A Narrativa do Combate

Voz: Gustavo Estrela
Edição do Podcast: Senhor A
Arte da Capa: Raul Galli

Músicas:

Music by from Pixabay

Introdução ao Combate – The Witcher TRPG #02

O combate em The Witcher TRPG pode vir a ser complexo para Mestres iniciantes, mas aqui não precisa ser. Faremos o possível para explicar de forma direta e simples, ao mesmo tempo em que abranjaremos todos os tópicos principais, por isso nomeamos de Introdução ao Combate! Acima de tudo  é importante ressaltar que este material deve ser usado em conjunto com o livro do sistema para se obter um melhor entendimento. Então, vamos para a segunda parte de Introdução ao Combate.

Determinando a Localização

Se obtiver sucesso contra os dados de Defesa do oponente, será necessário decidir onde acertar. Nesse sentido, o sistema abrange as seguintes partes do corpo como passíveis de sofrer danos:

  • Cabeça;
  • Torso;
  • Braço Direito;
  • Braço Esquerdo;
  • Perna Direita,
  • Perna Esquerda;
  • Rabo ou Asa (apenas monstros).

Portanto o jogador pode optar por mirar deliberadamente em uma parte específica, adicionando-se um modificador de penalidade à jogada de Ataque (vide as tabelas da p. 152 para os valores). Quando o jogador decidir deixar ao acaso, ele deve rolar 1d10 para ver onde ele acertou, e nenhuma penalidade é adicionada. No entanto Monstros e Humanoides possuem tabelas diferentes, e certos monstros são imunes a ataques em certas partes.

O Dano

Em the Witcher TRPG é dividido em dois tipos: (1) Letal e (2) Não-letal. Assim como o Dano Letal não tem segredo: atua direto nos Pontos de Vida. O Dano Não-Letal, no entanto, atua na ESTAMINA (p. 153). O Dano da Arma pode ser conferido na descrição de cada arma, magia etc. Além do Dano da Arma, dependendo do seu valor da Estatística CORPO do jogador, há um Dano Bônus para Ataques à Curta Distância (vide p. 48). Dessa forma o Dano Total é dado pela fórmula:

((Dano da Arma + Bônus de Curta Distância) – Poder de Parada)*Mod. Corpo) + Modificador(es).

O Dano Base (Arma + Bônus) é subtraído pelo Poder de Parada (SP) da armadura onde foi atingido. Sendo assim, o resultado dessa matemática é multiplicado pelo modificador de dano da parte do corpo (vide p. 152), e finalmente temos o dano real que reduz diretamente os Pontos de Vida ou ESTAMINA do oponente.

Observe que algumas armas podem infligir efeitos adicionais em acertos bem-sucedidos (vide p. 161). Sempre que um ataque penetrar a armadura e causar dano, deve-se reduzir o SP da armadura em -1. Sendo assim uma armadura com SP de 0 não oferece nenhuma proteção e deve ser consertada (vide p. 140) ou substituída. Algumas armaduras podem também ter MELHORIAS que diminuem o dano de certos ataques pela Metade (vide p. 90).

Por fim, o Mestre deve sempre atentar-se a Susceptibilidades, Resistências e Imunidades de seus monstros (vide p. 161). Susceptibilidades, salvo exceções, geralmente DOBRAM o Dano sofrido, enquanto Resistências e Imunidades reduzem pela METADE ou ANULAM o Dano, respectivamente.

Crítico e Vacilos

Sempre que alguém rolar um 10 no dado de 10 lados (d10) é considerado um Crítico (p. 156). Neste caso, deve-se rolar novamente e adicionar os dois resultados até que o valor obtido no último dado seja < 10. No entanto, se alguém rolar 1 no dado de 10 lados, considera-se um Vacilo.

Quando isso acontecer, imediatamente role mais 1d10 e subtraia o valor obtido com o Valor Base (Estatística + Perícia), limitado a 0. Por outro lado se rolar um 10 após um 1, deve-se rolar novamente e descontar este e todos os valores subsequentes até que o valor obtido no último dado seja < 10. Dependendo do valor obtido na segunda, e nas rolagens subsequentes (se aplicável), após o Vacilo, o alvo sofrerá uma penalidade dependendo da ação que pretendia realizar (vide p. 157/166).

Além disso, em um Ataque, se o atacante rolar uma diferença => 7 contra a Defesa de seu alvo, considera-se um Ferimento Crítico. Há quatro níveis diferentes de Ferimentos Críticos (vide p. 158):

  • Simples;
  • Complicado;
  • Difícil e
  • Mortal

Tendo em mãos o valor da diferença entre o Ataque e a Defesa, deve-se consultar as tabelas apropriadas nas páginas 168-170 para definir qual o Nível do Ferimento Crítico, o Local, e as Consequências. Ademais, dependendo do Nível do Ferimento Crítico, adiciona-se também um valor bruto específico ao Dano que não pode ser parado por armadura e nem multiplicado pela parte do corpo.

Bem como outro fator importante para atentar-se no combate é o Limite de Ferimentos. Quando os Pontos de Vida Atual de um jogador chegam a um determinado valor baseado em seus Pontos de Vida Máximo (vide p. 156), ele entra em estado no qual as suas Estatísticas Reflexo, Destreza, Inteligência e Vontade são Reduzidas pela Metade, até que seus Pontos de Vida Atual sejam => ao seu Limite de Ferimentos.

Cura, Estabilização e Morte

Quando acometido por um Ferimento Crítico, em um primeiro momento há somente duas opções: tolerar suas consequências ou tentar estabilizá-la e com isso atenuar seus efeitos.

Para Estabilizar um Ferimento Crítico, primeiramente deve-se realizar uma rolagem de Primeiros Socorros ou Mãos que Curam e superar a Dificuldade baseada no Nível do Ferimento (vide a tabela Estabilização na p. 162). Contudo não há regras específicas sobre as consequências de falhar no teste de primeiros socorros, então isso fica a critério do GM. Se obtiver teve sucesso, o ferimento é considerado estabilizado, e você sofre uma penalidade menor até ter tempo de tratá-lo.

Apenas médicos e certos tipos de magia podem tratar um ferimento, No entanto deve-se contemplar certas regras (vide p. 174). Se tratado com sucesso, o alvo sofrerá uma penalidade menor até que se cure completamente com o tempo. O tempo que necessário para se livrar do ônus é baseado nas Estatística CORPO e do Nível do Ferimento (vide p. 174). Além de estabilizar e tratar Ferimentos Críticos, também é possível usar as perícias Primeiros Socorros ou Mãos que Curam para ganhar Pontos de Vida (p. 173) equivalente à sua Estatística REC por dia.

Se o alvo permanecer ativamente acordado, a cura é reduzida pela metade. Se a perícia utilizada for Mãos que Curam, adiciona-se +3 PP por dia. É possível ganhar PP por Feitiços, Rituais e Poções (pág. 173).

Se os Pontos de Vida caírem abaixo de 0, o jogador entra em Estado de Morte (Death State), no qual todas as suas Estatísticas e Estatísticas Derivadas são reduzidas a 1/3 de seu valor total e não lhe é permitido realizar quaisquer ações senão uma Resistência à Morte (Death Save), cuja fórmula é:

1d10 < ATORDOAMENTO

Se o valor do 1d10 for inferior a Estatística Derivada de Atordoamento (STUN) do jogador, mantém-se vivo até o início de seu próximo turno, no qual terá que realizar outro teste de Resistência à Morte para prolongar a sua vida. No entanto, cada teste além do primeiro sofrerá uma penalidade de -1, cumulativamente.

Qualquer um, exceto o próprio jogador, pode tentar ressuscitá-lo ao rolar uma Perícia de Primeiros Socorros ou Mãos que Curam a uma Dificuldade equivalente a quantos Pontos de Vida o alvo encontrar-se abaixo de 0. Se bem-sucedido, dessa forma o alvo é trazido de volta com 1 (um) Ponto de Vida (PP).

Além disso, um jogador em Estado de Morte pode usar seus Pontos de Sorte em uma rolagem de Resistência à Morte a fim de ganhar uma margem maior. É importante ressaltar que as Perícia de Primeiros Socorros ou Mãos que Curam só podem ser usadas ou para ressuscitar ou estabilizar, e nunca as duas coisas simultaneamente. Consequentemente, uma vez ressuscitado o alvo ainda sofrerá quaisquer penalidades provenientes de Ferimentos Críticos e precisará ser feito outro teste para estabilizá-los.

Combate Verbal

O Combate Verbal é uma regra opcional no sistema Witcher que oferece uma nova forma de lidar com jogos diplomáticos. No Combate Verbal, cada jogador tem sua Determinação, que funciona como uma barra de vida.

Sua fórmula é:

((VONT+INT)/2)*5

Quando chega a Determinação chega a 0 (zero), o personagem perde o argumento. As páginas 176-177 fornecem a lista de possíveis Ataques e Defesas, dependendo do seu objetivo na argumentação, bem como Ferramentas que você pode usar para impulsionar seu argumento. Lembre-se de que o Combate Verbal é bastante limitado e altamente subjetivo, ficando, portanto, inteiramente a critério do GM. Não espere que fazer amizade com um ladrão seja fácil, mesmo que você reduza a barra de resolução dele para 0. Para manter a lógica e a imersão do jogo, algumas exceções devem ser feitas.

Mais sobre o Combate

Finalmente o combate de Witcher TRPG é cheio de detalhes que você como Mestre deve ficar atento. Irei comentá-los brevemente. Como resultado o jogo apresenta uma mecânica de Cone de Visão e Linha de Visão (pág. 151-152). Você não pode ver nada fora do seu Cone de Visão. Alguns capacetes restringem ainda mais sua visão (vide p. 152). Mirar em algo fora do seu campo de visão concede -3 ao Ataque. Se alguém te atacar de fora do seu Campo de Visão, seu oponente ganha +3 em seu Ataque. Os Níveis de Luz também precisam ser considerados, pois oferecem modificadores importantes (vide tabelas p. 152). Mas se o ambiente permitir, você pode Usar Cobertura (vide tabela p. 155). Você também ganha um bônus de +5 em seu ataque ao planejar Emboscadas (p. 153).

Logo o combate na neve, no gelo, no calor extremo, nos pântanos e na água tem seus próprios desafios (vide p. 165). Por fim, há uma regra opcional (vide p. 170) a qual concede ao jogador Dados de Adrenalina a cada Acerto Crítico, os quais  garantem aos jogadores certas vantagens no combate.

Essa foi a segunda parte dessa Introdução ao Combate em The Witcher, esperamos que tenha te ajudado com suas duvidas Confira a Primeira Parte também!


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Introdução ao Combate – The Witcher TRPG #01

Montagem da Capa e Revisão: Isabel Comarella

Introdução ao Combate – The Witcher TRPG #01

O combate em The Witcher TRPG pode vir a ser complexo para Mestres iniciantes, mas aqui não precisa ser. Faremos o possível para explicar de forma direta e simples, ao mesmo tempo em que abranjaremos todos os tópicos principais, por isso nomeamos de Introdução ao Combate! Importante ressaltar que este material deve ser usado em conjunto com o livro do sistema para se obter um melhor entendimento.

Rodadas e Ações

Rodada é o tempo necessário para que todos as partes envolvidas no combate realizem seu Turno. Dessa forma um turno é composto por uma ou mais Ações. Portanto, você considerada uma Ação (vide p. 151):

  • Atacar;
  • Iniciar Combate Verbal;
  • Lançar Feitiço;
  • Usar uma Habilidade ou Fazer Algo;
  • Pegar ou Sacar um Item ou Arma.

Adicionalmente a uma Ação, o jogador também tem o direito de Movimentar-se a uma distância em metros equivalente à sua VELOCIDADE (Não confundir com CORRER).

Há também Ações que levam um tempo maior para serem realizadas e por isso são consideras Ações de Rodada Completa, o qual o jogador opta por sacrificar de sua Movimentação para realizá-las. Então, são consideradas Ações de Rodada Completa (vide p. 151):

  • Esquiva Eficaz;
  • Mirar;
  • Realizar uma Ação de Recuperação.

Além da Movimentação e da Ação, o jogador também pode realizar apenas uma Ação Extra (vide p. 151) em seu turno, a um custo de -3 pontos ESTAMINA. Tal ação pode ser qualquer uma das já listadas EXCETO AÇÔES DE RODADA COMPLETA. Inclusive, caso o jogador opte por realizar uma Ação de Rodada Completa, não poderá fazer uso de uma Ação Extra. Além do custo de Estamina, você sofre uma penalidade de -3 a qualquer teste associado à Ação.

Todos agem conforme a ordem da Iniciativa.

Iniciativa

Iniciativa determina quem age primeiro em uma situação de combate (p. 151).

A fórmula é:

 1d10 + REFLEXO

Em caso de empate, as partes devem rolar a Iniciativa novamente somente para decidir a ordem, mas sempre se usa o valor da primeira rolagem. Após o término de uma Rodada, a ordem da Iniciativa permanece a mesma, não sendo necessário rolar a Iniciativa novamente.

Além disso, jogadores podem anunciar uma Saque Rápido (vide p. 154) no início da Rodada, garantindo-lhe um bônus de +3 em sua Inciativa, mas também uma penalidade de -3 em seu Ataque (apenas naquela Rodada). Aqueles que anunciam um Saque Rápido devem obrigatoriamente realizar uma ação de Ataque. Saque Rápido anula bônus proveniente da Ação Mirar, mas pode ser usado para sacar ou empunhar armas juntamente à Ação de Ataque.

Por fim, o jogador também pode Segurar Ação (vide p. 153), permitindo-o pular na frente de qualquer Iniciativa menor que a sua, sem penalidades ou bônus, desde que esta não tenha ainda sido anunciada. Segurar Ação é valido apenas para aquela Rodada e não pode ser transferida para a próxima.

Tipos de Ataques

Para simplificar, o sistema abrange cinco tipos de ataques: Desarmado, À Curta Distância, À Longa Distância, Mágico, Montado e Verbal. O que segue visa resumir cada um deles:

Curta Distância

Os Ataques à Curta Distância são provavelmente a forma de combate mais proeminente no mundo de Witcher. Para realizar um Ataque à Curta Distância de qualquer tipo, rola-se:

1d10 + Reflexo + Perícia Apropriada (ex.: Curta Distância, Lâminas Pequenas, Cajado/Lança, Esgrima) + Modificador(es).

Em um Ataque à Curta Distância, o jogador precisa fazer a escolha entre um Ataque Rápido ou Forte (p. 153). Ataques Rápido permite ao jogador realizar dois ataques em sequência sem queimar uma Ação Extra, enquanto o Ataque Forte dobra o dano infringindo, mas a uma penalidade de -3 em seu Ataque. Se assim o desejar, existe a possibilidade de  substituir o Ataque Rápido ou Forte por um Ataque Especial (vide p. 163 para uma descrição de cada um).

Se você como Mestre quiser complicar as coisas, aqui vai uma regra caseira. Embora a princípio qualquer arma à Curta Distância possa performar ambos os Ataques Rápidos e Fortes, gosto de limitar o uso de Ataques Rápidos exclusivamente a armas de Uma Mão e forte para as de Duas Mãos. Isso implica em maior diversidade ao grupo e recompensa mais aqueles jogares que prezam pela estratégia no combate.

 À Longa Distância

 Qualquer coisa disparada ou arremessada é considerada um Ataque à Longa Distância. A fórmula do Ataque à Longa Distância é:

1d10 + Destreza + Perícia Apropriada (ex.: Arco e Flecha, Besta, Atletismo) + Modificador de Distância + Outros Modificador(es).

Se você estiver usando um arco, uma besta ou arremessando algo, saiba que cada abordagem tem suas próprias características. Bestas, por exemplo, levam 1 Ação para recarregar além de atirar (vide p. 164).

Ao fazer um Ataque à Distância, o jogador também deve aplicar o Modificador de Alcance correspondente (vide as tabelas na p. 164 para os valores). O jogador pode gastar um turno inteiro para Mirar, o que lhe concede +1 ao seu Ataque (limitado a +3). O jogador pode usar Esquiva, Reposição e Bloqueio como meio de Defesa para Ataques à Distância, mas só pode Aparar arremessos com uma penalidade de -5 (há exceções como em caso de Witchers).

Se o jogador errar o disparo ou arremesso, ou seja, rolar um Ataque à Longa Distância < à Defesa do alvo, deve-se rolar 1d10 para saber em que direção o projétil foi (vide p. 163 para as localizações), e então tolar 1d6 para saber o quão longe foi. Você pode acidentalmente acertar até mesmo um aliado dependendo da sua posição.

 Ataques Mágicos

 A magia no mundo de Witcher não é tão complicada quanto aparenta (começa na p. 99). É dividida em 5 categorias principais:

  • Feitiços;
  • Sinais;
  • Inovações;
  • Rituais e
  • Hexes (Maldições).

Feitiços (vide p. 101-107) são exclusivos da Profissão de Mago, assim como Invocações (p. 109-113) são da Profissão Sacerdote. Ambas as profissões podem fazer uso de Rituais (p. 116-119) e Maldições (p. 120-121), mas apenas Witchers podem lançar Sinais (p. 114-115) – e nada mais. Outras profissões e a Raça Anão são incapazes de conjurar magias de qualquer natureza.

A fórmula básica para ataques mágicos é:

1d10 + Vontade + Perícia Apropriada (ex.: Lançar Feitiço, Criar Maldição, Criar Ritual  + Outros Modificador(es).

Todo usuário de magia possui um Vigor superior a 0. Este Vigor determina o quanto o conjurador pode manipular o Caos sem danificar a si mesmo. Ou seja, se o jogador conjurar uma magia cujo Custo de ESTAMINA seja =< a seu Vigor, ele não sofre ônus. O jogador pode optar por esforçar-se além de sua capacidade mágica (Vigor). No entanto, para cada 1 ponto de ESTAMINA que ultrapasse seu Vigor, deve-se gastar 5 Pontos de Vida e sofrer um efeito de azar elemental apropriado (vide p. 166).

É possível fazer uso de cajados e amuletos para diminuir o custo de ESTAMINA de uma magia (limitado a 1). Tal item precisar estar em mãos e seus efeitos não são cumulativos (p.167). O usuário de magia também deve tomar cuidado com os efeitos do dimerítio (p. 167). No início, toda a magia deve ser lançada usando palavras faladas e gestos com as mãos (p. 167).

Ataques Desarmados

O Ataque Desarmado ou Brigar é a forma mais primitiva de combate. A fórmula é:

1d10 + Reflexo + Brigar + Outros Modificador(es).

Ao brigar, você pode fazer movimentos básicos como Socar e Chutar, mas também movimentos mais complexos como Empurrar, Investir, Desarmar, Agarrar, Estrangular, Arremessar e Imobilizar (vide p. 163).

Ataques Desarmados sempre causam Dano Não-letal (p. 153). Devido à natureza direta com que Brigar é descrito nas regras do sistema, é extremamente necessário estabelecer algumas regras caseiras. Por exemplo, não parece lógico que socos e chutes danifiquem armaduras, principalmente as de ferro puro, nem ser capaz de aparar uma lâmina sem se machucar. Casos como esse ficarão inteiramente a critério do GM com base na situação imposta (regra que na verdade é válida para todo o jogo). 

Ataques Montado

Seja ao cavalgar ou dirigir, o jogador deve fazer um Teste de Controle sempre que tentar uma manobra (vide p. 169):

1d10 + Reflexo + Perícia Apropriada (ex.: Cavalgar/Velejar) + Mod. de Controle + Outros Modificador(es).

Quem falhar no teste, deve-se rolar 1d10 e consultar a tabela nas páginas 169 e 170 para determinar a consequência.

Para atacar, o jogador deve sempre realizar uma Teste de Controle. Qualquer ataque pode ser realizado quando Montado, alguns, no entanto possuem limitações. À exemplo, todos os Ataques Corpo a Corpo são considerados Investidas (vide p. 163). No entanto, além do Cálculo de Dano padrão, adiciona-se também um modificador de d6s com base na distância percorrida/2, limitado a 5 (ex.: 30m = 30/2 = 15 = 5d6)

Se a arma for o próprio animal ou veículo, usa-se a Perícia Cavalgar ou Velejar. Para este tipo de investida, o Dano Padrão seguirá a tabela da p. 171. Neste caso, o Dano Extra de acordo com a distância deverá ser multiplicado de acordo com o tamanho do alvo (vide tabela p. 171). Nota-se que o dano é causado tanto ao alvo quanto ao animal/veículo.

A Defesa

Depois de um Ataque, é o turno do oponente, no qual ele só pode executar uma das quatro de Ações de Defesa (p. 164):

  • Esquivar (Esquivar/Escapar);
  • Reposicionar (Atletismo);
  • Bloquear (Arma ou Brigar) e
  • Aparar (Arma ou Brigar).

Cada combatente tem direito a apenas 1 Ação de Defesa durante a Rodada. Caso seja obrigado a realizar mais de uma Ação de Defesa, deve-se descontar 1 de ESTAMINA para cada Ação de Defesa executada. Se o alvo não tiver como se defender, a dificuldade padrão será 10. Se o Ataque for > que a Defesa do alvo, o Dano deve ser aplicado. Cada Feitiço, Invocação e Sinal tem uma defesa específica em sua descrição.

Essa foi a primeira parte dessa Introdução ao Combate em The Witcher, na próxima matéria falaremos sobre:

  • Determinando a Localização;
  • O Dano;
  • Crítico e Vacilos;
  • Cura, Estabilização e Morte;
  • Combate Verbal;
  • Mais sobre o Combate;


O Movimento RPG agora tem uma super novidade. Temos nosso próprio Clube do Livro, A Ordem da Quimera(acesse por esse link). E em Fevereiro estaremos com o livro O Último Ancestral do autor Alê Santos, que participará conosco do encontro no dia 28/02. Para participar é muito fácil, acesse o link anterior e lá entre em contado direto com a Lorde Isabel Comarella (Bell Comarella#0272). Aproveite e faça parte nosso servidor no Discord.
O Último Ancestral

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Introdução ao Combate – The Witcher TRPG #01

Montagem da Capa e Revisão: Isabel Comarella

Balanço de Última Hora – Taverna do Anão Tagarela #34

Nesta Taverna do Anão Tagarela, falamos sobre Balanço de Última Hora! O que é isto? É financeiro? É de comer? Escute e entenda o que tentamos passar para vocês, nossos queridos ouvintes.

A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

Tema: Balanço de Última Hora

Tempo: 54:15

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Balanço de Última Hora:

Host: Douglas Quadros.
Participantes: José Lima JR | BearGod
Arte da Capa: Raul Galli.

Brazil’s Struggle – Taverna do Anão Tagarela #33

Nesta Taverna do Anão Tagarela entrevistamos o autor de Brazil’s Struggle, o Mestre Eduardo Francis! E falamos sobre este projeto (FINANCIADO) de RPG Indie que re-imagina as manifestações de 2013.

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Tema: Brazil’s Struggle

Tempo: 1:02:41

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Brazil’s Struggle:

Host: Douglas Quadros.
Participantes: Raul Galli |  Eduardo Francis
Arte da Capa: Raul Galli.

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